Paz Temporária - Olhos Amaldiçoados escrita por HellFromHeaven


Capítulo 30
A última investida




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“Estava complicado. Tudo aconteceu tão rápido... Alguns segundos de diferença foram o suficiente para não conseguirmos chegar a tempo de evitar que ele morresse. Mais uma vez um dos nossos morreu na minha frente sem que eu pudesse fazer nada.” Esses eram meus pensamentos enquanto posicionava o corpo de James como se ele estivesse apenas sentado e se escorando na parede do beco. Eu já havia fechado seus olhos e... Mesmo com tudo o que aconteceu... Seus sonhos de se tornar um músico arruinados... James exibia um sorriso em seu rosto. Não como seu sorriso habitual, que transmitia uma ideia leve de insanidade, mas um sorriso tranquilo... Como se tivessem retirado algum peso muito grande de seus ombros. Eu poderia até ficar ali parado pensando que aquela cena daria um ótimo quadro numa iluminação de fim de tarde vista a uma boa distância com o Sol praticamente escondido atrás dos prédios da cidade... Mas não havia tempo para isso.

Olhei ao meu redor e peguei um ponto de referência antes de continuar nossa caminhada para ter certeza de que encontraríamos o corpo de nosso companheiro quando voltássemos e me juntei novamente ao resto do grupo. Ana estava com os olhos marejados e só não digo que era a mais abalada emocionalmente porque Lisa estava chorando até pouco tempo antes de eu chegar até eles (eu demorei um pouco para carregar o corpo do coitado). Mas quem mais me impressionou foi Jackie. Ela estava olhando para o horizonte, mas não se via tristeza, ódio ou remorso em seu olhar. Aliás... Ao contrário de quando a observei no funeral, agora ela parecia estar “viva” de novo e exibia uma forte determinação em seu rosto. Bunny parecia compartilhar dos sentimentos de Jackie e também encarava o horizonte. Foi neste momento que percebi uma pessoa desconhecida entre nós e a analisei... Ou melhor... Tentei analisa-la, pois logo de cara percebi algo que... Não via há algum tempo: seu contador também estava zerado. Ela parece notar meu olhar desconfiado e voltou-se para mim:

– Oh! Pelos Deuses! Como posso ser tão mal educada assim? Olá a todos. Sou Cherry Winter e estou a seu dispor. – disse a garota baixinha.

Apresentamo-nos enquanto ela nos encarava, um a um, com seu olhar meio... Psicótico, sei lá... Talvez seja só impressão (talvez por causa das olheiras), mas isso não importa. Quando terminamos com isso, estava prestes a perguntar o “óbvio”, mas...

– Por acaso você é...

– Como você, a Jackie e a Lisa? Sim.

Eu admito que me assustei, mas logo me recompus. Estava meio confuso com a aparição repentina de outra... Como foi mesmo que a Jessy nos chamou... Erros? Enfim, outra pessoa como nós àquela altura do campeonato, porém poderia ser algo bom. Afinal... Se ela realmente estava a nosso dispor, então o Lucas estava realmente fodido. Pensei rapidamente nessa parte estratégica e ameacei perguntar o que ela “fazia”, só que...

– Bem... Se você é como nós e está a nosso dispor, então...

– Sim. Eu vou ajuda-los. Posso não saber lutar, nem ser capaz de matar alguém, mas posso ficar no suporte.

– Por acaso você também lê mentes?

– Não. Eu vejo o passado de qualquer um que encare por certo tempo. Ou seja, já conheço todos vocês mais do que qualquer um de seus companheiros.

Todos se voltaram para ela com uma expressão de “eita porra” menos Jackie (o que já era de se esperar). E aquele famoso silêncio constrangedor tomou conta do lugar. Bunny desviou o olhar como se quisesse disfarçar algo, assim como Ana. Lisa mudou sua expressão e agora parecia meio admirada. Já eu... Não tinha ideia do que pensar sobre aquilo. Apenas... Tentei me concentrar em como usaria aquilo na batalha que estava por vir.

Dados cinco minutos o silêncio constrangedor foi embora espantado por Jackie, que estava calada desde que chegamos.

