Supernatural escrita por Mabel_Cullen


Capítulo 9
Capítulo 9: Volta ao Lar


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora... ^.^
Espero que gostem!!!



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Lawrence, Kansas.

Tarde da noite em uma casa, uma mulher tira de uma das caixas de mudança, uma foto dela com seu marido no dia de seu casamento e chora com as recordações que lhe vem à mente.

- Mamãe? – pergunta uma garotinha nos seus 10 anos a sua frente.

- Oi, docinho. – responde a mãe, enxugando as lágrimas. – Porque não está na cama?

- Tem alguma coisa no meu armário. – diz a menina. A mãe a olha com um sorriso carinhoso. Elas vão até o quarto da menina e a mãe abre o armário ao lado da cama, não há nada, apenas roupas.

- Viu? Não há nada dentro dele. – diz a mãe se virando para a filha.

- Tem certeza? – pergunta a menina.

- Tenho. – responde a mãe carinhosamente. – Agora, já para a cama moçinha.

A menina deita em sua cama e sua mãe lhe cobre.

- Eu não gosto dessa casa. – comenta a menina.

- Você só não está acostumada ainda. – diz a mãe. – Mas, você, seu irmão e eu... Nós seremos muito felizes aqui. Eu prometo.

Em seguida a mãe da um beijo suave na testa da menina.

- Eu te amo. – diz ela. A filha lhe da um sorriso discreto e mãe se afasta.

- A cadeira. – diz a menina.

- Está bem. – responde a mulher, pegando uma e colocando-a na frente do armário, o trancando. – Apenas por segurança.

Em seguida ela sai do quarto e fecha a porta, vai para a sala para continuar tirando alguns pertences das caixas. De repente ela ouve alguns barulhos estranhos vindo do porão.

- Por favor, Deus, diga que não são ratos. – pede a mulher se levantando do chão. Ela vai até o porão com uma das lanternas, analisa tudo ao redor. No quarto da filha, a cadeira começa a ser empurrada pelo próprio armário. A menina levanta da cama assustada. Cada vez mais, a cadeira se afasta e o armário fica livre para ser aberto. Lá em baixo no porão, a mulher encontra uma caixa velha em um dos cantos da parede. Ela abre a caixa e encontra a foto de um homem com os filhos. No quarto da menina, o armário se abre devagar, ela respira aceleradamente. No porão, a mulher continua vendo as fotos da família que foram deixadas ali, quando se mudaram. Nas fotos se encontram Dean, Sam, John e Mary. A mulher dá um sorriso para as fotos. De repente, no armário da menina aparece um espírito em formato de fogo. Ela berra.

...

Na janela de uma casa, uma mulher grita desesperadamente por socorro, mas sua voz é abafada pelo vidro. De repente Sam acorda de seu pesadelo, olha para os lados. Jane e Dean dormem tranquilamente em suas camas.

...

De manhã.

- Certo, eu pesquisei em alguns sites... – começa Dean. -... Eu acho que achei alguns candidatos para o próximo trabalho.

Sam em sua cama desenha uma árvore em um papel. Jane acorda com o cabelo todo bagunçado, se espreguiça, coça o olho enquanto boçeja e vai até o banheiro do motel lavar o rosto.

- ‘’ Barco pesqueiro encontrado abandonado na costa da Califórnia. ’’ – continua Dean lendo a reportagem de um dos sites. – Sua tripulação desapareceu. E alguns gados mutilados no oeste do Texas.

Sam nem Jane respondem.

- Ei! – diz Dean despertando a atenção dos dois. – Estou entediando vocês com essas histórias do mal?

- Não. – respondem os dois juntos.

- Continue, estamos ouvindo. – completa Sam e volta ao desenho.

- E também tem um homem que atirou na própria cabeça três vezes. – continua ele. – Alguma dessas coisas anima vocês?

Jane olha para Dean, mas não responde nada. Sam olha fixamente para seu desenho.

- Por que tenho visto isso? – pergunta ele a si mesmo.

- Visto o que? – pergunta Dean. Jane olha atentamente para Sam enquanto escova os dentes. Este levanta da cama e pega o diário de John, o coloca na cama e o abre em uma página com uma foto deles juntos. Sam põe seu desenho ao lado da foto.

- Eu sei para onde temos que ir. – diz ele.

- Onde? – pergunta Dean.

- De volta para casa. – responde Sam. – De volta à Kansas.

- Ok, Sherlock, de onde você tirou isso? – pergunta Dean sem entender o irmão.

- Essa fotografia foi tirada na frente de nossa antiga casa, certo? – pergunta Sam mostrando a foto do diário para ele. – Na casa onde mamãe morreu.

- Sim. – diz Dean quando analisa a foto.

- E eles não a queimaram, certo? – pergunta Sam. – Quero dizer... Não completamente. Eles a reconstruíram, não é?

- Sim, acho que sim. – responde Dean. – Mas, do que você está falando?

- Vejam bem. – diz Sam se sentando ao lado de Dean em uma mesa olhando para Jane que se aproxima deles. – Vai parecer loucura, mas as pessoas que moram na nossa antiga casa, eu acho que podem estar em perigo.

