Novo Mundo escrita por Mi Freire


Capítulo 27
Voltando ao mundo real.


Notas iniciais do capítulo

Feliz dia do escritor pra quem ama escrever assim como eu. Bom, essa história vai ser curtinha comparada as minhas outras histórias. Finalizaremos no capítulo trinta e uma. O lado bom de tudo isso é que eu já comecei a escrever outra história. Eu até cheguei a pedir a opinião de vocês sobre o tema e acabei optando por "adolescentes problemáticos", porque eu já adiantei muita coisa e estou bastante inspirada, cheia de novas ideias. Provavelmente vou começar a postar na semana que vem. Sendo assim, vou deixar pra escrever sobre um romance maduro mais pra frente.



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Alison mal conseguiu dormir aquela última noite, mesmo dormindo com David ao seu lado desde que se acertaram. O maior e único problema é que eles iriam embora aquela tarde. E ela ainda não estava preparada para se despedir daquele lugar paradisíaco, onde viveu os melhores momentos de sua vida ao lado de David após a sua recuperação. Foi ali que ela se despediu do passado, das tristezas, magoas e das dores. E foi ali também que ela pôde recomeçar.

Ela deixou David dormindo e saiu de fininho, indo até a praia para caminhar um pouco e pensar. Alison sorriu consigo mesmo, olhando para o mar calmo. Ela já deveria ter imaginado onde tudo aquilo iria acabar. Só sendo muito ingênua mesmo para não ter percebido que havia uma grande possiblidade de ela e David se acertarem quando ele propôs aquela viajem.

O melhor de tudo era saber que aquela não fora a sua principal intensão. David não era o tipo canalha que planejava tudo com antecedência, premeditando cada passo. Fazendo de tudo só para ganhar alguma coisa em troca. David não. Ele era diferente. Ele era o melhor dos homens que ela já conheceu. Ele a levou até ali para ela se recuperar e se esquecer de tudo por um tempo. Mas não porque quisesse seduzi-la, leva-la para cama, engana-la e tirar proveito de sua fragilidade.

É... Não havia dúvidas. David era o homem certo para ela. Isso ela deveria ter percebido desde o início, quando confiou a sua a casa a ele e ele nunca forçou nada. Ou todas as vezes que ela tentou se convencer que o que existia entre eles era só amizade. Ou quando se envolveu com o canalha do Caleb e quebrou a cara. Ou quando deu mais uma chance ao amor adolescente entre ela e Bradley, por fim também levando a pior.

David esteve lá todo o tempo, ao seu lado, ela querendo ou não. Ele foi seu amigo mesmo quando ela namorava outros. Ele foi paciente, leal, sincero e bom. Ele foi seu companheiro enquanto tentavam dividir o mesmo apartamento. E o melhor: deu certo. Porque que agora não daria? Só porque agora eram namorados? Mas afinal, eram mesmo namorados? Ela ainda não sabia dizer. Mas tinha quase certeza de que sim. Ou melhor, eram muito mais que simples namorados. Eram amigos.

Aceitavam as diferenças e defeitos um do outro. Por mais escancaradas que fossem. Talvez nada daquilo iria funcionar se eles fossem no mínimo parecidos. Entre eles sempre existiu uma química que até mesmo os outros podiam enxergar. E de alguma forma Alison sentia que o caminho dos dois foi traçado antes mesmo de se conheceram aquela noite. Como se tivessem que ter passado por todas aquelas coisas, antes de se darem conta de que a companhia um do outro bastava. Não precisavam ser amantes, nem namorados ou amigos. Eles só precisavam ter a certeza de que o outro estaria ali, bem ao lado, mesmo quando não fosse preciso. Porque sempre se completariam.

Alison se lembrou do primeiro beijo entre eles. Eles mal se conheciam. E a culpa foi mais dela que tomou a atitude do que dele que só precisou corresponder. Alison não suportou a ideia de que ele iria embora de sua casa quando ela finalmente havia se acostumado com a sua presença, já que se davam tão bem. E como se precisasse provar alguma coisa ou só ter certeza de alguma coisa, ela o beijou. Um beijo rápido e confuso. Um tanto embaraçoso. Ela o beijou sem nem se dar conta de seus atos.

