O horário de visita estava quase acabando, ainda não se sabia se ele ficaria bem, o machucado nas costelas tinha infeccionado na noite anterior, depois que eu fui embora pra casa, então ele estava tomando antibióticos, mas ele ainda estava com febre alta e as vezes murmurava coisas durante o sono. Algumas pessoas da escola, principalmente o time de lacrosse tinham ido visita-lo e escrito varias coisas no gesso em seu braço. Sorri olhando as coisas escritas, tinha umas bem engraçadas, até mesmo o treinador tinha ido visita-lo. Apesar de seu jeito durão ele se importava com seus jogadores e alunos... Menos com Greenberg.

Mexi nos cabelos de Stiles notando sua alta temperatura, os médicos disseram que a febre baixaria logo e que ele logo acordaria com fome, era um dos efeitos de um dos remédios. Scott, Kira e Malia estavam investigando para saber se Pitiless realmente tinha morrido ou escapado. Stiles começou a se mexer, abrindo os olhos lentamente, piscou varias vezes se acostumando com a luz.

–Hey. –Sussurrei sorrindo.

Ele sorriu também.

–Hey.

–Como esta se sentindo?

–hm... acho que bem, com fome, Deus, muita fome! –Ele disse colocando uma das mãos na barriga.

–É efeito de um dos remédios.

–“Um dos?” Quantos remédios eu estou tomando?

–Bastante, um principalmente para dor, então se você sentir alguma dor é para avisar porque vai significar que algo esta errado.

–Okay- ele disse se afundado nos travesseiros. –Esses remédios dão sono também?

–Eu acho que sim.

–Pode por favor, pedir para eles me trazerem comida? Antes que eu apague de novo.

–Okay. –Apertei o botão que ficava perto da cama, a enfermeira falara que quando eu apertasse o botão alguém já apareceria com a comida.

Voltei a me aconchegar ao lado dele.

Ele sorriu, me olhando.

–Ta pensando em que? –Perguntei.

Ele sorriu mais, segurando minha mão e me trazendo para mais perto, até que nossos lábios se encontrasse e nos perdêssemos no gosto um do outro novamente. Acho que nunca vou me cansar de beija-lo.

–Em como eu estava com saudades de fazer isso. –Ele sussurrou.

A porta se abriu e a enfermeira entrou com um carrinho, com uma bandeja em cima com comida.

–Obrigada- Stiles agradeceu enquanto a enfermeira colocava a bandeja em cima do colo dele. Ele fez uma careta ao provar o alimento.

–Isso esta horrível.

–Comida de hospital é horrível. –Respondi.

–Quando vou poder ir embora?

–Provavelmente não tão cedo.

–E o que houve? E Pitiless? Vocês o mataram? Deus certo?

–Calma, nós ainda não temos certeza, ele simplesmente desapareceu. Não sabemos se virou pó ou se correu. Stiles, como você sabia que nós tínhamos que jogar luz nele.

–Ham... eu só pensei que, sempre quando nós o víamos ele estava com aquela maldita capa preta então, eu deduzi.

–Mas e quando ele é James? Ele sai na luz normal.

–Não sei, talvez seja igual ao Jackson, quando ele não era o Kanima ficava paralisado com o próprio veneno. Quando Pitiless esta disfarçado a luz não o atinge. Mas acho que em forma de ames ele não tem forças suficientes para lutar.

Meu telefone tocou olhei o visor.

–É o Scott. Ele, Kira e Malia estão tentando descobrir sobre Pitiless.

–Oi.

–Lydia, más noticias. –A voz dele estava ofegante. –Pitiless não morreu, é como se ele tivesse se curado, assim como nós, e até parece que esta mais forte.

–O que? Como assim, como você sabe?

–Digamos que nós tivemos um encontro não muito agradável.

–Droga, vocês estão bem?

–Sim, nós conseguimos nos livrar, mas... nós ainda não terminamos com isso. Ele esta vivo, e virá atrás de nós.

–O que faremos?

–Temos que armar um plano.

–Venham para o hospital, Stiles esta acordado, aqui nós... pensamos em algo.

–Okay. –Ele concordou.

–E então? –Stiles me perguntou preocupado.

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POV Stiles

–E se nós ar macemos uma armadilha? –Sugeri. – Sabe, um lugar onde ele ficasse preso, que não pudesse correr quando tudo se iluminasse, podíamos colocar varias luzes em algum lugar e atraí-lo para la, e então, acender tudo.

