Porto do imaginário. escrita por Welder Alves


Capítulo 1
Porto do imaginário.




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Da claraboia em meu quarto,
Observo o berço do universo.
Que me contempla e nota
Meu sedento olhar de desejo.

Não quero mais abaixar a cabeça
E me entregar para um recôndito
Sentimento de impossibilidade,
Tão triste e desamparado.

Nem as pobres nuvens
Ousariam carregar este fardo.
Fardo que foi líder de estado.

Permito me perder em cada estrela,
Desbravando um pedaço do futuro.
Simplesmente pelo desejo de encontrar-me.

Sou tão vão, nesse claustro devaneio.
Quero chorar, por não poder sair
E descobrir o mundo eu mesmo,
Com asas de pensamentos a me guiar.

Sem ajuda de quem me faz andar.
Por um momento eu quero ser tomado pelo vento.
Tenho a confiança que me faz o maior navegador do novo mundo.
Iço as velas do meu navio e faço-me zarpar.

Sentencio minhas lágrimas.
Navego rumo ao porto Cruzeiro do sul,
Em busco do carregamento de segredo,
Que dizem por aí,ser simples e que pode me fazer feliz.

Mesmo sem pernas para caminhar,
Eu tenho o que é preciso para poder voar.
E quando voltar ao passado, fazer com que
O amanhã possa ser mais um sonho.


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