E quando aconteceu ela sentiu no mesmo momento em que se separaram e seu corpo todo protestou, que dentro dela já estava brotando alguma coisinha por ele. Ela teve ainda mais certeza disso quando ele a beijou de volta, correspondendo-a por alguns segundos.

O segundo beijo deles também aconteceu de forma inesperada, assim, de repente. Os dois estavam meio brigados, distantes. Ela começando algo com Bradley e ele com a Lucy. Ela começou a chorar por falta dele e ele a consolou como de costume, dizendo palavras de carinho que a fizeram sorrir. Depois David teve um ataque repetino de ciúmes de Bradley e quando já estava de saída, puxou Alison pela cintura, pressionando-a contra a parede do apartamento dela e a beijou.

Da segunda vez ele tomou a inicia. Mas logo em seguida ambos ficaram atordoados com o que aconteceu. Sentiram muito, desculparam-se e ficaram arrependidos. Mas será mesmo que ficaram arrependidos? Ou só acharam que não era certo em tais circunstâncias?

Alison lembra-se que perto de David ela quase sempre se sentiu em combustão, prestes a cometer uma grande loucura. Tentava não pensar muito nisso. Mas, ou queria abraça-lo, beijo-o, arrancar sua roupa ou senti-lo mais perto de alguma forma. Sim, ela sempre sentia-se fortemente atraída por ele. E ele também não ficava muito atrás, apesar de parecer o mais forte emocionalmente entre eles. David e Alison tentavam ao máximo se segurar, se controlar e agora, não precisavam mais disso, estavam juntos e poderiam se amar livremente.

Nada e ninguém os impediriam dessa vez.

Não mais.

Não era mais errado, não haveria mais intrusões, nem nada entre eles, nada de arrependimentos ou lamentações.

— Ah, você voltou. – ele sorriu ao vê-la entrar no quarto. David ainda estava deitado, mas agora vestido. Tomou banho, tomou café e deitou-se para ver tevê tentando não se preocupar com Alison.

Com medo que ela tivesse uma recaída para a depressão e fugido para bem longe para não ter que viver uma vida ao seu lado.

— Não se preocupe. – ele afastou-se, dando espaço na cama de solteiro para ela. Uma cama que eles vinham dividindo com muita frequência para se amarem. — Eu já arrumei todas as nossas coisas.

— É por isso que eu te amo. – ela sorriu, indo até ele. Sentou-se ao seu lado na cama e ele a envolveu em seus braços.

— Que tal aproveitamos aqui essas ultimas horinhas antes do voo? – ele sussurrou em seu ouvido, provocando-a. — Vamos fazer amor loucamente para nunca mais nos esquecermos disso.

Apesar de concordar com a ideia, Alison não pôde deixar de rir.

Ela adorava o jeitinho irresistível, abusado e provocante de David.

≈≈≈

Como ela mal havia dormindo na noite passada, acabou pegando no sono durante todo o voo. David ficou todo o tempo acordado ouvindo música em seu celular com os fones de ouvido, olhando através da janelinha do avião. A cabeça de Alison estava seu braço, enquanto dormia tranquilamente. Vez em outra ele virava a cabeça para poder olhar pra ela. Admirando-a. Certo de que nunca se cansaria daquilo e sempre que podia ele tirava uma mecha do cabelo dela do rosto.

Depois de oito horas os dois pisaram em terra firme, de volta a Nova York. Seus pais já estavam esperando por eles no aeroporto. Os pais dele e os pais dela, felizes por eles terem voltado finalmente.

Como já era tarde da noite e eles estavam famintos, Charles convidou todos para sua mansão, onde ofereceu um maravilhoso jantar a família Harvey. Adrienne e Tom passaram aquela noite por lá mesmo, voltariam para casa na manhã seguinte. Todos foram dormir muito cedo, cansados. Exceto David e Alison.

Eles ainda não haviam contado a novidade a ninguém, por isso ficaram em seus respectivos quartos de antes, separados. Mas quando todos foram dormir e a casa estava em completo silencio e escuridão, David saiu de seu quarto de fininho e se juntou a Alison no dela, em sua cama.

