Enquanto os heróis suavam sangue para chegar até Metranos, o mesmo se encontrava fechado em sua sala ao lado das ciborgues e uma refém deveras importante. A mesma se encontrava calada, tapada e vendada, além das mãos para trás e um cinto de castidade.

– Hehehehe... Ele acreditou mesmo que eu ia matar a arquiteta responsável pela criação das minhas ciborgues? E ele acreditou mesmo que aquele cadáver na entrada da base era seu e de seus filhos? Ora... Ele é bem idiota... Pra você eu tenho um plano mais... Digamos... Ousado.

Pelo que eu andei vendo, você se chama... Stephanie Maraya e bem... Você possui Honores Causa em aviação civil, é Stricto Sensu em tecnologia e quem diria... Tem notório saber em tecnologias com o uso de metal líquido... De fato te matar seria como jogar todo saber que preciso aos porcos... Já aquela rebelde sem causa eu tive que matar... Ela quase conseguiu me matar. Faltou pouco, muito pouco pra que ela me matasse... Por sorte algum rebelde a matou bem antes dela chegar aqui... O fato é que eu lhe proponho um acordo. Tenho uma máquina do tempo e uma máquina que me devolveria meus 20 anos.

Como você bem percebeu, tenho 53 anos e já não sou grandes coisas, embora ainda sim tenha todos os meus órgãos funcionando e boa parte do meu saber ainda é intacto. A máquina do tempo e a máquina da juventude estão funcionando e eu temo temo sinceramente que elas possam vir a falhar. Trabalhe para mim e eu sou capaz de lhe dar tudo, TUDO QUE PEDIR. Com uma máquina do tempo, posso evitar que seu pai tenha morrido de forma tão trágica

#1 Nessa hora os olhos de Stephanie marearam e apesar de toda sua crueldade e sede de ódio, ele também tinha lá no fundo um pequeno remorso e aquilo era o motivo das quais as UNICAS LÁGRIMAS ele tivesse derramado na vida foram aquelas. Muitos não sabiam, mas a ligação entre Metranos e o pai de Stephanie era extremamente grande, talvez até desconhecida para muita gente

– Lembro-me como se fosse hoje. Seu pai e eu éramos muito amigos, muito amigos mesmo. Arrisco dizer que se ele fosse mulher, talvez eu me casasse com ele. Quando você nasceu, ele ficou todo bobo. Te colocou nas melhores escolas, te deu tudo que ele podia dar e se você é essa mulher, agradeça a ele. Tudo parecia bem pra mim e pra você at´eo dia em que eu e ele fomos chamados para uma guerra. Ele e eu relutamos muito pra não nos metermos nessa guerra. Eu era um promissor arquiteto de veículos gerais e ele... Bem... Ele era um Major de altíssima patente e tinha que honrar. Eu a mesma coisa. Juntos nós conseguimos derrubar uma parte da tropa, sabe? Até que uma noite nós tivemos que acampar no deserto e bem... Alguns rebeldes nos raptaram e nos torturaram. O Murray morreu depois de ficar 16 horas imerso em agua gelada com choques de 240 volts a cada 4 horas...

Eu sobrevivi e matei todos eles... Só poupei a criança, que virou a minha pior inimiga. Aí eu tive que matar, né? Mas não você... Murray não merece ter os genes esquecidos por qualquer um. Matei aquelazinha, mato esses 3 que vieram te pegar, mas não mato você... E eu de forma alguma vou deixar que você misture seus genes aos dele... De novo. Por isso mesmo que eu vou cuidar direitinho dele em gerações futuras e realidades alternativas também...

Nisso uma enorme tela apareceu uma foto desconhecida. Uma águia segurando um pentagrama surgiu da tela. A voz era suave, gostosa de ouvir e até melodiosa

– Metranos.... O seu tempo está esgotando...

– Caríssima Jvstine... Preciso de tempo e recursos...

– Não venha com desculpas, "pai". Eu lhe enviei quase 300 anos no futuro e quero que faça logo o que combinamos... Não me force a fechar o vórtice temporal e aprisioná-lo no futuro. Voce pode ter o segredo da juventude, mas eu possuo o conhecimento universal... Faça tudo que puder nem que pra isso eu precise ser morta em outra realidade. E não deixe que Onard descubra isso... Eu o amo demais, mas meus planos são MEUS PLANOS! E eu vou dominar a dimensão a todo custo.

– Necessito de tempo.

– ...

E assim a conexão foi cortada. Maraya olhava aquilo com olhos de quem estava num completo e louco pesadelo. Realidades misturadas, guerras de raças, um futuro insano? Não, não podia compactuar daquilo. Não podia deixar o marido morrer, mesmo sabendo que em outros planos dimensionais ele não pertencia a ela. Tentou se soltar, mas foi impedida pelo clone e pela "amiga" Anairah, robotizada e agora com o nome de Anhsar.

– Cuidem dela. Eu preciso resolver uma coisa...

Metranos logo ficou fronte aquela enorme máquina e digitou uma data qualquer e entrou naquela máquina. Por alguns minutos, parecia tudo aparentemente "na mesma". Ao sair da máquina, aquele não parecia Metranos...

– Que comece a destruição... Volto assim que puder...

#2 Nem precisava dizer o que ele faria. Digitou algumas datas, programou algumas coisas e deu uma piscadinha para Stephanie. Mas o que ele foi fazer no passado? Em seu comando ficou o próprio Metranos, gerado por um tipo extremamente avançado de holograma tridimensional. Aquilo enganava qualquer um direitinho. Era tão real que o mesmo até a agarrou pelo braço e a ergueu...

– Enquanto o destino faz o que deve ser feito, que tal assistirmos sem pressa uma boa briga? Aquela briga eu preciso ver com os meus olhos...

E logo saiu arrastando ao refém como um animal que não queria sair do lugar... O foco e a espectativa para aquela luta entre Bada e Odran eram grandes, tendo em vista que ambos já vinham alimentando uma certa rusga entre ambos...

Enquanto isso num passado, o verdadeiro Metranos promovia uma série de fatos e destruições. Matou vilas inteiras, fez coisas que nem os piores ditadores faria. E tudo isso com um sorriso sádico enquanto jorrava sangue de inocentes no ar. Sua última vítima? Jacques Allyn Eriber, ninguém menos que a própria filha e esposa d Odran, porém em outra dimesão. Estava grávida e sorridente quando simplesmente foi atingida por uma bala no peito. Aquilo sim seria um evento de proporções destrutivas dali pra frente.