Supernatural escrita por Mabel_Cullen


Capítulo 22
Capítulo 22: Armadilha do Diabo


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!...^.^



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Dean pega seu celular e tenta ligar de novo. No depósito, Roberta pega o celular e atende.

- Vocês fracassaram dessa vez. – diz ela com um sorriso.

- Onde ele está? – pergunta Dean assustado. Jane e Sam o olham.

- Vocês nunca vão ver seu pai de novo. – diz Roberta. Dean olha para Sam e Jane com uma expressão triste.

- Não. – diz Sam.

Dean desliga o celular em seguida.

- Eles estão com o papai. – diz ele.

- A Roberta? – pergunta Sam.

- É claro que foi ela. – diz Jane com raiva andando de um lado para o outro.

- O que ela disse? – pergunta Sam.

- Você sabe, Sam. – diz Dean impaciente. – Certo...

Dean pega a Colt e coloca no bolso da calça, em seguida vai até sua mala e começa a colocar as roupas dentro.

- O que você vai fazer, Dean? – pergunta Sam o olhando confuso.

- Temos que ir. – responde Jane.

- Por quê? – pergunta Sam.

- Porque o demônio sabe que nós estamos em Salvation. – responde ela. – Ele sabe que nós estamos com a Colt.

- Eles pegaram o papai, com certeza vão vir atrás da gente agora. – comenta Dean.

- Ainda temos três balas sobrando, deixe-os vir. – diz Sam.

- Ouça durão, não estamos prontos, certo? – diz Dean. – Não sabemos quantos deles estão por aí. Não podemos fazer nada por quem já está morto. Vamos partir, agora.

Um tempo depois, os três pegam a estrada. Dean dirige a toda velocidade.

- Estou te falando, Dean. Poderíamos ter acabado com eles lá. – repete Sam.

- Precisamos de um plano. – diz Dean sem dar ouvidos a ele.

- Eles ainda não mataram John, vão mantê-lo vivo, só temos que descobrir onde. – comenta Jane.

- Você não consegue descobrir nada? – pergunta Dean com esperança.

- Não. Eles provavelmente estão bloqueando a minha mente. – responde Jane.

- Com certeza, eles querem trocar o papai pela arma. – comenta Dean. Sam não fala nada. – O que foi, Sam?

- Dean, se for verdade, por que Roberta não mencionou a troca? – pergunta ele – O papai... Ele pode estar...

- Não, não diga isso Sam. – diz Jane rapidamente. – Ele ainda está vivo. Isso eu sei.

- Eu quero muito acreditar nisso. – diz Sam a olhando. – Tanto quanto você, mas se ele... Vai ser mais uma razão para matarmos esse demônio, ainda temos a Colt. Ainda podemos terminar o trabalho.

- Que se dane o trabalho, Sam. – diz Dean.

- Dean, estou apenas tentando fazer o que o papai queria. – diz Sam. – Ele queria que a gente continuasse.

- Você está falando como se ele estivesse morto. – diz Dean. – Me escuta, Sam. Tudo acaba até a gente pegá-lo de volta, entendeu? Tudo!

- Então... Como vamos achá-lo? – pergunta Sam.

- Vamos para Lincoln. – diz Jane. – Começando pelo armazém, onde eles o pegaram.

- Mas... Você acha que esses demônios deixariam alguma pista? – pergunta Sam a ela.

- É... – diz Jane. – Nós precisamos de ajuda.

- Eu sei quem pode nos ajudar. – diz Dean e acelera mais o Impala.

...

No dia seguinte, de manhã, os três chegam a uma casa com vários carros velhos em volta.

- Aqui está. – diz um homem entregando um frasco a Dean.

- O que é isso, água benta? – pergunta Dean.

- Essa é. – responde o homem e mostra outro frasco. – Esse aqui é uísque.

- Bobby, obrigado por tudo. – agradece Dean. – Para te falar a verdade, nós não sabíamos ao certo se deveríamos vir.

- Não, está tudo bem, o pai de vocês precisa de ajuda. – diz ele.

- Bom, da última vez que te vimos, você ameaçou detoná-lo com chumbo grosso e tudo o mais. – diz Dean com um sorriso.

- É, né... O que eu posso dizer? John causa esse efeito nas pessoas. – diz Bobby com um sorriso rápido.

- É, acho que sim. – concorda Dean. Sam dá um olhar para o irmão e para a porta da frente. – Bobby, eu e Sam queremos te apresentar a uma pessoa.

- Tudo bem. – diz Bobby sem entender.

- Jane! – chama Dean. Em seguida ela entra na casa, olhando para todos os ladose por último em Bobby. Este a olha de boca aberta.

- Essa... É a Jane, Bobby. – apresenta Dean.

- Olá, Jane... É um prazer. – diz Bobby beijando sua mão. Sam e Dean reviram os olhos com um sorriso. Jane dá um pequeno sorriso ao homem. – Quem foi o felizardo que conquistou seu coração?

Jane dá um sorriso na direção de Sam que lhe devolve outro.

- Sabia. Dean não é de permanecer em uma garota só. – diz Bobby dando uma risada em seguida.

- Bom, não será mais um prazer depois de saber quem eu sou. – diz Jane.

- Por quê? – pergunta Bobby confuso.

- Porque eu sou a procurada. – responde ela. – Sou eu quem todos os demônios procuram para me devolver ao meu pai.

Bobby começa a rir, olha para Dean e Sam que não mudam de expressão. Bobby pára de rir e olha novamente para Jane.

- Não pode estar falando sério. – diz ele andando para trás. Jane se aproxima dele. Bobby pega uma tesoura em cima de uma mesinha de canto e taca nela. A tesoura para no ar antes de chegar ao rosto de Jane. Bobby abre a boca de espanto.

