Supremas - A Batalha Começa escrita por MoonGirl, duplicat4


Capítulo 2
Capítulo 1 — Mudança




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O caminhão estacionou devagar em frente a casa número 1358, na Rua Carl Clementine. A pequena cidade de Bankoff Hill não apresentava muito movimento naquele dia... Porém, novos moradores pisavam o solo do local.

— Vamos, Amy! É só uma cidade, não vai destruir a sua vida.

— Claro, não é você quem vai ter de fazer novos amigos, se adaptar totalmente a novos costumes... Eu já estou cansada disso, mamãe!

— Eu sei querida. Mas desta vez eu prometo que não vamos nos mudar. Tenho certeza que você vai se dar bem aqui — disse dando um sorriso acolhedor.

Não era a primeira vez que Amy Daylight se mudava. Mas depois dos acontecimentos em Chicago, onde morara anteriormente, a menina e a mãe tiveram de mudar para Bankoff Hill, agora seu novo lar. A casa comprada por Emily Daylight, mãe de Amy, era bem antiquada, bem o estilo dela. Amy foi até o caminhão da mudança, logo começando a levar as várias caixas intituladas por conteúdos como “Roupas da Amy”, “Objetos de decoração”, “Brinquedos antigos que a Amy deve doar”, entre outros.

— Querida leve as suas caixas pro seu quarto. Será que consegue arrumar tudo hoje? O decorador acabou de sair. — Disse Emily.

— Vou tentar, mas não prometo nada. Estou cansada, a viajem foi longa.

— Eu sei. Espero que goste da decoração que escolhi pra você — a mãe sorriu, e Amy fez o mesmo.

— Tenho certeza que vou amar. Mas só para garantir, vou dar uma olhada!

Amy entrou na casa — que por sinal, tinha cheiro de móvel antigo — e subiu as escadas apressadamente, logo chegando no segundo quarto do andar de cima, abrindo a porta e entrando. E era simplesmente... Amy Daylight. Tinha tudo que ela adorava: flores, livros, almofadas costuradas a mão, fotos antigas, um tapete com decoração medieval e outras coisas. Em cima da mesa que provavelmente servia para estudo, ela encontrou um objeto que a fez abrir um sorriso enorme... Uma máquina de escrever antiga.

— Mãe, é perfeito! Eu não acredito que comprou a máquina de escrever — disse sorrindo após voltar do quarto.

— Eu sei. Você queria tanto, e acho que é uma forma de me desculpar por todo esse transtorno que eu tenho te causado.

— Tudo bem, eu te desculpo! — Sorriu. — Agora vamos, temos muito que arrumar.

E assim as duas levaram todas as caixas e outros pertences para o novo lar, só não sabiam que aquele lar seria totalmente diferente dos outros.

[...]

O sol refletia nos olhos cor-de-mel de Amy naquela manhã de segunda-feira. Eram seis e meia da manhã e logo os olhos da garota se abriram. Levantando-se da nova cama, ela foi direto para o banheiro — quarta porta do segundo andar da casa —, fazendo sua higiene matinal. Voltando ao quarto, escolheu uma calça jeans preta, uma blusa branca com uma daquelas frases do “Keep Calm” e calçou seu tênis vans preto. Descendo as escadas, encontrou a mãe tomando café da manhã na mesa.

— Ok, vou admitir. Estou muito nervosa! — Disse Amy com rosto preocupado.

— Eu sei, primeiros dias de aula são sempre uma preocupação. Mas não fica assim, tenho certeza que vai fazer vários amigos! — Emily sorriu, atenciosa.

— Eu espero. Mas enfim, não quero me atrasar logo no primeiro dia, já vou indo. — Falou pegando a mochila com estampa dos simpsons e indo em direção à porta. — Me deseje sorte.

— Não precisa de sorte.

Amy sorriu, pensando “bobinha!” e abriu a porta, porém quase teve um enfarto ao encontrar um homem alto e robusto parado. Tinha uma expressão amedrontadora e fazia qualquer um gritar e chamar pela “mamãe”.

— Hã... Pois não? — Disse Amy totalmente assustada.

— Emily Daylight está?

A mãe de Amy chegou por trás da menina com um rosto preocupado e assustado ao mesmo tempo.

— Sim?

— Preciso falar com a senhora. A sós. — Disse a última frase olhando diretamente para Amy.

— Tudo bem. Entre, por favor — respondeu Emily. Virou-se para a filha, dizendo: — Querida, vá logo!

— Mas...

— Por favor.

— Tudo bem... Nos vemos depois.

Emily apenas assentiu com um sorriso torto e Amy saiu pela porta, logo percorrendo um longo caminho até a escola nova.

O sol começara a incomodar Amy pouco depois de ela sair de casa. Ao passar perto de uma sorveteria com letreiro de neon e cores do arco-íris, resolveu entrar e tomar um.

— Que sabor vai querer, senhorita? — Disse o senhor por trás da bancada.

— Hã... Chocolate — disse sorrindo ao pensar em seu sorvete favorito.

— Já vai sair, um segundinho — ele disse carismático.

Amy esperou por uns segundos até o senhor — que lembrava bastante o papai Noel — lhe entregar seu sorvete e ela lhe entregar o dinheiro.

— Obrigada. — Disse e sorriu para o senhor, que sorriu de volta.

Satisfeita, andou rápido até a saída e com os olhos totalmente centrados em seu sorvete. Por conta disso, Amy só percebeu o que acontecera ao ouvir...

— Ai!

