Supernatural escrita por Mabel_Cullen


Capítulo 10
Capítulo 10: Asilo


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem... ^.^



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Asilo Roosevelt. (Rockford, Illinois).

O asilo Roosevelt, é um hospício totalmente abandonado e destruído hoje. Está literalmente caindo aos pedaços. Vários avisos por todas as partes mandam as pessoas manterem distância...

Dois policiais param em frente a ele e descem do carro.

- Não conseguimos manter os adolescentes fora desse lugar. – comenta um deles.

- O que é isso mesmo? – pergunta o outro.

- Esqueci que você não é daqui, não conhece a lenda. – diz o policial mais velho.

- Lenda? – pergunta o mais novo.

- Toda cidade tem sua história, não é? – pergunta o mais velho. – A nossa é o hospício Roosevelt. Dizem que é assombrado pelos fantasmas dos pacientes. Passe a noite aqui e os pacientes te levam a loucura.

Em seguida os dois entram no asilo com lanternas.

- Olá? – pergunta o mais velho para ver se encontra alguém. Adolescentes entraram ali de novo para fazer brincadeiras. – É a policia. Policia.

De repente eles vêem uma porta aberta com sua fechadura de aço cortada e arrancada.

- Esses adolescentes trouxeram alicate de corte? – pergunta o mais velho nervoso. O mais novo faz uma expressão de quem não sabe. – Vamos. Vamos nos separar.

- Certo. – concorda o mais novo. O mais novo entra em um dos corredores do asilo. – Olá?!

- Olá? – pergunta o mais velho em outro corredor. O mais novo entra em um quarto muito misterioso. O mais velho procura por todos os cantos até que... – Certo... Vamos agora.

Ele acha três adolescentes escondidos em um dos quartos por baixo de um lençol velho. A lanterna de Walt pára de funcionar. De repente uma porta que antes não era visível se abre a seu lado. O policial a olha, assustado.

Fora do asilo os adolescentes entram no carro do mais velho e vão embora. Daniel pega seu walk-talk.

- Kelly, na escuta? – ele pergunta e se vira para o asilo novamente vendo o parceiro à sua frente. – Jesus!Você me assustou... Onde você esteve?

- Lá dentro. – responde Walt de uma forma estranha, mais rígida.

- O que foi? Você viu alguma coisa? – pergunta Daniel desconfiado.

- Não. – Walt responde com um sorriso sombrio. Os dois policiais entram na viatura.

- Aqui é a Patrulha 14. Terminamos e estamos retornando à Central. – avisa Daniel pelo rádio. De repente o nariz de Walt começa a sangrar, ele se vira para a janela e o limpa. Em sua casa Walt encontra a esposa já na cama lendo.

- Ei... – diz ela fechando o livro e o colocando no criado-mudo. Walt põe sua arma em cima da escrivaninha. – Então... Como foi? Vai continuar sem falar comigo? Kelly, eu disse que sinto muito sobre antes, quantas vezes vou ter que dizer?

O policial pára de guardar seus pertences, pega rapidamente sua arma e atira duas vezes na mulher.

...

- Não, papai estava na Califórnia quando ouvimos dele pela última vez. – diz Sam falando com alguém no celular. Dean folheia o diário de John sentado em uma cadeira. Jane deita em uma das camas do motel e volta seu olhar para o teto. – Só pensamos que ele vai atrás de você por munições... Talvez tenha o visto nas últimas semanas... Apenas ligue se souber de algo... Obrigado.

Sam desliga o celular.

- Caleb não ouviu dele? – pergunta Dean ao irmão.

- Não. – responde Sam a ele. – Nem Jefferson ou o Pastor Jim. E o diário? Alguma pista?

- Não, a mesma coisa da última vez que olhei. – responde Dean. – Não que eu possa inventar nada. Eu amo o cara, mas juro que ele escreve como o doido do Yoda.

- Talvez devêssemos ligar para os Federais. – comenta Sam. – Reportar como pessoa desaparecida.

- Falamos sobre isso. – diz Dean o olhando. – Papai ia ficar irado se colocássemos os Federais atrás dele.

- Eu não me importo mais. – diz Sam. – Nós dirigimos até o Kansas. Quero dizer... Ele deve estar lá, Dean. Você mesmo disse que tentou ligar e nada.

Dean se levanta da cadeira e começa a arrumar suas coisas em uma mala.

- Eu sei. – responde Dean. – Onde diabos está o meu telefone?

- Ele pode estar morto. – comenta Sam. Jane se volta para ele.

- Não diga isso. – diz Dean nervoso. – Ele não está morto... Ele... Está...

- Está o que? Escondido? Ocupado? – pergunta Sam nervoso também. Jane levanta de repente e se senta, olha para a mala de Dean.

- Novas coordenadas. – diz ela.

Dean abre o bolso ao lado da mala e pega o celular. Sam olha o irmão.

- Ela está certa. – diz Dean olhando uma mensagem que recebeu.

- Você acha que papai nos enviou essas coordenadas? – pergunta Sam a ele.

- Ele já nos deu coordenadas antes. – responde Dean pesquisando no laptop em cima da mesa de canto.

- Ele mal sabe mexer em uma torradeira, Dean. – diz Sam.

- Sam é uma boa notícia. – diz Dean. – Quer dizer que ele está bem ou vivo.

- Havia um número no identificador de chamadas? – pergunta Sam.

- Não. – responde Dean. – Dizia desconhecido.

- Onde é o ponto das coordenadas? – pergunta Jane.

- Essa que é a parte interessante. – responde Dean olhando para ela. – Rockford, Illinois.

- O que tem de interessante nisso? – pergunta Sam.

- Eu verifiquei as notícias locais e olhem isso... – diz Dean virando o laptop para eles. – Esse policial... Walt Kelly chega em casa após seu turno, atira na esposa, então coloca uma arma na boca e estoura os próprios miolos. Antes naquela noite, Kelly e seu parceiro responderam a um chamado no Asilo Roosevelt.