- Sinto muito, mas estou. – diz Jane com um sorriso carinhoso. – Tem todo o direito de me botar para fora de sua casa, se quiser. Eu vou entender. Mas precisa entender que o mais importante aqui não sou eu e sim recuperar John.

- Acredite Bobby, Jane está com a gente. – diz Sam.

- Como você fez isso? – pergunta Bobby a Jane apontando para a tesoura em sua mão.

- Ela tem poderes. – responde Dean. – Ela consegue fazer muita coisa. É incrível.

- Então... Está mesmo do nosso lado? – pergunta Bobby a ela.

- Sim. – responde ela. – Com certeza.

- Bom... – diz Bobby depois de um tempo pensando. – O importante é que vocês tragam John de volta, são e salvo.

Os três confirmam com a cabeça.

- Bobby esse livro, eu nunca vi um parecido antes. – diz Sam que estava revirando as páginas dele calmamente. – ‘’A chave do Salomão?’’

- Agora é para valer. – diz Bobby.

- Esses círculos de proteção realmente funcionam? – pergunta Sam mostrando um deles em uma das páginas. Jane se aproxima.

- Sim, se você tem um demônio dentro de um desses, eles ficam encurralados. – responde Bobby. – Ficam sem poder. É como um motel de baratas satânicas.

- O cara conhece suas coisas. – diz Dean com um sorriso enquanto se aproxima deles.

- Vou dizer outra coisa para vocês também. – continua Bobby. – Essa é uma séria enrascada que vocês estão entrando.

- É? – pergunta Sam. – Por quê?

- Em um ano normal eu ouvia sobre umas três ou quatro possessões satânicas. – comenta Bobby. – Já nesse ano eu ouvi falar sobre...

- 27, até agora. – completa Jane. Bobby a olha.

- Pode ler mentes também? – pergunta ele.

Jane apenas lhe dá um sorriso e Bobby olha para Sam e Dean.

- Ela lê. – confirma Dean.

- Bom, mas... Entenderam o que eu quero dizer? – pergunta Bobby a eles. – Mais e mais demônios estão andando entre a gente... Muito mais.

- Você sabe o por quê? – pergunta Sam.

- Não sabia até agora. – responde Bobby olhando para Jane. – E eu também sei que é algo grande. Uma tempestade está chegando. E vocês, John... Estão bem no meio disso.

Jane olha para a janela. Bobby, Dean e Sam a olham.

- O cão. – diz ela. Em seguida, o cachorro começa a latir. – Tem alguma coisa errada.

Bobby vai até a janela e vê que seu cachorro não está mais preso.

- Ela tem razão. – diz Bobby. – Tem alguma coisa errada.

De repente Roberta entra na casa, chutando a porta e fazendo-a cair.

- Chega de papo furado, certo? – diz ela com um sorriso. Dean se aproxima dela para jogar a água benta, mas é jogado de encontro a parede cheia de estantes com livros. Ele bate nelas e cai desacordado. Jane se coloca na frente de Sam e Bobby.

- Me passa a Colt, Sam. – diz Roberta com raiva. – A verdadeira Colt. Agora mesmo!

- Ela não está com a gente. Nós a enterramos. – mente Sam.

- Eu não disse que chega de papo furado? – pergunta Roberta nervosa. – Eu juro, depois de tudo que eu ouvi sobre vocês Winchesters, eu tenho que dizer que estou um pouco impressionada. Primeiro o John tentou nos enganar com uma arma falsa e deixa a verdadeira com os dois filhos cabeças ocas. Não vou xingar você Jane, porque tenho o maior respeito, mas... Vocês realmente acharam que eu não ia encontrá-los?

- Na verdade... – diz Jane se aproximando dela. Dean se levanta com uma das mãos na cabeça, vê o que está acontecendo e se aproxima de Sam e Bobby. – Estávamos esperando por isso.

Jane olha para o teto e Roberta olha em seguida. Elas vêem o círculo de proteção do livro de Bobby desenhado.

- Te pegamos. – diz Jane com um sorriso. Esta levanta seu braço e traz uma cadeira do outro lado da casa pelo ar. Ela vem sobrevoando até Roberta. Uma força a empurra para a cadeira e Roberta é jogada nela. Cordas vêm até ela e amarram seus braços nos braços da cadeira.

- Incrível mesmo. – diz Bobby. Dean e Sam dão um sorriso para ele.

- Sabe, se queria me amarrar era só perguntar. – diz Roberta com um sorriso para Jane.

- Coloquei sal nas portas e janelas. – diz Bobby vindo até eles. – Se tiver algum demônio lá fora não poderá entrar.

Dean para ao lado de Jane e encara Roberta também.

- Onde está meu pai? – pergunta Dean nervoso.

- Você não pediu com gentileza. – diz Roberta.

- Onde está meu pai, vadia? – pergunta Dean novamente com um sorriso irônico.

- Nossa, você beija sua mãe com essa boca? – pergunta Roberta com um sorriso. – Espera... Você não beijou.

- Você acha que isso é um maldito jogo? – pergunta Dean nervoso se aproximando mais dela. – Onde ele está? O que você fez com ele?

- Ele morreu gritando. – responde Roberta. – Eu mesma o matei.

Dean dá um tapa forte em seu rosto.

- Calma, Dean. – diz Jane sem sair do lugar. – É mentira... John ainda está vivo.

Dean respira fundo, mas ainda olha com raiva para Roberta que se vira novamente para ele.

- Isso é meio excitante. – diz ela. – Você batendo em uma garota.

