Na manhã seguinte, Carlinhos e Lizete se levantaram cedo, se arrumaram, e no corredor combinaram que iriam juntos acordar um por um dos Bracho, começando por Rodrigo e Patrícia, que haviam dormido lá. E um por um ia ajudando a acordar os outros.

Foram andando devagar até o quarto que pertencera a Rodrigo quando solteiro. Carlinhos abriu a porta e enquanto Lizete parava de um lado da cama, Carlinhos parava do outro. E juntos gritaram aos ouvidos de seus tios:

– BOM DIA!

Rodrigo e Patrícia levantaram assustados, mas riram.

– Por que fizeram isso? (Rodrigo, ainda rindo)

– Ué, queremos que vocês nos ajudem a acordar os outros! (Carlinhos)

Rodrigo olhou para o relógio: 06h30.

– Mas está cedo ainda! (Rodrigo)

– Mas nós queremos aproveitar o dia todo! (Lizete)

– Está bem! Só esperem a gente se vestir. (Patrícia)

– Sim tia! (Carlinhos e Lizete, em coro)

Esperaram do lado de fora do quarto, e quando seus tios saíram, combinaram que os últimos a serem acordados seriam Paulina e Carlos Daniel. Desceram e pegaram todas as panelas, tampas e colheres que viram pela frente. E em silêncio, subiram novamente. Primeiro foram no quarto da Vovó Piedade. Começaram a cantar e bater as panelas sem abrir a porta. Em menos de 10 minutos, se depararam com uma senhorinha já vestida e maquiada.

Depois, acordaram Estephanie e Willy, que nem pareciam os mesmos de antes, de tão grudados que estavam. E em sete, sem as panelas, entraram no quarto de Paulina e Carlos Daniel. Rodrigo e Patrícia faziam cócegas em seus pés, enquanto Estephanie e Willy "zumbiam" ao seus ouvidos. Vovó Piedade acendeu a luz e tirou-lhes as cobertas. Carlinhos e Lizete subiram devagar na cama dos pais. E todos juntos, numa contagem regressiva de 3 a 1 gritaram:

– HORA DE ACORDAR!

Paulina levou um susto, e Carlos Daniel não conseguia parar de rir. Mas ainda tinham energia pra sair correndo atrás de todos, com exceção da vovó, que só os observava, feliz pela nova vida da família. Os empregados, que por ordem de Paulina estavam arrumando a mesa do jardim, só escutavam os risos, mas também estavam felizes pela mudança que ocorrera naquela casa. Todos chegaram ao jardim contentes, e rindo tanto, que nem pareciam os mesmos Bracho de antes. Sem dúvida, Paulina tinha chegado para melhorar em tudo a vida daquela família.

Depois de um café da manhã reforçado e regado a risadas, todos os Bracho e Adelina, que os acompanhou para tomar conta das crianças, pegaram roupas extras e uma de gala para o jantar e foram para o clube. Mal chegaram e Lizete e Carlinhos se atiraram na enorme piscina de lá. Paulina, Carlos Daniel e os outros foram em seguida. Vovó Piedade e Adelina ficaram à sombra conversando. Almoçaram, os homens jogaram um pouco de golfe, tênis e futebol, as mulheres foram para o SPA que ali havia, enquanto as crianças e as senhoras permaneceram na área da piscina. Jantaram em um restaurante chique, com uma união e amor de dar inveja, fazendo com que todos os que vissem a alegria daquela família ficassem admirados. Já tarde da noite, voltaram para casa. Rodrigo e Patrícia passaram aquela noite junto à família. Aquele foi o dia mais alegre que os Bracho tiveram em muito tempo.

Na segunda, todos tomaram café juntos. Carlos Daniel e Paulina deixaram Lizete e Carlinhos na escola e foram para a fábrica muito contentes, enquanto Rodrigo deixava Patrícia em casa e também seguia para a fábrica.

Mal sabiam eles que a felicidade que os rondava estava com as horas contadas. Primeiro, pela visita inesperada de Leda. Mas Paulina não se deixou ofuscar e deixou transparecer seu lado irônico e sarcástico.

– Leda querida! Que bom que veio! (Disse Paulina carregada de sarcasmo)

– De repente senti vontade de fazer uma visita para a minha família querida! (Leda)

– Claro, tem toda a razão! (Paulina)

Durante o jantar, Paulina não parava de provocar Leda, e nem de beijar Carlos Daniel.

Depois que as crianças foram dormir, Paulina estava descendo e viu Leda se atirando em cima de seu noivo. Paulina, apesar de saber que estava grávida e não podia se esforçar, não se aguentou e partiu pra cima dela, enquanto gritava:

– SUA VAGABUNDA, PIRANHA, SAFADA! (Gritava com raiva enquanto esbofeteava Leda com toda a sua força)

Leda não conseguia se defender, porque Estephanie foi ajudar Paulina a dar uma lição em Leda.

Depois de alguns minutos, Carlos Daniel, Rodrigo e Willy conseguiram apartar a briga, e Leda aproveitou pra se vingar:

– SUA MALDITA USURPADORA! CACHORRA, SAFADA, VAGABUNDA! VAI PAGAR CARO POR TER ROUBADO O MEU CARLOS DANIEL! (Gritava Leda exaltada)

– SEU? ORA, FAÇA-ME RIR! CARLOS DANIEL NÃO É SEU E NEM DA VERDADEIRA PAOLA! ELE É MEU, OUVIU BEM? MEU! (Paulina)

Leda saiu correndo em seu carro. Carlos Daniel foi com Paulina para o quarto, e tentando agradá-la, começou a beijar seu pescoço, mas ela se afastou.

– Por que está se afastando? (CD)

– Porque eu vi a Leda jogada em cima de você e você não fez nada pra afastá-la!

– Sabe que Leda é oferecida! Nunca dei bola pra ela, e você sabe disso. Agora esquece isso, meu amor... (CD, enquanto a beijava)

– Dessa vez eu esqueço. Mas da próxima vez que isso acontecer, você passa uma semana dormindo no quarto de hóspedes do andar de baixo, entendeu? (Paulina)

– Não vai ter próxima vez, Paulina. (CD)

– Não? Por que? (Paulina)

– Porque de hoje em diante, a Leda não entra mais aqui! (CD, sorrindo para sua amada)

– Acho bom! (Disse Paulina rindo)

E assim, o nosso casal predileto passou mais uma noite aconchegante, dormindo agarradinhos.

Continua!