Infância Perdida escrita por TMfa


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Eu comecei essa fic antes, muuuuuuuuito antes, de Jisbon acontecer. Vou dividi-la em dois capítulos pra ficar melhor para ler. Espero que gostem



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Jane estava deitado no sofá, Lisbon o olhava de sua mesa, Kim estava perto, preenchendo relatórios e Cho lia um livro.
- Sério que não vamos fazer nada hoje? - perguntou Jane entediado
- Não. E essa é a quarta vez que você pergunta - diz Kim saturada
- Porque eu REALMENTE quero muito algo para fazer - afirmou Jane
- Se puder nos ajudar, sr. Jane - disse uma vozz desconhecida
Jane levanta rapidamente a cabeça e olha em direção da voz desconhecida.
- Quem é você? - diz Jane curioso
- Eu sou Roy Sond. E estou precisando de sua ajuda - se apresenta o agente
- Em quê? - diz Jane já de pé
- Estamos estagnados em um caso. Precisamos de uma outra visão, e soubemos que você poderia nos ajudar
- Por que não? - diz jane sorrindo
- Ei! Mas não pode simplesmente sair assim. Precisa de uma aprovação - explica kim
- Meh! Não precisa. Me tire do tédio que eu ajudo - retruca Jane esfregando as mãos.
Sond sorri
- Pode trazer um de seus companheiros se quiser para não ficar deslocado na minha equip...
- Lisbon - escolhe Jane antes de Sond completar
- Hã? - diz Lisbon surpresa
- Vamos, Lisbon. Você vai gostar. Além do mais não temos o que fazer, eu sei que você está entediada também - Jane estava animado, e isso animava Lisbon
- Quem disse isso?! - repreende Lisbon com ar de riso
- Seus olhos. Eles nunca mentem para mim - respondeu Jane mansamente olhando nos olhos de Lisbon
- Então, vamos? - pergunta sond
Cho olha para eles e volta para o livro. Kim não gostou da ideia, mas sabia que não iria deter Jane.
- Sim.
Jane segue até Lisbon e a ajuda com a jaqueta, em uma maneira de a fazer ir mesmo que não tivesse vontade, embora tivesse. de lá eles seguem até outro andar do FBI.
- Ei Roy, Derek ainda não deu notícias - diz um homem se aproximando
- Essa não... - Sond pensou um pouco - espere mais uma hora. Se ele não der sinal vamos procurá-lo. Mesmo que tudo vá pelo ralo.
- O que está acontecendo? - questiona Jane
Era visível a preocupação de Sond e dos demais ao redor dele.
- Nós estamos investigando uma rede de tráfico infantil. Crianças mexicanas e canadenses são trazidas para cá para serem exploradas, de todas as formas - Sond falava com pesar - Temos um infiltrado na rede se passando por pedófilo. Mas não conseguimos muita coisa com ele. As crianças não conseguem dar muita informação, só as de como chegam aqui.
- Mas o que elas dizem? - pergunta Lisbon
- Senhor, conseguimos contato - afirma Jason Manning
- Ok, Manning - Sond segue rápido até a mesa que estavam os demais - Refin, o que aconteceu? Por que atrasou? - interroga Sond preocupado
- Eles estão desconfiados, senhor. Mas dei uma desculpa e eles acreditaram. Quem são esses dois? - refere-se Refin a Jane e Lisbon
- Esses são Patrick Jane e Teresa Lisbon, da divisão de homicídos e sequestros. Eles estão aqui pra nos ajudar. - Sond olha para os dois - Esse é Derek Refin, nosso infiltrado
- Com quem você entra em contato para se passar pelo disfarce? - pergunta Jane
- Com um capanga: FRederick Marshel, ele trás as crianças. Tem um garoto, ele é esperto, e está me trazendo informações. Mas ele não consegue muita coisa... é só uma criança.
- O que conseguiu Refin? - diz Sond
- Eles trarão mais crianças amanhã a noite
- ele sabe onde? - pergunta Manning se aproximando
- Ele não tem certeza, disse que consegue chegar até lá, mas não grava endereços. - Refin estava irritado, tanto trabalho e nenhum avanço.
- Droga!
- Pois então, o que vamos fazer? - interrompe Jane respirando fundo
- Me desculpem, venham comigo. Manning, continue com Refin - ordena Sond
- Os três seguem até uma sala mais reservada. Sond tira algumas pastas e alguns papéis de uma gaveta e põe sobre a mesa.
- Nós, até agora, só conseguimos algumas informações. Essa rede tem cerca de três anos. Não sabemos porque nem como, mas sabemos que eles trazem crianças pelas fronteiras, muitas delas entre 6 e 10 anos. Elas são usadas para todo o tipo de trabalho. Alguns coiotes que são filiados a essa rede, são responsáveis por trazê-las. Prendemos inúmeros deles, mas nunca sabem de nada, não tem os contatos e negam qualquer envolvimento com trafico.
-Como crianças vem para cá? - pergunta Lisbon pasma
- Elas são aliciadas, os pais acreditam que vem para cá para seguirem carreiras artísticas, ou ter uma educação melhor, outros pensam que seriam adotadas, eles usam várias técnicas. Varia conforme o lugar - explica Sond se apoiando na mesa
- Você disse que parou em três suspeitos, quem são? - diz Jane