- Tudo bem... Ele pode trocar comigo se você prefere assim. – diz Jane e dá outro tapa em Roberta, só que mais forte. – E além do que... Você não é uma garota. Só... Está no corpo de uma.

- O que? – perguntam Sam e Dean.

- Elá está certa. – diz Bobby. – É uma humana, possuída por um demônio.

- Então... Vocês estão me dizendo que... tem uma garota inocente presa naquele corpo? – pergunta Dean sem acreditar.

- Sim. – diz Jane.

- Na verdade, isso é uma boa notícia. – diz Dean. Sam pega o livro de Bobby ao qual estava folheando e se aproxima de Roberta. Dean e Jane se aproximam também.

- Vocês vão me contar uma história? – pergunta Roberta com um sorriso.

- Mais ou menos isso. – responde Jane com outro sorriso igual.

- Manda ver, Sam. – diz Dean.

- Regna terrae, cantate deo, psallite domino. – começa a ler Sam. Roberta ri.

- Um exorcismo? – pergunta ela. – Fala sério!

- Pode crer. – diz Dean nervoso.

- Tribuite virtutem deo. – continua Sam. Roberta sente uma dor forte. Sam pára e olha para Dean e Jane que também o olham.

- Eu vou matar vocês. – diz Roberta irritada. – Vou arrancar todo os seus ossos.

- Não... Você vai queimar no inferno. – diz Dean. – Ao menos que queira nos contar onde nosso pai está.

Roberta ri.

- Pelo menos você vai pegar um bom bronzeado. – diz Dean.

- Sam. – diz Jane.

- Exorcizamus te omnis immundus  spiritus, omnis satanica potestas. – continua ele. – Omnis incuriso infernalis  adversarii, omnis legio, onmis congregatio et secta diabolica.

- Ele implorou suas vidas com lágrimas nos olhos. – diz Roberta com dor a eles. – Ele implorou para ver os três pela última vez. Então foi aí... Que eu cortei sua garganta!

Dean se aproxima dela com raiva.

- Ergo... – começa Sam.

- Pelo seu bem, espero que esteja mentindo. – diz Jane também se aproximando. Seus olhos ficam mais intensos e Roberta a olha surpresa. – Porque se for verdade, eu juro por Deus que eu mesma te envio para o inferno. Irei matar cada um e todos dos seus filhos desgraçados, então... Deus me ajude!

- Perditionis venenum  propinare. – continua Sam. – Vade, satana, inventor et  magister  omnis fallaciae.

Um vento forte entra na casa. Roberta começa a tremer enquanto sente mais dor.

- Hostis humanae salutis. – continua Sam. – Humiliare sub potenti  manu dei. Contremisce  et effuge. Invocato a nobis sancto et terribile nomine. Quem  inferi tremunt...

Roberta grita de dor.

- Onde ele está? – pergunta Dean rodeando a cadeira.

- Vocês não aceitam um ‘’Morto’’ como resposta, não é? – pergunta Roberta.

- Onde ele está? – pergunta Dean de novo.

- Morto. – repete Roberta.

- Não, não... Ele não está morto, não pode estar. – diz Dean nervoso. – O que está olhando, Sam? Continue!

- Ab insidis diaboli , libera nos, domine.  – continua Sam. – Ut ecclesiam tuam secura tibi facias, libertate servire, te rogamus, audi nos.

A cadeira começa a se mecher de um lado para outro e Roberta grita cada vez mais de dor..

- Ut inimicos sanctae ecclesiae humilliare digneris, to rogamus audi... – continua Sam.

- Ele vai ficar. – diz Roberta.

- Espera! – diz Dean a Sam. Este pára de ler o livro. – O que?

- Ele não está morto, mas vai ficar depois de tudo que a gente fez com ele. – responde Roberta.

- Como a gente vai saber se está falando a verdade? – pergunta Dean e olha para Jane.

- Ela está bloqueando a própria mente, não consigo ler nada. – diz Jane.

- Vocês não vão saber. – diz Roberta.

- Sam. – diz Dean.

- Um prédio, certo? – diz Roberta. – Um prédio em Jefferson city.

- Missouri? – pergunta Jane. – Nos fale o endereço.

- Eu não sei. – diz Roberta.

- O demônio que a gente tem procurado, onde ele está? – pergunta Sam.

- Não sei. Eu juro. – responde ela. – O que eu disse é tudo que eu sei.

- Termine isso. – diz Dean a Sam.

- O que?! Eu disse a verdade. – diz Roberta nervosa. – A Jane pode ler minha mente agora. Não estou mais bloqueando-a.

- Não importa. – diz Jane com indiferença.

- Desgraçados, vocês prometeram. – diz Roberta.

- Nós mentimos! – grita Dean perto do rosto dela. – Sam, continue.

Sam não fala nada e nem se mexe.

- Sam! Leia. – repete Dean.

- Ainda podemos usá-la. – diz ele. – Descobrir onde está o demônio.

- Ela não sabe. – diz Dean.

- Ela mentiu. – diz Sam.

- Sam, tem uma garota inocente presa ali. – diz Dean. – Temos que salvá-la.

- Vocês vão matá-la. – diz Bobby.

- O que? – pergunta Dean.

- Bobby está certo. – concorda Jane. – Ela caiu de um prédio, lembram? O corpo dela, já era. A única coisa que a mantém viva... É o demônio dentro dela.

- Se você exorcizá-la, aquela garota vai morrer. – diz Bobby.

- Ouçam, não vamos deixá-la viver desse jeito. – diz Dean.

- Ela é um ser humano. – diz Bobby.