- Tudo bem... Eu não estou entendendo o que isso tem a ver com a gente. – comenta Sam a eles.

- Papai marcou o mesmo hospício no diário. – diz Dean abrindo-o em uma página. – Vamos ver... Sete visões não-confirmadas, duas mortes... Até semana passada, pelo menos. Acho que é para onde ele quer que nós vamos.

- Isso é um emprego. – diz Sam se levantando e passando a mão pelos cabelos. – Papai quer que nós trabalhemos como se fosse um emprego.

- Talvez ele vá se encontrar conosco. Talvez ele esteja lá. – comenta Jane olhando para um ponto fixo de uma das paredes. – Ou talvez não.

- É... Ele pode estar nos enviando sozinhos para caçar o que quer que seja. – diz Sam.

- Quem se importa? – pergunta Dean enquanto guarda o laptop e se levanta. – Se ele nos quer lá, é o suficiente para mim.

- E você não acha isso estranho? – pergunta Sam ao irmão. – A mensagem... As coordenadas?

- Sam! – diz Dean nervoso. – Se papai manda a gente ir para um lugar, nós vamos.

Dean sai do quarto do hotel com sua mala nas costas. Jane e Sam olham por onde Dean saiu.

- Vamos. – diz Jane a ele. Sam a olha e por algum motivo sente que o espírito de Jessica paira sobre ela. O sorriso carinhoso, o olhar, a personalidade, tudo. Que sentimento é esse? O coração de Sam bate mais forte quando olha para Jane.

- O que está acontecendo comigo? – se pergunta Sam e pega sua mochila, saindo do quarto em seguida.

Um tempo depois, os três vão para Rockford, Illinois. Quando chegam, pegam informações do policial que estava acompanhando Kelly no asilo. Os três vão até um bar.

- Você é Daniel Gunnerson, certo? É policial? – pergunta Dean se aproximando da mesa de um homem alto, moreno, cabelos pretos sedosos.

- Sim. – ele responde.

- Sou Nigel Tuffnel, do Chicago Tribune. – se apresenta Dean mentindo. – Você se importa se eu fizer algumas perguntas sobre o seu parceiro?

- Sim, eu me importo. – diz Daniel a ele. – Só estou tomando uma cerveja aqui.

- Isso não vai demorar muito, só quero ouvir a história de sua boca. – insiste Dean.

- Há uma semana, meu parceiro estava sentado nessa cadeira. – diz Daniel. – Agora está morto. Você vai mesmo me fazer falar sobre isso?

- Desculpe... Eu preciso saber o que aconteceu. – continua Dean.

- Ei! – grita Sam com Dean. – Que tal deixar o cara sozinho, em?

Sam pega Dean da cadeira e o empurra, fazendo-o bater em uma mesa de bilhar.

- O cara é um policial. Porque não mostra respeito? – continua Jane para Dean que fingi ser namorada de Sam. Dean finge estar nervoso e sai do bar.

- Vocês não precisavam fazer isso. – diz Daniel aos dois.

- É claro que precisávamos. – diz Sam a ele. Sam se senta a frente de Daniel na mesa e faz um gesto para Jane se sentar em seu colo. Mesmo se sentindo incomodada, Jane senta, não poderia estragar as coisas agora, quando tudo ocorre perfeitamente. – Aquele cara é mesmo um otário. Deixe-me te pagar uma cerveja.

Sam se vira para o balcão do bar.

- Três. – diz Sam ao barman.

- Obrigado. – agradece Daniel a eles. Sam e Jane dão um sorriso para ele. Um tempo depois os dois saem de mãos dadas do bar, mas esquecem de se soltar quando vão falar com Dean.

- Me pegou meio que forte lá, fortão. – diz Dean ao irmão.

- Ele caiu, não caiu? – pergunta Sam a ele. – É uma questão de atuação.

- É... Ainda mais quando se trata de um casal feliz. – diz Dean apontando as mãos de Sam e Jane que ainda se seguram. Os dois se soltam rapidamente e olham para os lados envergonhados. – O que descobriram com Daniel?

- Então... Walt Kelly era um bom policial. – começa Jane. – Era o melhor da classe, nunca matou, tinha um grande futuro pela frente.

- E em casa? – pergunta Dean.

- Ele e sua esposa tinham algumas brigas como todo mundo. – comenta Sam. – Mas era coisa comum. Eles até falavam sobre ter filhos.

- Então, ou o Kelly tinha uma loucura guardada esperando ser despertada... Ou outra coisa o afetou. – diz Dean. - O Daniel falou sobre o asilo?

- Bastante. – responde Jane.

...

No dia seguinte de manhã os três vão até o asilo. Dean e Sam pulam a grade que há antes da entrada.

- Quer ajuda? – pergunta Dean a Jane com maliciosidade.

- E você tem força para isso? – pergunta Jane debochando dele. Em seguida ela pula graciosamente a grade. Dean lhe da um sorriso e ela lhe devolve outro.

- Então aparentemente os policiais procuram os garotos aqui. – diz Sam entrando no asilo com os outrois dois atrás. Ele olha por corredor obscuro. – Olhem,  a ala sul.

- Ala sul? – pergunta Dean. – Espera um minuto.

Dean pega o diário de John e folheia página por página.

- Ala sul... Ala sul... – ele repete enquanto procura. – Aqui... Em 1972, três crianças invadiram a Ala sul. Só uma sobreviveu. O sobrevivente diz que um de seus amigos ficou louco e começou a pirar no lugar.

- Então, seja o que for que está acontecendo... – diz Jane. – A Ala Sul parece ser o centro disso.