– É melhor irmos logo. Antes que o Lucas fuja.

– Eu não contaria com isso. – disse Bunny. – Ele está totalmente cercado. E estamos falando de Lucas Harrison. Aquele imbecil é tão cheio de si que nunca pensaria na possibilidade de ser derrotado.

– Está aí algo que eu gosto. – disse Cherry.

– Pessoas que nunca desistem? – perguntei.

– Também. Mas o que eu queria dizer é que pessoas arrogantes demais geralmente são as mais inseguras. Ou seja, a mente dele deve ser frágil para mim... Mas pensando melhor... Acho que devemos tomar muito cuidado então.

– Como assim? – perguntou Ana. – Você diz que é bom... E agora para tomarmos cuidado... Estou confusa.

– É que eu percebi algo enquanto falava. Esse tal... Lucas deve ser um cara muito inseguro. Então aposto que a casa dele é o lugar controlado por ele com a maior segurança.

– Droga... – disse Bunny. – Essa merda faz sentido. Argh! Como não pensei nisso? E já não dá para cancelar o plano...

– Fique tranquila. – disse. – A gente dá um jeito. Primeiramente, vamos até lá. Aí decidimos o que fazer.

– Tem razão. Então... O que estamos esperando?

Continuamos, então, nossa jornada. Durante todo o caminho os disparos podiam ser ouvidos. Podíamos afirmar com certeza de que eles estavam cada vez mais próximos do nosso destino, o que significava que nosso plano estava dando certo. Não sei se meus companheiros notaram isso, mas me animou bastante. Andamos cerca de dez minutos sem cautela nenhuma, mas como estávamos muito próximos do objetivo, começamos a nos esgueirar novamente. Isso com certeza nos atrasou e levamos mais vinte minutos para chegar (isso porque rondamos bem a casa dele a uma distância de um quarteirão para reconhecermos melhor o território) até a frente da casa. Era uma mansão (não tão bonita quanto a dos Valentines, diga-se se passagem) cujo terreno ocupava quase que um quarteirão inteiro. Parecia ser pura questão de status, pois havia uma grande área gramada que continha um belo e interessante... “Nada”. Enfim, o importante é que estávamos muito perto de concluir nosso objetivo.

Não havia sinal de luta naquela parte da cidade, mas mesmo assim as ruas estavam desertas. Embora sem sinal nenhum de caos (carros abandonados e acidentes, por exemplo) ao contrário de todos os lugares pelos quais passamos até chegar ali. Escondemo-nos no quintal de uma casa para discutir o plano que utilizaríamos assim que entrássemos naquele lugar. Isso nos custou mais dez minutos. Sabíamos que por mais que as coisas parecessem estar a nosso favor, tempo não era algo que poderíamos descartar tão facilmente. Aliás, aprendi isso quando passei a ver os contadores, mas isso não vem ao caso.

Depois que tudo estava teoricamente certo, partimos, então, para a parte prática do plano. Entramos na mansão (pulamos o muro, para ser mais exato) e avançamos com a seguinte formação: Jackie e Bunny na frente, eu, Lisa e Cherry no meio e Ana atrás. É claro que isso não quer dizer que fomos em linha reta. Apenas mantivemos essa “ordem” à medida que avançávamos. O trajeto do portão até a mansão foi totalmente tranquilo. Havia uns três Harrisons muito apreensivos guardando a entrada. Eles provavelmente estavam daquele jeito por causa do som perturbador e incessante da guerra que estava acontecendo lá fora, se aproximando cada vez mais. Jackie colocou os três para dormir com muita facilidade. Recolhemos suas armas, equipamentos e os deixamos ali. Afinal, estavam tão nervosos que era praticamente certo que eles sairiam correndo assim que acordassem, mas só para garantir batemos com força nas cabeças dos três.