- Então vamos colocá-la em sofrimento. – diz Dean. – Sam, termine isso.

Sam olha para Roberta que está com a cabeça baixa e a respiração ofegante.

- Termine isso. – repete Dean. Sam se aproxima de Roberta novamente.

- Dominicos sanctae ecclesiae, terogamus audi nos. – continua Sam. – Terribilis deus do sanctuario suo deus israehl.

Os olhos de Roberta ficam inteiramente pretos. Dean e Bobby se olham.

- Ipse tribuite virtutem et fortitudinem plebi suae. – continua Sam. – Benedictus  deus, gloria patri...

Em seguida, uma fumaça preta e grossa sai da boca de Roberta na direção do teto. Em seguida sua cabeça abaixa desacordada. Todos se olham. Roberta levanta a cabeça bem devagar, muito sangue escorre de sua boca.

- Ela ainda está viva. – diz Bobby.

- Liguem para o 911, tragam alguns cobertores e água. – diz Jane e desamarra Roberta rapidamente com seus poderes.

- Obrigada... – agradece ela muito fraca.

- Vá com calma, certo? – diz Jane. – Vamos deitá-la.

Dean e Sam a pegam pelas pernas e Roberta grita de dor.

- Te pegamos, calma. – diz Sam. – Desculpa.

- Está tudo bem. – diz Dean. Roberta é deitada no chão.

- Um ano.... – diz ela sem forças.

- O que? – pergunta Sam.

- Isso tem sido a um ano. – completa ela baixinho.

- Apenas vai com calma. – diz Jane passando a mão em seu rosto.

- Eu tenho acordado por alguns instantes. – continua Roberta. – Eu não pude controlar meu próprio corpo. As coisas que eu fiz foram um pesadelo.

- É verdade tudo o que você nos contou sobre o nosso pai? – pergunta Dean.

- Dean. – dizem Jane e Sam.

- Precisamos saber. – diz ele.

- Sim. – responde Roberta. – Mas ele quer que vocês saibam que... Querem que vocês vão atrás dele.

- Papai está vivo, nada mais importa. – diz Dean. Bobby entra na sala com um cobertor e um copo d’água. Jane a faz beber um pouco.

- Onde está o demônio que tanto procuramos? – pergunta Sam.

- Não está lá. – responde Roberta. – Há outros... Perversos.

- Onde eles mantém o papai? – pergunta Dean.

- Pelo rio. – responde Roberta. – Sunrise.

- Sunrise? O que isso significa? – pergunta Dean.

- Acabou. – diz Jane e em seguida o coração de Roberta pára de bater.

...

- É melhor vocês se apressarem e cairem fora daqui. – diz Bobby a eles. – Antes que os para-médicos cheguem.

- O que você vai contar a eles? – pergunta Sam.

- Vocês acham que só vocês inventam mentiras para os policiais? – pergunta Bobby. – Eu dou um jeito.

- Está bem. – diz Dean.

- Levem isso, vocês podem precisar. – diz Bobby lhes entregando livros de exorcismo.

- Obrigado. – agradece Sam.

- Obrigado por tudo. – agradece Dean também. – Se cuida, certo?

- Apenas achem seu pai. – diz Bobby. – E quando acharem... Tragam ele aqui, vou tentar atirar nele dessa vez.

Dean, Sam e Jane dão um sorriso para ele e saem da casa. Um tempo depois já se encontram na estrada.

...

Dean pára no acostamento perto do local indicado. Os três saem do carro e começam a preparar suas armas.

- Você tem estado calado. – diz Sam a Dean.

- Estou apenas me aprontando. – responde ele sem olhá-lo.

- Ele vai ficar bem, Dean. – diz Jane. Dean a olha por um instante e confirma com a cabeça. Em seguida, Sam que viu um símbolo em um dos livros, começa a desenhá-lo no carro de Dean.

- Ei! O que está riscando no meu carro? – pergunta Dean.

- É chamado de ‘’Armadilha do Diabo’’. – responde Jane que vê o desenho. – Demônios não podem entrar ou sair.

- E? – pergunta Dean sem entender.

- Isso basicamente protege o corpo em uma blindagem. – responde Jane.

- E? – repete Dean.

- E... Que temos que esconder a Colt em algum lugar antes de pegarmos John. – responde Jane.

- Do que está falando? Temos que levar a Colt com a gente. – diz Dean.

- Não podemos, só temos três balas sobrando. – diz Sam agora. – Não podemos usá-la em qualquer demônio e sim ‘’no dêmonio’’.

- Não... Temos que salvar o papai, Sam. – diz Dean. – Certo? Vamos precisar de toda ajuda que conseguirmos.

- Dean, você sabe como o papai vai ficar irritado se usarmos todas as balas. – diz Sam. – Ele não ia querer que trouxéssemos a arma.

- Eu não me importo, Sam. – diz Dean. – Não me importa o que o papai quer, certo? E desde quando você se importa com o que ele quer?

- Nós vamos matar esse demônio. – diz Sam. – Você costumava querer isso também, droga! Foi você que me arrastou para cá da faculdade em que eu estava. Foi você que me trouxe de volta para isso, Dean. Só estou tentando terminá-lo.

- Você e o papai são mais parecidos do que eu imaginava, sabia disso? – pergunta Dean. – Vocês dois não podem esperar para se sacrificarem por essa coisa. Mas, sabe de uma coisa? Eu serei aquele que irá enterrá-lo. Você é um egoista, sabia disso? Você não se importa com nada mais do que com a vingança.

- Não é bem assim, Dean. – diz Sam;

- Olhem. – diz Jane os interropendo. – Eu também quero o John de volta, mas eles estão esperando que a gente leve a arma conosco.Se eles pegarem a arma, vão matar todos nós.