E quando olhou, seu sorvete estava totalmente destruído numa camiseta polo branca. Levantou os olhos — tristes por perder o sorvete — e sua visão ficou... Maravilhada. Tinha olhos escuros e misteriosos, pele morena, cabelos castanhos e desarrumados e, claro, uma mancha de sorvete de chocolate na camiseta.

— Ah, céus! Me desculpe, eu não...

— Tudo bem, eu estava distraído — sorriu, um sorriso muito bonito — Eu sou Ethan.

— Amy. — Ela sorriu de volta, olhando fixamente em seus olhos.

— Será que eu posso te pagar um sorvete novo? — Disse rindo, o que a fez sorrir e colocar uma mecha do cabelo para trás.

— Ah, não é necessário. E além do mais, vou me atrasar para a escola.

Ethan a olhou com um olhar um tanto... Decepcionado.

— Tudo bem então — ele sorriu torto. — Espero que nos esbarremos de novo — a olhou convidativo.

— Também espero — ela sorriu.

E então saiu andando, sorrindo consigo mesma. Era claro que ela gostara dele, e pelo que observara ele não a estranhara tanto. Amy deu uma “última olhada” para trás, ao mesmo tempo em que Ethan fez o mesmo e, por um segundo, sorriram um para o outro.

[...]

Chegando à Bankoff School, Amy respirou fundo, mentalizando “eu vou fazer muitos amigos, eu vou me dar bem...” e subiu as cinco escadas que davam para a grande porta de vidro — entrada do colégio. Passando pela mesma, ela pôde sentir o aroma de papéis, livros, canetas, etc. A primeira coisa em que reparou foram os armários brancos nas paredes do corredor principal; o corredor era cheio de murais com bilhetes e/ou fotos dos alunos/da escola; ao fim do corredor, podia-se ver dois elevadores lado a lado, que, pelo que Amy viu, tinham quatro andares: o primeiro (turmas de 5ª a 8ª série), o segundo (turmas de ensino médio), o terceiro (salas extras, tais como, biblioteca, sala de vídeo, secretaria, detenção, sala de artes, etc.) e o quarto (piscina e quadra de esportes). Atrás do colégio ficava o gramado onde realizavam a educação física. Tudo isso Amy pôde ver em um pequeno mapa de Bankoff School que encontrara no chão.

Distraída enquanto andava e observava o mapa, Amy não viu quando três garotas olharam-na de cima a baixo com expressões indecifráveis. Megan, a líder do grupo denominado “pretty girls” — possuía lindos cabelos lisos enrolados e ruivos, olhos verdes, pele clara e sem nenhuma imperfeição, e uma personalidade um tanto metida —, andava na frente, sendo seguida por Sarah — a nerd que fingia ser metida — e Jennifer — a que obedecia à todas as ordens de Megan para ter um lugar no grupo. Andaram em direção à Amy com olhares sorrateiros, e Megan pensava “é hora de acabar com o patinho feio!”. Amy só percebeu ao ouvir alguém gritar:

— CUIDADO!

Em seguida, a menina viu-se escorregando em uma poça de café e batendo de cara no chão. Foi totalmente humilhante, já que todos os presentes no corredor começaram a rir e tirar fotos enviando para várias pessoas. Amy queria chorar, mas não ia se humilhar mais ainda. Megan abaixou-se devagar e olhou fixamente nos olhos da garota.

— Bem vinda à Bankoff School.

Dizendo isso, levantou-se e andou praticamente desfilando e com um sorriso maquiavélico, sendo seguida pelas fiéis e inúteis escudeiras.

O sinal logo tocou, despertando a atenção dos que tiravam fotos e riam, que logo subiram a escadaria — próxima aos elevadores — e foram para suas salas. Porém, uma figura preta no fim do corredor chamou a atenção de Amy, que ainda estava caída. A figura preta aproximou-se e logo a menina viu que era uma pessoa que estava vestida de preto — calça jeans preta, blusa branca e jaqueta preta —.

— Você está legal? — Quando olhou bem viu que era Ethan, que disse lhe oferecendo a mão e a ajudando a se levantar.

— Acho que sim. Por que aquelas garotas fizeram aquilo? — Disse Amy irritada, mas feliz por vê-lo de novo.

— Eu não sei, esse também é meu primeiro dia aqui.

— Ah... Obrigada pela ajuda. — Por um momento ela sentiu uma dor nos joelhos e ameaçou cair, porém Ethan a segurou com os seus braços musculosos. — Me desculpe por isso. Acho que aquele tombo me deu algum problema nos joelhos. Obrigada... De novo. — Ela sorriu de um jeito tímido.

— Tudo bem — ele sorriu. — Não acha melhor ir à enfermaria? Talvez tenha quebrado alguma coisa.

— Não tem necessidade. Além do mais, já estou atrasada para a primeira aula!

— Somos dois. Quer que eu te acompanhe? — Disse a olhando fixamente nos olhos.

Amy parou por um instante para observá-lo mais interiormente, como não observara na sorveteria. Por que ela sentia que algo nele não era normal? Era como se alguma coisa em Ethan Adams fosse fora do comum, mas Amy não sabia exatamente o quê, e isso a intrigava. E também tinha a esquisita sensação de que ela o conhecia de algum lugar, que ela sentira desde a sorveteria.

— O que foi?

Ela despertou do pensamento e voltou à realidade.

— Nada. Então... Vamos? — Sorriu, suspirando.

— Claro — ele sorriu de volta.

Dizendo isso, Ethan a ajudou a pegar os materiais que caíram no chão com o tombo e logo subiram as escadarias do primeiro e segundo andar respectivamente. Amy resolvera esquecer aquelas sensações, mas não sabia que elas ainda a atormentariam muito... Muito mesmo.


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