As Long As You Love Me escrita por Angel


Capítulo 6
Secret


Notas iniciais do capítulo

Fiquei muito feliz com os comentários que recebi, de verdade. Todos eles me serviram de incentivo para escrever esse cap. Espero que gostem. Desculpem a demora, estava suuuper sem inspiração. Beijos :*



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— O que?! — ela estremeceu dos pés até a cabeça. Suas mãos ficaram gélidas e seu rosto ficou branco como lençol. Ele havia a reconhecido. Tudo estava perdido, pensou.

— Eu lutei com uma mulher, na fonte de água quente, ontem á noite. Era você. Eu tenho certeza. São as mesmas mãos... — apontou para as mãos da morena — está mentindo para não descobrirem seu segredo, não é mesmo? — questionou

Regina deixou as lágrimas escorrerem pelo seu rosto, e ajoelhou-se nos pés do príncipe, desesperada.

— Perdoe-me, majestade. Eu imploro, perdoe a desonra que dei ao teu exército. Por favor. Fiz isso pra salvar meu pai, está idoso e muito doente, não podia vir. Sou filha única, o substituí escondida. Ele não sabia. Perdoe-me! — explicou, de cabeça baixa.

O coração de "James" se despedaçou ao ver aquela jovem em completo desespero. Ela estava ali, pela mesma razão que ele: proteger um ente querido.

— Ei, acalme-se! — falou, com a voz suave — vamos, levante-se — pegou delicadamente no braço dela, e a pôs de pé, diante dele. Em seguida, levantou vagarosamente o rosto dela, e foi direto de encontro com os olhos dela, que o hipnotizaram. Um olhar triste, inocente e sincero, que o envolveram por completo. Ela não ficou atrás. Ao olhar naqueles belos íris azuis, perdeu-se por completo. Ele a olhava de uma forma diferente que qualquer um já havia lhe olhado. Nem Daniel, ou mesmos eu pai haviam lhe olhado daquela forma. Sentiu suas pernas bambas, e ficou desconcertada. Ele foi o primeiro a sair do transe — não se preocupe, nada vai te acontecer! — afirmou

— Como? — ela voltou á realidade — não vai me prender ou mandar me executar? — indagou, surpresa

— Não — negou com a cabeça — jamais pediria que matassem uma jovem que está se arriscando pra salvar o pai. Sua causa é nobre. Há tantas coisas erradas que fazem e ninguém é prejudicado, porque você deveria ser?! — elucidou — fique tranquila! — ela sorriu

— Obrigada, eu realmente não sei como agradecer. Aliás, o que eu poderia fazer por vossa alteza? — questionou, curvando-se diante dele

Ele sorriu.

— Primeiro, pare com essas formalidades — ela riu — pode chamar-me de James. Segundo, eu não me importo com o fato de termos uma mulher lutando. Mas meu pai, e sei que a corte sim. Então, eu lhe peço: continue guardando esse segredo, e fingindo ser um homem. Acha que pode fazer isso? — indagou

Ela assentiu com a cabeça.

— Sim, prometo continuar tentando. E mais uma vez, obrigada! — beijou as mãos dele.

— Não há de que! — ele sorriu, e ela derreteu por dentro — mas me conte — pôs-se a caminhar junto com ela — como você está conseguindo fingir ser um homem? Quero dizer, como conseguiu passar pela barraca de identificação e se misturar com os outros? — questionou — claro, sem contar a confusão de ontem! — ambos riram

— Modéstia parte, eu sou boa observadora. E eu tenho um soldado me ajudando, ele sabe que sou mulher... foi ele quem pegou a minha etiqueta, inclusive! — explicou

— Seu namorado? — perguntou

— Não — negou com a cabeça — nunca. Daniel é meu amigo, desde criança. O pai dele trabalha há muitos anos na fazenda do meu pai, cuidado de cavalos. Agora ele o ajuda. Crescemos juntos, o considero como um irmão. Nada mais! — elucidou

— Entendo... e você não deixou nenhum namorado pra trás? — indagou

— Não, nunca tive nenhum namorado. Na verdade! — admitiu

— Não entendo. Com todo respeito, mas uma jovem tão bonita como você... — observou. Ele não pode negar, ela mexeu com ele. Aquele rosto angelical e sexy ao mesmo tempo. O olhar doce e sincero. A voz marcante e suave. Ela corou ao ouvir as palavras do príncipe.

— Não — deu um timido sorriso — minha mãe sempre quis tentar fazer de mim uma princesa ou uma rainha. Porque esse foi seu sonho desde muito jovem. Ela sempre quis ser da realeza, mas não deu certo. Ai agora, ela quer que eu me torne uma. Sempre me deu aulas de etiqueta, me ensinou como me vestir e coisas assim, mas eu nunca aprendi bem a lição — admitiu — eu sou muito desastrada. E sempre que ela trazia algum príncipe ou rei pra me conhecer, eu acabava estragando tudo. Sou a tragédia da minha família, mas tudo bem. Eu não ligo! — deu de ombros

— Ei, está se arriscando pelo seu pai. Pode não ser uma rainha, mas está agindo como uma! — elucidou — ser da realeza não é só ter dinheiro, vestir roupas caras e bonitas, ser culto ou afins. É saber cuidar do seu povo, e priorizar aquilo que amamos. O que você está fazendo é exatamente o que uma boa rainha faria pelo seu povo, ou alguém de sua família: sacrificio. Você tem coragem, humildade... e isso vale muito mais do que qualquer coisa que meu pai tenha em seu palácio! — soou, sincero

— Obrigada... mesmo... — ela sorriu, devolvendo-lhe um olhar sincero

— Ei, eu ainda não sei seu nome... — lembrou

— Regina. Meu nome é Regina! — contou

— Prazer em conhecê-la, Regina! — estendeu a mão, e ela a apertou — agora acho melhor voltarmos. Você tem que se misturar com os outros e eu voltar as minhas obrigações! — ele disse, e ela assentiu. Ambos então, voltaram ao acampamento.

— Majestade! — Lancelot se curvou, junto com o exército

— Lancelot, pode ficar e fiscalizar. O treinamento agora é por minha conta! — ordenou

Alguns guardas seguraram Regina pelo braço, e já iam arrastando-a, quando ele interviu:

— Ei, posso saber o que estão fazendo? — questionou

— Levando-o para ser executado. É o que manda a lei! — Lancelot esclareceu

— Eu ordeno que parem já. Ele não vai ser sacrificado. Não é o culpado! Soltem-no! — ordenou, e os guardas assim o fizeram

— O QUE? COMO ASSIM? E EU FICO NO PREJUÍZO? — o homem que havia sido roubado questionou

— Você vai receber em dinheiro pelo que perdeu. Agora fiquei quieto e ocupe o seu lugar! — ele respondeu

— MAS E A JUSTIÇA? FICA ONDE? — ele voltou a questionar — EU QUERO VER O SANGUE DELE ROLAR!

— Eu sou a autoridade aqui, eu sei o que eu faço. Agora cale a boca, ou o sangue que vai rolar vai ser o seu! — respondeu

Regina foi para o fundo, e encontrou um posto ao lado de Daniel.

— O que aconteceu? — ele sussurrou

— Você não vai acreditar. Depois eu te conto! — ela sussurrou de volta, sorrindo

O homem engoliu a resposta do príncipe , e voltou ao seu posto. E assim, o treinamento correu. Regina sempre caia em quase todas as partes que havia luta. A única hora em que se dava bem, era na hora de cavalgar. Saia na frente de todos.

No final da tarde...


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