- A Colt é a nossa única saída e você sabe disso, Dean. – diz Sam. – Não podemos levar a arma, não podemos.

- Tudo bem. – diz Dean.

- É sério, Dean. – diz Sam.

- Eu disse que tudo bem. – repete Dean tirando a Colt de dentro do casaco e colocando no porta-malas do carro. Em seguida, os trê pegam tudo de que vão precisar, deixam o carro ali e continuam o caminho a pé. Depois de um tempo eles param.

- Eu acho que sei o que Roberta quis dizer com ‘’Sunrise’’. – comenta Dean. Os três olham para um condomínio com o nome ‘’Sunrise’’. – Desgraçados, são muito espertos. Se esses demônios podem se apoderar de pessoas, então eles podem se apoderar de qualquer um ali dentro.

- E fazer qualquer um atacar a gente. – completa Jane.

- Não podemos matá-los com um monte de escudos humanos. – diz Sam. – E provavelmente eles sabem como nós somos. Eles podem se parecer com qualquer um.

- É, isso é uma merda. – diz Dean.

- Nem fala. – concorda Sam.

- E o problema é que como eles sabem dos meus poderes... Eles provavelmente estão protegidos. – diz Jane. – Não tem como eu saber quem é quem. Isso não é bom.

- Certo, então como diabos vamos conseguir entrar? – pergunta Sam. Dean começa a pensar.

- Acionando o alarme de incêndio, vai tirar todos os civis. – diz Jane.

- Mas, e os bombeiros? – pergunta Dean. – Vão estar aqui em uns sete minutos.

- Exatamente. – concorda Jane com um sorriso. – Eu tive uma idéia.

...

Sam entra no prédio calmamente, um homem sai de um dos corredores e ele se esconde atrás da porta. Em seguida, quando o homem sai, ele aciona o alarme de incêndio. Em um dos apartamentos uma mulher e um homem estão sentados em uma mesa de frente para o outro, se olhando, quando ouvem o alarme, o homem vai até o quarto em que John está preso na cama e desacordado. Lá em baixo, os bombeiros chegam.

- Ei, o que está acontecendo? É um incêndio? – pergunta Dean a um dos bombeiros.

- Vamos descobrir isso agora, Sr. – responde o bombeiro. – Apenas se afaste.

- Eu tenho um cachorrinho lá em cima e quando ele fica nervoso, faz xixi. – diz Dean enquanto é afastado pelo bombeiro. Nisso Jane e Sam vão para trás do caminhão de bombeiros. Sam pega um clips e começa a abrir a porta.

- Sam... – começa Jane.

- Ah, foi mal. – diz Sam com um sorriso e se afasta da porta. Jane levanta o braço e a abre facilmente. Os dois pegam três roupas de bombeiro, se vestem, colocam as máscaras de gás e os chapéus para não serem reconhecidos e vão para um dos andares.

- Eu sempre quis ser um bombeiro quando crescesse. – comenta Dean. Jane dá um sorriso a ele.

- Você nunca me disse isso. – diz Sam. O aparelho eletromagnético que Dean carrega começa a apitar forte. Os três se olham. Batem na porta que o aparelho indica. A mulher sentada na mesa rezando, se levanta com os olhos inteiramente negros. Seu marido vai atrás. A mulher olha pelo olho mágico.

- Aqui é o departamento de incêndio. – diz Dean. – Precisamos evacuar a área. O marido faz um sinal para que a mulher abra. Ela o faz e Dean empurra a porta com tudo. Jane vê que o casal estava com a guarda baixa e os atira pelo ar até a parede do outro lado da sala. Dean e Sam atiram água benta neles pelas mangueiras. O casal começa a se debater com dor. Jane os arrasta pelo chão até uma despensa. Sam pega sal na sua bolsa e rodeia a porta com ele. Em seguida os três tiram suas roupas de bombeiro.

- Vamos! – diz Dean. Eles  vão até um quarto, onde encontram John amarrado pelos braços e pernas, desacordado e com sangue no rosto.

- Pai! – diz Dean e corre até ele. Jane se aproxima põe seu ouvido próximo do nariz de John e sente sua respiração fraca. Sam e Dean a olham com uma expressão triste.

- Ele ainda está respirando. – diz ela. Dean e Sam se olham com esperança.

- Pai, acorda, pai! – diz Dean chacoalhando John. Sam se aproxima. Dean pega uma faca no bolso para cortar as cordas que prendem John.

- Epera. – diz Sam.

- O que? – pergunta Dean.

- Pelo que a gente sabe, ele pode estar possuído. – responde ele.

- O que? Você pirou? – pergunta Dean. Jane põe sua mão na cabeça de John e fecha os olhos. Em seguida os abre.

- Ele não está possuído. – diz ela se afastando. – Mas joga a água benta, Sam, assim ele acorda. Sam pega o frasco que Bobby lhes deu e joga um pouco em seu pai. John abre os olhos bem devagar.

- Sam? – pergunta ele confuso. – Porque está jogando água em mim?

Os três dão um sorriso. Jane corta todas as cordas com um movimento de braço.

- Pai, você está bem? – pergunta Dean.

- Eles me drogaram. – responde John. – Onde está a Colt?

- Não se preocupe, pai. – diz Sam. – Está segura.

- Bons garotos. – diz John com um sorriso cansado.

...

Lá em baixo, as pessoas olham o que está acontecendo, se preocupam com o incêndio, mas de repente, um dos homens da multidão sente algo entrando por sua boca e seus olhos ficam inteiramente pretos. Ele se aproxima do prédio.