- Como sabe disso? – pergunta Jane curiosa.

-Ah... Eu só... – começa Sam, olhando para os lados. – Apenas confiem em mim, certo?

Sam levanta da cama e começa a arrumar sua mala.

- Confiar em você? – pergunta Dean levantando da cadeira e se aproximando do irmão. Jane olha para Sam com certa desconfiança. – Ora, vamos. Isso é pouco, você precisa me convencer mais do que isso.

- Eu não posso explicar... É isso. – diz Sam terminando de colocar suas roupas na mala.

- Ei! Durão! – diz Dean bravo. – Não vou a lugar nenhum até que explique.

Sam para que o está fazendo, respira fundo e olha para o irmão.

- Não sei. – diz Sam. – Eu posso não estar certo.

De repente Jane começa a escutar coisas se aproxima dele e o olha nos olhos. As palvras ficam mais claras em sua cabeça.

- Foi o mesmo pesadelo que o meu. – sussura ela.

- O que? – pergunta Sam sem entender.

- Você teve um pesadelo, não teve? – pergunta ela apreensiva. – Viu uma mulher gritando na janela de uma casa.

- O que? Como... – começa Sam surpreso.

- Estão cada vez mais nítidos. – diz Jane.

‘’ Do que ela está falando?’’ pensa Dean. Ela o olha.

- Do que eu estou falando? – pergunta Jane a ele. Dean arregala os olhos. – Meus... Poderes... Estão ficando cada vez mais nítidos. Estão aparecendo cada vez mais.

- Mas como sabe que eu sonhei com aquilo? – pergunta Sam.

- Eu li sua mente. – responde ela.

- O que?! – pergunta os irmãos juntos.

- Você pode ler mentes também? – pergunta Dean mais surpreso ainda.

- Antes eu escutava alguns zumbidos, mas agora... – diz Jane. – Estão mais nítidos. Posso escutar suas mentes claramente.

- Isso é muito estranho. – diz Dean. – Como isso é possível? Você é completamente normal, não é? Você é humana, certo?

- Acho que sim. – diz ela confusa. – Não sei.

- Como assim não sabe? – pergunta Dean se aproximando dela.

- Ei, calma. –diz Sam ao irmão e se vira para Jane. – Deve ter alguma explicação... O que sabe sobre meus pesadelos?

Ela o olha atentamente.

- Você sonhou com a morte da Jessica. – responde ela. – Antes de acontecer.

- O que? Do que... – começa Dean.

- Deixa ela continuar. – diz Sam nervoso ao irmão.

- Você viu o sangue jorrando, ela no teto, o fogo... Tudo. – continua Jane apreensiva olhando para os lados agora. Sam se aproxima dela e Jane dá pequenos passos para trás. – Mas não fez nada porque não acreditava que poderia mesmo acontecer.

- Você também sabia, não é? – pergunta Sam a alcançando e a segurando pelos ombros. – Sabia que ia acontecer aquilo com a Jess.

Jane não responde, apenas o olha aflita.

- Foi o que o espelho da Bloody Mary quis dizer, não é?! – Sam a chacaolha forte. Jane se solta bruscamente.

- Me desculpa! – ela grita se afastando dele e indo para perto de Dean que os olha sem entender uma palavra dita. – Eu também não acreditava que pudesse acontecer. Você acha que eu não teria dito se eu soubesse que minhas visões se realizam?! Eu não sabia... Eu...

- Eu sei... Eu sei. – diz Sam se aproximando dela novamente e a abraçando. – Não é culpa sua.

- Nem sua. – diz Jane. – Nem sua, Sam...

- Aquela mulher está em perigo. – diz ele a olhando. – Temos que fazer alguma coisa.

Jane concorda com a cabeça.

- Vão devagar, ok? – diz Dean se levantando nervoso. – Eu não vou voltar para lá. Especialmente quando...

- Quando o que? – pergunta Sam.

- Quando jurei que nunca mais voltava para aquele lugar. – responde o irmão.

- Dean. – diz Jane. – Isso não é brincadeira. Temos que ajudar aquela mulher. Ela está em perigo.

Dean olha para os lados, pensativo. Olha para Jane e confirma com a cabeça.

...

Os três chegam a Lawrence à tarde. Dean para o carro na frente da casa antiga e a olha com um olhar triste e vazio.

- Você vai ficar legal? – pergunta Sam a ele.

- Deixa eu responder isso depois. – responde Dean. Os três descem do carro e batem na porta da casa. Uma mulher loira, nos seus 35 anos abre.

- Sim? – pergunta ela.

- Desculpe o incômodo senhora, mas somos agentes... – começa a mentir Dean.

- Eu sou Sam Winchester. – interrompe o mais novo, desmentindo. – E esses são meu irmão Dean e nossa amiga Jane. Nós morávamos aqui. Nós estávamos passando e queríamos ver como está o lugar.

- Jenny. – se apresenta a mulher. – Engraçado... Você disse Winchester? Eu acho que encontrei algumas das suas fotos na noite passada.