Entramos na mansão e... Aí a coisa complicou. A entrada dava num grande salão chique com duas escadas arqueadas que levavam ao segundo andar. Havia um grande lustre feito de... Cristal ou coisa do tipo pendurado de forma que ficasse alinhado com o centro do salão. Prosseguimos cuidadosamente até que ouvimos algumas “palmas sarcásticas”. O som vinha do segundo andar e todos concentramos o olhar naquela direção. Pouco tempo depois, pudemos ver Lucas se aproximando de uma das escadas acompanhado de uns dez Harrisons enquanto esboçava um sorriso sádico em seu rosto. O clima rapidamente ficou pesado. Era mais do que óbvio que as únicas pessoas do nosso grupo sem vontade nenhuma de levar a cabeça daquele filho da puta como troféu eram Lisa e Cherry. Ele parou as palmas e os homens apontaram metralhadoras para nós.

– Excelente! Maravilhoso! Realmente surpreendente! – exclamou Lucas numa tentativa falha de utilizar um tom “poético”. – Eu estava esperando por vocês.

– Espero que não tenhamos demorado muito. – disse Bunny.

– Não. Na verdade... Vieram na hora certa. Estava preocupado de saber que eu teria vencido a guerra sem mata-los um a um com minhas próprias mãos.

– Assim como você fez com a Jade? – perguntou Cherry.

– Sim! Exatamen... Quem é você?

– Ah! Ninguém importante. Aliás... Engraçado isso.

– Isso o quê?

– Você encheu o peito para falar que é um torturador nato, mas ne sequer consegui fazer isso com a Jade.

Todos entraram num mini estado de choque por alguns segundos e depois se voltaram para a pequena. O espanto de Lucas era aparente e... Engraçado.

– Por que a surpresa, pessoas? Esse cara mal aí nem sequer conseguiu torturar a maior inimiga dele. Não é patético?

– D-do que você está falando?

– Não finja que não sabe. Assim que você pegou o bisturi e estava prestes a começar a corta-la em pontos estratégicos, ela simplesmente deu um jeito e se matou com aquele mesmo bisturi. De uma forma muito menos dolorida e... Ainda sorriu até o final.

Desta vez até os homens dele ficaram espantados. Uma reação previsível. Afinal, se eu não soubesse sobre o poder de Cherry, estaria no mesmo barco que eles. Mas não adianta. O melhor daquilo foi o rosto do Lucas, que era praticamente a personificação do “agora fodeu”. Cherry parecia satisfeita com o resultado e apenas prestava atenção nos outros Harrisons. Infelizmente, o transe do maldito não durou quase nada e seu espanto se transformou em raiva.

– Como ousa contra tais mentiras?

– Olha só. Eu posso até ter sido uma traidora no passado. Por uma causa nobre, só para constar. Mas eu não sou mentirosa. Eu vejo o passado de todos que encaro. Ou seja, você pode esconder algo de todos ao seu redor e até de você mesmo, mas não há como esconder nada de mim.

Sua raiva sumiu tão rápido quanto apareceu e ele... Meio que entrou em desespero, olhou para seus homens e acenou com a cabeça. Foi aí que eu percebi que não tínhamos cobertura e que havíamos desperdiçado uma ótima chance de matar aquele filho da puta. Isso poderia ter custado a nossa vida, pois todos engatilharam suas armas e estavam prontos para nos transformar em carne moída. Ainda bem que Cherry estava atenta e atirou no lustre antes que atirassem. Isso atrai a atenção de todos, menos Bunny, que pareceu ter entendido o recado e começou a contra eles. O primeiro disparo atingiu Lucas no ombro direito, fazendo-o recuar. Ela foi logo acompanhada por Ana e Jackie. Os Harrisons também não ficaram para trás e começaram a atirar. Por sorte estávamos correndo para outro cômodo desde que Bunny efetuou o primeiro disparo e conseguimos um lugar seguro.

Pudemos ver que nossas três atiradoras haviam matado pelo menos cinco deles. O cômodo no qual nos refugiamos era uma sala de estar pouco menor que o salão com algumas poltronas, estantes lotadas de livros e... Outro lustre (era bem menor, mas ainda era um lustre). Passos apressados indicavam que os capangas restantes estavam vindo em nossa direção. Posicionei-me ao lado de uma estante que estava praticamente na entrada e esperei. Os outros também se espalharam buscando abrigo.

– Harry, três deles estão vindo e vão entrar juntos. – disse Lisa.

– Tudo bem.