- Ei, colega, você não pode entrar. – diz um bombeiro que vem até ele. O bombeiro também sente algo entrando por sua boca, seus olhos também ficam pretos e eles entram no prédio.

No apartamento, Dean, Jane e Sam ajudam John a se levantar e a sair do quarto, indo em direção a porta de entrada. Em seguida o bombeiro e o homem da multidão entram na casa.

- Volta!Volta! – grita Dean. Sam fecha a porta do quarto. Em seguida um machado a atravessa. Sam pega o sal e coloca na porta.

- A janela. – diz Jane e a abre. – Sam, vamos!

Os quatro descem as escadas de emergência pelo lado do prédio. Sam põe sal na janela antes de ir e corre na frente, enquanto Jane e Dean ajudam John a andar. De repente o demônio, parceiro de Roberta no depósito se atira para cima de Sam que cai.

- Sam! – grita Jane, senta John no chão e vai correndo até o demônio. Levanta seus braços para arremessá-lo para longe, mas nada acontece. Em seguida o demônio a arremessa para um dos carros, Jane bate as costas no vidro da frente.

- Jane! – grita Sam. Jane levanta um pouco fraca, mas levanta seus braços novamente, mas desta vez para o corpo de Sam, fecha os olhos e se concentra, os abre novament e espera. O demônio começa a dar socos em Sam, que não sente nada, nenhuma dor. Quem as sente é Jane que se contorce de dor em cima do carro. Dean pega uma arma dentro do casaco. O demônio dá socos cada vez mais fortes em Sam, que não entende porque não sente nada. Dean aponta a Colt para o demônio e atira fazendo-o cair morto. Sam se levanta sem entender, põe suas mãos no rosto, nenhum sangue, nenhum arranhão, nada. Procura Jane, a vê se levantando muito fraca de cima do carro, seu rosto está cheio de arranhões e de sua boca não pára de escorrer sangue. Dean e Sam a olham perplexos. Jane lhes dá um sorriso, mas cai de joelhos em seguida.

- Jane! – grita Sam correndo até ela. – Jane!

Dean ajuda John enquanto Sam carrega Jane.

- Temos que sair daqui, agora. – diz Dean.

...

Bem à noite, Dean encontra uma casa velha e abandonada no meio da estrada. Sam coloca sal em todas as janelas e portas e Dean entra na sala.

- Como eles estão? – pergunta Sam preocupado.

- Eles só precisam descansar um pouco agora. – responde Dean. – Já fiz todos os curativos que tinha que fazer. E você, como se sente?

- Ótimo. – responde Sam nervoso. – Eu disse para ela não fazer aquilo, não disse? Eu disse para ela não absorver minha dor para ela.

- Ela te ama, Sam. – diz Dean. – Você teria feito a mesma coisa.

- Mas, ela podia ter morrido. – diz Sam. – Será que ela não entende isso... Que eu não vou agunetar perdê-la também?

- Ela é forte. – diz Dean. – Ela nunca abaixaria a guarda.

- Eu sei, mas... – diz Sam e muda de assunto. – Você acha que fomos seguidos até aqui?

- Eu não sei. – responde Dean. – Acho que não... Não poderíamos ter achado um lugar mais longe para se esconder.

- Ei, Dean... Você... – diz Sam e Dean o olha. – Você salvou a vida da Jane agora a pouco.

- Então, acho que você está feliz de eu ter levado a Colt. – diz Dean com um sorriso.

- Cara, estou tentando te agradecer aqui. – diz Sam sem jeito.

- De nada. – diz Dean e sevira para limpar a arma. Sam vai na direção do quarto, onde John e Jane estão descansando.

- Ei, Sam. – diz Dean.

- O que? – pergunta Sam se virando para o irmão.

- Sabe aquele cara que eu atirei? – pergunta Dean. – Tinha uma pessoa ali dentro.

- Você não teve escolha, Dean. – diz Sam.

- Sim, eu sei. – diz Dean. – Mas, não é isso que está me incomodando.

- O que é então? – pergunta Sam.

- Matando aquele cara, matando Roberta. – começa Dean. – Eu não hesitei, eu nem mesmo pisquei. Por você, pelo papai ou pela Jane... As coisas que estou disposto a fazer ou matar, é só que... Isso me assusta algumas vezes.

- Não deveria. – diz John entrando na sala. – Você agiu bem.

- Você não está com raiva? – pergunta Dean.

- Pelo quê? – pergunta John.

- Por usar a bala. – responde Dean.

- Com raiva? Estou orgulhoso de você. Sabe... – diz John. -... Sam, eu poderia ter ficado muito chateado, mas você cuida dessa família... Você sempre cuidou.

- Obrigado. – agradece Dean meio desconfiado. De repente as luzes começam a piscar. Os três se olham. John vai até uma das janelas.

- Nos descobriram. – diz ele. – Estão aqui.

- ‘’O demônio?’’ – pergunta Sam assustado.

- Sam, coloque sal na frente de cada janela. – diz John. – E de casa porta.

- Eu já fiz isso. – diz Sam.

- Olhe de novo. – pede John. Sam o faz.

- Dean, você está com a arma? – pergunta John.

- Sim. – responde Dean. Em seguida Jane entra na sala ainda fraca, mas bem melhor do que antes.

- O que está acontecendo? – pergunta ela.

- ‘’O demônio’’ está aqui. – responde John e olha para Dean novamente. Jane o olha e não desvia o olhar. – Dean, me dê a arma rápido.

Jane o olha de um jeito que Dean entende.

- Me dê a arma. – pede John novamente.