- Achou? – pergunta Dean.

- Por favor, entrem. – pede Jenny abrindo espaço para eles passarem. Os três lhe dão um sorriso e vão até a cozinha.

- Suco... Suco... Suco... – diz um menino de uns três anos dentro de uma cerca no chão.

- Aquele é Richie... Ele é meio que viciado em suco. – diz Jenny pegando a mamadeira do filho na geladeira e o entregando. Jane dá um sorriso a ele. – Mas... Pelo menos ele não vai ficar com escorbuto. Sari, esses são Sam, Dean e Jane. Eles moravam aqui.

- Olá. – diz Sari que faz sua lição de casa na mesa.

- Oi, Sari. – diz Sam. Dean faz apenas um aceno com a mão.

- Então, você acabou de se mudar? – pergunta Dean à mulher.

- Sim, de Winchita. – responde ela.

- Tem família aqui ou... – ele continua.

- Não... Só queria um novo começo. – responde Jenny. – É isso. Cidade nova, novo emprego, nova casa.

- Como está até agora? – pergunta Jane.

- Bem... – começa ela e olha para os irmãos. – Com todo respeito à casa de infância de vocês... Tenho certeza que vocês têm muitas lembranças felizes daqui, mas esse lugar tem os seus problemas.

- Como assim? – pergunta Sam.

- Está ficando velha. – responde Jenny. – As fiações, sabem? As luzes ficam piscando de hora em hora.

- É uma pena. – diz Dean a ela. – O que mais?

- Retorno na pia. – continua. – Ratos no porão. Desculpem... Eu não deveria estar reclamando.

- Não. Tudo bem. – diz Dean com um sorriso. – Você viu os ratos ou só os ouviu?

- Só os ouvi arranhando. – responde ela.

- Mamãe. – diz Sari. – Pergunte se aquilo estava aqui quando eles moravam nesta casa.

- O que Sari? – pergunta Sam.

- A coisa no meu armário. – responde Sari a ele.

- Querida, não há nada no seu armário. – diz a mãe. Ela se vira para os três. – Certo?

- Certo. Não há nada lá. – responde Sam.

- Ela teve um pesadelo na noite passada. – comenta a mãe.

- Eu não estava sonhando. – reclama Sari. – A coisa veio até meu quarto e começou a pegar fogo.

Sam e Dean se olham surpresos.

...

- Uma figura pegando fogo. – diz Sam enquanto os três saem da casa um tempo depois.

- E aquela é a mulher nos seus sonhos? – pergunta Dean aos dois.

- Sim. – respondem Sam e Jane juntos.

- Bem, só estou assustado porque suas visões estão se tornando em realidade também. – comenta Dean olhando curioso para o irmão.

- Esqueça isso por um minuto... A coisa na casa, lembra? – diz Sam a ele. – Acha que foi o que matou mamãe e Jessica?

- Eu não sei. – responde Dean a Sam.

- O que eu quero dizer é, aquilo voltou ou sempre esteve aí? – pergunta Sam a eles.

- Não sei. – responde Dean. – Não sabemos ainda.

- Aquelas pessoas estão em perigo. – diz Sam. – Temos que tirá-las daquela casa.

- E vamos. – diz Dean.

- Não eu digo agora. – diz ele.

- E como vamos fazer isso? – pergunta Dean. – Vai contar a história para ela? Acha que ela vai acreditar em você?

- Então, o que devemos fazer? – pergunta Sam impaciente.

- Esperar. – responde Jane olhando para a casa.

- Temos que esperar esfriar é isso. – diz Dean entrando no carro. Sam e Jane fazem o mesmo. Os três vão até um posto de gasolina ali perto e esperam. - Isso não é um tipo de emprego, o que fazemos.

- Tentaremos descobrir com o que estamos lidando. Nos envolvemos nisso por causa da casa. – diz Sam e olha para Dean. - O que você se lembra daquela noite?

- Não muito... Lembro do fogo, do calor. – responde ele. – E que carreguei você para fora.

- Você fez isso? – pergunta Sam surpreso.

- Você não sabia? – pergunta Dean.

- Não. – responde Sam.

- Bem, você conhece as histórias do papai tanto quanto eu conheço. – diz Dean. – Mamãe estava no teto. O que a colocou lá, já tinha ido embora quando o papai a encontrou.

- E ele nunca criou uma teoria sobre o que era? – pergunta Jane de repente.

- Se criou, guardou para ele. – responde Dean. – Deus sabe que perguntei muitas vezes.

- Então, se nós descobrirmos o que está acontecendo agora... – começa Sam. -... Teremos que descobrir o que aconteceu no passado e ver se é a mesma coisa.

- Sim. – responde Dean a ele.

- Vamos tentar falar com amigos do seu pai, vizinhos, pessoas que estavam aqui na época. – sugere Jane a eles.

- É uma boa. – diz Sam.

- Eu já volto. – diz Dean. – Tenho que ir ao banheiro.

Dean vai até os fundos do posto e tenta ligar para John, mas cai na caixa de mensagens.

