CAPITULO 4

Artemis entrou pelo saguão daquele lugar o mais rápido que podia, chegar atrasada na sua entrevista de emprego não era a melhor coisa pra se fazer, chegou a recepção olhando duas moças conversarem, ela se aproximou e sorriu.

–Ah, Bom dia, vim para uma entrevista de emprego. – Ela disse e uma delas, que tinha cabelos negros aproximou-se.

–Qual seu nome querida?- Perguntou folheando uma das pastas que havia por ali por cima.

–Artemis... Artemis Becker. – Disse.

–Ah, Artemis, Artemis, ah achei. Décimo andar.

A ruiva sorriu e entrou no elevador, onde tinha dois outros homens eles sorriram assim que ela entrou, ela apenas murmurou um “Bom dia” e eles assentiram.

–Sabe Hades, eu não sei o que deu na Anfitrite esses dias. – Disse um deles, passando a mão pelos fios morenos.

Artemis não era nenhuma pervertida, mas também não era nenhuma santa pra não perceber a beleza dos dois. O tal de Hades, era alto musculoso (mesmo por cima do terno preto) tinha cabelos negros e olhos extremamente escuros. Já o moreno, oh aquele era um pedaço de mau caminho, tinha olhos verdes, corpo um tanto “legal” e usava uma calça jeans e sobretudo negro (NA: morre).

–O que ela fez dessa vez Poseidon?- Perguntou o tal Hades.

Ela não conseguiu ouvir a resposta foi o elevador abriu e ela saiu, sem querer esbarrando neles que apenas assentiram enquanto ela saia completamente corada.

Tinha duas portas onde ela entrou, uma na qual uma garota de mais ou menos 19 anos segurava uma lixa de unhas como se não estivesse no meio de um escritório, já a outra mexia em um dos computadores. A sala na qual deveria ir, tinha o nome “Sr. Solace”

Ela aproximou-se da secretária.

–Ah Bom dia, vim pra entrevista.

–Ah. – A mulher disse parando de mexer no computador. – Você deve ser a ultima, entre Senhor Solace a espera.

Artemis assentiu e sem esperar mais nada, girou a maçaneta.

A sala era repleta de instrumentos musicais de um lado, com alguns quadros e um sofá em um canto esquerdo da sala, tocava uma música lenta, um toque lento mais que fazia um perfeito contraste com o tempo frio de NY.

A ruiva pigarreou para a cadeira que estava de costas para a porta, que provavelmente observava o tempo pela enorme janela que tinha ali.

–Ah, Oi. –A cadeira virou-se lentamente, e Artemis segurou a respiração no mesmo tempo, que via os olhos azuis claros ficarem surpresos.

O loiro foi o primeiro a sair do transe.

–Ruiva? –Sorriu. –Sente-se.

Artemis mordeu o lábio inferior e assentiu sentando na frente do loiro.

–Hm... Como me descobriu? –Perguntou ele, cruzando os braços e se jogando pra trás na cadeira.

–Na verdade foi sem querer, que dizer, eu vim fazer uma entrevista.

O loiro sorriu de leve e sentou-se na cadeira.

–Okay, vamos lá, Fale um pouco sobre você.

A ruiva corou e sentou-se direita na cadeira.

–Ah, me chamo Artemis Becker, sou formada em comunicação e em Artes, morei por um tempo na Califórnia, sou uma pessoa paciente. –Ela sorriu e olhou por loiro, que tinha um certo brilho nos olhos. – Trabalhei em duas empresas na Califórnia, mas sai por motivos pessoais. Acho que só.

Sorriu

–Ah, Porque uma empresa de música?

–Meu pai tocava alguns instrumentos, desde pequena sempre gostei de tocar, e quando vim pra NY sempre quis trabalhar em algo assim, relacionado a música.

–Objetivos?

–Ser feliz. –Respondeu a ele sorrindo

E assim foi, o loiro fazia perguntas e ela sempre respondia com muita atenção, ria de leve das coisas que ele falava, no fim o loiro apertou sua mão, no qual a ruiva apenas sorriu em troca.

–Obrigada. –Ela disse.

–Boa sorte Artemis.

A ruiva assentiu e levantou-se indo em direção a porta, não sem antes olhar pra trás e ver o loiro ainda sorrindo pra si, ela corou e foi logo saindo em seguida. Olhou uma ultima vez pra secretária que agora tomava um café e sorriu pra ela, no qual a ruiva retribuiu.

–Obrigada é... Qual seu nome?- Artemis perguntou.

–Alice, boa sorte Artemis.

Artemis assentiu e saiu dali, tentar acalmar seu estomago que ainda dava voltas.

[...]

Ela parou na primeira cafeteria que encontrou e foi logo ao balcão pedir o primeiro café forte, e seguiu para uma mesa, se alto abraçou e se amaldiçoou mentalmente por não ter levado um casaco.

Minutos se passaram enquanto ela anotava uma listinha das coisas que teria de comprar ao voltar para casa. Ela sorriu quando um garçom se aproximou e lhe entregou um café forte.

–Obrigada Nando. – Disse ao que o garoto sorriu.

Voltou para sua listinha dando um gole no café, quando alguém sentou na sua frente, a ruiva levantou o olhar.

–Oi ruiva.

–Oi

A ruiva corou sobre o olhar dele.

–Já volto. – O loiro disse levando e indo até o balcão, deixando uma pasta preta e um sobretudo negro em cima da mesa, ele voltou minuto depois com um sorriso nos lábios, ele passou as mãos pelos cabelos e sentou de frente pra ela.

Artemis guardou o pequeno caderno de anotações, e olhou pra ele, dando mais um gole no café, mas sem desgrudar os olhos dos azuis claros dele.