- Sim, mas se crianças andam invadindo o hospício, por que não houve mais mortes? – pergunta Dean. Os três olham para a fechadura de aço que foi cortada.

- Parece que a porta costumava ser trancafiada. – comenta Sam. – Podem ter ficado trancadas por anos.

- Sim, para manter as pessoas fora. – diz Dean.

- Ou manter alguma coisa dentro. – diz Jane. Eles a olham. De repente a porta da Ala Sul se abre sozinha. Eles passam por ela, adentrando outro corredor.

- Avisem-me se virem alguma pessoa morta, Sherlocks. – diz Dean aos dois.

- Cara, já chega. – Sam revira os olhos. Dean ri.

- Não, é sério. – diz Dean. – Tem que ter cuidado. Os fantasmas são atraídos... A essa percepção extra-sensorial que você está desenvolvendo.

- Eu já disse. – diz Sam nervoso. – Não é percepção extra-sensorial. Só tenho vibrações estranhas algumas vezes. Sonhos estranhos...

- Tanto faz. – diz Dean pegando sua FEM. – Se não foi perguntado, não responda.

- Está tendo alguma leitura nessa coisa? – pergunta Jane a ele.

- Não. – Dean responde. – Mas, não significa que não tenha ninguém aqui.

- Espíritos podem aparecer durante certas horas do dia. – diz Jane.

- E as aberrações saem à noite. – completa Dean. - Sam.

O irmão o olha enquanto andam.

– Quem você acha que é a médium mais gostosa? Patrícia Arquette, Jennifer Love Hewitt, Jane ou você?

Sam da um soco de brincadeira no ombro do irmão, este ri.

- Que graça. – diz Jane a ele.

Em seguida, eles entram em um quarto que era de alguns pacientes. Há cadeiras, muletas, frascos com coisas estranhas dentro, tudo jogado pelos cantos.

- Cara... – diz Dean olhando ao seu redor. – Eletrochoque, lobotomias... São coisas excêntricas para essas pessoas. Meio que gosto do Jack em ‘’ Um estranho no ninho’’. Então... O que acham? Os fantasmas estão possuindo as pessoas?

- Talvez. – responde Jane.

- Talvez seja como... ‘’ Amityville. ‘’, ou ‘’ Small Horror. ‘’. – comenta Sam.

- Espíritos levando-os a loucura. – diz Jane.

- Meio como o Jack em ‘’ O Iluminado. ‘’. – brinca Dean novamente.

- Dean, quando vamos conversar? – pergunta Sam lhe dando um olhar nervoso.

- Sobre o que? – pergunta Dean.

- Sobre o fato do papai não estar aqui. – responde Sam.

- Vamos ver... – começa Dean. -... Nunca.

- Estou falando sério, cara. – diz Sam.

- Eu também, Sam. – diz Dean a ele. – Olha, ele nos enviou até aqui e obviamente nos quer aqui. Temos que continuar a busca depois.

- Não importa o que ele quer. – diz Sam.

- Está vendo? – pergunta Dean. – Essa atitude sua? É por isso que eu sempre ganhava um biscoito a mais.

- Papai pode estar com problemas, deveríamos estar procurando por ele. – diz Sam. – Nós merecemos algumas respostas, Dean. Quero dizer... Estamos falando da nossa família.

- Eu entendo isso, Sam. – diz Dean. – Mas ele nos deu uma ordem.

- E então? – pergunta Sam. – Vamos sempre seguir as ordens dele?

- Claro. – responde Dean. Sam o olha nervoso.

- Sabem o que temos que fazer? – pergunta Jane. Os dois a olham. – Descobrir mais sobre a Ala Sul. Ver se algo aconteceu aqui.

...

Um tempo depois Sam se encontra na sala de espera de um psiquiatra.

- Sam Winchester? – pergunta um homem saindo de uma das salas do consultório.

- Sou eu. – responde Sam.

- Entre. - pede o homem.

- Obrigado de novo por me ver de última hora. – diz Sam ao doutor James Ellicott. Este se senta em uma cadeira e arruma alguns papéis que estão sobre a mesa a sua frente. – Dr. Ellicott, esse nome... Não havia um Dr. Sanford Ellicott?

- Sim, ele era o psiquiatra-chefe em algum lugar. – responde James a ele. – Meu pai era o chefe-de-pessoal do antigo Hospício Roosevelt. Como você sabia?

- Ah, bem... É meio que uma lenda local. – responde Sam. – Não houve um incidente ou algo do tipo no... No... No hospital, eu presumo, na Ala Sul, certo?

- Você está gastando seu dinheiro, Sam. – diz James. – Estamos aqui para falar sobre você.

- Sim... Claro. – diz Sam a ele.

- Então...? – pergunta James esperando por uma resposta.

- Então. – repete Sam

- Como estão as coisas? – pergunta o doutor.

- Estão boas. – responde Sam.

- Bom... O que anda fazendo?

- O mesmo de sempre... Só estive uma numa viagem de carro com o meu irmão e uma amiga. – responde Sam.

- Foi divertido? – pergunta James.

- Sim. – responde Sam com um sorriso. – Sabe, nós... Conhecemos muitas... Pessoas interessantes. Haviam muitas coisas interessantes... Você... O que foi exatamente que aconteceu na Ala Sul, eu esqueci...

- Se você gosta da história local, então sabe tudo sobre a Revolta Roosevelt. – diz James a ele.

- A revolta? Não, eu sei. – diz Sam a ele. – Só estou curioso...

- Sam. – interrompe James. – Vamos cortar o papo-furado certo? Você está evitando o assunto.

- Que assunto? – pergunta Sam sem entender.

- Você. – responde James. – Agora, vamos fazer um acordo. Eu conto tudo sobre a Revolta de Roosevelt, se me contar algo verdadeiro sobre você. Como esse seu irmão e essa sua amiga com quem você está viajando... Como se sente sobre eles?

