Supernatural escrita por Mabel_Cullen


Capítulo 18
Capítulo 18: Alguma Coisa Malígna


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!!! Beijos... ^.^



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Fitchburg, Wisconsin.

- Agora me deito para dormir, rezo para que Deus cuide de minha alma. Que os anjos me vigiem durante a noite e me protejam até a luz do amanhecer. Amém. – diz uma garotinha ajoelhada ao lado da cama, com seus cotovelos recostados no cobertor.

- Amém. – repete o pai atrás dela. A garotinha se vira com um sorriso para ele e se deita em seguida. O pai vai até ela e a beija na testa. – Boa noite, querida.

- Papai... A mamãe vêm para casa? – pergunta ela. O homem olha para uma foto no criado mudo da filha.

- Não, querida. – ele responde. – Ela está passando a noite no hospital com sua irmã. Agora durma, está bem?

A garotinha se cobre e vira para o outro lado para tentar dormir. Seu pai apaga a luz do quarto e fecha a porta. De madrugada, os galhos da árvore lá fora cutucam a janela, assustando a menina. Esta olha para os lados com medo, sai da cama correndo e fecha a cortina da janela às pressas, voltando para a cama correndo logo em seguida também. Mas, de repente uma mão feita dos galhos abre a janela da pobre criança que cobre a cabeça, apavorada. Algo entra no quarto pela janela e tira o cobertor da menina. Ela se vira para a coisa que parece com uma árvore, mas está coberta por um capuz. A criatura abre a boca e de lá sai uma luz branca, fazendo a garotinha gritar de pavor.

...

- Sim, provavelmente deixamos passar algo, foi isso. – diz Dean enquanto dirige o Impala pela estrada.

- Cara, eu dei uma olhada no departamento jurídico, relatórios pessoais e jornais, não consegui achar nenhum sinal de perigo. – diz Sam a ele. – Vocês tem certeza que pegaram as coordenadas certas?

- Olhamos duas vezes. – responde Jane. – É Fitchburg, Wisconsin.

- Papai não nos enviaria essas coordenadas se elas não fossem importantes, Sam. – diz Dean.

- Eu estou falando... Procurei e tudo que eu achei foi uma grande quantidade de nada. – comenta ele. – Se papai enviou a gente para caçar algo, eu não sei o que é.

- Bom... Talvez ele vá se encontrar com a gente lá. – diz Dean.

- Não vai não. – diz Jane a eles. Dean a olha pelo retrovisor. – Ah... Desculpa, era para ser uma mentira. Mas, sinceramente... Eu não gosto disso.

- Obrigado, Jane. – agradece Sam com um sorriso a ela e se vira novamente para o irmão. – Ele tem sido tão fácil de achar, com certeza ele vai começar a se encontrar com a gente agora... Pelo amor de Deus né Dean... Conta outra.

- Espertinha. – diz Dean a Jane. Ela lhe dá um sorriso irônico. – Não se preocupem, tenho certeza que há algo em Fitchburg que vale a pena matar. A Jane poderia nos dar a resposta com os poderes dela.

- Só em casos de emergência, Dean. – diz Jane a eles. – Se tiver algo que vale a pena matar lá, nós descobriremos.

- Em caso de emergência? Sempre estamos em um caso de emergência. – diz Dean a ela, mas Jane não responde. – E é claro que vai ter algo para nós matarmos lá.

- Sei o que te faz ter tanta certeza. – diz Sam a ele.

- É porque sou o mais velho, por isso estou sempre com a razão. – diz Dean.

- Não é não. – discorda Sam.

- Sim, sempre estou certo. – repete Dean. Sam olha bem para ele. Dean o olha de perfil e dá um sorriso em seguida retomando o olhar na estrada.

...

Eles chegam na cidade e passam por uma placa onde está escrito ‘’Fitchburg, Wisconsin. Um lugar para se chamar de lar’’.

Dean pára o carro e busca café para os três.

- Bem, a garçonete acha que os maçons estão tramando algo ruim. – comenta Dean com eles, quando voltam a se reunir no carro. - Mas, além dela ninguém mais ouviu falar de nada estranho.

- Dean... Que horas são? – pergunta Jane a ele enquanto olha para o parque à frente deles que fica ao lado de uma escola.

- Dez para as quatro, porque? – pergunta Dean sem entender a ela. Sam a olha também.

- Olhem... O que tem de errado com essa imagem? – pergunta Jane a eles. Dean e Sam olham para o parque também.

- Acabou a aula, não é? – pergunta Sam a ela. Jane faz que sim com a cabeça.

- Então... Onde está todo mundo? Esse lugar deveria estar cheio de crianças, agora. – comenta ela e se desincosta do carro indo na direção do parque. Vê um rapaz sentado em um dos bancos. – Está tão quieto por aqui.

- Sim, é uma pena. – diz o rapaz a ela.

- Por quê? – pergunta Jane.

- Você sabe... Crianças ficam doentes. – responde ele. – É uma coisa terrível.

- Quantas ficaram? – pergunta Jane.

- Foram só cinco ou seis, mas... Casos sérios para hospital. – responde ele. – Muitos pais além dos meus, ficaram muito preocupados. Eles acham que isso pega. Trouxe minha irmã aqui para o parque para ela tentar esquecer um pouco... Nosso irmãozinho, está no hospital.

Jane olha para o parque com uma expressão triste. Em seguida os três vão para o hospital vestidos formalmente.

- Cara... Eu não vou usar essa identificação. – diz Sam ao irmão.

- Porque não? – pergunta Dean a ele.

- Porque está escrito ‘’Inspetor Biquíni’’ nela. – responde Sam. Dean e Jane se olham com um sorriso.

- Não se preocupe... Ela nem vai pedir para olhar. – diz Dean a ele. – É só você ter confiança, Sammy.

Dean o empurra para o balcão de recepção do hospital.