- Pai, Sam tentou atirar no demônio em Salvation, mas ele desapareceu. – diz Dean.

- Agora sou eu. – diz John. – Eu não irei errar. Agora me entregue a arma, rápido.

Dean tira a Colt do bolso, mas não a entrega.

- Filho, por favor. – pede John.

- Não entregue, Dean. – diz Jane. Dean começa a se afastar.

- O que estão fazendo? – pergunta John não entendendo.

- Ele ficaria furioso. – diz Dean.

- O que? – pergunta John.

- Que eu gastei uma bala. – completa Dean. – Ele não ficaria orgulhoso de mim. Ele me partiria ao meio.

Em seguida, Dean aponta a arma para John.

- Você não é o meu pai. – diz Dean. Jane se aproxima.

- É claro que sou seu pai, Dean. – diz John espantado.

- Eu conheço o meu pai melhor do que qualquer um. – diz Dean. – E você não é ele.

- O que diabos está dando em vocês? – pergunta John.

- Nós poderíamos lhe perguntar a mesma coisa. – diz Jane. – Fique longe.

Sam entra na sala.

- Verifiquei tud... – começa ele. – O que estão fazendo?!

- Seu irmão pirou. – diz John a Sam.

- Ele não é o papai. – responde Dean.

- O que? – pergunta Sam e olha para Jane que confirma com a cabeça.

- Ele está possuído. – diz ela. – Provavelmente desde que o pegamos.

- Não os escute, Sammy. – diz John.

- Como vocês sabem? – pergunta Sam aos dois.

- Ele... Ele está diferente. – responde Dean.

- Vocês sabem, não temos tempo para isso. – diz John. – Sam, se você quer matar esse demônio tem que confiar em mim.

Sam olha para Jane e Dean que o olham também e olha para John.

- Sam. – repete John.

- Não... Não. – diz Sam se afastando de John e se aproximando dos outros.

- Tudo bem. Se vocês têm tanta certeza, vão em frente. – diz John decepcionado. – Me matem.

John abaixa a cabeça e Dean abaixa a arma lentamente.

- Foi o que eu pensei. – diz John levantando a cabeça com os olhos amarelo. Os três se assutam. De repente Sam e Dean são jogados com força na parede, apenas Jane fica intacta. Só que algo a paralisa no chão. John vai até a Colt que Dean deixou cair e a pega.

- Que pé no saco essa coisa tem sido. – ele começa olhando a arma.

- É você, não é? – pergunta Sam. John o olha com um sorriso.

- Temos te procurado por um bom tempo. – diz Sam.

- Bem... Vocês me acharam. – diz ele.

- Mas, e a água benta? – pergunta Sam. – Jane olhou sua mente também.

- Vocês acham que tudo aquilo ia fazer efeito em mim? – pergunta John e ri.

- Eu vou te matar. – diz Sam com raiva.

- Isso seria um belo truque na verdade. – diz John e pôe a Colt em uma mesa no centro da sala. – Aqui. Faça a arma flutuar para você, garoto paranormal.

Dean e Jane olham para Sam. Este olha para a arma, mas nada acontece. O sorriso de John aumenta.

- Bem, isso é engraçado. – diz ele. – Eu poderia matá-los uma centena de vezes hoje. Valeu a pena esperar. O pai de vocês... Ele está aqui comigo. Preso dentro do seu próprio corpo. Ele disse ‘’oi’’, a propósito, ele vai castigar vocês. Ele vai comer vocês vivos.

- Deixe-o ir... – diz Dean tentando se mexer, mas em vão. – Ou eu juro por Deus...

- O que? O que você e Deus vão fazer? – pergunta John. – Veja bem. Até onde eu sei, isso é justiça.

John se aproxima de Dean.

- Sabe aquele pequeno exorcismo de vocês? – pergunta John. – Aquela era a minha filha.

- Quem? Roberta? – pergunta Dean.

- E o cara que você matou com uma das balas da Colt... – continua John. -... Aquele era o meu filho. Entendeu?

- Você só pode estar brincando. – diz Dean.

- O que? – pergunta John. – Vocês pensam que são os únicos que podem ter família? Vocês mataram os meus filhos. Como vocês se sentiriam se eu matasse suas famílias?

Dean e Sam o olham com raiva.

- Ah... Isso mesmo, eu me esqueci... Eu matei. – diz John com um sorriso. – Ainda que... Dois erros não se tornam um acerto.

- Seu desgraçado! – grita Dean.

- Por que está fazendo isso? – pergunta Jane. John se vira para ela, se aproxima e toca em seu rosto.

- Não a toque! – grita Sam com raiva.

- Eu acho que você não sabe, Jane, mas... – começa John sem ligar para Sam. -... Não foi seu pai quem matou sua pobre mãezinha.

- Do que está falando? – pergunta Jane confusa, com ódio nos olhos.

- Admito que foi ele quem mandou matar, mas não foi ele que o fez. – diz John. – Fui eu.

Jane arregala os olhos, surpresa.

- Eu fiquei impressionado quando seu pai me disse para fazer esse trabalho. – diz John. – É claro que eu nunca o desobedeceria.

Lágrimas saem dos olhos de Jane. Em seguida John se vira para Sam.

- Você deve estar se perguntando porque eu matei sua mamãe e sua linda e pequena Jess. – diz John.

Sam apenas o olha com ódio também.

- Sabe, eu nunca disse isso a vocês, mas... – começa John. – Sam ia pedir Jess em casamento. Comprando um anel e tudo o mais... Vocês querem saber o porquê? Porque eles estavam no caminho.

- No caminho de quê? – pergunta Sam nervoso.

