Espelho Quebrado escrita por Zenner


Capítulo 22
Vai Render Bastante


Notas iniciais do capítulo

¬¬ segunda vez q tou postando pq esse site ta de sacanagem comigo.

Então... Desculpa a enorme demora :) provavelmente vou postar amanhã de novo. Fique por aqui e ñ me abandonem.



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Sento-me a sua frente e recebo mais um daqueles belos sorrisos, sorriu de volta.

–Lembra de alguma coisa? – pergunta.

–Agora eu lembro. Vista algo bonito na segunda – ela ri.

–Claro, vou por o meu melhor traje. Já você, pode ir com essa roupa mesma – aponta pra minha camiseta – ela te deixa com peitos maiores.

–Sua idiota – acabo rindo junto com ela.

Parei para olha-la alguns segundos. Seus cabelos estavam soltos e bagunçados, mas não menos bonitos. A sobra do seu sorriso ainda estava ali. Sua boca curvava levemente para cima e seus olhos verdes e brilhantes me encaravam. Eu quase não conseguia respirar diante da beleza daquela garota.

–Pare de me olhar assim – pede corada.

–Assim como? – me curvo sobre a mesa e continuo a lhe encarar.

–Desse jeito como se soubesse todos os meus segredos.

Seguro sua mão que estava ao lado da bandeja. Ela desvia os olhos dos meus para encarar nossos dedos entrelaçados e depois volta a me olhar sorrindo.

–Eu posso não saber todos os seus segredos, mas sei os mais importantes... Assim como você sabe os meus.

–Ok, espertinha – faz carinho na minha mão com a ponta do dedão.

Olho ao redor e alguns alunos nos olhavam curiosos. Era de se esperar...

–Pode me dizer o que aconteceu aqui depois que eu dormi? – peço.

–A festa rolou até 5 da manhã, quando a bebida acabou eu fiz todo mundo trabalhar para limpar a bagunça. Coloquei todo o lixo no carro de um dos professores e levei até a cidade vizinha. Lá eu comprei algumas aspirinas e água com gás.

–Obrigada por limpar minha bagunça.

–Não foi de graça... Quero algo em troca – o sorriso malicioso já brotava em seu rosto.

–O que quer? – pergunto.

–Que durma comigo – me assusto e solto sua mão, mas ela ri e puxa de volta – não pense besteira. Quero que durma comigo de verdade, apenas dormir. Sem segundas ou terceira intenções. Eu estou tendo problemas para dormir. Meu medico disse que é estresse e ansiedade, mas com você eu sinto que posso dormir em paz.

–Tudo bem, então eu topo. Mas... Nada de assanhamento – faço cara de anjo e ela ri – sou uma moça direita.

–Ainda bem que sou canhota – brinca e levanta o suficiente para me dar um selinho.

Olho para os lados mais uma vez e a escuto rir.

–Do que está rindo? – quero saber.

–De você – faço uma cara confusa – achei que eu teria medo de me assumir, mas é você quem olha para os lados o tempo todo.

–Não estou com medo. Só não quero surpreender Chris com essa exposição de afeto assim. Ela ainda não se acostumou com o isso ainda, mesmo que aja normalmente eu sei que ela ainda acha estranho.

–Pretende falar para ela?

–Você acabou de me beijar na frente de todos, acha que posso esconder isso?

Ela sorri e se desculpa com o olhar.

–Quer comer? – põe um pedaço de pão em minha boca antes mesmo que eu responda e acabo rindo daquilo.

Ela agia como se fizéssemos isso há anos, mas não fazia nem doze horas que nos resolvemos realmente. Eu poderia me acostumar com aquilo. Meus muros tinham virado pó e Bea os sopravam para longe. Eu estou totalmente vulnerável mais uma vez, só que não existia mais medo ali.

–Beatrice, preciso falar com você.

Jason aparece de repente com uma cara em um misto de confusão e raiva. Talvez ela tenha nos visto e queira tomar satisfações.

–Pode falar – Bea tem a mesma expressão serena.

–A sós – ele me olha e depois volta a irmã – é importante.

–Pode falar Jason, não há nada que eu esconda dela no momento.

–Melhor eu ir, Bea – tento levantar, mas ela me puxa de volta.

–Você fica – diz decidida.

–Ok – ele senta ao lado dela e me ignora – eu ouvi aquela garota nova falando com alguém no telefone. Sabemos que isso é proibido aqui, mas o problema é que parecia algo muito serio... Ela falou algo como: “Sim, é a garota certa. Logo levarei até o senhor” depois uma pequena pausa “Não, ela ainda não sabe de nada. Mas essa noite eu a capturo”.

Eu sei quem é a “garota nova”. É Taylor. Ela tem esse apelido por ter entrado bem depois que os outros alunos. Só não conseguia entender o que aquilo significava.

–James Jason, você veio aqui para fazer fofoca? – Bea o repreende.

–Não, eu só achei que você fosse se interessar – tentou se defender.

–Não me interesso pela vida alheia, você também não devia.

–Ok – o garoto sai chateado e quase me fuzila com os olhos.

O que será que Taylor está aprontando? Eu teria que descobrir. Nem que pra isso eu tenha que segui-la a noite inteira.

–Você tá bem? – olho para Bea que me encara preocupada.

–Estou – sorriu – só um pouco curiosa em relação a Taylor.

–O que pretende fazer?

–Descobrir o que essa garota esconde.

–Quer ajuda?

–Não acho que vou precisar, mas obrigada pela oferta.

–Tome cuidado, loirinha.

–Não é como se ela fosse me esfaquear ou algo do tipo – tento brincar para não demostrar minha timidez diante daquele apelido.

Bea se comportou bem por toda a tarde. Ajudamos alguns colegas a fazerem o almoço. Logo descobri que os professores tinham acordado, mas sofriam uma leve tontura e não passavam bem. Por isso continuavam no micro-ônibus.

Não encontrei com Chris até o fim da tarde quando resolvi tomar banho. A cabana, como era chamado o banheiro, ficava um pouco distante de onde estávamos. Por isso Bea quis me acompanhar até lá e tomar banho também. Quando chegamos encontro Chris sentada em um pequeno banco de maneira na parte detrás do banheiro. Deixo que Bea vá primeiro e vou conversar com minha amiga.

–Ei garota, se escondeu o dia todo aqui? – surpreendo-a.

–Oi, Paula. Nem vi você chegar.

Ela estava com um sorriso forçado, alguma coisa tinha acontecido.

–O que ouve Favorita? – ela ri do apelido antigo que a nossa professora havia nos dado.

–Falou com a Taylor?

–Falei hoje de manhã. Ela tem alguma coisa com essa sua carinha de garota perdida?

–Não, exatamente. Mas fala com ela, ai você vai me entender.

Ela levanta e se prepara para sair, mas não deixo.

–Espera... O que é tudo isso? Diz logo o que tá acontecendo – seguro seu braço e ela me encara. Seus olhos marejaram e ela me abraça.

Eu não sabia o que dizer ou fazer. O que era aquilo tudo?

–Eu te amo muito, Paula. Você é a melhor amiga que alguém poderia ter.

Depois de dizer isso ela me solta e corre de volta para o acampamento. Eu nem sei como reagir. Não correrei atrás dela porque sei que não vai adiantar. Só o que me resta é esperar e falar com Taylor mais tarde.

E eu sinto que essa conversa vai render bastante.


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