- Oi, eu sou o Dr. Jerry Kaplan. Centro do Controle de Doenças. – diz Sam a recepcionista.

- Posso ver alguma identificação. – pede a mulher. Dean dá uma risada discreta e Jane dá um tapa em sua barriga. Sam o olha com raiva e se vira novamente para a recepcionista.

- É claro. – diz ele pegando sua identificação e a mostrando rapidamente com um dos dedos em cima da foto. – Agora... Você poderia me dizer onde fica a ala pediátrica, por favor?

- Certo... Apenas vá pelo corredor, dobre a esquerda e suba. – responde ela com um sorriso. Sam lhe devolve outro sorriso e se junta a Jane e Dean novamente. Sam olha com raiva para o irmão.

- Não disse que ia dar certo? – pergunta Dean com um sorriso a ele.

- Me sigam... É lá em cima. – comenta Sam. Eles sobem as escadas e andam por um corredor. Dean para e vê em um dos quartos, uma velhinha que olha pela janela a fora. Ela se vira para ele com um olhar malígno. Dean olha para a parede do quarto e vê que há uma cruz, mas de ponta cabeça. A velhinha se vira novamente para a janela.

- Dean. – chama Jane e ele olha. – Vamos.

...

- Obrigado por nos receber, Dr. Hydaker. – agradece Sam a ele.

- Estou feliz que estejam aqui. – diz o Dr. a eles. – Eu estava mesmo prestes a ligar para o Centro de Controle de Doenças. De qualquer forma... Como vocês descobriram?

- Algum médico geral, esqueci o nome dele... Ele ligou de Atlanta e... – começa a explicar Dean. -... Deve ter conseguido antes de você.

- Então... O senhor estava nos dizendo que vocês já tem seis casos até agora? – pergunta Sam a ele.

- Sim, em cinco semanas. – responde o médico. – Primeiro pensávamos que isso era alguma variedade de bactéria pneumática de jardins. Não que isso fosse interessante. Mas agora...

- Agora o que? – pergunta Jane que estava olhando um garotinho com a aparência muito fraca em uma das camas de um dos quartos do hospital.

- As crianças não estão respondendo aos antibióticos. – responde o médico a ela. – As células brancas deles... Continuam baixando. Seus sistemas imunológicos não estão funcionando. É como se os corpos deles estivessem desistindo.

- Você já viu algo assim antes? – pergunta Dean a ele.

- Não tão grave. – responde o médico.

- A maneira como se espalha é estranho. – diz uma enfermeira que se aproxima com uma prancheta. – Aqui Dr.

- Como assim? – pergunta Sam.

- Só funciona através de famílias. – responde a enfermeira. – Mas somente crianças... Um irmão atrás do outro.

- Vocês se importam se dermos uma olhada em algumas crianças? – pergunta Jane a eles.

- Eles não estão conscientes. – comenta a enfermeira.

- Nenhuma delas? – pergunta Jane.

- Não. – ela responde.

- Podemos falar com os pais? – pergunta Dean.

- Se vocês acham que vai ajudar. – diz o médico.

- Sim, sim. – diz Dean. – Quem deu entrada mais recente?

...

- Eu deveria estar com as minhas filhas. – diz um homem aos três depois de um tempo.

- Entendemos isso. – diz Sam a ele. – E apreciamos que tenha aceitado falar com a gente.

- Você falou que Mary é a mais velha? – pergunta Jane.

- Sim, treze anos. – responde ele.

- Certo... E ela foi a primeira a ficar assim, não é? E então... – diz Dean.

- Bethany na próxima noite. – completa.

- Depois de 24 horas? – pergunta Sam.

- Eu acho. – responde. – Olha... Eu já conversei sobre tudo isso com os médicos.

- Certo... Só mais algumas perguntas se você não se importa. – diz Dean a ele. – Como você acha que elas pegaram pneumonia? Elas estavam gripadas, ou algo parecido?

- Não... Estávamos achando que era por causa da janela aberta. – comenta o homem.

- Todas as vezes? – pergunta Jane a ele.

- Na primeira vez eu não... Não me lembro. – responde ele. – Mas na segunda vez, com certeza. Eu sei que fechei as janelas antes de colocar Bethany na cama.

- Então, você acha que ela as abriu? – pergunta Sam.

- É a janela de cima, sem acesso. – respondeo homem. – Ninguém poderia abrí-la.

- Obrigado, pelo seu tempo. – agradece Jane e os três saem andando pelo corredor.

- Isso pode não ter nada de sobrenatural. Talvez seja apenas pneumonia. – comenta Sam com eles.

- Talvez... Ou talvez algo abriu aquela janela. – diz Jane a ele.

- É... O papai não nos enviaria aqui para nada. – concorda Dean com ela. – Eu acho que estamos no caminho certo.

- Lhes digo uma coisa. – diz Sam parando na frente deles.

- O que? – pergunta Jane.

- Aquele cara que acabos de conversar, aposto que daqui a pouco ele vai para casa. – comenta ele. Jane e Dean o olham com um sorriso. Um tempo depois, os três se encontram na frente da casa do homem. Eles entram para investigar antes que o pai chegue.

- Conseguiram algo por aí? – pergunta Dean aos outros dois.

- Não, nada. – responde Sam. Este e Dean carregam aparelhos eletromagnéticos.

- Nem eu. – diz Dean a eles. Jane entra no quarto de Bethany, olha de cima a baixo, mas de repente se vira para a janela e se aproxima dela.

- Sam, Dean. – chama ela abrindo a janela. Os dois irmãos entram no quarto e vão até ela. - Olhem isso. Com certeza não é pneumonia... É sujo.

Os três ficam olhando para uma marca de mão escura na madeira abaixo da janela.

- Que diabos deixa uma marca como essa? – pergunta Sam estranhando o formato. Dean relembra quando ele e sam eram pequenos. Ele lembra de ter visto uma foto com essa marca de mão antes.