- Pai? Eu sei que deixei algumas mensagens antes... Nem sei se você as pegou. – diz Dean deixando recado. – Mas, estou com Sam e estamos em Lawrence. Há algo em nossa antiga casa. Não sei se é a coisa que matou nossa mãe ou não. Mas, eu não sei o que fazer... Então, o que quer que esteja fazendo, se puder vir até aqui. Por favor. Preciso de sua ajuda, pai.

Em seguida Dean desliga o telefone com uma lágrima caindo de seu rosto.

...

Casa antiga dos Winchesters.

- Não senhor. Nada estranho lá em baixo. – diz Jenny ao encanador. – Eu juro. Apenas há retorno para a pia.

- Eu darei uma olhada. – diz ele.

- Obrigada. – agradece ela. – Vou deixar você trabalhar.

O encanador se deita e começa a mexer no encanamento de baixo da pia. De repente um macaquinho de brinquedo no chão começa a tocar sozinho. O homem para com o trabalho e o olha, mas volta a trabalhar, começa a limpar os canos. O macaquinho para de tocar. O encanador se levanta, arregaça uma das mangas, põe sua mão dentro do ralo da pia e procura por algo. De repente sua mão é puxada com força para baixo. Ele tira o braço do ralo, olha para a mão sem entender, mas põe novamente no ralo. Recomeça a procurar. De repente parte de seu braço começa a ser triturado. No cano de baixo da pia sai muita quantidade de sangue. O macaquinho começa a tocar novamente.

...

Em uma oficina.

- Você e John Winchester costumavam cuidar dessa oficina juntos? – pergunta Sam a um mecânico.

- É, costumávamos... Há muito tempo. – responde ele. – Na verdade, deve fazer uns 20 anos que John desapareceu. Porque a polícia está interessada de repente?

- Estamos abrindo casos não-resolvidos. – mente Dean a ele. – E o desaparecimento de Winchester é um deles.

- O que querem saber sobre o John? – pergunta o mecânico.

- Tudo que lembrar. Tudo que passar pela sua cabeça. – responde Sam.

- Lembro que ele era um cara muito teimoso. – comenta o mecânico rindo. – E qualquer que fosse o jogo, ele odiava perder, sabe? Coisa de marinheiro. Mas, ele com certeza amava a esposa Mary e os filhos.

- Mas, isso foi antes do incêndio? – diz Sam.

- Sim. – responde o mecânico.

- Ele falou sobre aquela noite? – pergunta Jane.

- Não, não no começo. – responde o mecânico. – Acho que ele estava em choque.

- Certo, mas eventualmente... O que ele disse sobre isso? – continua ela.

- Ele não estava pensando direito. – responde o mecânico. – Ele disse que algo causou aquele incêndio e matou Mary.

- Ele disse o que foi? – pergunta Sam.

- Não foi nada... Foi um acidente. – responde o mecânico. – Um curto circuito no teto, na parede ou algo assim. Eu implorei para que ele procurasse por ajuda, mas...

- Mas o que? – pergunta Dean impaciente.

- Ele só piorou cada vez mais. – responde o mecânico.

- Como? – pergunta Jane.

- Ele começou a ler livros velhos e estranhos. – responde o mecânico. – Começou a ver a leitora de mãos da cidade.

- Leitora de mãos? – pergunta Jane. – Você sabe o nome dela?

- Não. – responde ele.

Os três vão até um telefone público e vêem uma lista de telefones. Dean a pega.

- Tudo bem. Há alguns médiuns e leitores de mão na cidade. – diz Dean folheando a lista em suas mãos. – Há alguém chamado Aldovino, há o misterioso Sr. Fortenski. Missouri Mosley, tem um cara...

- Espera. – interrompe Sam.

- O que? – pergunta Dean.

- É uma mediun? – pergunta Sam. – Missouri Mosley?

- Sim, é o que diz aqui. – responde Dean. Sam em seguida abre a porta do carro e tira o diário de John de lá.

- O diário. – diz Sam aos dois. – Primeira página, primeira frase. Leiam isso.

Jane pega o diário.

- Eu fui até Missouri e soube a verdade. – lê ela.

- Sempre pensei que ele falasse do estado de Missouri. – comenta Sam.

Eles se olham.

...

- Tudo bem então. – diz uma mulher a um homem. Os dois saem de uma sala. – Não se preocupe com nada, sua esposa é louca por você.

- Obrigado. – agradece o homem e se retira do consultório.

- Pobre infeliz. – diz a mulher agora olhando para a porta. – A mulher dele está transando com o jardineiro.

- Porque não disse a ele? – pergunta Dean a ela.

- As pessoas não vêm atrás da verdade. Elas vêm atrás de boas notícias. – responde Missouri. – Entrem logo, não tenho o dia todo.

Os três entram em um pequeno cômodo com dois sofás e uma mesinha de centro com um vaso de flores nela.

- Bem, deixe-me olhar para vocês. – diz Missouri olhando para Dean e Sam. Jane se senta em um dos sofás. – Vocês cresceram tão lindos. E vocês eram umas crianças bobonas também.

Sam olha para o irmão com um sorriso.