Sam faz uma expressão séria. Lá fora, Dean e Jane ficam encostados a uma das paredes do prédio de onde Sam sai um tempo depois.

- Cara, ficou lá dentro para sempre. – diz Dean vendo o irmão se aproximar. – Sobre o que conversaram?

- Só do hospital. – mente Sam para ele, mas Jane lhe da um sorriso. Ela sabe que não é verdade.

- E? – pergunta Dean.

- E... A Ala Sul era onde eles deixavam os casos mais difíceis. – responde Sam. – Psicopatas, loucos, criminosos.

- Parece acolhedor. – diz Dean.

- É e uma noite em 64 eles se revoltaram. – continua Sam. – Atacaram os funcionários e atacaram uns aos outros.

- Então os pacientes tomaram o hospício? – pergunta Jane.

- Aparentemente. – responde Sam.

- Alguma morte? – continua Dean.

- Alguns pacientes e funcionários. – responde Sam. – Acho que foi bem sangrento, alguns corpos não foram nem recuperados. Inclusive do chefe-de-pessoal, Ellicott.

- O que quer dizer com nunca recuperados? – pergunta Dean.

- Os policiais procuraram em cada centímetro do local, mas acho que os pacientes devem ter enfiado os corpos em algum lugar escondido.

- Isso é original. – diz Jane ironicamente.

- É. – concorda Sam.

- Então eles transferiram todos os pacientes sobreviventes... – continua Sam. -... E fecharam de vez o hospital.

- Então, para recapitular. Temos um monte de mortes violentas... – diz Jane. -... E um monte de corpos não recuperados.

- O que pode significar um monte de... – começa Sam.

- Espíritos irritados. – completa Jane. Sam concorda com a cabeça para ela.

- Agora não é uma boa hora. – diz Dean. – Mas, vamos conferir o asilo hoje à noite.

...

À noite, dois adolescentes, um menino e uma menia entram no asilo O garoto segura uma lanterna em uma das mãos e com a outra segura uma das mãos de sua namorada.

- Olhe para isso, Kath. – diz o menino iluminando um dos corredores. – É horripilante... E aterrorizador.

- Pensei que íamos ver um filme. – diz a menina assusta. Ele se vira para ela com um sorriso.

- Isso é melhor. É como se estivéssemos em um filme. – ele responde.

- Não acredito que chama isso de encontro. – reclama ela.

- Vamos lá, vai ser divertido. – diz ele recomeçando a andar. – Vamos olhar por aí. Vem.

Eles olham para todos os lados, explorando tudo.

- O que é isso? – o menino se vira para trás. A menina se assusta e se vira também. Ele começa rir. Kate bate nele. O garoto vê uma porta aberta no final de um dos corredores. – Ei, olha. Vamos lá.

- Eu não quero. – diz Kath puxando a camisa do namorado. – Vamos embora.

- Vamos lá. – insiste o menino. A garota lhe da um olhar triste. – Tá, se quiser você pode esperar aqui.

- Espere, Kevin, não. – diz ela.

- Só vai ser um minuto. – diz o garoto entregando sua mochila a ela. – Nada vai pegar você, eu juro.

Enquanto a menina espera no corredor, Kevin entra no quarto. A menina começa a ouvir barulhos estranhos, olha para os lados, mas não vê nada. De repente a porta do quarto em que Kevin está se fecha fortemente. Kath se asssuta, mas Kevin sem se importar, continua explorando o cômodo. Sua lanterna começa a falhar. Atrás dele um vulto aparece.

- Droga. – ele diz dando tapinhas na lanterna. Kevin se vira e vê sua namorada. – Ei, querida. Não agüentou, né?

A garota se aproxima lentamente de Kevin sem dizer uma palavra.

- Ei... – diz o garoto carinhosamente a ela. A garota toca em seu rosto delicadamente e o beija.

- Kevin? Onde você está? – pergunta uma voz feminina de fora do quarto. O garoto ouve e fica assustado, se Kath está lá fora quem está ali com ele? Kevin se afasta da garota que o beija e olha seu rosto. Ele segura um grito.

Jane, Sam e Dean entram no asilo para verificar o lugar. Os três ligam suas lanternas e começam a andar pelos corredores. Dean liga seu FEM e Sam liga uma câmera.

- Está tendo leitura? – pergunta Sam.

- Sim, bastante. – responde o irmão.

- Esse lugar está orbitando pra caramba. – diz Sam vendo as imagens na câmera.

- Provavelmente são múltiplos espíritos. – diz Jane.

- Se esses corpos não descobertos estão causando a assombração... – começa Sam.

- Temos que encontrá-los e queimá-los. – completa Dean. – Temos que ter cuidado. A única coisa que me deixa mais nervoso do que um espírito irado, é o espírito irado de um assassino psicopata.

Em seguida um vulto passa atrás dos três. Eles se viram na mesma hora. Não vêem nada. Se viram novamente e recomeçam a andar. Jane continua parada, olhando para trás.

- Vem Jane. – chama Sam. Ela se vira e se junta a eles novamente. Atrás de uma das paredes, sai um dos espíritos dos pacientes e os olha com um olhar sombrio.

- Merda – diz Jane olhando para um espírito a sua frente. Uma velha com os olhos estourados vem em sua direção com passos lentos e expressão vazia. – A arma!

Dean aponta a arma para a velha e atira. O espírito some. Eles olham para os lados.

- Estranho. – diz Jane.

- Eu que o diga. – diz Dean.

- Não. – diz ela. – Quero dizer... Foi estranho ela não ter me atacado.

- Um fantasma com princípios? – debocha Dean.

- Ela não me feriu. – diz Jane a ele. – Ela nem mesmo tentou. Se ela não queria me ferir, o que ela queria?