–É, é uma boa ideia, mas muito arriscada, e se não funcionar? E se não conseguirmos fazer ele ficar ali dentro? –Disse Scott.

–Pior que pode acontecer é ele escapar e nós perdermos essa chance de detê-lo.

–E logo em seguida ele vir e matar um por um.

–Okay, nós temos que tentar, nos certificar que ele realmente não escape.

–E na hora? Nós vamos ficar lá dentro ou sair?

–Acho melhor sairmos, vamos fazer luzes o suficientemente fortes para atingi-lo, acho que vai ser luz de mais pra gente.

–Okay. Agora, aonde conseguir tantas luzes, e onde prende-lo?

–Não sei, pergunte ao Derek, ele sempre tem lugares para armadinha, e quanto as luzes, podemos conseguir algumas lampas, ou faróis, lanternas tudo, juntar tudo, ficar com o maior numero de luzes que conseguimos.

–Ta, mais, também temos que pensar em como atraí-lo, ele não vai entrar em um lugar iluminado assim. Vamos ter que tirar o capuz dele novamente. Não vai ser fácil.

–Ham... podemos fazer um sistema, sabe, como apertar um botão e todas as luzes se ascenderem, alguma coisa assim.

–Tudo bem, vamos falar com Derek, Peter, Deaton, todo mundo.

–Isso. Espero que eu saia daqui até o dia da armadilha.

–Com certeza vai sair.

–Se eu não sair eu deixo alguém levar o meu taco.

Eles riram.

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DOIS DIA DEPOIS.

POV Stiles.

–Ótimo, esta tudo pronto –Disse Scott afobado me contando.- Deaton disponibilizou um lugar, tapamos as janelas de vidro para que Pitiless não fuja. Enchemos todo o lugar com diferentes luzes, uma mais forte que a outra. Deaton fez o sistema que você sugeriu, é só apertar o botão e Bum, todas as luzes se ascendem.

–Ótimo.

–Você sai quando daqui?

–Não tão cedo, daqui dois dias mias ou menos ainda.

–Hm... talvez possamos esperar para a armadilha.

–De jeito nenhum, vocês não vão perder essa oportunidade, o quanto mais cedo vocês realizarem a armadilha, mais cedo o pesadelo acaba Okay. Arruem tudo, e façam. E fiquem vivos.

–Tem certeza?

–Absoluta.

A enfermeira entrou falando que o horário de visita tinha acabado. Scott foi embora e eu me ajeitei sobre os travesseiros para dormir um pouco.

Estava em um lugar escuro, andava sem ter controle exatamente, o que estava acontecendo, tudo aquilo estava me enlouquecendo. Mais a frente havia uma mulher agaixada ao chão, mexendo com umas pedras.

–Porque esse Kanji? Porque o “Si mesmo?” –As palavras saiam da minha boca, mas não era eu quem dizia.

A mulher se levantou e me olhou.

–Para significar que ele morreu como sí mesmo. Porque Rhys não era um monstro. Não com você. –Ela respondeu.

–Se eu sou um monstro... Porque chamou os Oni? O que houve com a mulher que clamou por caos, conflito e dor sobre tudo e todos? O que houve? –Eu disse.

–Eu não quero mais isso.

–Eu quero.

Me aproximei dela, sentia que ia fazer algo ruim com ela, machuca-la. Tentei parar, mas não tinha controle sobre minhas pernas, ou falas nem nada.

–Você trouxe isso pensando que poderia esconder de mim? Péssima ideia. –Me concentrei o máximo que eu pude, eu não poderia mais machucar ninguém, não podia permitir que mais alguém se machucasse, tinha que fazer alguma coisa. Tentei gritas, mas o som não saiu. Então, minha mão que segurava o objeto pontudo como uma faca que antes a tal mulher segurava veio em minha direção, e eu me senti controlando minha mão, eu podia senti-la. Era minha chance de parar tudo aquilo. Enfiei a faca em minha própria barriga e fiz um grande profundo corte ali, sentindo a dor me dominar. Pelo menos eu consegui para-lo. Parar a mim mesmo.

– O que você fez?

A mulher perguntou olhando assustada para mim. Então novamente, palavras que eu não tinha controle saíram de minha boca.

–O caos esta vindo novamente.

Acordei sobressaltado, com a respiração ofegante. Olhei em volta, na porta havia um garoto parado em pé me encarando com seus olhos azuis arroxeados.

–James. –Sussurrei.

Ele sorriu maldosamente.

–Olá Stiles.