–Como está o braço? – Ele perguntou cruzando os braços em cima da mesa.

–Ah bem, tirei um gesso á algum tempo já.

Ele sorriu no mesmo tempo, que o garçom voltou com um café e alguns biscoitos, ele agradeceu no mesmo tempo, que Artemis sorria para o homem.

Quando o garçom saiu, ela pegou a bolsa e as outras coisas pronta pra sair, quando o loiro segurou seu braço.

–Já vai?

Ela assentiu.

–Espera te dou uma carona.

Artemis revirou os olhos ao que ele sorriu e fez biquinho.

–Ok. –Então sentou-se novamente, olhando as pessoas andarem pela janela. Ela sorriu ao ver uma menina de cabelos loiros, correr e abraçar um homem que pelo o que podia ver, era seu pai.

Ela então olhou para o loiro que tinha os olhos azuis fixos nela.

Corou ao que ele sorriu, a ruiva olhou pro seu café que estava já frio e que nem terminara de beber, colocou pra um lado e pegou outro caderno e começou a escrever algumas palavras.

Right from the start
You were a thief, you stole my heart

–O que você ta fazendo?

Ela guardou o caderno rapidamente já corado.

–Nada.

–Vai Art, o que era? Você escreve?

–Nada. Terminou? E porque Art?

–Sim, já. –Ele levantou pegando suas coisas passou no balcão e pagou os dois cafés que a ruiva bufou ao ver ele pagando e falou um “machista” ao que ele sorriu – Seu nome é grande Artemis, e Art é pequeno e fofo.

Passaram pelas portas e Artemis seguiu ele até o carro, no caminho se alto abraçou por causa do frio.

O loiro vendo aquela cena e não sabendo o que fazer, estendeu o sobretudo negro a ela, ela revirou os olhos mais aceitou, mas ele fez mais que isso, colocou um braço ao redor dos ombros dela.

–o que é isso? –Ela perguntou corada.

–Também não vou ficar com frio.

Ela revirou os olhos, mas graças aos deuses, eles se aproximaram do carro do loiro que estava por ali, ele abriu a porta pra ela que entrou, o loiro entrou em seguida ligando o aquecedor, e ligando o motor do carro que ronronou em resposta o que fez ele sorrir.

[...]

Artemis abriu a porta da casa assim que entrou, Apolo a seguiu entrando e tirando os sapatos ficando apenas de meias, ela ligou todas as luzes do cômodo e tirou o sobretudo dele, colocando em cima do sofá.

–Ah, vou me trocar já volto. –Ele apenas assentiu enquanto ela subia as escadas.

Ele finalmente olhou o cômodo, tinha dos sofás grandes na frente da Tv, um tapete espalhado e alguns travesseiros jogados por ali, a cozinha não era muito grande, mas tinha todos os utensílios que conhecia.

Ele retirou a gravata e logo a parte de cima do terno que usava ficando apenas de blusa social, abriu alguns botões da blusa e sentou no sofá.

Sentiu um calor percorrer pelos seus pés, quando olhou o gato dela se enroscava nos seus pés, abaixou-se e pegou o gato passando a mão nos pelos negros dele.

A ruiva desceu as escadas com uma calça folgada, uma blusa de mangas e os cabelos em um coque, ela sorriu ao ver o loiro tentar tirar o gato de cima dele.

Aproximou-se e pegou o gato nos braços, colocando ele perto da vasilha que tinha um pouco de ração.

–Quer alguma coisa pra beber?

–Não, obrigado. –Disse.

A ruiva ligou a TV e subiu as escadas rapidamente.

Quando ela voltou segurava dois grandes edredons, ela ligou um aquecedor que nem sabia que estivera por ali. Entregou um a ele, e deitou no chão e começou a passar os canais até parar em um dos seus canais preferidos onde passava a animação que ela estava viciada “Meu Malvado Favorito”.

–Pode deitar ai em cima, ou aqui, tanto faz. –Disse olhando pra ele, que tinha um sorriso envergonhado nos lábios.

–Ainda bem que eu volto pro trabalho só as quatro agora. –E sorriu. –Ah, alias seu talvez futuro chefe, gostou de você. –Colocou um travesseiro do lado dela e se embrulhou até os pés, do jeito que ela também estava.

Ela sorriu olhando pra tela da TV.

–Serio?

Ele assentiu.

–Que bom, menos sacrifício pra mim.

Ele sorriu e passou a mão pelos cabelos.

–Art acho que vou dormir.

–Dorme, se quiser te acordo.

Ele assentiu e embrulhou-se mais ainda, e ali dormiu olhando os olhos verdes brilhando olhando pra tela da TV.

[...]

Apolo sentiu primeiro alguns balanços em seus braços, depois alguns sussurros, por fim abriu os olhos tentando se acostumar com a claridade.

–Hey, são 15:30 –Ele suspirou e sentou-se passando a mão pelos cabelos, bagunçando eles e por fim passando a mão nos olhos.

–Obrigado –Ele disse e olhou a ruiva.

Artemis que estava sentada com o edredom pela metade do corpo, sorriu pra ele.

Apolo levantou, fechando a blusa, colocando a gravata e disse:

–Tenho que ir, obrigada pelo chão.

A ruiva sorriu e levantou-se indo até a cozinha enquanto terminava de colocar a gravata.

–Tchau ruiva. –Disse saindo.

–Tchau. –Disse e virou-se pra geladeira pegando uma fruta.

–Ah. –Assustou-se com a voz do loiro.

–Meus deuses. –Disse colocando a mão no peito.

Ele sorriu.

–Pela noite venho te buscar.

–Me buscar?

Ele assentiu.

–19:30 esteja pronta. –E saiu.

A ruiva sorriu e foi pro quarto procurar o que vestir.