(Flasback)

Dean com apenas 12 anos, em uma sala de motel vendo uma foto com uma marca de  mão estranha. John entra em seguida.

- Você sabe como funciona, Dean. – diz John a ele. – Se alguém ligar, não atenda. Se for eu, deixarei tocar uma vez e depois ligarei de novo. Entendeu?

- Não atender o telefone ao menos que toque uma vez. – repete Dean desanimado a ele.

- Qual é, cara. Se anime, essas coisas são importantes. – diz John ao filho.

- Eu sei... É que você repete isso milhares de vezes. – diz Dean. – E você sabe que eu não sou tapado.

- Eu sei que você não é. – diz John a ele enquanto se dirige a porta. – Mas eu só tolero um erro... Entendeu?

Dean faz que sim com a cabeça.

- Certo, e se eu não voltar no domingo a noite? – pergunta John se virando novamente para ele.

- Eu tenho que ligar para o Pastor Jim. – responde Dean.

- Feche as portas e as janelas. E o mais importante... – diz John.

- Tomar conta do Sammy. – completa Dean. – Eu sei.

- E se alguma coisa entrar? – continua John.

- Atirar primeiro e fazer perguntas depois. – responde Dean.

- Esse é o meu garoto. – diz John a ele com um sorriso e paça a mão em sua cabeça, fazendo um cafuné. Em seguida sai do motel. Dean tranca a porta e olha para Sammy sentado no sofá da sala, assistindo tv.

(Fim do Flashback)

- Sei porque papai nos mandou para cá. – comenta Dean com eles. – Ele já enfrentou essa coisa antes. Ele quer que a gente termine o trabalho.

Sam e Jane o olham curiosos. Um tempo depois os três param na frente de um motel para passarem a noite.

- Então... Que diabos é uma Shtriga? – pergunta Sam saindo do carro.

- É tipo uma bruxa, não sei muito sobre elas. – responde Dean a ele. Este e Jane saem do carro em seguida.

- Bem, eu nunca ouvi falar e não está no diário do papai. – comenta Sam.

- Papai, caçou ela uma vez em Fort Douglas, Wisconsin... Cerca de 15 ou 14 anos atrás. – comenta Dean com ele. – Você estava lá, não se lembra?

- Não. – responde Sam.

- Acho que ele capturou essa coisa em Fitchburg e agora enviou para nós três as coordenadas. – continua Dean.

- Espera um pouco, essa... – começa Sam.

- Shtriga. – repete Dean.

- Certo, você acha que é a mesma coisa que o papai caçou antes? – pergunta Sam.

- Sim, talvez. – responde Dean.

- Mas se papai já a matou, porque ainda anda por aí? – pergunta Sam.

- Porque fugiu. – responde Jane a ele. Dean a olha, era o que ele ia responder.

- Fugiu? – pergunta Sam surpreso.

- É, Sammy, acontece. – diz Dean com um olhar de óbvio.

- Não frequentemente. – diz Sam discordando.

- Bem... Eu não sei o que te dizer... – diz Dean a ele. – Talvez o papai não tenha tomado café da manhã nesse dia.

- O que mais você se lembra? – pergunta Sam curioso.

- Nada, eu era uma criança certo? – responde Dean e entra no motel. Jane vai atrás. Um garoto de mais ou menos uns 12 anos vem atendê-los.

- Cama de casal ou duas de solteiro? –pergunta o garoto olhando para os dois.

- Três de solteiro. – responde Dean. Sam entra no motel. O garoto olha bem para os três à sua frente e sussurra par si mesmo. – É... Aposto que sim.

- O que você disse? – pergunta Dean surpreso.

- Belo carro. – responde o garoto mudando de assunto. Em seguida uma mulher entra na recepção.

- Olá, reservando um quarto? – pergunta ela para os três.

- Sim. – responde Sam.

- Me faz um favor... Vá pegar algum jantar para o seu irmão. – diz a mulher ao menino atrás do balcão.

- Estou ajudando os clientes. – diz o menino a ela. A mulher lhe olha com uma expressão nada feliz. Dean dá um sorriso irônico para o garoto que o olha desapontado. – São três camas de solteiro.

- Garoto engraçado. – comenta Dean ironicamente à mulher.

- É, ele acha que é. – diz ela com um sorriso carinhoso. - Vai ser a vista ou cartão de crédito?

- Vocês aceitam Mastercard? – pergunta Dean.

- É claro. – responde a mulher com um sorriso. Em seguida ele a entrega o cartão.

- Obrigada. – agradece a mulher. Dean olha para uma porta atrás do balcão que está aberta. Lá dentro, o garoto de antes põe um pouco de leite no copo do irmão mais novo. Dean os olha com uma expressão vazia.

(Flashback)

Dean(12 anos) põe leite no copo e entrega para Sammy(6 anos) que está sentado em uma das cadeiras da mesa.

- Quando o papai vai voltar? – pergunta Sam a ele.

- Amanhã. – responde Dean pegando cereal no armário e pondo na tigela dele.

- Que horas? – pergunta Sam.

- Não sei... Apesar de que normalmente ele chega tarde. – responde Dean. – Agora coma a sua janta.

- Estou farto de ‘’Scabetti-Os’’. – diz Sam olhando o cereal na mesa.

- Bem, você é o único que os come. – diz Dean.

- Eu quero o ‘’Amuleto da Sorte’’. – diz Sam com um olhar carinhoso.

- Acabou. – diz Dean.

- Eu os vi na caixa. – diz Sam.

- Certo, talvez tenha. – diz Dean. – Mas só tem o suficiente para uma tigela e eu não comi nada ainda.

Sam o olha com uma expressão triste. Dean vai até ele, pega sua tigela e joga os cereais de lá no lixo. Em seguida pega uma tigela limpa, põe o cereal que o irmão quer e o entrega. Sam pega o brinde de dentro da caixa.