De repente os três ouvem um barulho no quarto em frente ao que eles estão. Sam liga a lanterna novamente e ilumina o cômodo enquanto filma. Dean olha em seu aparelho eletromagnético. Eles vão até uma mesa que está derrubada, atrás dela encontram Kath. Ela olha os olha, assustada.

- Está tudo bem. – diz Dean a ela. – Qual o seu nome?

- Katherine. – ela responde enquanto eles a ajudam a se levantar. – Kath.

- Certo. Eu sou Dean e esses são Sam e Jane. – diz o mais velho. – O que está fazendo aqui?

- Meu namorado Kevin... – começa ela.

- Ele está aqui? – pergunta Jane já sabendo a resposta.

- Sim... Em algum lugar. – Kath responde. – Ele pensou que ia ser divertido tentar ver alguns fantasmas. Eu pensei que tudo era só... Sabe... De mentira, mas eu vi coisas. Eu ouvi Kevin gritar e...

- Está tudo bem, Kath. – diz Jane se aproximando dela. – Vamos tirar você daqui e encontrar seu namorado.

- Não... Não. – ela responde rapidamente. – Não vou sair sem o Kevin. Eu vou com vocês.

- Isso aqui não é brincadeira... É perigoso. – diz Dean a ela.

- É por isso que preciso encontrá-lo. – diz Kath a ele.

- Você pode vir com a gente. – diz Jane a ela. Sam e Dean a olham surpresos. – Mas com uma condição. Você não sai da minha cola nem por um minuto entendeu?

- Sim. – responde Kath a ela.

- Ótimo. – diz Jane. – Vamos. Precisamos nos separar, eu e Kath vamos para um lado. Você e Dean vão para outro.

Sam exita, mas acaba concordando.

- Toma cuidado. – sussurra ele.

- Eu sempre tomo. – responde eJane com um sorriso. – O mesmo para você.

...

- Kevin?! – perguntam Sam e Dean pelos corredores. – Kevin?!

- Kevin? – pergunta Kath em outro com Jane segurando uma lanterna. – Kevin?!

- Tenho uma pergunta para você. – diz Jane a ela. – Você já viu filmes de terror, não é?

- Sim. – Kath responde a ela.

- Faça-me um favor, da próxima vez que vir um... Preste atenção. – diz Jane a ela. – Quando alguém diz que um lugar é assombrado, não entre.

Jane se vira novamente e recomeça a andar. Kath vai atrás dela. Em um quarto, entram Dean e Sam juntos. Eles vêem um garoto desmaiado.

- Kevin. – diz Sam o chacoalhando. – Ei, Kevin.

O garoto acorda e olha para Sam assustado.

- Ei, está tudo bem... Está tudo bem. – diz Sam a ele. – Estamos aqui para ajudar.

- Quem são vocês? – pergunta Kevin.

- Meu nome é Sam e esse é meu irmão Dean. – apresenta Sam. – Encontramos sua namorada.

Sam o ajuda a se levantar.

- Kath? – pergunta Kevin.

- Sim. – responde Dean.

- Ela está bem? – pergunta o garoto a eles.

- Está preocupada com você. – responde Sam. – Você está bem?

- Eu estava correndo. – explica Kevin. – E acho que cai.

- Estava correndo? Do que? – pergunta Dean.

- Havia... Havia uma garota. – explica Kevin. – Seu rosto... Estava todo deformado.

- Certo, escute... – diz Sam a ele. – Ela tentou te machucar?

- O que? Não. – Kevin responde. – Ela...

- Ela o que? – pergunta Sam.

- Ela me beijou. – ele responde.

- Hum... Mas ela não te machucou... Fisicamente? – pergunta Dean.

- Cara, ela me beijou. – repete Kevin. – Estou marcado pra vida.

- Confie em mim, poderia ser pior. – diz Sam a ele com um sorriso sarcástico. – Você se lembra de mais alguma coisa?

- Na verdade, ela tentou sussurrar algo no meu ouvido. – comenta Kevin.

- Como o que? – pergunta Sam.

- Eu não sei, eu começei a correr. - responde o garoto. Dean e Sam se olham sem resultados.

Em um dos corredores, andam Jane e Kath. De repente a lanterna de Jane pifa.

- Que merda. – diz Jane chacoalhando a lanterna. A garota olha para Jane assustada por causa do escuro. – Não se preocupe, tenho um isqueiro.

Kath olha para trás para ver se nada os segue.

- Ai. Você está machucando o meu braço. – diz Kath para Jane ainda olhando para trás.

- Do que você está falando? – pergunta Jane se virando para ela. Kath olha para Jane que está mais a frente e não tem como ela alcançar seu braço naquela distância. Jane olha para o braço de Kath, há uma mão segurando seu braço. De repente Kath é puxada com tudo para dentro de um quarto e a porta é fechada brutalmente. Jane corre até ela.

- Socorro! – grita Kath batendo forte na porta.

- Aguenta firme! – grita Jane a ela. Kath se afasta da porta, mas um vulto aparece atrás dela. Jane pega um ferro jogado no chão e começa a bater na fechadura da porta do quarto. Kath sente algo atrás dela e se vira rapidamente, mas não vê nada. Jane não desiste de abrir a porta. Bate com o ferro, cada vez mais. Kath se vira, vê o espírito de um dos pacientes e começa a gritar apavoradamente. Jane olha para os lados, toca na maçaneta, mas Sam, Dean e Kevin correm até ela.

- O que está acontecendo? – pergunta Sam.

- Ela está lá dentro com um deles. – responde Jane retirando a mão da porta.

- Socorro! – grita Kath.

- Kath! – grita Kevin para ela.

- Tirem- nme daqui. – pede ela com medo.

- Kath, ele não vai machucá-la. – diz Sam à garota. Kath não pára de gritar. – EsMe escuta... Você precisa encará-lo. Precisa se acalmar.

