Novo Mundo escrita por Mi Freire


Capítulo 15
É preciso pensar.




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Alison havia dado espaço para David se deitar ao lado dela, com a cabeça apoiada no cotovelo, olhando fixo para ela enquanto tocava seu rosto. Os dois ainda estavam calados, confusos demais para dizer qualquer coisa. Pelo menos dessa vez, diferente das duas últimas, nenhum deles estava com remorsos ou arrependimento. E nada de desculpas. Simplesmente aceitava o fato do beijo ter acontecido.

Alison sentia que poderia ficar ali, incansavelmente, olhando pra ele sem parar. Cada vez mais admirava pelo homem incrível que conheceu por acaso. Ela também não se importaria de ficarem pra sempre ali, ele olhando pra ela como se por um momento estivesse apaixonado e só tivesse olhos para ela. A sensação era boa. Além do prazer que sentia enquanto ele lhe tocava carinhosamente.

— David...?

— Ali, não precisa dizer nada.

— É, eu sei. Mas é que...

— Não é nada. tudo bem.

Os dois sorriram, olhando um para o outro.

Sentiam que o encanto não deveria ser quebrado com palavras e permaneceram assim. Até que acabaram dormindo juntos, dividindo o espaço pequeno do sofá.

≈≈≈

Alison havia acabado de sair de uma entrevista em Manhattan, em uma importante construtora comanda por um dos homens mais importantes do país. Ela ficou muito nervosa e no fundo acha que não sei saiu tão bem quanto deveria. E só pôde respirar aliviada quando pisou os pés na calçada, livre daquele mal-estar.

Aquela era a quinta entrevista em três dias a procura de um novo emprego. Não estava sendo fácil, apesar de já ter bastante experiência no ramo e ainda estar estudando. Mas mantinha a cabeça erguida, pronta para qualquer resposta, pronta para qualquer oportunidade que lhe aparecesse pela frente. Queria muito um emprego. Por enquanto o dinheiro que tinha no banco era o suficiente para viver bem, mas ela sabia que uma hora ou outra ele se esgotaria.

Com o final de fevereiro o inverno finalmente estava chegando ao fim e a neve começava a derreter. O céu aquela tarde estava cinzento, recoberto por nuvens e o ar estava frio, mas não tão frio como nos dias anteriores. Alison sempre saia de casa bem preparada. Chamou um táxi e passou o endereço de Corine ao motorista.

Iria fazer uma visitinha a velha amiga.

Durante todo o trajeto Alison estava pensando em David com um sorrisinho tímido no rosto. Ele ainda estava passando um tempo em seu apartamento, mas ela mal conseguia olhar pra ele depois de terem passado praticamente a madrugada inteira, noites atrás, se beijando romanticamente, como se fossem um casal de namorados. O que não era verdade. Já que sempre foram só amigos. Os dois não voltaram a falar sobre aquela noite. David ainda agia muito naturalmente com ela, mas parecia evitar tocar no assunto. E, bem, ela também não se sentia preparada para conversar sobre aquilo. Não saberia exatamente o que dizer, já que estava confusa o bastante para acreditar que aquele momento não passara de um sonho. Apenas um sonho.

Quando estava chegando perto da porta do apartamento de Corine a porta se abriu e elas quase se colidiram. Logo em seguida, as duas caíram na risada. Corine puxou a amiga até o hall de entrada e a abraçou carinhosamente, cheia de saudade. As duas não se viam desde que ela dera a grande notícia de que estava gravida. Isso fazia mais de um mês e sua barriguinha já estava começando a ficar visível.

— Porque você não me ligou para dizer que viria? Eu já estava de saída. Estou indo às compras. Compras para o bebê! – ela estava estonteante com seus olhos azuis iluminados. — Vamos juntas!

Alison adorou a ideia, seria bom demais fazer alguma coisa diferente do que está habituada. E lá foram elas: desceram o elevador conversando sobre os últimos acontecimentos em suas vidas. Na frente do luxuoso prédio, no Upper East Side, Corine fez um sinal para chamar seu chauffeur.