- Você quer o prêmio? – pergunta ele a Dean que o olhar nervoso.

(Fim do Flashback)

- Moça? Moça? – pergunta a mulher no balcão para Jane. Esta se vira para ela. A mulher lhe entrega uma chave já que Dean não a escutou.

- Obrigada. – agradece Jane a ela e olha novamente para Dean que a olha também curioso.

Em seguida os três vão para o quarto alugado.

- Não foi fácil de achar, mas vocês estava certo. – diz Sam ao irmão pesquisando no laptop. Dean e Jane o olham. – Shtriga é um tipo de bruxa. Elas são da albânia, mas as lendas sobre elas são da antiga Roma. Elas se alimentam de ‘’Spiritus Vitae.’’

- Spirit o que? – pergunta Dean sem entender.

- Vitae. – repete Sam.

- Está em latim. – diz Jane. – Significa ‘’ Sugando a Vida’’.

- É. – concorda Sam. – Meio parecido com energia de vida ou a essência.

- O médico não disse que é o corpo das crianças que estão desgastados? – pergunta Dean a eles.

- Parece que sim. – diz Sam. – Essa Shtriga tira sua vitalidade, talvez a resistência vai para o espaço e pegam pneumonia.

- Elas podem se alimentar de qualquer um, mas elas preferem... Crianças. – diz Jane sentando em sua cama.

- É isso aí. – concorda Sam.

- É claro que elas preferem crianças... Provavelmente porque elas tem uma poderosa energia de vida.

- E saca só isso. – diz Sam voltando para o laptop. – Shtrigas são vulneráveis a todo tipo de armas feitas por Deus ou pelo Homem.

- Não isso não está certo. – diz Jane. – Elas são vulneráveis quando estão se alimentando.

- O que? – pergunta Sam sem entender.

- Você só pega ela quando estão se alimentando. – repete Dean. – Você pode matá-las e consagrar com as balas forjadas. Deveríamos tentar com chumbo grosso, eu acho.

- Como você sabe disso? – pergunta Sam.

- Papai me contou, eu me lembro. – responde ele. Jane passa por trás de Dean para pegar um copo de água no frigobar.

- Mentiroso. – sussurra ela perto de seu ouvido. Dean a olha sem entender.

- Então... Papai mencionou mais alguma coisa? – continua Sam.

- Não, isso é tudo. – responde Dean, voltando sua atenção para ele. O irmão lhe olha com desconfiança. – O que?

- Nada. – responde Sam agora olhando para o chão. – Então, supondo que podemos matá-las quando estão se alimentando... Temos que achá-las antes, certo? O que não vai ser muito fácil. Shtrigas são disfarçadas de humanos quando não estão caçando.

- Que tipo de disfarce humano? – pergunta Dean.

- Historicamente, algo inofensivo. – responde Sam. – Pode ser qualquer coisa. Mas, normalmente são mulheres idosas e fracas. Foi por uma Bruxa-senhora-idosa-encarquilhada por onde a lenda começou.

Dean olha sério para ele.

- Esperem um pouco. – diz ele se recordando de algo. Jane e Sam o olham. Dean pega um mapa em cima da mesa ao lado da janela.

- Dêem uma olhada nisso. – diz ele lhes mostrando o mapa. – Eu anotei todos os endereços das vítimas. São essas casas com um risco vermelho que a Shtriga foi até agora e o ponto central... É o hospital.

- O hospital. – repetem Jane e Sam.

- Quando nós estivemos lá, eu vi uma paciente, uma senhora de idade. – explica Dean a eles.

- Uma pessoa de idade? No hospital? – pergunta Sam irônico. – Nossa! Melhor chamar a guarda costeira.

- Bem, escuta espertinho. – diz Dean nervoso. – Ela tinha uma cruz invertida pendurada na parede.

Sam desmancha o sorriso e o olha sério agora.

...

Um tempo depois, os três se encontram novamente no hospital. Eles andam pelo corredor a procura do quarto da idosa novamente.

- Boa noite, Dr. Hydaker. – diz a enfermeira ao homem que cuida das crianças afetadas.

- Vejo você amanhã. – diz o Dr. a ela com um sorriso.

- Tente dormir um pouco. – diz Betty a ele. O homem continua andando e segue reto. Jane, Sam e Dean olham para a parede para não serem vistos. Depois que Hydaker se afasta, os três entram por outro corredor e chegam ao quarto da idosa, onde a porta se encontra fechada. Sam põe sua mão na maçaneta para abrí-la. Dean tira uma arma de um dos bolsos do casaco. Jane e Sam o olham boquiabertos. Dean continua com a arma na mão. Em seguida eles entram no quarto, onde as luzes estão apagadas e a idosa está sentada em sua cadeira de rodas virada de costas para eles. Dean aponta sua arma para ela e eles se aproximam. A idosa está com os olhos fechados. Sam não aguenta e tira sua arma, menor que a do irmão, de dentro do casaco. Jane revira os olhos. Sam faz um aceno para que Dean se aproxime mais. Este o faz, chega bem perto do rosto da idosa que permanece calada, aparentemente dormindo.

- Quem diabos é você? – pergunta ela olhando para Dean que se afasta levando um susto enorme ataté bater de costas na parede ao lado da janela. – Quem está aí?

Sam se vira para a porta e a fecha.

- Estão tentando roubar as minhas coisas. – diz a velha. Jane acende as luzes do quarto. – Vocês sempre roubam por aqui.

- Não... Senhora. – diz Sam se aproximando. – Somos da manutenção. Pedimos desculpas. Pensávamos que você estava dormindo.

- Ah, besteira! Eu estava dormindo com os meus olhos abertos. – diz ela. Dean põe uma de suas mãos no coração que bate fortemente. – E endireitem aquele crucifixo. Eu já falei milhares de vezes para ajeitarem. Dean só encosta na cruz e ela já cai para o outro lado se endireitando. Sam e Jane o olham com reprovação. Dean lhes dá um sorriso culpado.