- Ela tem que o que? – pergunta Kevin.

- Eu tenho que o que?! – pergunta Kath.

- Os espíritos não estão tentando nos machucar. – responde Sam. – Estão tentando se comunicar. Você precisa escutá-lo, precisa encará-lo.

- Encare você! – diz Kath nervosa.

- É a única forma de você sair daí. – diz Jane a ela.

- Não! – grita Kath.

- Olha para ele, isso é tudo! – grita Jane para ela. – Você consegue.

Em seguida, Kath vira lentamente a cabeça para o espírito e o encara. O espírito sussurra algo em seu ouvido.

- Kath? – pergunta Kevin com medo do lado de fora não ouvindo mais a namorada.

- Espero que estejam certos quanto a isso. – diz Dean ao irmão e a Jane.

- É, eu também. – diz Sam. Um tempo depois, a porta se destranca. Jane se afasta dela e ela se abre. Kath sai de lá calmamente.

- Kath... – diz Kevin. Jane a puxa para fora e entra no quarto com Sam e Dean. Não encontram nada e se retiram.

- 137. – diz Kath. Os três a olham.

- O que? – pergunta Dean.

- Foi o que ele sussurrou no meu ouvido...137. – repete Kath.

- Número de um quarto. – dizem eles juntos.

- Tudo bem, se esses espíritos não estão tentando machucar ninguém... – diz Sam.

- O que eles estão tentando fazer? – pergunta Dean.

- Talvez seja isso que eles estão tentando nos dizer. – diz Jane.

- Então vamos descobrir. – diz Dean.

- Certo. – diz Jane.

- Então... Agora vocês estão prontos para deixar esse lugar? – pergunta Sam a Kevin e Kath.

- Pode se dizer que sim. – responde Kath com um sorriso.

- Certo. – diz Sam.

- Você os tira daqui. – diz Dean ao irmão. – Eu e Jane vamos tentar encontrar o quarto 137.

Dean acende sua lanterna e puxa Jane pela mão enquanto andam pelo corredor. Sam os olha. Jane encontra seu olhar e lhe da um sorriso discreto. Sam se vira para o outro lado e anda em direção a saida do asilo com Kath e Kevin ao seu lado.

- Então... Como vocês sabem dessas coisas de fantasmas? – pergunta a garota a ele.

- É meio que nosso emprego. – responde Sam.

- Como alguém ia querer um emprego assim? – pergunta ela. Sam a olha e ri.

- Eu tive um péssimo conselheiro vocacional. – ele responde.

- E aqueles dois? São o que seus? – continua Kath.

- Dean é meu irmão e a Jane é... – começa Sam.

- Namorada dele? – pergunta Kath o interrompendo. – Pelo jeito que ele segurou na mão dela... Entrelaçando os dedos e...

- Não. – responde Sam rapidamente antes de ela terminar. – Ela não é namorada dele.

- Então... É sua namorada? – pergunta Kevin. Sam para de andar e olha para os dois. – Não, ela também não é minha namorada... É só uma amiga, entenderam?

Dean e Jane continuam procurando 0 quarto 137 pelos corredores.

- É aqui. – diz Jane iluminado os números acima da porta do cômodo.

Os dois entram no quarto que está destruído com vários móveis jogados por todos os lados. Eles começam a vasculhar. Jane acha uma gaveta com vários arquivos e começa a folheá-los.

Sam encontra a saída, tenta abrir, mas está trancada.

- Acho que temos um problema. – diz ele ao casal.

- Vamos derrubar. – diz Kevin.

- Não vai funcionar. – diz Sam.

- Então, a janela. – continua o garoto.

- Elas têm barras. – diz Kath ao namorado.

- Então, como vamos sair? – pergunta ele.

- Essa é a questão... Não devemos. – responde Sam. – Há algo aqui dentro... Que não quer que saiamos.

- Os pacientes? – pergunta a garota.

- Não. – responde Sam. – Outra coisa bem pior.

Dean e Jane não encontram nada que seja útil no quarto, mas não desistem de procurar. Até que Dean encontra uma passagem pequena, escondida em um dos armários. Jane que estava olhando os arquivos para e o olha.

- É para isso que recebo a grana. – diz Dean pegando um caderno todo coberto por coro marrom. Ele o abre. – Diário dos pacientes?

Jane se aproxima dele e se ajoelha a seu lado no chão para ver o diário também. Os dois começam a virar página por página.

- Cheio de trabalho, nenhum colega... O Dr. Ellicott era um garoto muito agradável. – comenta Dean sarcasticamente. De repente eles escutam um barulho. Os dois se viram para a porta.

...

- Tudo bem. Procurei por toda a parte. Não há outra saída. – diz Sam a Kath e Kevin.

- Então, que diabos vamos fazer? – pergunta Kevin.

- Para começar, não vamos entrar em pânico. – responde Sam. Em seguida seu celular toca. – Oi.

- Sam... Sou eu... – responde Jane do outro lado da linha. – Nós o vimos... Venha depressa.

- Onde vocês estão? – pergunta Sam. – Você está bem?

- Estou... Estamos no porão. – responde Jane aflita. – Rápido!

- Estou a caminho. – diz Sam e em seguida desliga o celular. – Tudo bem. Algum de vocês dois sabe manusear uma arma?

- O que? Não! – responde Kevin surpreso com a pergunta.

- Eu sei. – diz Kath a ele. Kevin a olha. – Meu pai me deixava atirar algumas vezes.

- Está carregada com sal grosso. Pode não matar um espírito, mas o repele. – diz Sam entregando-lhe a arma. – Então, se vir alguma coisa... Atire.

- Certo. – diz Kath a ele.

- Ótimo. – diz Sam e começa a andar pelo corredor a procura de Jane e do irmão. Kath destrava a arma e vai com Kevin por outro lado.