Juntas elas visitaram as lojas mais caras de Manhattan para o pequeno enxoval do bebê. Corine não tinha nenhum tipo de restrição para gastar tanto já que ela, diferentemente de Alison, podia gastar o quanto quisesse e quando bem entendesse. Ainda era cedo demais para descobrir o sexo do bebê, Corine estava apenas com quase dois meses de gestação, mas ela já fazia uma infinidade de planos. Muito empolgada como toda mãe de primeira viagem.

Alison nunca esteve tão feliz por ela. A alegria de Corine era contagiante. Alison tinha total certeza de que ela seria uma excelente mãe e Jason um pai maravilhoso. Os dois sempre tiveram uma linda história de amor e serviam de exemplo para muitas pessoas. O bebê também seria muito sortudo, por ter dois pais lindos.

— O que está acontecendo com você, Alison? Você me parece muito distante e retraída. Eu te conheço garota. Desembucha!

Já era comecinho de noite e o tempo esfriara mais. As duas tinham parado para uma pausa e também para comer algo. O apetite de Corine havia aumentado bastante nos últimos dois meses.

Antes de responder a sua pergunta, Alison pensou. Corine a conhecia bem sim, mas ela também nunca fora muito boa para disfarçar seus sentimentos. E qualquer um poderia perceber que ela estava diferente. Isso depois de ter beijado David pela terceira vez como se nunca pudesse evitar o inevitável. Porque é claro que desde o começo sente-se fortemente atraída por ele. E tem mais: tem por ele sentimentos fortes demais para serem descritos em palavras.

— Eu e o David nos beijamos. – ela disse, sem rodeios. — Passamos uma noite toda juntos. Mas não aconteceu nada de mais. E também não é a primeira vez. - ela balançou a cabeça, confusa. Estava se complicando, tropeçando nas próprias palavras — Quero dizer: não é a primeira vez em que nos beijamos. Mas, por favor, – ela olhou dentro dos olhos azuis de Corine. — não diga isso a ninguém.

Quando terminou, Alison suspirou forte. Por um lado estava bastante nervosa e envergonhada por ter relevado aquilo. Ela nunca dissera nada a ninguém e guardara tudo para si mesma. Por outro lado, depois que havia desabafado de uma vez por todas, sentia-se leve.

Não era como se pudesse contar aquelas coisas a Margo, sua melhor amiga. Até porque ela estava ficando com Brad, o irmão dela e certamente Margo a odiaria por estar traindo a confiança dele.

— Mas, você e o Bradley, não estavam juntos?

— Não. Ou melhor, sim. Mas não. Não exatamente.

Corine deu um meio sorriso, tocando sua mão sobre a mesa de maneira afetuosa. Alison conseguiu se acalmar.

— Eu imagino o que você está sentindo. Sei perfeitamente me colocar em seu lugar, apesar de nunca ter passado por isso. Mas sei que está confusa entre dois homens maravilhosos. Os dois são lindos, mas é importante que você pense melhor sobre isso. Talvez você precise um tempo só pra você, já parou para pensar nisso?

— Sim. Já. Eu já tive inúmeras oportunidades de pensar a respeito, mas nunca funciona. Basta um deles se aproximar... Para eu perder totalmente o foco. Corine, eu não sei mais o que eu faço!

— Eu não sou a melhor pessoa para te dar conselhos, mas pense bem nisso: o Bradley está terminado a faculdade, conseguiu um emprego naquilo que ele realmente gosta de fazer, é um homem bonito, maduro e determinado. Além de ser muito inteligente. Ele não foge da realidade, está sempre com os pés no chão e pensa no futuro. Ele sabe exatamente o que quer e o que é melhor pra ele.

Corine pausou para tomar um pouco do seu chá gelado, enquanto pensava nas palavras certas para usar a seguir.