...

Nessa mesma noite, no quarto do garoto que atendeu os três no balcão do motel, batem os galhos de uma árvore enquanto ele e seu irmãozinho dormem. De repente uma mão com o formato de galhos abre a janela.

...

No dia seguinte, Jane, Dean e Sam estacionam o carro na frente do motel e saem do carro.

- ‘’ Eu estava dormindo com os meus olhos abertos?’’ – repete Sam rindo do que a idosa disse.

- Eu quase matei aquela senhora. – comenta Dean. – Eu juro. Isso não é engraçado.

- Você deveria ter visto a sua cara, Dean. – diz Jane com um sorriso discreto a ele.

- Devia mesmo. – concorda Sam.

- Pois é... Podem rir, voltamos a estaca zero. – diz Dean, mas em seguida ele vê o garoto da recepção sentado em um banco com a expressão triste. – Esperem um pouco.

Eles se aproximam do garoto.

- Ei, o que aconteceu? – pergunta Dean a ele.

- Meu irmão está doente. – responde o garoto.

- O pequenininho? – pergunta Dean.

- Pneumonia... Ele está no hospital. – comenta. Dean, Sam e Jane se olham preocupados. – Isso é tudo minha culpa.

- Não, qual é, como? – pergunta Dean.

- Eu deveria ter certeza que a janela estava fechada. – responde ele. – Ele não teria pego pneumonia se a janela estivesse fechada.

- Me escuta... – pede Dean ao garoto. – Eu juro para você que a culpa não foi sua, ok?

- É meu trabalho cuidar dele. – diz o garoto. Dean o olha carinhoso. Sam olha para os dois sem entender, mas com um olhar desconfiado para o irmão. Jane olha para a porta do motel, de lá sai a mãe do garoto.

- Michael. – diz ela para o filho. – Eu quero que você mude a placa para ‘’sem vagas’’ assim que eu sair. A Denise está limpando os quartos, então não vá em nenhum deles.

- Eu vou com você. – diz o garoto.

- Não agora, Michael. – diz ela apressada.

- Mas, eu tenho que ver o Asher. – insiste ele chateado.

- Ei, Michael, ei. – diz Dean pondo sua mão no ombro dele. – Sei como você se sente, certo? Eu sou irmão mais velho também. Mas você precisa facilitar as coisas para a sua mãe agora, está bem?

A mulher deixa a bolsa cair.

- Droga. – reclama ela.

- Pode deixar. – diz Jane e pega a bolsa para ela. – Aqui.

- Obrigada. – agradece ela com um sorriso preocupado.

- Escuta, você não está em condições de dirigir. – comenta Dean a ela. – Porque você não deixa eu  te levar para o hospital?

- Não, eu posso... – começa a mulher.

- Não, isso não é problema. – interrompe Dean. – Eu insisto.

- Obrigada. – agradece a mulher a ele e lhe entrega a chave do carro. Em seguida ela dá um beijo na cabeça do filho e entra no carro. – Se cuida.

- Nós vamos matar essa coisa. – sussurra Dean para Jane e Sam. – Eu quero ela morta... Me entenderam?

Os outros dois concordam com a cabeça para ele.

...

Biblioteca Pública.

Sam e Jane pesquisam mais sobre as Shtrigas. Sam pega seu celular e liga para o irmão. Jane continua pesquisando em jornais antigos.

- Alô? – diz Dean.

 - Ei, como está o garoto? – pergunta Sam.

- Nada bem, onde vocês estão? – pergunta Dean.

- Na biblioteca. – responde Sam a ele. – Estamos tentando achar o máximo que podemos sobre essa Shtriga.

- Certo... E o que encontraram? – pergunta Dean.

- Bom... Más notícias. Começamos com Fort Douglas. – comenta Sam. – Pela aquela época que você disse que o papai estava lá.

- E? – pergunta Dean impaciente.

- Mesma coisa. – responde Sam. – Antes disso foi em... Ogdenville. Antes disso, North Haverbrooke e Brockway. A cada 15 a 20 anos ele acerta uma nova cidade. Dean essa coisa toda começou em Fitchburg. E todos esse outro lugares, ela ficou por um mês. Dúzias de crianças são feitas de vítimas. Até que a Shtriga segue em frente. Crianças ficam em coma e falta de vitalidade... E então elas morrem.

- Desde quando isso acontece? – pergunta Dean.

- Não sei. – responde Sam. – Antes de acharmos isso, achamos esse lugar chamado Black River Falls no ano de 1890. Estou falando de ‘’Show de Horrores’’.

- Uou. – diz Jane. Sam a olha.

- O que foi? – pergunta ele.

- O que foi? – pergunta Dean a Sam.

- Espera um pouco. – diz ele se aproximando de Jane e olhando com ela uma foto em um dos jornais. – Estamos olhando a foto de um grupo de médicos do lado de uma criança deitada. Um dos médicos é Hydaker.

- E? – pergunta Dean novamente.

- E... Que essa foto foi tirada em 1893. – responde Sam a ele.

- Vocês tem certeza? – pergunta Dean arregalando os olhos.

- Totalmente. – responde Sam. Dean desliga o celular, com a expressão séria. Ele se vira e vê Hydaker sentado ao lado de Asher na cama. O médico passa sua mão na cabeça do menino e se levanta.

- Não se preocupe. – diz ele para a mãe de Asher. – Seu filho está em boas mãos. Vou tomar conta dele.

Em seguida Hydaker vai na direção de Dean.

- Então... O que o Centro de Controle de Doenças descobriu até agora? – pergunta ele.

- Bem, ainda estamos trabalhando em algumas teorias. – responde Dean. – Você saberá assim que soubermos.

- Bom, não há nada mais importante para mim do que essas crianças. – diz Hydaker. Dean lhe dá um sorriso forçado. – Apenas me avisem se precisarem de ajuda.