- Jane?! Dean?! – grita Sam pelos corredores. Em seguida ele entra em um quarto... Na sala da caldeira... Ouve um barulho e se vira rapidamente com uma arma apontada. Ele entra em outro cômodo por outra porta. O mesmo quarto que o policial Kelly entrou. Ele olha todos os cantos do quarto obscuro. De repente sua lanterna para de funcionar. Sam bate com ela na mão, mas não adianta. Em seguida uma porta que antes não era visível se abre a seu lado. Sam olha curioso e entra. Aponta a arma para todos os lados aflito.

- Dean? Jane? – chama ele. De repente um vulto passa atrás de Sam e ele se vira com a arma, mas não vê nada. Se vira novamente.

- Não tenha medo, eu vou deixá-lo melhor. – diz um espírito de repente à sua frente tocando em seu rosto.

...

- Ei, Kevin. – diz Kath encostada a uma parede com a arma.

- Sim? – pergunta o rapaz.

- Se sairmos daqui vivos... – começa Kath. – Nós vamos terminar, entendeu?

Eles se olham por um tempo, mas escutam um barulho, sombras aparecem na parede. Kath aponta a arma. Em seguida Dean e Jane viram no corredor que os dois estão. Kath atira. Jane puxa Dean para baixo.

- Mas que droga! Não atire, somos nós. – diz Dean deitado no chão com Jane ao lado.

- Desculpa! – diz Kath a eles.

- Filha da... – começa Dean, mas pára e se levanta. Jane faz o mesmo. Dean olha para o buraco do tiro na parede a cima dele. – O que ainda estão fazendo aqui? Onde está o Sam?

- Ele foi para o porão. Ele recebeu uma ligação da Jane. – responde Kevin.

- Eu não liguei para ele. – diz Jane olhando assustada para os dois.

- O celular dele tocou. Ele disse que era você. – diz Kath.

- Porão? – pergunta Jane. Kevin e Kath afirmam com a cabeça. - Tudo bem.

Jane pega uma arma da bolsa que Dean sempre carrega.

– Cuidem de si mesmos. E cuidado com a gente. – diz ela.

Kath pede desculpas novamente. Em seguida Jane e Dean saem correndo para o porão.

- Sam? – grita Jane. – Sam, está aqui embaixo?

- Sammy?! – pergunta Dean. – Sam?

De repente Sam aparece na frente deles.

- Jesus! – dizem Dean e Jane ao mesmo tempo assustados.

- Responda se estivermos chamando. – diz Dean nervoso.

- Você está bem? – pergunta Jane a Sam.

- Estou bem. – responde Sam a ela. Jane o olha, desconfiada. Algo não está certo.

- Sabe que não era eu no celular, não é? – pergunta Jane a ele.

- Sim, eu sei. – responde Sam com um sorriso para ela. – Acho que algo me trouxe até aqui.

- E eu acho que sei quem. – diz Dean a eles. – Dr. Ellicott.

- É isso o que os espíritos têm tentado nos avisar. – diz Jane. Em seguida ela se vira para Sam. – Você não o viu, viu?

- Não. – ele responde. – Como sabem que foi ele?

- Porque encontramos seu livro de registros. – responde o irmão.

- Aparentemente, ele estava fazendo experiências em seus pacientes com... – começa Jane. -... Coisas horríveis. Fazia lobotomias como se fosse especialista.

- Mas foram os pacientes que se revoltaram. – diz Sam.

- Sim, eles se revoltaram contra o Dr. Ellicott. – concorda Jane.

- O Dr. Sinta-se Bem, estava trabalhando em algum tipo de terapia extrema de raiva. – continua Dean. – Ele pensava que se deixasse seus pacientes expressarem sua ira, estariam curados.

- O que só fez deixá-los cada vez pior. – diz Jane. – E cada vez com mais raiva. Então estou pensando... E se seu espírito faz a mesma coisa? Ao policial, às crianças dos anos 70. Deixá-los com tanta raiva que se tornam homicidas.

- Então vamos. Temos que encontrar seus ossos e queimá-los. – diz Dean recomeçando a andar. Jane vai atrás dele.

- Como? – pergunta Sam ainda parado. – A polícia nunca encontrou o corpo.

- Bom, o livro de registros diz que ele tinha algum tipo de sala secreta... – explica Dean. -... De procedimentos aqui embaixo em algum lugar, onde trabalhava em seus pacientes. Então, se eu fosse um paciente, eu arrastaria ele até aqui para eu mesmo fazer um trabalhinho nele.

- Eu não sei... Soa um pouco... – começa Sam.

- Louco? – pergunta Jane ainda desconfiada dele.

- Sim. – ele concorda.

- Nós sabemos. – diz Dean. Este abre uma porta de um dos cômodos, o mesmo que Sam estava. Eles entram. Sam ainda parado no corredor da um sorriso maligno na direção deles. Os três se reúnem no quarto, não há nada nele.

- Eu disse que procurei por todo o canto e não encontrei uma sala secreta. – diz Sam com uma expressão seria para eles.

- Bem, é por isso que a chamam de secreta. – brinca Dean. De repente eles escutam um barulho.

- Escutaram isso? – pergunta Jane. Dean confirma com a cabeça.

- O que? – pergunta Sam arrogantemente. Jane olha bem para uma parte da parede.

- Há uma porta aqui. – ela diz. Mas de repente ela se vira para Sam e lhe da um soco na cara.

Este aponta sua arma para ela.

- O que estão fazendo? – pergunta Dean surpreso.

- Ele não é o Sam. – diz Jane a ele. – Está possuído. O Sam que eu conheço, nunca seria frio e arrogante como está sendo agora.

- Afaste-se da porta. – diz Sam a ela. Sangue sai de seu nariz e ele limpa.

- Sam, abaixa essa arma. – pede Dean.

- É uma ordem? – pergunta Sam debochando do irmão.