Dei uma rápida olhada nos contadores de Ana e Bunny e tudo parecia estar bem. Vi a sombra dos homens, esperei alguns segundos e derrubei a estante na direção da entrada. Por sorte meus cálculos foram ótimos e acertei dois deles. O terceiro foi atingido por uma... Faca de arremesso que pelo jeito tinha sido jogada pela Jackie.

– Não sabia que você era boa nisso. – disse surpreso.

– Há muitas coisas que vocês não sabem sobre mim. – respondeu Jackie indo até os corpos.

Ela retirou a faca do homem (aquela maldita tinha acertado bem no meio da testa dele) e finalizou os outros dois. Recolhemos suas armas e avançamos um pouco.

– Ainda tem dois lá em cima. – disse Bunny. – Eu tenho um plano. Ana improvise comigo!

– S-sim!

Bunny foi correndo em direção à escada sem nem olhar para trás enquanto Ana se afastava lentamente da sala de estar. Como era de se espera, os dois últimos infelizes começaram a atirar em Bunny, mas foram logo silenciados por Ana. Ainda bem que nossa nova líder era bastante atlética.

– Era disso que eu estava falando! – exclamou Bunny.

Neste momento, seu contador caiu absurdamente e tive que fazer algo.

– Bunny! Cuidado!

– Role para a direita! – gritou Lisa.

Ela rapidamente obedeceu e um disparou passou cortando o vento por onde ela estava. Ouvimos alguns disparos e corremos para as escadas. O segundo andar começava num grande corredor com apenas uma porta no final e um grande tapete muito ornamentado no chão. Havia também, dois corpos caídos no final do mesmo.

– Nossa! Essa foi por pouco! – exclamou Bunny aliviada.

– Parece que demos certo. – disse Lisa.

– Ainda bem. – disse.

– Bem... – disse Bunny assumindo um tom de seriedade. – Agora... É a hora da verdade.

– Cuidado. – disse Lisa. – Nenhum futuro parece muito bom para você.

– Bem... Eu tenho que arriscar. Jade faria o mesmo.

Corremos até o final do corredor e Bunny abriu a porta com a metralhadora em mãos, descarregando a armar enquanto o fazia. Assim que ela parou, olhamos melhor a sala. Era um grande escritório com uma mesa de madeira nobre enorme de costas para uma janelas com cortinas feitas de um tecido muito raro cheias de buracos de bala. Havia também alguns arquivos de metal e três homens caídos. O contador de Bunny começou a despencar rapidamente, mas dessa vez não tive nem tempo de gritar. Apenas a empurrei por instinto. Ela caiu para frente e uma bala passou raspando em seu ombro direito. Ela veio do lado da porta. Lucas estava lá com um revólver enorme em sua mão direita e a esquerda sobre o ferimento em seu ombro. Ele aparentava estar muito irritado e apontou a arma para Bunny.

– Você teve sorte, filha da puta! Agora todos larguem suas armas ou eu mato ela!

– O quê? – exclamou Bunny. – Ignorem esse filho da puta e o matem logo.

– Calada! Você não está em posição de pedir nada.

O ódio começou a se proliferar dentro de mim enquanto eu largava minha arma. Todos me acompanharam o que pareceu deixar Bunny ainda mais irritada. Lucas sorriu maliciosamente e engatilhou seu revólver.

– Então... Quem será o primeiro?

– Me deem licença! Não quero perder isso. – disse Cherry indo até a frente de todos (ela estava fora do escritório).

– V-você! Vou fazê-la pagar por...

– Pelo quê? Pela morte do seu pai?

Lucas arregalou os olhos, mas manteve seu punho firme e apontou a arma para a cabeça da baixinha.

– Do que você está falando?

– Ah! Você gosta de esconder a verdade de si mesmo, não é? Sempre foi um menino bonzinho que odiava o que o pai fazia. Daí brigou feio com ele pouco antes de perdê-lo. Daí começou a se culpar pelo ocorrido até que assumiu a liderança dos Harrisons e descobriu o inimigo natural dos mesmos, os Valentines.

Lucas começou a suar e sua mão agora balançava. Era visível que ele tentava manter a mira fixada com todas suas forças, mas já não conseguia mais.