Em seguida o médico se afasta.

- Eu farei isso. – diz Dean.

...

- Devíamos ter achado isso antes. – diz Jane a eles quando os três se reúnem novamente no motel. – Médico é um perfeito disfarce.

- Você confia nele e um minuto depois ele está por trás de tudo. – diz Sam.

- É... Aquele desgraçado. – xinga Dean lembrando de Hydaker.

- Estou surpreso que você não tenha feito nada com ele, lá mesmo. – diz Sam ao irmão.

- É, eu também. – diz Dean surpreso consigo mesmo.

- Bom, você não atiraria em um hospital, ainda mais na ala pediátrica, certo? – pergunta Jane a ele.

- É claro que não. – responde Dean a ela. – E também não daria para matá-lo, porque o desgraçado é a prova de balas ao menos que esteja se alimentando de algo. E eu não estava armado, o que seria boa coisa, pois provavelmente eu mesmo teria acabado com ele se desse.

- Está ficando esperto com a idade, Dean. – comenta Sam.

- Você está certo. – concorda Dean. – Porque agora eu sei como vamos pegá-la.

- Como assim? – pergunta Sam a ele. Jane dá uma risada sarcástica. Eles a olham.

- Essa sua risada sarcástica já te entrega. – diz Dean a ela. – Você leu minha mente, certo?

- Desculpe, não consegui me conter. – confirma Jane com um sorriso a ele.

- Então explica para o meu irmão aqui... Talvez com você ele não se zangue tanto. – diz Dean olhando Sam com um olhar irônico.

- Essa Shtriga só funciona através de irmãos, certo? – pergunta Jane a Sam.

- Certo. – concorda ele olhando Dean, desconfiado.

- Bem, ontem a noite... Ela foi atrás do Asher. – continua Jane. – Então... Provavelmente, hoje ela vai atrás do Michael.

- Então temos que tirá-lo de lá. – diz Sam a eles rapidamente.

- Não. – diz Jane. – Isso estragaria todo o plano... Do Dean.

- O que? – pergunta Sam sem entender.

- É... – diz Dean a ele.

- Então você quer usar o garoto como isca? – pergunta Sam.

- Sim. – responde ele.

- Você pirou? – pergunta Sam incrédulo. – Não. Esqueça. Está fora de questão.

- Não está fora de questão, Sam. – diz Dean. – É o único jeito.

- Ele está certo, Sam. – diz Jane. – Se essa coisa desaparecer, pode levar anos até conseguirmos outra chance.

- Michael é uma criança. – diz Sam a eles. – Eu não vou pendurá-lo na frente daquela coisa como uma isca no anzol.

- Escuta... Sam. – pede Jane indo até ele, se aproximando bem de seu rosto e o olhando bem nos olhos. – Eu também sou contra, eu ando tão confusa ultimamente, depois de tudo o que aconteceu naquele estacionamento com o seu pai e eu... Eu achei que nunca nada seria como antes, mas isso pode não ser verdade... Essa pode ser a nossa única chance e eu vou fazer de tudo para que essa Shtriga vá embora de uma vez.

- Papai não me enviou aqui por acaso. – diz Dean a ele.

- Enviou você aqui? Ele não te enviou aqui... Ele ‘’nos’’ enviou aqui. – arruma Sam.

- Isso não tem nada a ver com você, Sam. – diz Dean se virando e indo até a janela para respirar. – Certo? Fui eu que estraguei tudo. Foi minha culpa. Não tem como dizer quantas crianças foram machucadas por minha causa.

- O que você está dizendo, Dean? – pergunta Sam. – Porque seria sua culpa?

Jane olha para Dean com uma expressão vazia.

- Dean. – diz Sam. – Você tem escondido algo desde o começo. Desde quando o papai foge de uma caça? Desde quando ele deixa algo escapar? Agora fale comigo, cara. Me diga... O que está acontecendo?

- Fala para ele, Dean. – diz Jane se aproximando dele e pondo uma de suas mãos em seu ombro direito. – Não carregue esse peso com você.

- Fort Douglas, Wisconsin. – diz Dean olhando para o irmão. – Foi na terceira noite, nessa merda de quarto. Eu estava subindo pelas paredes, cara. Precisava pegar algum ar.

(Flashback)

Dean (12 anos) desliga a TV, vê que Sam dorme tranquilamente em uma das camas e sai do chalé. Vai até o fliperama ao lado e joga até tarde da noite.

- Ei, garoto. Estamos fechando. – diz o dono do lugar e se retira. Dean sai do fliperama e volta para o chalé. Tranca a porta e vai para o quarto onde seu irmão dorme. Lá dentro vê uma luz, se aproxima da porta do quarto e a abre. Uma Shtriga está sugando a vida de Sammy. Dean pega uma arma encostada na parede e aponta para a criatura que se vira assustada para ele e dá um berro de raiva. Dean vai atirar, mas John entra no chalé.

- Saia do caminho! – grita ele para Dean e atira várias vezes na criatura que sai correndo, atravessa a janela,  a quebrando e escapa em seguida. John se senta na cama do filho mais novo. – Sammy... Sammy, você está bem?

- Pai... O que está acontecendo. – diz ele acordando assustado. John o pega nos braços com uma expressão pálida de preocupação.

- Você está bem? – pergunta John novamente a ele. Sam faz que sim com a cabeça e Dean entra no quarto em seguida.

- O que aconteceu? – pergunta John sério a ele.

- Apenas dei uma saída. – responde Dean tremendo.

- O que? – pergunta John mais nervoso.

- Fo... Foi só por um minuto. Me desculpa. – pede Dean triste.

- Eu te disse para não sair desse quarto. – diz John. – Eu te disse para não deixar o Sammy fora de vista.

Dean apenas o olha. John abraça mais Sammy ainda com uma expressão preocupada.

(Fim do Flashback)

...