— Nem começa. – Alison riu baixinho quando David começou a se insinuar para cima dela. David pegava fogo, como se de alguma forma quisesse recompensar o tempo em que estiveram separados. — Não parece certo com os nossos pais nos quartos ao lado.

— Tudo bem. É, você tem razão. – ele saiu de cima dela, dando-lhe um rápido selinho antes de voltar a deitar ao seu lado. — É por isso que amanhã mesmo vou oferecer um almoço a todos, a nossa família e amigos e vamos anunciar a novidade. E depois poderemos ir para a nossa casa e começar as nossas vidas. O que você acha?

A ideia parecia assustadora para ela. Não seria uma novidade para ninguém os dois finalmente juntos, mas isso daria motivos de sobra a todos para fofocarem sobre suas vidas. E isso parecia terrível para Alison.

— Eu acho ótimo! – ela respondeu enfim, tentando não dar importância a tais pensamentos negativos. — Eles merecem saber a verdade, não é mesmo? Não temos nada a esconder.

David sorriu para ela e beijou seus cabelos em seguida.

— Já que você insiste em me dar um fora... Vamos dormir. – ele a fez rir novamente. — Amanhã teremos um longo dia.

≈≈≈

A mansão dos Marshall raramente recebia tantas pessoas como naquela tarde para um almoço entre amigos e familiares. Do lado esquerdo da mesa estava Adrienne e Tom. Ao lado do pai estava Alison e David. Do lado direito, o lado oposto, estavam Corine e Jason, mais ao lado Margo e Dylan. Nas duas pontas da mesa Susan e Charles.

Os empregados estavam sempre por perto, servindo-os atenciosamente e com um aceno eles saiam de cena, voltando apenas quando era preciso.

Lá fora o céu estava azulado, com poucas nuvens e fazia bastante sol. Ainda estavam nas últimas semanas de um verão caloroso.

Charles estava muito contente por todos aqueles convidados e fazia de tudo possível para distrai-los com suas histórias. Susan apesar de calada estava sendo muito cortês e ela se deu muito bem com Adrienne, mesmo sendo mulheres tão diferentes em vários aspectos.

Os mais velhos conversavam animadoramente entre si. David mal abria a boca para conversar, se preparando mentalmente para anunciar seu namoro com Alison a todos. Alison por sua vez estava sorridente, conversando com os amigos que não via há tanto tempo.

— Onde está a pequena Emily? Eu ainda nem a vi. – Alison perguntou a Corine, se dando conta de que tocar naquele assunto já não doía tanto quanto antes.

— Ela ficou com a avó. – Corine respondeu, dando uma garfada em seu prato. Ela parecia ótima. Conseguiu voltar ao seu peso normal, mas parecia mais madura e responsável agora que era mãe.

Alison pensou se com ela aconteceria o mesmo caso...

Não. Não deveria ficar pensando naquilo.

— Atenção todos. – David se levantou ao perceber que praticamente todos já havia terminado de comer.

Todos voltaram os olhos curiosos para ele, agora calados.

— Primeira eu gostaria de agradecer a presença de todos aqui essa tarde. Eu estou muito feliz em poder revê-los novamente. — ele sorria, passando os olhos por todos. — Eu tenho uma novidade ótima para ser anunciada. – ele deu uma pausa, causando um pouco mais de suspense. Era visível que todos estavam curiosos e surpresos com sua atitude .

David buscou pela mão de Alison ao lado e entrelaçou seus dedos aos dela. Os dois trocaram sorrisos.

— É definitivo. É oficial. – o sorriso de David engradeceu. — Eu e a Alison Harvey estamos namorando.

Muitos foram surpreendidos com a novidade, sem esboçar qualquer tipo de reação. Já outros logo se manifestarão com sorrisos e palmas. David voltou a se sentar, beijando a bochecha de Alison.

— Eu sabia! – Adrienne foi a primeira a dizer, olhando para o casal com os olhos brilhando. — Sabia desde a primeira vez em que os vi juntos. Sabia que vocês se amavam. Não acredito que demoraram tanto tempo para se darem conta disso.

Todos riram.

— Parabéns casal! Eu estou tão feliz por vocês. – foi a vez de Margo se manifestar. Tanto ela quanto os outros que desde o início acompanharam aquela história de perto já tinham suas suspeitas.