- Sam. – diz Missouri pegando em sua mão. – Ah, querido, sinto muito pela sua namorada. E o seu pai está desaparecido, não deve ser fácil.

Ele a olha, surpreso.

- Como sabe de tudo isso? – pergunta Sam.

- Bem... – começa Missouri. – Você estava pensando nisso agora.

- Onde ele está? Ele está bem? – pergunta Dean.

- Eu não sei. – responde Missouri.

- Não sabe? – diz Dean. – Você... Você deveria ser uma médiun, não é?

- Garoto, você me vê e acha que eu sou algum tipo de bruxa com chapéu e tudo? – pergunta Missouri nervosa. – Você acha que eu sou uma mágica? Eu posso ler pensamentos e sentir energia em um lugar, mas não posso simplesmente pegar fatos do ar.

Sam olha para Jane.

- Sentem-se, por favor. – pede Missouri a eles. Dean olha para Sam que está com um sorriso estampado no rosto. Os dois se sentam ao lado de Jane no sofá, enquanto Missouri senta a frente deles no outro.

- Coloque seu pé sobre minha mesinha de café e eu te espanco com uma colher. – diz Missouri ao mais velho.

- Eu não fiz nada. – diz Dean assustado.

- Mas pensou em fazer. – diz Missouri. Jane e Sam contém uma risada. Missouri olha para Jane com uma expressão vazia e pensa ‘’ Ela deve sofrer tanto’’.

- Eu sofrer? Por quê? – pergunta Jane a ela. Missouri a olha espantada.

- Certo, nosso pai. Quando o conheceu pela primeira vez? – pergunta Sam, mudando rapidamente de assunto.

- Ele veio para uma leitura. – responde Missouri ainda olhando para Jane. – Alguns dias após o incêndio. Eu só disse a ele o que realmente estava lá fora, na escuridão. Acho que posso dizer, que eu abri os olhos dele.

- E o incêndio? – pergunta Dean. – Você sabe sobre o que matou nossa mãe?

- Um pouco. – responde Missouri. – John me levou até a casa em que moravam. Ele esperava que eu pudesse sentir os ecos, as impressões digitais dessa coisa.

- E você pôde? – pergunta Jane a ela.

- Não. – responde ela.

- Por quê? O que era? – pergunta Sam.

- Eu não sei. – responde Missouri a ele. – Mas era mal... Muito mal.

...

Casa antiga dos Winchesters.

- Olha, eu me sinto péssima pela mão do encanador. – diz Jenny ao telefone. – Mas como eu posso ser responsável? Sim, mas... Não posso pagar um advogado. Certo... Escute, eu ligo de volta.

Ela desliga o telefone e olha para o teto, ela ouve um barulho no andar de cima.

- Richie, a mamãe já volta. – diz Jenny para o menino no cercado. – Certo?

- Certo. – ele responde.

...

- Então... – continua Missouri. – Vocês acham que algo está de volta naquela casa?

- Definitivamente. – responde Sam.

- Eu não entendo. – diz Missouri. - Não estive novamente dentro da casa, mas tenho mantido o olho no local. Ele tem estado quieto. Nenhuma morte repentina, nenhum acidente estranho... Porque estaria agindo agora?

- Eu não sei. – responde Sam. – Mas o desaparecimento do papai, a morte de Jessica e... Agora essa casa. Está tudo acontecendo de uma vez.

- É como se algo estivesse começando. – diz Jane olhando pela janela.

- Isso me conforta muito, sabiam? – comenta Dean ironicamente.

...

Casa antiga.

O cercado de Richie abre sozinho e a geladeira também. O menino a olha e vai até ela. Vê sua mamadeira lá dentro e entra na geladeira para pegá-la. Em seguida a porta se fecha rapidamente, prendendo-o lá dentro. Um tempo depois a mãe volta do andar de cima.

- Ah, bebê... Ou temos ratos, ou a mamãe está enlouquecendo. – diz ela entrando na cozinha. Ela vê que o cercado de Richie está aberto e que seu filho não está ali. – Richie? Richie!

A mãe começa a procurar desesperada pela casa.

- Bebê, onde você está?! – ela pergunta. Ela volta à cozinha. Em seguida ela vê que leite começa a escorrer da geladeira, vai até ela e a abre.

- Mamãe! – diz Richie.

- Oh, meu Deus! – diz a mãe aliviada pegando o filho no colo e começando a chorar. A campainha toca. A mulher vai com Richie no colo atendê-la.

- Vocês... – diz ela surpresa. – O que fazem aqui?

- Oi, Jenny. – diz Sam a ela. – Essa é nossa amiga Missouri. Se não causar problemas, gostaríamos de mostrá-la a antiga casa, sabe?

- Pelos velhos tempos. – completa Dean com um sorriso.

- Essa não é uma boa hora. – comenta Jenny. – Estou meio ocupada.

- Escute Jenny, é importante. – diz Dean a ela. Missouri da um tapa na cabeça dele.

- Dê uma pausa à pobre garota. – diz Missouri nervosa a ele. – Não vê que ela está transtornada? Perdoe esse garoto, ele tem boas intenções, só não é a faca mais afiada do faqueiro. Mas me escute...