- Papai nos pegou e nos entregou. – continua Dean para eles. – Nos deixou com o Pastor Jim cerca de três horas depois. Mas na hora em que ele voltou para Fort Douglas, a Shtriga havia desaparecido. Simplesmente sumiu. Ela nunca havia aparecido até agora. Papai nunca mais falou sobre isso de novo. Eu não perguntei. Mas ele... Ele me olhou de uma maneira diferente, entendem? O que foi pior. Não que eu o culpe... Ele me deu uma ordem e eu não escutei... E por pouco você quase morre, Sam.

- Você era apenas uma criança. – diz Sam se aproximando do irmão.

- Não... Não. – diz Dean recuando. – Papai sabia que isso era um negócio inacabado para mim. Ele me mandou aqui para acabar o que eu não o deixei terminar.

- Mas, usando Michael... Eu não sei. – comenta Sam a eles. – Que tal um de nós ficar escondido debaixo das cobertas? Eu serei a isca.

- Não, nem pensar. – diz Jane a ele se levantando da cama. – E também nem daria certo.

- É... Ele tem que chegar perto o bastante para se alimentar. – continua Dean. - Ele veria você. Acreditem, eu também não gosto, mas tem que ser o garoto.

...

- Vocês estão loucos? – pergunta Michael a eles na recepção com o telefone na mão, quando os três contam tudo. – Vão embora ou eu chamo a polícia.

- Espera um pouco. Apenas escute, você tem que acreditar em nós, ok? – diz Dean a ele. – Essa coisa que entrou pela janela e atacou o seu irmão, eu já vi. Sei como ela é, porque atacou meu irmão uma vez também.

Michael põe o telefone no gancho.

- Essa coisa é... Usa um longo manto preto? – pergunta o garoto aflito a eles.

- Você a viu na noite passada, não viu? – pergunta Jane.

- Pensei que eu estava tendo um pesadelo. – comenta Michael se lembrando.

- Eu daria tudo para não te dizer isso, mas... Alguns pesadelos são reais. – diz Dean.

- Então... Porque estão me dizendo? – pergunta o garoto.

- Porque precisamos da sua ajuda. – responde Jane.

- Minha ajuda? – pergunta Michael.

- Nós três podemos matá-la... E é o que vamos fazer. – diz Dean a ele. – Mas não podemos matá-la sem você.

- O que? Não. – diz Michael com os olhos arregalados.

- Michael, me escuta. – diz Dean. – Essa coisa machucou o Asher e vai continuar machucando crianças ao menos que a gente o detenha. Entendeu?

O garoto engole em seco.

...

Os três voltam para o quarto.

- Isso foi uma droga... E agora? – pergunta Dean a eles depois de um tempo.

- O que você esperava? – pergunta Sam. – Você não pode pedir a um adulto algo assim... Muito menos um garoto.

- Ele está na porta. – avisa Jane a eles. Em seguida alguém bate na porta do quarto. Dean vai até ela, a abre e vê Michael ali parado.

- Se vocês o matarem... O Asher vai melhorar? – pergunta o garoto a eles. Sam dá um sorriso para Dean que o olha e se volta para Michael em seguida.

- Honestamente... Não sabemos. – responde Dean.

- Você disse que é o mais velho? – pergunta Michael a ele.

- Sim. – responde Dean.

- Você cuidaria bem do seu irmãozinho? – pergunta Michael. – Faria qualquer coisa por ele?

- Sim, eu faria. – responde Dean. Sam o olha com uma expressão carinhosa.

- Eu também. – diz o garoto a ele. – Eu quero ajudar.

Jane vai até Michael e lhe dá um sorriso enquanto faz um cafuné em sua cabeça.

...

Jane, Sam e Dean colocam uma mini câmera no quarto de Michael.

- Essa câmera tem visão noturna, então vai ser capaz de ter uma visão boa. – diz Dean pela câmera enquanto Sam o vê pelo laptop em outro quarto. Jane cobre Michael na cama.

- O que eu faço? – pergunta o garoto a eles.

- Apenas fique debaixo das cobertas. – responde Dean.

- E se aquilo aparecer? – pergunta ele com medo.

- Estaremos no quarto ao lado. – diz Jane com um sorriso carinhoso e acariciando seu rosto.

- Chegaremos com armas. – diz Dean a ele. – Assim que chegarmos, você pode ir para de baixo da cama.

- E se vocês atirarem em mim? – pergunta o garoto assustado.

- Não vamos atirar em você. – diz Jane com um sorriso. – Temos uma boa mira. Eu falo por mim pelo menos.

- Ei! – diz Dean a ela. Michael ri.

- Não vamos atirar até ter uma boa visão, ok? – diz Jane a ele. Michael concorda com a cabeça.

- Já ouviu um tiro antes? – pergunta Dean.

- Igual nos filmes? – pergunta Michael.

- Vai ser mais alto do que nos filmes. – responde Dean. – Então quero que você vá direto para debaixo da cama e tape os ouvidos.

- E não saia até que a gente diga, certo? – continua Jane a ele.

- Certo. – responde Michael ainda assustado.

- Você tem certeza que quer fazer isso? – pergunta Dean. – Você não precisa, não ficaremos bravos.

- Não... Está tudo bem. – diz Michael a eles. – Apenas não atirem em mim.

- Não vamos deixar nada acontecer com você, prometo. – diz Jane a ele e lhe dá um beijo na testa.

...

No quarto ao lado, Dean, Sam e Jane ficam esperando a criatura chegar para dar um fim nisso tudo. Os três não tiram o olho do laptop.

- Que horas são? – pergunta Dean.

- Três da manhã. – responde Sam. - Você tem certeza que as balas forjadas irão funcionar?

- Balas forjadas consagradas. – diz Dean. – E sim, foi o que papai usou na época.

- Ei, Dean, me desculpe. – diz Sam. Dean o olha sem entender.

- Pelo que? – pergunta Dean.

