Faster than a bullet, Terrifying scream, Enraged and full of anger, He's half man and half machine.

Rides the Metal Monster, Breathing smoke and fire, Closing in with vengeance soaring high

He is the Painkiller, This is the Painkiller

Lá estava Odran Nayrh, o mais experiente abaixo de Anairah Nayrh, fazendo ajustes finais no seu veículo ironicamente chamado de "Painkiller" enquanto conversava com os pouquíssimos sobreviventes do Oeste e dava uma pequena polida na lataria quase impecável e brilhante de sua motocicleta. Aquela beleza fazia tranquilamente o Mach 3. A idéia era a seguinte: Ele iria atravessar de Tel Aviv até a Rússia (cerca de uns 5978 Km de distância). Da Rússia mandaria uma espécie de sinal e esse sinal seria retransmitido para a base e assim ficariam alertas de quaisquer riscos pelo caminho.

Muito embora o plano fosse esse, algo dizia a intuição de Odran que a rota Tel Aviv - Rússia era arriscadíssima, tendo em vista que Metranos dominou por completo o território russo. O plano então teve que ser feito numa rota mais longa, porém bem menos arriscada. Odran até poderia parar no caminho, descansar. Seria até uma rota tranquila, apesar de adicionar umas horas a mais. Foi isso que o fez esperar por Heno e Ogird.

– Mas que caralho! Onde eles estão, hein?! A gente precisa chegar logo na base e tirar as garotas de lá...

Pela porta passou Heno, com um semblante meio desistente, derrotado. Ogird entrou em seguida com vários papéis, tubos, mapas. Tudo retirado da sala de Anairah. E vejam só: Para surpresa do trio, ela tinha EXATAMENTE A ROTA PARA INVADIR A FORTALEZA DE METRANOS! Tudo detalhado: Rotas, atalhos, rotas pelo mar. Parece que a garota preveu o que ia acontecer e deixou tudo de mão beijada. O plano seguinte era como invadir a base, já que cada um tiraria uma cópia do mapa para si e seguiriam as próprias rotas. Ogird, que era também mecânico chefe das motos logo se pronunciou para o início do plano de invasão.

– Seguinte, galera... Se formos pegar a rota padrão daqui até a Rússia, são aproximadamente 6 quilômetros de distância... Nossas motos fazem Mach 4 tranquilamente, isso dá a gente cerca de 5 horas uns quebrados e nós NÃO PODEMOS DEIXAR ELAS ESPERANDO POR NÓS. Isso é, SE estiverem vivas, o que eu duvido com toda veemência. Minha sugestão é que peguemos o caça Aelstrom. Ele além de fazer o trajeto em pouco mais de uma hora, ainda nos dá 4 horas de vantagem para pensarmos em como chegar sem alarde...

Heno ergueu a mão e parecia um tanto inconformado com a idéia. Heno podia não ser um bom calculista, mas, por sua experiência tátil, quase tudo que dizia, no fundo tinha uma ponta quase monstruosa de razão.

–O Aelstrom é bom sim, é um caça de altíssima tecnologia e demos muito duro pra manter ele nos conformes. Mas você acha mesmo que o sistema dele de camuflagem vai adiantar, cara? Você sabe que ele faz o Mach 6 sem problema nenhum. O que você não pensou é que ele quebra tranquilamente a barreira do som. E o puta estrondo que ele vai fazer no ar? Cê parou pra ver desse ângulo? Não, não parou!

Minha sugestão é usarmos o caça sim. Mas não podemos DE FORMA ALGUMA USAR A VELOCIDADE MÁXIMA DELE... Estratégia? A gente vai fazendo pelo caminho, porra! Cansamos de pensar em altos planos correndo de tiros de fuzil e hordas de inimigos no nosso encalço, caralho! Eu voto por não usar a velocidade máxima... Se vocês querem usar, problema. Depois não reclama que eu não avisei.

E aquilo ficou no ar. Se fossem rápidos, podiam atrair perigo. Se fossem lentos, podiam perder suas esposas (E Odran sua irmã)... Sem muita escolha, Odran deu a palavra final

– Por mim, tudo ok... Eu voto na gente confiar no Heno e ver onde isso vai dar.

– Confia em mim, garoto. Nunca te deixei na mão... Já?

E assim partiram rumo a uma possível guerra, mesmo ambos em desvantagem total... O risco é grande, mas quem não gosta de correr uns riscos, não é? O destino, embora sombrio para eles, não parece ser tão assustador... Ou parece?