- Sobre o que? – pergunta Jenny a ela.

- Sobre a casa. – responde Missouri. – Você acha que há algo nesta casa, algo que quer machucar a sua família. Estou errada?

- Quem são vocês? – pergunta Jenny sem entender.

- Pessoas que podem ajudar. – responde Missouri. – Que podem parar essa coisa, mas terá que confiar em nós um pouco.

- Entrem. – diz Jenny rapidamente.

- Há uma energia negra por aqui. Esse quarto deve ser o centro dela. – comenta Missouri entrando em um dos cômodos da casa.

- Por quê? – pergunta Sam.

- Esse costumava ser o seu quarto, Sam. – responde Missouri a ele. Sam fica sério. – Foi aqui que tudo aconteceu.

Os irmãos olham assustados para o teto. Jane sente calafrios quando entra. Missouri começa a passar sua mão pelos móveis. Dean pega seu aparelho eletromagnético e o liga.

- Tem uma FEM? – pergunta Missouri vendo o aparelho na mão dele.

- Sim. – Dean responde.

- Amador. – diz ela. Dean revira os olhos.

- Não sei se vocês deveriam ficar desapontados ou aliviados, mas... Essa não é a coisa que levou a mãe de vocês. – diz Missouri a Dean e Sam.

- Tem certeza? – pergunta Sam a ela. Missouri afirma com a cabeça. – Como sabe disso?

- Não é a mesma energia que senti da última vez que vim aqui. – responde ela. – É diferente.

- Tipo o que? – pergunta Jane. Missouri abre o armário do quarto.

- Há mais de um espírito nesse local. – diz a médiun.

- O que eles querem? – pergunta Dean.

- Estão aqui por causa do que aconteceu à sua família. – responde Missouri. – Há vários anos, um grande mal veio até vocês. Ele andou por essa casa. Esse tipo de mal deixa feridas e algumas vezes, feridas ficam infectadas.

- Não entendo. – diz Sam.

- Esse lugar é um imã para energia paranormal. – explica Missouri a ele. – Atraiu um poltergeist, um dos maus... E não descansará até que Jenny e seus filhos estejam mortos.

- Você disse que há mais de um espírito. – repete Sam.

- Há. – confirma Missouri indo novamente para dentro do armário. – Eu só não consigo identificar exatamente o segundo.

- Bom... De uma coisa temos certeza... – começa Dean. – Ninguém morrerá nessa casa. Nunca mais. Então, o que quer que esteja aqui, vamos detê-lo.

Um tempo depois, frascos com conteúdos estranhos dentro estão em cima da mesa da sala.

- O que são todas essas coisas mesmo? – pergunta Sam.

- Talos de angélica, pó de verbena da encruzilhada. – diz Jane. Missouri a olha e concorda com a cabeça para eles.

- O que devemos fazer com isso? – pergunta Dean.

- Vamos colocá-las dentro das paredes. – responde Missouri a ele. – Nos cantos norte, sul, leste e oeste. Em cada piso da casa também.

- Vamos furar buracos nas paredes? – pergunta Dean. – Jenny vai amar isso.

- Ela viverá. – diz Missouri.

- E isso destruirá os espíritos? – pergunta Sam a ela.

- Deve sim. – responde Missouri. – Deve purificar a casa completamente. Cada um de nós pegará um piso, mas temos que trabalhar rápido. Se os espíritos perceberem o que estamos fazendo as coisas vão ficar ruins.

À noite Missouri, Jenny e os filhos saem da casa.

- Tomem cuidado. – diz Missouri a eles.

- Sabe, eu não me sinto confortável deixando vocês aqui sozinhos. – diz Jenny a ela.

- Só leve seus filhos para o cinema ou algo assim. – pede a médiun. – Terá acabado quando vocês voltarem.

- Certo. – confirma Jenny e eles vão embora. Missouri entra novamente na casa.

Sam entra em um dos cômodos girando um martelo em uma das mãos e ajoelha-se em frente a uma das paredes. Do outro lado do quarto uma tomada começa a sobrevoar na direção de Sam. Na cozinha onde Dean está, o forno vem lentamente até ele. Dean começa a bater com um machado na parede. No porão, onde Missouri procura por alguma energia, um móvel velho a prende de repente. Jane bate com um martelo em uma das paredes do quarto que era de Sam. Na cozinha, Dean ouve um barulho estranho ao seu lado, ele olha e uma faca vem de encontro a ele, mas ele desvia um segundo antes dela passar por sua cabeça. Ele pega a mesa no centro e a derruba para servir de escudo. Várias facas cortantes batem na mesa e caem no chão. No quarto em que Sam está, a tomada se enrola em sua garganta o puxando para baixo, ele cai de costas e começa a ser enforcado brutalmente. Ele tenta retirar a tomada, mas não consegue, sua respiração começa a ficar fraca. Jane olha na direção da porta do quarto e sai correndo.

- Sam! – grita Jane entrando no cômodo em que ele está. Cada vez mais, a respiração de Sam diminui. – Sam!