— O David é mais velho, também muito bonito, fortemente atraente, encantador e sexy. Mas certamente isso não é tudo que você procura em um homem, então deve pensar mais além. Por exemplo: ele apesar de já ser um adulto, ainda é muito inseguro de si mesmo, não tem planos, nem estabilidade, não tem foco, vive intensamente sem se importar muito com as consequências, não tem um trabalho, nem estudos. Resumidamente: ele tem muito pouco a te oferecer.

— Mas Corine...

— Pode ser que você o ame, até mais do que poderia amar o Brad. Mas o amor não é tudo, Alison. E acima de tudo, você tem que pensar no que é melhor pra você. Não que eu seja preconceituosa e esteja menosprezando o modo de viver do David, afinal é a vida dele, as escolhas dele, o modo de pensar dele. Também não estou querendo dizer que ele não sirva pra você e que não é o homem certo pra nenhuma mulher. Pode até ser que seja. Ele é adorável. Eu realmente gosto dele, mas não tome nenhuma decisão precipitadamente. Também não estou pedindo pra que você seja infeliz ao lado de um homem que pode lhe oferecer tudo, menos o amor. O que eu estou querendo dizer é que o que você pode estar sentindo agora, pode não existir amanhã. E quando você menos esperar, vai se dar conta de que não tem nada do que sempre sonhou pra você. Então pense bem nisso. Me promete?

Alison sempre admirou Corine. Ela é o tipo de amiga que não diz exatamente o que você espera de alguém a quem confia tanto, mas ela diz a verdade e essa é a melhor parte. Pois por mais que doa, a verdade é a melhor opção. E Corine nunca teve medo de expressa-la, diferentemente dela. E mesmo depois de ouvir tudo aquilo que foi como um tapa na cara, Alison conseguiu sorrir para a amiga a sua frente.

— Eu te prometo. Prometo que vou pensar melhor.

≈≈≈

Alison chegou em casa aquela noite e foi logo atingida pelo cheiro maravilhoso de comida. David estava na cozinha preparando o jantar, enquanto Gael estava deitado no sofá, de olho na tevê, como se ele realmente entendesse tudo que estava sendo dito no noticiário.

— Ali, que bom que você chegou. – David virou-se pra ela, sorrindo lindamente. — Já está quase tudo pronto. Só mais dez minutinhos e....

— Que ótimo! – ela o interrompeu, sem muito animo. — Enquanto isso, eu vou tomar um banho e vestir algo mais leve.

Ela se foi, saindo de cena.

David logo percebeu de que ela estava diferente. Diferente de uma forma que não era muito boa. E isso instantemente o preocupou.

Alison encheu a banheira com água quente e um pouco de espuma, ficou ali pelos próximos vinte minutos. Com os olhos fechados e a mente flutuando. Ela tentava não pensar em nada, mas essa tarefa era muito difícil, quando a sua mente insistia em que ela pensasse em tudo. E isso se resumia ao relacionamento dela com David.

Pensando também nas palavras de Corine, Alison se deu conta de que muito daquilo fazia sentido. Corina estava recoberta de razão. Ela precisava pensar no que era melhor pra ela. Mesmo que pra isso precisasse tomar decisões extremamente difíceis. Mas não era aquilo que David queria dela? Que fosse forte e corajosa? Então ela seria.

Levantou-se da água, cobriu-se com a toalha e foi até o quarto, vestiu algo mais leve. Amarrou os cabelos em um alto rabo de cavalo. Saiu do quarto quando já estava pronta. Determinada. Pisando firme.

— A comida já está pronta.

— David nós...

— Eu não esperei por você e já comi antes que esfriasse.

— David...

— Mas se você quiser pode esquentar....

— David! Cacete! Me escuta!

David olhou pra ela surpreso. Alison acabara de gritar com ele.

— Podemos conversa? Por favor.

— Não, Alison. Não podemos. Eu já sei.

— O que você sabe?