– Foi aí que você teve a brilhante ideia de culpa-los por tudo! Convenceu a todos os seus subordinados e a si mesmo de que a culpa da morte de seus pais estava diretamente relacionada a eles e começou sua disputa de poder, o que acabou gerando a divisão da cidade. Mas depois de um tempo, notou que a Jade era amada por todos os cidadãos da área deles, enquanto você era odiado.

– Pare...

– E isso lhe enfureceu ainda mais.

– Pare...

– “Por que ela e não eu?”.

– Pare... Pare...

– “É tudo culpa dela, e mesmo assim...”.

– Pare... Pare... Pare...

– “Como ela consegue viver feliz tendo causado tanto sofrimento a mim?”.

– Pare... Pare... Pare... Pare...

– Bem, eu tenho algo a dizer. A culpa continua sendo sua. Não importa em quem você coloque. Não a da morte em si, mas todo o resto. Seu egoísmo, orgulho e principalmente a falta de maturidade levaram você a onde está agora. Sozinho numa casa enorme conseguida a custos de várias pessoas inocentes. Aliás, muitas crianças perderam os pais por sua causa, e você não os vê fazendo birra e indo atrás de você, certo?

– Pare!

Ele atirou e... Acertou o teto. Logo depois, ele levou as duas mãos até a cabeça e se encolheu no chão em posição fetal enquanto gritava desesperado “pare” repetidas vezes. Cherry apenas o encarava, o que parecia perturbá-lo ainda mais. Aí eu percebi que podia fazer algo e logo o fiz. Corri para cima dele e dei o soco mais forte de toda a minha vida em seu rosto. Isso fez com que ele caísse para o lado e largasse sua arma. Eu a recolhi do chão, a engatilhei e apontei para ele. Ele me olhava com muito medo e apenas fechou os olhos. Bang! Atirei na perna do infeliz, que urrou de dor.

– Na perna? – disse Bunny.

– Sim. Não quero estragar sua diversão.

Ela se levantou e olhou para o corredor. Alguns Valentines já haviam chegado. Isso fez com que ela abrisse um sorriso sádico em seu rosto.

– Então... Quer dizer que você tentou torturar o amor da minha vida e falhou miseravelmente, certo? Pois bem! Jackie, Lisa e Harry vocês estão liberados. Eu preciso ensiná-lo a torturas as pessoas direito.

Saímos do escritório ao mesmo tempo em que os Valentines entravam. Ouvimos apenas alguns gritos de terror e dor do Lucas. Saímos da mansão o mais rápido possível e paramos no meio do gigantesco gramado da casa daquele idiota e apenas ficamos observando o céu. Estava nublado e alguns flocos de neve começavam a cair. Os sons dos tiroteios estavam mais pausados e próximos.

– Acabou não é? – perguntou Lisa.

– É o que tudo indica. – respondi. – Sabem o que vão fazer agora?

– Eu voltarei para Harvyre. – disse Jackie.

– Sério? Será ótimo ter uma companhia na viagem. – disse Cherry.

– Eu... Vou voltar à minha vida normal. – disse Lisa. – Aliás... Agora já me sinto segura para tocar o violino para você Harry.

Olhei para Lisa e percebi que ela sorria para mim. Retribui o sorriso e voltei a olhar para o céu. Todo o ódio, frustração, angústia, tristeza... Enfim, tudo de ruim que eu senti nos últimos dias havia sumido. O sorriso daquela garota era poderoso... Fazer o quê?

– Heh... Estava muito ansioso por isso. Mal posso esperar para ouvir.


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Notas finais do capítulo

Bem... Primeiramente eu gostaria de dizer que não sei bem o que dizer xDD
Enfim... Gostaria de agradecer a todos aqueles que me apoiaram durante todo esse tempo e... Bem, vou fazer um agradecimento melhor nas notas finais *limpa lágrima solitária e altamente máscula que escorria do olho direito*
Aqui está o último capítulo de Cursed Eyes... Amanhã postarei o epílogo e quem sabe as notas finais (preciso fazer o primeiro capítulo da próxima história antes disso).
Agradeço a quem leu até aqui, espero que estejam gostando e até a próxima =D



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