— Eu ofereço um brinde ao casal. – Charles levantou-se, erguendo sua taça de champanhe. Todos fizeram o mesmo, brindando. — Em nome de todos nós desejamos a vocês dois toda a felicidade do mundo.

≈≈≈

— Pronta para recomeçar a vida ao meu lado na nossa casa? – David perguntou a Alison aquele fim de tarde, quando os dois finalmente estavam sozinhos no jardim de mãos dadas.

A maior parte dos convidados já haviam ido embora.

— David, eu pensei muito e.... – apesar de nervosa, ela virou-se para olhar melhor para ele. — eu quero um tempo. Eu preciso de um tempo. Eu estou muito feliz por nós dois! E ansiosa. Mas eu não quero fazer nada errado dessa vez.

David viu a confusão nos olhos verdes dela e abriu a boca para protestar, para dizer alguma coisa para tranquiliza-la, mas Alison foi mais rápida e prosseguiu o discurso que ela tanto ensaiou.

— Eu sou boba, sim eu sei. Mas não tem como eu não me sentir insegura depois de tudo pelo que eu já passei. Depois de tantas decepções amorosas e momentos de dificuldade até chegar aqui. Eu já quis tanto que alguma coisa desse certo na minha vida, e agora, que parece que tudo estar dando certo finalmente eu.... Eu não sei.... Eu só estou com medo de perder tudo outra vez.

Ela segurou as duas mãos dele.

— Por favor, me entenda. Eu não estou terminando com você, nem nada disso. Só estou pedindo alguns dias para eu me adaptar à realidade agora que estamos de volta. – ela deu um passo pra frente, aproximando-se dele com calma. — Nós vamos morar juntos. Nós vamos ser felizes. Nós sempre nos demos tão bem. Com você é tudo tão mais simples! Sei que dividir o mesmo teto com você é uma tarefa fácil. O problema não é você. O problema sou eu. Sinto que sozinha eu ainda preciso resolveu meus problemas internos, até estar inteiramente preparada para dividir uma vida com você.

David conseguia ver a aflição nos olhos de Alison. Ela parecia prestes a chorar. Ela estava confusa e perdida. Mas ele também estava muito decepcionado e insatisfeito. Ele havia esperado tanto por aquele momento, quando eles iriam finalmente morar juntos e viverem bem e felizes como um casal de verdade. E agora ela estava pedindo um tempo. Mais tempo. E isso de alguma forma era totalmente compreensível, não havia como ele negar algo assim a ela.

— Eu já esperei tanto por isso. – pelas mãos ele a puxou para um abraço acolhedor. — Tudo bem pra mim se é assim que você prefere. Por você eu posso esperar muito mais. Eu estarei aqui todo o tempo, disponível para você. Só não demore tanto. Eu mal posso esperar para compartilhar a minha vida com você.

Como ela não disse nada, ele apenas continuou abraçando-a. Com o queixo apoiado no topo da cabeça dela. David sentiu que ela chorava baixinho, molhando sua camiseta. Mas não havia mais nada que ele pudesse fazer por ela. Alison realmente precisava aprender a lidar com seus problemas internos até estar preparada para ele.

— Filhota? – sua mãe apareceu, interrompendo aquele momento intimo entre o casal. Alison enxugou as lágrimas rapidamente, mas que sua mãe não a visse naquele estado e se afastou de David. — Nós já estamos indo para casa. Você vem?

— Sim... Eu vou com vocês.

— Eu posso levar vocês? – David perguntou, sentindo-se na obrigação de poder fazer uma última coisa pela namorada antes de terem que se separarem. — Eu levo vocês. Eu faço questão.

≈≈≈

Seus pais moram em um sobrado verde em uma rua deserta bastante arborizada. David parou o carro em frente à residência e os Marshall desceram agradecidos. Alison permaneceu dentro do carro para eles poderem se despedirem. O céu já estava escuro e estrelado.

— Promete que vai me ligar todos os dias?

Alison sorriu para ele, sentindo-o tocar seu rosto com carinho.

— Não sei. Vou pensar no seu caso, Dave.