— Sei que não me quer mais aqui, depois do que aconteceu entre a gente aquela noite. E quer saber? Eu já estava de saída mesmo. Porque eu sempre estrago tudo! Então, não torne isso ainda mais difícil. – ele pegou sua mochila no canto da sala e jogou nas costas. Parado em frente a porta ele voltou a olhar pra ela pela última vez. — Não foi certo, eu sei. Me desculpe, mais uma vez. Mas caramba! Eu amei tanto cada segundo que provavelmente faria tudo de novo se pudesse.

Depois disso, ele simplesmente foi embora.

Sem nem olhar pra trás.

≈≈≈

A primavera chegou. Uma das estações preferidas de Alison, onde tudo era verde, sua cor favorita. A neve simplesmente desaparecera. Ela acordou em uma manhã com o cantarolar de um pássaro próximo a sua janela e nunca havia se dado conta, até aquele momento, do quanto sentira falta daquilo. Quando abriu as janelas do apartamento foi recebida pelo ar fresco e a energia dos raios solares. As arvores do bairro estavam mais volumosas e havia flores por todos os lados.

Depois da aula naquela manhã, ela foi receber Bradley, que assim como a primavera, chegaria de viajem. Quando ela finalmente saltou do taxi cheio de bolsas, ela correu para abraça-lo, feliz por ele ter voltado. Estava precisando muito dele naquele momento. Agora com a casa vazia pela ausência de David, ela sentiu falta de companhia.

Os dois foram almoçar juntos após terem deixado as coisas dele no apartamento de Margo. Comeram hot-dog no Central Park e depois andaram juntos de mãos dadas admirando a paisagem viva enquanto conversavam animados.

Bradley começaria a trabalhar em seu novo emprego no dia seguinte em uma revista e para comemorar, Alison o convidou para sair à noite. Onde os dois aproveitaram para namorar bastante e dançar.

Quando voltaram para casa, ela fez questão de que ele dormisse aquela noite com ela. Realmente havia sentido falta dele. Não mais que ele dela. Mas ainda assim era muito bom ter alguém para abraçar e beijar durante toda a noite até pegar no sono.

≈≈≈

David resolveu dar uma nova chance ao namoro dele com Lucy.

Os dois haviam tido uma conversa de verdade um dia depois que ele saiu do apartamento de Alison. Eles se resolveram e acertaram as coisas, fazendo as pazes. Tentariam de novo. Mas ele deixou bem claro para ela que seria a última vez. Sendo assim, Lucy tomaria o máximo de cuidado possível para trata-lo bem, não ofende-lo e nem critica-lo. Pois gostava de David o bastante para querer estar com ele.

Lucy teve bastante paciência com David nos primeiros dias após a reconciliação dos dois. Eles estava bem outra vez, mas ele, particularmente ele, não parecia muito feliz. Ela sabia que tinha algo de errado pela expressão dele. Mas David raramente conversava com ela sobre certas coisas e ela não queria dar uma de namorada chata outra vez e nem insistiu. Apenas esperou. E não demorou muito para que ele voltasse ao normal. Ainda mais ardente.

Os dois estavam caminhando aquela manhã pelas calçadas agitadas de Manhattan quando de longe viram um casal bem familiar.

Alison e Bradley havia acabado de sair de uma cafeteria de mãos dadas, Cappuccino em mãos, sorridentes e felizes.

Fazia quase uma semana em que David e ela não se falavam.

Sempre havia algo de muito errado entre eles. Isso chateava bastante os dois. Mas não haviam muito o que poderiam fazer a respeito.

— Alison! Quanto tempo amiga! – Lucy foi até ela, pegando-a de surpresa. Lucy a abraçou. — Desde que saiu do escritório nós mal nos vemos. – Lucy cumprimentou também Brad com beijinhos.

— Pois é. – Alison sorriu sem graça. David contra a própria vontade foi até os três. Cumprimentando a todos com um breve sorriso e nenhuma palavra — Aconteceram tantas coisas, não é mesmo?

— Temos que colocar a conversa em dia! Que tal agora? Eu e o David estávamos loucos para comer alguma coisa. Vocês topam?