- Tenho te dado muito motivos, por sempre seguir as ordens do papai. – responde Sam. – Mas, eu sei o porquê você segue.

- Deus, me mate agora. – diz Dean enjoado. Sam lhe dá um sorriso.

- Esperem, olhem. – diz Jane olhando o laptop. Na janela de Michael aparece uma mão que abre a janela lentamente. O garoto olha tudo assustado. Os três pegam suas armas. A criatura entra no quarto de Michael e o vê acordado.

- Agora? – pergunta Sam.

- Ainda não. – responde Dean. A Shtriga se aproxima do garoto que se encolhe com medo na cama. A criatura se senta ao lado dele e se aproxima de seu rosto, começando a sugar sua vida.

- Ei! – grita Dean entrando no quarto com Jane e Sam atrás. – Michael, para baixo!

O garoto se atira para fora da cama e se enfia debaixo dela. Em seguida, os três atiram na Shtriga que cai no chão paralisada.

- Mike,você está bem? – pergunta Dean ao garoto.

- Sim. – ele responde ainda debaixo da cama.

- Aguente firme. – diz Jane a ele. Dean se aproxima da Shtriga caída no chão e olha em seguida para os outros dois que ainda apontam suas armas para a criatura. De repente a Shtriga se levanta e segura pela garganta de Dean, o jogando com força na parede. Em seguida faz o mesmo com Sam. A criatura pega no pescoço dele e chega perto de seu rosto, começando a sugar sua vida também. Sam vai ficando com uma cor pálida, parecendo um cadáver. Jane que protege Michael, estica um de seus braços para a arma que Sam deixou cair quando foi derrubada e ela voa para a sua mão. Ela atira na cabeça da Shtriga. Michael fica boquiaberto com o que Jane fez. Dean que se levanta vai até a Shtriga e atira mais três vezes.

- Você está bem, irmãzinho. – pergunta Dean a ele. Sam faz sinal de positivo com as mãos. Jane se atira ao lado de Sam e põe as mãos em seu rosto.

- Está bem mesmo? – pergunta ela preocupada olhando por todo o rosto dele.

- Sim... Eu acho que sim. – diz Sam com um sorriso a ela.

Em seguida Jane o abraça forte. Sam abre um sorriso enorme.

- Eu estou bem. – repete Sam em seu ouvido e a abraça também. Em seguida, da boca da Shtriga, saem todas as vidas que ele sugou. Estas saem pela janela de volta para seus donos.

- Está tudo bem, Michael... Você já pode sair daí. – diz Dean ao garoto. Michael olha para a criatura, para Sam no chão e para Jane que fez aquele truque incrível. O garoto dá um sorriso para os três. Eles lhe devolvem outro.

...

No dia seguinte, Jane, Dean e Sam colocam suas malas no carro para partirem.

- Ei, Joanna. Como está o Asher? – pergunta Dean a mãe dos garotos.

- Vocês viram o Michael? – pergunta ela a eles.

- Mamãe! Mamãe! – diz o garoto correndo até ela e a abraçando forte. – Como está o Asher?

- Eu trago ótimas notícias. Seu irmão vai ficar bem. – diz Joanna a ele com um sorriso.

- Sério? – pergunta Mike feliz.

- Sim, é sério. – responde Joanna. – Ninguém pode explicar isso. Foi... Um milagre. Eles vão mantê-lo em observação durante a noite. Mas, depois disso ele vem para a casa.

- Isso é ótimo. – diz Dean.

- Como vão as outras crianças? – pergunta Sam a Joanna.

- Ótimas. Realmente ótimas. – responde ela. – Alguns deles devem ser examinados dentro de poucos dias. O Dr. Travis disse que as alas vão ficar parecidas com uma cidade fantasma.

- Dr. Travis? E o Dr. Hydaker? – pergunta Jane a ela.

- Ele não estava por lá hoje. Parece que ficou doente ou algo parecido. – responde Joanna.

- Sim... Deve ter ficado. – concorda Dean.

- Então... Alguma coisa aconteceu enquanto eu estava fora? – pergunta Joanna para Mike.

- Não, só o de sempre. – responde ele.

- Certo, você pode ir ver o Asher. – diz ela.

- Agora? - pergunta Mike feliz.

- Só se você quiser. – diz Joanna a ele. Mike dá um sorriso para os três. Dean faz um aceno de ‘’vai’’ com a cabeça. O garoto entra rapidamente no carro.

- É melhor eu ir antes que ele mesmo ligue o carro e comece a dirigir. – diz Joanna a eles. Jane, Sam e Dean lhe dão um sorriso e ela entra no carro em seguida.

- É uma pena. – diz Sam.

- Não, eles ficarão bem. – diz Dean.

- Não foi isso o que eu quis dizer. – diz Sam. – É o Michael... Ele sempre irá achar que há alguma coisa no escuro agora. Não vai ser mais a mesma coisa para ele, entende?

Dean faz que sim com a cabeça. Jane olha com um olhar carinhoso para Sam.

- As vezes eu queria que... – começa ele.

- O que? – pergunta Dean.

- Eu queria poder ter aquele tipo de inocência. – responde Sam. Os três olham o carro de Joanna se afastar por uma rua.

- Se isso significa alguma coisa... Eu queria que você tivesse também. – concorda Dean lhe dando um sorriso e entrando no Impala em seguida.

- Vamos? – pergunta Jane a Sam lhe estendendo uma mão com um sorriso carinhoso. Sam a olha, a puxa pela mão e lhe dá um beijo na testa. Jane fica arregala os olhos surpresa. Em seguida Sam abre a porta do carro para ela. Jane entra e ele faz o mesmo depois. Dean liga o carro e os três partem pela estrada em busca de uma nova aventura.

Fim do Décimo Oitavo Capítulo


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Notas finais do capítulo

Reviews??? Beijos e continuem lendo, por favor... ^.^



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