- Dos meus planos para você, Sammy. – responde John. – Você... A Jane... E todas as crianças como vocês. Sabe, Jane... Seus poderes são uma dádiva. Você, o Sam, assim como várias crianças por aí... São especiais.

- Escuta, você pode acabar logo com isso, hein? – pergunta Dean. – Eu não aguento mais esse monólogo.

- Engraçado. – diz John com um sorriso para Dean. – Porque isso tudo é sobre a mãe de vocês, não é? Esconder toda a sujeira e dor... Toda a verdade.

- Ah é? E qual é? – pergunta Dean. John se aproxima dele.

- Você luta e luta por essa família, mas a verdade é que eles não precisam de você. – responde ele. – Nem você precisa deles. Por exemplo... O Sam... Está na cara que ele é o favorito de John. Até quando vocês lutam, a preocupação com ele é maior do que você jamais imaginou.

- Aposto que você tem orgulho dos seus filhos, também, hein? – pergunta Dean. – Ah, espera... Esqueci, eu acabei com eles.

Dean dá um sorriso para John e este devolve outro. John abaixa a cabeça pensativo, mas a levanta em seguida. De repente, Dean começa a sentir uma forte dor, suas roupas começam a ser rasgadas. É como se unhas o arranhassem e tirassem sua pele. Sangue começa a ser jorrado pelo seu corpo.

- Dean! – gritam Jane e Sam.

- Não! – grita Sam. John ainda olha para Dean com um sorriso.

- Pai!Pai! Não deixa ele me matar! – grita Dean com muita dor.

- Dean! – grita Sam. Lágrimas saem dos olhos de Dean e sangue sai de sua boca.

- Pai, por favor! – pede ele com mais dor. Em seguida fecha os olhos desacordado.

- Não! – berram Sam e Jane. Em seguida John volta ao normal por um tempo.

- Pare, pare com isso. – pede John ao demônio. Sam e Jane conseguem se movimentar novamente. Jane levanta os braços e joga John de encontro a parede. Sam pega a Colt e aponta para ele.

- Se me matar... Mata o papai também. – diz o demônio de volta.

- Eu sei. – diz Sam e atira na perna de John. Este cai.

- Ei, Dean! – grita Jane. – Deus, você perdeu muito sangue.

- Cadê ele? – pergunta Dean.

- Está bem ali. – responde ela apontando John caido.

- Sam, vá dar uma olhada nele. – pede Dean. Jane põe a cabeça de Dean em seu colo. Sam se aproxima de John.

- Pai? – pergunta ele.

- Sammy, ele ainda está vivo. Está dentro de mim, posso sentí-lo. – diz John com dor. – Atire em mim. Atire em mim! Atire bem no coração, filho! Atire agora!

Sam aponta a Colt para ele.

- Sam, não atire! – grita Dean.

- Sam, você tem que se apressar! – grita John. – Não posso segurá-lo por muito tempo, atire em mim, filho!

Sam não se mexe.

- Atire em mim, filho! Estou implorando!Podemos terminar isso, aqui e agora! Sammy! – grita John.

- Sam, não! – grita Dean.

- Atire! – grita John não aguentando mais. Sam não se mexe.

- Sammy! Sam... – diz John. Os olhos de Jane mudam intensamente. Ela corre até John, se ajoelha ao seu lado, põe uma de suas mãos na cabeça dele.

- Saia. – diz ela. Em seguida o demônio sai do corpo de John. Sam abaixa a arma. John o olha e deixa sua cabeça cair decepcionado.

...

Um tempo depois, já na estrada, os quatro se encontram dentro do Impala. Dean se encontra desacordado no banco de trás com Jane ao seu lado. John acorda no banco ao lado de Sam que dirige.

- Ouça, aguente mais um pouco, certo? – diz Sam. – O hospital é só a alguns minutos daqui.

- Estou surpreso com você, Sammy... Com você também, Jane. – diz John.

Os dois não falam nada.

- Por que você não o matou? – pergunta John a Sam. – Pensei que havíamos concordado que matar esse demônio era prioridade. Antes de mim, antes de tudo. Sam vê Jane e Dean no banco de trás.

- Não, senhor... Não antes de tudo. – diz ele. – Olha, a gente ainda tem a Colt. Ainda temos uma bala sobrando. Apenas temos que começar de novo, certo? Digo... Quando acharmos o demôn...

De repente Jane se vira rapidamente para a janela ao seu lado, desaparece no ar e aparece fora do carro. Um caminhão está a poucos centímetros de distância dela e do carro. Ela levanta os braços e consegue deter o caminhão de se aproximar.

- Jane! – gritam Sam e John que tentam sair do carro, mas não conseguem. Jane não os deixa abrir a porta do carro com sua mente. O motorista do caminhão, mostra os olhos, estão amarelos. Jane não consegue mais aguentar. O demônio está tirando suas forças. Lágrimas caem de seus olhos. Jane pega um de seus braços e se volta para o Impala, o empurra no ar, ele acelera para a frente, mas acaba capotando por causa da velocidade. Jane olha mais uma vez para o caminhão, dá um pequeno sorriso e abaixa os braços. O caminhão a atropela bruscamente, fazendo-a cair a metros de distância... Sem vida. O demônio olha o corpo de Jane nada feliz.

- Não... Ele vai me matar. – ele diz e sai do corpo do motorista em seguida.

No carro, Dean, John e Sam se encontram cobertos de sangue e desacordados.

Continua...

Fim do Vigésimo Segundo e Último Capítulo da Primeira Temporada.


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Notas finais do capítulo

Reviews??? Não se preoucupem, vou continuar... É claro, só se vocês quiserem.... bjsss...^.^