— Eu acho ótimo. – Brad manifestou-se. — Senti falta dos maravilhosos pedaços de torta que vendem por aqui.

Bradley e Lucy estavam se dando muito bem, enquanto trocavam experiências de trabalho. A mesa dos quatros ficava no canto. David ao lado de Lucy e Alison ao lado de Brad. Alison e David frente a frente, os dois visivelmente descontáveis com a situação que não puderam evitar, eles mal abriram a boca desde que entraram ali.

— Então quer dizer que agora vocês estão namorando?

Alison acordou quando se deu conta de que Lucy estava falando com ela, e pior, estava olhando diretamente pra ela com seus lindos olhos esverdeados.

— Ainda não. – respondeu Brad, sorrindo. — Mas eu sinto que falta muito pouco para isso ser concretizado.

— Fico feliz por isso. – Lucy também sorri, pegando a mão de David para segurar. — Porque eu e o meu David estamos muito felizes juntos, não é mesmo meu amor? Nós nunca fomos tão felizes!

≈≈≈

Estava uma noite agradável com o ar noturno balançando os lindos cabelos ruivos de Alison, enquanto ela e Bradley andavam de mãos dadas pelos corredores da maravilhosa ponte do Brooklyn que a noite mais parecia uma arvore de natal de tão iluminada. Dali de cima, eles podiam ver Manhattan de um lado e a cidade do Brooklyn de outra. Lá em baixo, passava o rio East River.

De repente, Brad parou no caminho para comprar flores com um vendedor ambulante para presenteá-la. Um gesto romântico e adorável. Alison adorava isso nele, Brad gosta de surpreende-la mesmo nos mínimos detalhes. Brad deu a Alison um buquê de tulipas vermelhas.

Ela o abraçou agradecida. Sentia-se bastante sentimental nos últimos dias. Talvez fosse porque mais uma vez ela e David estava tendo momentos difíceis, e o pior de tudo, estavam distantes novamente. E ela já não sabia mais o que fazer para concertar isso. No fundo, algo lhe dizia que ela precisava daquele tempo longe dele, para pensar no que realmente queria para a sua vida.

E ela pensou. Pensou tanto que achou estar ficando malucava. Pensava muito nisso durante as aulas e mal conseguia se concentrar. Ela já fora uma boa aluna, quando nada disso existia em sua vida. Sentia-se frustrada. Por um lado sentia falta daquele tempo, quando tudo era mais simples. Mas preferia o agora, depois que conheceu David e também voltou a rever Bradley.

Seus pensamentos ficavam piores quando ela estava sozinha em casa, agora sem trabalho, se empanturrando de besteiras e assistindo seus filmes prediletos na tevê.

Até aquele momento ela ainda não tinha uma resposta para todos os seus problemas, mas motivada pelas circunstâncias tomou uma decisão bastante importante. E Bradley, melhor que ninguém e antes que qualquer pessoa, precisava saber disso.

— Brad, eu estou pronta. Você já não precisa mais esperar. – ela dizia, olhando nos olhos dele enquanto segurava uma de suas mãos. — Estou preparada para dar um passo a mais. Você deve estar perguntando o que eu quero dizer com isso pela sua expressão. – ela riu, divertida. Percebendo que ele parecia confuso. — Eu quero ser a sua namorada. Quero que tenhamos algo sério, ao concreto, algo definitivo.

— Você... Está falando sério, Alison? – ele sorria de orelha a orelha. Naquele momento ela sentiu que a mão dele tremia.

— Sim, é sério. É verdade. É o que eu quero.

Sem palavras, Brad a pegou no colo e a girou, rindo atoa.

De repente tudo começara a dar certo em sua vida. Finalmente. Já que ele esperou tanto por isso. Agora tinha um emprego, já estava procurando uma vaga para terminar os estudos em outra universidade, estava tendo um bom relacionamento com a irmã e agora tinha uma namorada, que além de linda e fantástica, era tudo que ele sempre quis.


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