Jane começa a tentar tirar a tomada do pescoço de Sam com todas as suas forças, mesmo se concentrando, mas não consegue. Seu coração bate mais forte, ela olha para a parede, faz um movimento com os braços e a parede explode, com isso o quarto é iluminado e um dos espíritos que estava assombrando a casa, é eliminado. Jane vai até Sam novamente e o senta no chão, ela retira a tomada enrolada em seu pescoço. Sam a olha e a abraça ofegante, Jane nem pensa e retribui o abraço passando a mão pelo cabelo dele.

...

Os quatro se reúnem na cozinha.

- Vocês estão bem? – pergunta Dean aos outros.

- Por muito pouco. – responde Sam com um sorriso para Jane. – Mas, Missouri, você tem certeza que agora acabou?

- Tenho certeza. – ela responde. – Porque pergunta?

- Não, esqueça. – responde Sam. – Não é nada, eu acho.

- Olá, estamos em casa. – avisa Jenny entrando na cozinha com os filhos, ela olha com a boca aberta, todo o estrago que foi feito na casa. – O que aconteceu?

- Desculpe... – começa Jane a ela. – Pagaremos por tudo.

- Não se preocupe. – diz Missouri a Jenny. – O Dean vai limpar toda essa bagunça.

Dean olha para Missouri com um olhar cortante.

- O que está esperando, garoto? – pergunta Missouri se virando para ele. – Mova-se. E não me xingue!

...

Um tempo depois eles saem da casa, Jenny os olha com um sorriso da porta.

...

Na cama Jenny lê um livro, mas logo sente sono e o põe de lado no criado-mudo. Em seguida ela se cobre para dormir, mas de repente a cama começa a tremer, ela se assusta e começa a gritar. Na rua lá em baixo, Sam, Dean e Jane esperam no carro por algum movimento estranho dentro da casa.

- Me fale de novo, porque estamos aqui? – pergunta Dean a eles.

- Eu não sei... Eu só... – começa Sam. – Eu ainda tenho um mau pressentimento.

- Por quê? – pergunta Dean. – A casa deve estar limpa. Deve ter acabado, você ouviu o que Missouri disse.

- Sim... Provavelmente. – diz Sam. – Mas eu quero certificar, só isso.

- O problema é que eu poderia estar dormindo agora. – reclama Dean.

- Não reclama. Estamos salvando uma família. – diz Jane a ele. De repente imagens vêm em sua cabeça (Jenny, fogo, gritos). Ela olha para a casa e vê Jenny desesperada na janela. - Temos que ir!

Em seguida os três saem do Impala, derrubam a porta da casa e sobem a escada às pressas.

– Jane, pegue as crianças que eu e Dean pegamos a Jenny! – grita Sam. Jane concorda com a cabeça e corre para o quarto de Sari e Richie.

Em seu quarto, Jenny tenta abrir a porta, mas não consegue, algo a está trancando. No quarto de Sari, o mesmo espírito em formato de fogo aparece.

- Jenny! – gritam Dean e Sam tentando abrir a porta de seu quarto.

- Eu não consigo abrir a porta! – grita ela.

- Vá para trás. – diz Dean. Jenny se afasta da porta. Dean a chuta e ela cai.

- Vamos! – grita Sam a mulher.

- Não, meus filhos! – diz Jenny apavorada.

- Jane os pegou, vamos. – avisa Dean a pegando pelo braço e a tirando do quarto.

Jane com Richie no colo vai até o quarto de Sari que grita por socorro e chora vendo o espírito de fogo.

- Venha cá. – diz Jane pegando Sari no colo também. – Não olhem! Não olhem!

Sam e Dean saem com Jenny da casa. Os três olham desesperados para a porta de entrada. Jane está demorando. Descendo as escadas, Jane solta Richie e Sari.

- Sari leve seu irmão para fora o mais rápido que puder. – diz Jane à menina. – Não olhe para trás.

De repente Jane é derrubada no chão e puxada pelas pernas até a cozinha batendo na mesa do centro. Sari grita e corre para fora de casa com Richie.

- Vocês estão bem? – pergunta Jenny pegando-os no colo do lado de fora.

- Sari, onde está a Jane? – pergunta Sam.

- Ela está lá dentro, alguma coisa a pegou. – responde Sari. Sam olha espantado para a porta da frente da casa. De repente ela se fecha com tudo. Dean e Sam vão até o carro pegar armas e machados. Eles correm até a porta da casa e começam a chutá-la e a baterem nela com o machado. Na cozinha Jane é empurrada de encontro a parede, batendo a cabeça. Ela geme de dor. Em seguida é tacada na mesa, escorregando por cima dela e caindo no chão. Sam e Dean continuam batendo com o machado na porta, cada vez com mais força. Jane se levanta com sangue escorrendo da boca e da cabeça, mas em seguida é jogada novamente de encontro a parede, ela fica fraca. Tenta se soltar, mas não consegue. De repente o espírito em formato de fogo vem até ela.

- Jane! – berra Sam terminando de quebrar a porta. Ele e Dean entram às pressas. O espírito se aproxima de Jane, cada vez mais. Ela olha assustada. – Jane? Jane!