- É mais como um pedido amigável. – diz Dean. Sam aponta a arma para ele agora.

- Estou cansado de receber suas ordens. – diz Sam nervoso.

- Lá vamos nós. – diz Dean revirando os olhos. – Jane, saia daqui.

- Não. – diz ela. – Não vou sair daqui sem vocês dois.

- Você pode se machucar. – diz Dean a ela.

- Eu não me importo. – diz Jane. – Eu só quero o Sam de volta.

- Dr. Ellicott fez algo com você, não fez? – pergunta Dean se virando para o irmão.

- Uma vez na vida... Cale a boca. – diz Sam a ele.

- O que vai fazer Sam? – pergunta Dean. – A arma está cheia de sal grosso. Não vai me matar.

De repente Sam atira nele que bate na parede e cai desacordado.

- Dean! – grita Jane indo até ele.

- Eu sei, mas vai doer para caramba. – diz Sam com um sorriso.

- Sam! Temos que queimar os ossos de Ellicott e tudo isso irá acabar. – diz Jane a ele. – Então você voltará ao normal.

- Eu estou normal. – diz ele. – Só estou dizendo a verdade pela primeira vez. Quero dizer... Por que estamos aqui? Porque você está nos ajudando? Porque não segue seu caminho sozinha?

- Isso não é você falando, Sam. – diz Jane se aproximando dele. Ele aponta a sua arma para ela novamente.

- Nunca ficaremos juntos... Você e eu. – diz Sam a ela. Jane fica séria. – Eu tenho mente própria. Não sou patético como você.

- O que vai fazer? Vai me matar?! – grita Jane ficando irritada. – Vai matar seu irmão?!

- Não... Eu só estou cansado de fazer o que ele sempre manda. – diz Sam olhando para Dean. – Não estamos mais próximos de encontrar o papai hoje... Do que estávamos há seis meses. E você! Está atrapalhando a gente... Ficamos cada vez mais afastados dele.

- Bom, deixe-me ajudar a ficarmais fácil para você. – diz Jane pegando a arma que está no bolso de Dean e entregando a Sam. – Vá em frente. Pegue. Balas de verdade vão funcionar bem melhor do que sal grosso. Pegue!

Sam pega a arma da mão dela, joga a sua fora e aponta a nova.

- Você me odeia tanto assim? – pergunta Jane a ele. – Quer tanto me matar? Vai em frente, desde que seja o seu rosto o último que eu veja, para mim está tudo bem.

Sam atira.

Não sai nada da arma, bala nenhuma. Sam olha espantado para a arma e em seguida para Jane. Em seguida ela se agacha, derruba Sam com as pernas.

- Você acha que eu ia te dar uma arma carregada? – pergunta Jane a ele arrogantemente. – Você é o patético aqui.

Sam a olha e ela lhe da mais um soco o fazendo desmaiar. Jane lhe da um sorriso como de quem gosta de ver as pessoas sofrerem. Em seguida ela pega a arma carregada com sal e entra pela porta que antes não era vista. Olha para todos os lados. De repente um vulto passa atrás dela. Ela olha para trás e nada. Se vira novamente e vê um armário em um canto na parede, vai até ele. O abre e vê um cadáver podre.

- Isso é nojento. – diz ela. Jane pega álcool na mochila de Dean e taca no cadáver. – Tome isso.

De repente sua lanterna apaga e ela é jogada para longe. Cai com tudo de costas no chão.

- Não tenha medo. Eu vou ajudá-la. Vou deixá-la melhor. – diz o espírito do Dr. Ellicott encostando suas mãos no rosto de Jane. Ela sente uma grande dor. Faíscas saem dos dedos do espírito. A dor aumenta e Jane estica o braço para pegar um isqueiro na mochila. Com muito esforço ela consegue e taca fogo no cadáver ao seu lado. Ele queima na hora. O espírito larga Jane e olha para seus ossos no armário. Em seguida olha para o próprio corpo que começa a desintegrar e a desaparecer por completo. Jane cobre os olhos por causa do pó que cobre o quarto. Dean abre os olhos lentamente e Sam faz o mesmo. Este último se levanta rapidamente.

- Você não vai tentar me matar, vai? – pergunta Jane a ele com um sorriso.

- Não. – responde Sam correndo até ela e a abraçando forte. Jane o abraça também.

- Ei, da para vocês dois me ajudarem? – pergunta Dean, tentando se levantar. Eles olham para Dean e vão até ele. Eles o levantam e saem do asilo. Lá fora encontram com Kevin e Kath.

- Obrigada, pessoal. – agradece Kath aos três.

- Sim. Obrigado. – repete Kevin.

- Sem mais hospícios mal-assombrados, ok? – pergunta Jane a eles. Kath e Kevin confirmam com a cabeça e vão embora juntos.

- Ei. – diz Sam se virando para eles. – Me desculpem. Eu disse coisas horríveis lá dentro.

- Você lembra de tudo o que falou? – pergunta Jane a ele.

- Sim. – responde Sam. – É como seu eu não pudesse controlar, mas não falava sério. Nada daquilo.

- Não falava, hein? – pergunta Dean.

- Não, claro que não. – responde Sam. Dean e Jane continuam o olhando. – Precisamos conversar sobre isso?

- Não. – respondem Jane e Dean ao mesmo tempo entrando no carro. – Só queremos dormir um pouco.

Os três vão para um motel ali perto. De manhãzinha toca o celular de Dean.

- Dean. – diz Sam acordando. Dean não acorda. Sam pega o celular sonolento. – Alô?

De repente ele se levanta.

- Pai? – pergunta Sam surpreso. No mesmo instante em sua cama, Jane abre os olhos.

Fim do Décimo Capítulo


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Notas finais do capítulo

Reviews? Continuem lendo... Beijos... ^.^



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