— Se você não ligar eu vou ficar muito chateado.

— Tudo bem.... Você é ainda mais sexy quando está emburrado. Como você consegue?

Ele riu, divertido.

— Quando estiver com problemas sabe que pode me ligar a qualquer hora, em qualquer dia, a qualquer momento não sabe?

— Sei sim. Obrigada. Você é o melhor namorado do mundo.

— Eu tento ser. Só quero que você confie em mim.

— Eu sempre confiei.

— Eu sei que sim.... Só que....

Antes que ele pudesse terminar, ela o interrompeu com um beijo caloroso. David tentou ao máximo se segurar para não traze-la para cima do seu colo. E se contentou, apenas passando a mão pelos cabelos dela.

— Eu já vou. – ela abriu a porta do carro, pegando suas coisas no banco traseiro do veículo. — Eu te ligo assim que puder. Eu prometo.

Antes que ela pudesse sair ele a puxou pelo braço, trazendo-a de volta.

— Você não acha que esqueceu de alguma coisa?

— Não.... Está tudo aqui. Eu peguei tudo.

— Tem certeza?

— Hum.... Acho que sim. Porque?

— Eu pensei que você me amasse...

— Eu te amo, David. Não estou entendendo....

— Pronto. – ele sorriu. — Era só isso mesmo que faltava. Eu precisava ouvir.

— Bobo!

Ela deu um tapinha no ombro dele.

— Eu também te amo, Alison.

≈≈≈

Em seu antigo quarto ela tentou organizar suas coisas o máximo possível em seus lugares, mas sentia-se muito cansada e acabou se dando por vencida, desbando sobre sua cama com os braços abertos.

— Filha? – sua mãe bateu de leve na porta antes de entrar. — Eu trouxe café pra você. – Adrienne sentou-se em sua cama, oferecendo-lhe um xícara quente. — Você quer?

— Sim, mãe. – Alison sentou-se também, pegando seu café e bebericando devagar. — Obrigada. O café está ótimo.

Sua mãe sorriu de leve.

— Você e o David estão... Bem? Eu pensei que agora que vocês estão namorando você fosse ficar com ele na mansão.

— Nós íamos ficar no loft no dele. Mas aí eu... Desisti. Pelo menos por uns tempos. Eu preciso pensar e me readaptar ainda. – Alison falava sem olhar diretamente para a mãe. — Mas estamos bem sim.

— Ele é um bom homem, não é? – Adrienne olhava para a filha. — Às vezes eu sinto que ele seria capaz de dar a própria vida para salvar a sua. Isso é lindo! Isso é amor de verdade. Quando colocamos as necessidades dos outros acima das nossas.

— Ele é maravilhoso! Certamente o melhor. – Alison sorriu consigo mesma por um segundo, terminando seu café. — Às vezes eu acho que, depois de tudo que me aconteceu nos últimos meses, que eu não seja o melhor para ele.

— Não diga isso, Alison! – sua mãe protestou, brava. — Não diga essa bobagem. Pela maneira como ele te olha, ele pensa completamente o contrário. Você não vê? Não vê o quanto ele te ama acima de qualquer coisa? Isso está estampado nos olhos dele, querida.

— Pode ser, mas.... Eu quero poder me entregar por inteira. Eu quero estar livre de tudo isso. Eu quero estar preparada. – Alison entregou a xícara vazia para a mãe. — Eu estou cansada e com sono. Mãe, você poderia me deixar sozinha por um tempo?

— Claro. Claro! – Adrienne levantou-se, inclinou-se para dar um beijo de boa-noite na filha e se afastou. — Você é capaz, filha. Sei que você é forte o bastante para superar isso. Acredite em si mesma. E mesmo que você não se sinta inteira ainda, sei que o David será capaz de completa-la da forma com você merece.

Adrienne foi até a porta.

— Boa noite, querida. Eu amo você.


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Notas finais do capítulo

Vocês concordam com a Adrienne, não concordam? A Alison é tão tolinha... Como ela ainda consegue, mesmo depois de tudo, ficar longe desse homem? haha Mas e aí, o que vocês acham? Ela vai está preparada para ir morar com ele algum dia ou vai acabar desistindo de tudo?