Sam e Dean entram na cozinha e apontam as armas para o espírito.

- Não! – grita Jane para eles.

- O que? Por quê? – pergunta Dean se virando para ela nervoso.

- Porque eu sei quem é. – responde ela. – Posso vê-la e senti-la agora. De repente Mary Winchester aparece no lugar do fogo. Dean e Sam abaixam a arma e olham espantados para a mãe.

- Mãe? – perguntam Sam e Dean ao mesmo tempo. Mary se vira para eles e se aproxima.

- Dean. – diz Mary olhando para seu primogênito e em seguida para o mais novo. – Sam... Sinto muito.

- Por quê? – pergunta Sam ainda sem acreditar. Mary olha com uma expressão triste para ele e em seguida ela se vira para Jane presa à parede.

- Jane. – diz Mary com um sorriso a ela. Jane a olha com lágrimas escorrendo em seu rosto. – Olhe dentro de seu coração e você fará a escolha certa. Viva por si mesma. John e eu ficaríamos orgulhosos se tivéssemos uma filha como você.

Em seguida ela se vira para o teto.

- Você! Saia da minha casa! – diz Mary. – E os deixe em paz!

Em seguida ela pega fogo novamente e desaparece. Dean e Sam olham tudo assustados. Jane é solta da parede e cai do chão.

- Agora acabou. – diz Jane. Sam e Dean a olham com os olhos arregalados.

...

No dia seguinte de manhã.

Jenny entrega a caixa de fotos que estava no porão aos irmãos Winchester.

- Obrigado. – Dean agradece a ela.

- Não me agradeça, são suas. – diz Jenny a ele com um sorriso.

- Não há mais espíritos lá dentro, com certeza. – diz Missouri saindo da casa.

- Nem mesmo minha mãe? – pergunta Sam.

- Não. – responde Missouri.

- O que aconteceu? – pergunta Dean se aproximando.

- O espírito de sua mãe e a energia do poltergeist se cancelavam. – responde Missouri. – sua mãe se destruiu indo atrás da coisa.

- Por que ela faria algo assim? – pergunta Sam não entendendo.

- Para proteger você e Dean. – responde Jane com as coisas que Mary lhe disse ainda na cabeça.

- Jane, eu sinto muito. – se desculpa Missouri.

- Pelo que? – pergunta Jane já sabendo a resposta.

- Você sentiu ela aqui, não sentiu? – pergunta Missouri. – Mesmo quando eu não pude. Você também Sam, eu sei disso.

- O que está acontecendo comigo? – pergunta Sam à médiun.

- Eu sei que deveria ter todas as respostas. – comenta Missouri a eles. – Mas... Eu não sei.

- Sam!Jane! – grita Dean do Impala. – Estão prontos?

- Tchau. – se despede Jenny deles com Sari e Richie ao seu lado.

- Tchau. – eles respondem. Sam e Jane andam juntos até o carro.

- Porque a minha mãe disse aquelas coisas a você? – pergunta Sam sussurrando para Jane.

- Eu não sei, não faço a mínima idéia. – responde ela sem olhá-lo.

- Bom... Talvez na hora certa descobriremos. – diz Sam.

- É... Quem sabe? – diz Jane a ele. Eles se dão um sorriso discreto.

- Vocês! Não se tornem estranhos. – brinca Missouri com eles.

- Não iremos. – responde Dean a ela.

- Vejo vocês por aí. – diz Missouri a eles. Os três lhe dão um pequeno sorriso e entram no carro. Dean liga o Impala e eles partem em direção à estrada.

- Espero que ela faça a escolha certa. – diz Missouri ainda olhando o carro partir. Um tempo depois ela entra em seu consultório.

- Aquela garota... Ela tem habilidades tão poderosas. – diz Missouri se referindo a Jane. – Porque ela não pôde sentir você aqui, eu não tenho idéia.

Ela entra em sua sala onde um homem sentado em um dos sofás está com as mãos cobrindo o rosto.

- O espírito de Mary. – diz John. – Você acha realmente que ela salvou os três?

- Sim. – responde Missouri a ele. John olha para sua aliança no dedo. – John Winchester, eu poderia dar um tapa em você. Porque não vai falar com os seus filhos? Porque não vai contar a verdade aquela garota?

- Eu quero. – ele responde. – Você não tem idéia do quanto eu quero vê-los. Do quanto eu quero conversar com Jane e dizê-la a verdade... Mas eu não posso. Ainda não. Ela está atrás de mim, ela quer me matar.

- Você sabia que dentro dela e do Sam está crescendo uma chama? – pergunta Missouri. – Uma chama pelo outro?

John a olha, surpreso. Missouri lhe da um pequeno sorriso, mas ao mesmo tempo com a espressão vazia.

- Não posso. – repete John a ela. – Não agora.

Em seguida ele olha pela janela a fora, onde começa a cair gotas grossas de chuva.

Fim do Nono Capítulo.


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Notas finais do capítulo

Reviews???
Beijos e continuem lendo!!!
Obrigada... ^.^



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