- Essas aqui são as fichas dos suspeitos - responde ele pegando as pastas - Jonan Towng, empresário. Foi acusado duas vezes de extorsão e por ter crianças ilegais trabalhando em suas empresas. Ele é muito reservado e esquivo; Solan Gram, dono de uma transportadora e de vários portos. Ele já foi visto por alguns dos coiotes corajosos que prendemos e decidiram falar, mas não sabem dizer se ele é o comandante; Hanry "Drog" Look, responsável por um cartel de drogas colombiano, não é possível afirmar isso porque ele é muito protegido, nenhuma prova conclusiva e o desgraçado tem os melhores advogados.
-Hum... Temos como falar com a criança que informa vocês?
- É muito difícil, Jane. Teriam que se disfarçar e entrar na casa onde nosso agente está disfarçado. É arriscado, além de não ser muito útil, se o menino não souber de nada
- Acho que posso descobrir o endereço, isso seria útil? - ironiza Jane
- Se conseguirmos o endereço temos por onde recomeçar, e se pegarmos essas crianças vamos conseguir pelo menos diminuir o poder dele, com sorte acabamos com eles - Sond se sentia esperançado, quase se via um sorriso nele - Tem certeza que consegue?
- Se a criança souber eu posso descobrir - afirma Jane
Sond procura resposta na expressão de Lisbon, pedindo uma opinião.
- Ele consegue - acenou Lisbon com a cabeça
- ok, tentaremos por vocês em contato com a criança - confirma Sond se levantando.
- Podemos levar os arquivos para analisar? Talvez a gente veja algo novo ou que passou despercebido - pede Lisbon já de pé.
- Claro. Podem pegar esses daqui, são apenas cópias - consente Sond entregando as pastas e papeis à Lisbon.
Os dois saem e seguem para o elevador
- Você vai mesmo ler tudo isso? - pergunta Jane entediado
- Sim, e você também devia. Não tem como trabalhar com o que não se sabe
- Não obrigado, dispenso papelada. Divirta-se com ela
O elevador fecha e ambos seguem até seu andar. O dia seguiu chato para Jane. Nem mesmo a tentativa de conversar com Lisbon sobre o caso externo o animou, tudo o que conseguiu ver foi Lisbon lendo toneladas de papéis. Mas enfim chegou a noite.
Jane se foi para o trailer e ficou pensando no novo caso. Comeu, fez uma xícara de chá e se sentou na cama. Quando ele se deita pensativo o celular toca.
- Lisbon? - diz ele estranhando
- Jane, achei uma coisa - afirma ela animada
- Como assim? - pergunta ele ficando de pé
- Eu acho que encontrei uma coisa no caso. Eu estava verificando os relatórios e... você precisa vir aqui. Acho que eles vão trazer mais crianças hoje
- To indo para ai
Jane vai o mais rápido possível para a casa de Lisbon, ignorando o horário, já que passava da meia-noite.
Casa de Lisbon
- Lisbon? - diz Jane batendo na porta
- Entra - responde ela abrindo
- Jane entra e vê diversos papéis espalhados pelo chão da ada e um copo cheio com uma cafeteira do lado
- Desculpa a bagunça - avisa ela fechando a porta
- Tudo bem. o que... descobriu? - diz ele olhando para ela
Jane percebera que Lisbon estava tão atordoada com a descoberta que esquecera que estava de pijama
- Ah é, eu... - gagueja ela olhando para si
- Tudo bem - diz Jane sorrindo - o que descobriu?
- Veja isso
Lisbon passa por cima dos papéis para um pequeno circulo no meio deles. Jane a seguiu
- O quê?
- Ta vendo isso? - ela aponta para um papel no chão - Eles acreditam que não é periódico, mas olha. tem um a cada três meses, aí então - ela segue para outro papel perto de Jane - aqui eles fazem de duas em duas semanas - ela o afasta indicando um papel abaixo de Jane - então eles voltam a fazer de três em três meses.
- Será que o Sond não viu isso?
- As vezes você não percebe fazendo relatórios. Esse é o problema quando se trabalha com períodos diferentes. Parecem que são aleatórios. Mas isso não é tudo - ela vasculha os papeis em busca de um único - Contando, é hoje que eles trazem crianças. Olha.
- Não temos o endereço
- É, e eles sempre fazem em um ponto em que não tem a menor pista de onde seja - diz Lisbon frustrada
Jane analisa alguns papéis
- Espera
- O que foi?
- As crianças são sempre ou mexicanas ou canadenses, certo?
- Sempre
- E porque não de outros países?
- Porque esses dois são os que fazem fronteira. - Afirma ela um tanto irônica
- Exato!
- Sim, mas os coiotes nunca sabem quem eram os líderes. Eu li o depoimento deles - Lisbon engatinha em busca dos papéis - ta aqui... ta aqui... - ela encontra - esse! Eles sempre dizem coisas parecidas: " Nós não vendemos para eles, só trazemos da fronteira"; " sou pago pelo transporte"; " não negocio direto com eles" - Leu Lisbon
Jane fica pensativo
- Eh isso, Lisbon! - exclama Jane se levantando
- Isso o quê?
- Não dá tempo, no caminho te explico
Jane se levanta e Lisbon o segue. Ele para na porta, se vira lentamente e a olha
- O quê? - questiona ela
- Acho melhor você...
- É, eu vou me trocar.
Lisbon corre para as escadas e para.
- Se sair sem mim, eu prometo Jane, mato você - avisa ela séria
- Eu espero - diz ele sorrindo


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