Meia Noite escrita por AngelSPN


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Um bom começo de semana a todos.



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Trovões e raios surgiram do nada. O dia virou noite em poucos minutos e correndo contra algo que sentiam no peito que estava prestes a acontecer, os irmãos dispararam para o lugar onde ouviram o estrondo. E foram interrompidos pelo som de uma voz conhecida.

— Dean, Sam!? — o som parecia abafado, mas era perfeitamente reconhecido.

— Bobby? — falou um Dean esperançoso de que nem tudo estava perdido.

— Garotos, como é bom ouvir vocês. Aqui embaixo, acabei caindo em um buraco, cuidado que está escorregadio. Por sorte não quebrei o pescoço nesse troço cheio de lama fétida.

—Ficando velho, Bobby? — o loiro sorria, mesmo com a situação pouco a favor deles. Um peso enorme saiu de seus ombros. Seu “pai” estava vivo. Temera encontrar aquele velho ranzinza morto.

— Não enche garoto — Dean não era o único a sorrir com os comentários de Bobby, Sam deixava suas covinhas à amostra se não fosse escuro para ocultar seu semblante.

Alguns minutos depois Bobby respirava ar puro da noite fria que tomou conta do lugar rapidamente. Após tomar fôlego, olhou para os meninos agachados ao seu lado.

—Como vocês me encontraram aqui? — Bobby recebia a ajuda dos irmãos para se levantar, estava feliz por não ter quebrado nenhum osso.

—Seu celular, apontou sua ultima localização por essa região, antes que perdêssemos a comunicação, parece que existe uma interferência por essas bandas— Sam falava olhando para os lados, em busca de uma saída.

— O que aconteceu Bobby? Depois que liguei para você, percebi algo de errado em sua voz. Pensávamos o pior — o loiro colocou sua mão sobre o ombro do velho caçador.

— Tive uma pista, estava seguindo um estranho homem encapuzado arrastando um saco preto. Quando achei que iria ajudar o pobre infeliz que se debatia... Caí nessa cilada dos infernos — o caçador lamentava passando a mão na barba com restos de lama.

—Bom, temos que sair daqui. Precisamos nos preocupar com outras coisas — Sam disse olhando para o irmão mais velho.

— Droga, sammy... — o loiro dera as costas e viu seu corpo sendo puxado pelas mãos do mais novo enfurecido.

— Sem essa Dean. Estou farto de suas ordens, farto de seus kamikazes — Sam largou o braço que segurara firmemente do irmão, encarando-o sob o luar que reaparecera.

—Calma aí garotos. Vejam aquela estrada, antes ela não estava ali. Vamos seguir a oeste onde fica minha cabana. Lá poderemos discutir nossas estratégias. Parece que aquele tipo de magia que havia aqui... Desaparecera. Vejam seus celulares — Bobby falou rispidamente.

— É, você tem razão. O sinal voltou — Dean falara sentindo os olhos do irmão sobre si.

O loiro sabia muito bem o que lhe aguardava. Dizer toda aquela merda que ouvira de seu pai no hospital e o que descobrira em Silent Hill sobre Sam, não seria uma tarefa fácil. Mas teria que alertar o irmão e Bobby, antes que sua alma fosse levada para o inferno.

Dean sabia que tudo o que ele sofrera nesses anos era refresco, comparado ao pesadelo que estava para enfrentar eternamente nas mãos dos demônios que havia mandado para baixo. Ele tinha quase certeza de que desta vez não haveria como escapar. Se tentasse enganar e se livrar do pacto, seu irmão cairia morto no mesmo instante. No entanto sentia uma certa esperança em sair dessa. Se Sam e Bobby o ajudassem acabar com a tal Lilith, então poderia ter uma chance de escapar e acabar com a desgraçada que estava atrás da cabeça do irmão caçula. Teve seus pensamentos interrompidos ao ouvir a afirmação do velho caçador.

— Chegamos, rapazes — Bobby falara com entusiasmo, finalmente tomaria um banho quente, antes de entrar de cabeça na bomba que sabia estar por vir.

Uma hora depois os três estavam refeitos da longa caminhada, o loiro ainda devorava uma pizza de calabresa. Enquanto Sam narrava a Bobby os últimos acontecimentos.

—Isso é o que acontece quando se está com o pé no inferno — o velho caçador falou olhando para Dean, que mais parecia estar enrolando do que com fome naquela pizza.

— Bobby, você tem um jeito de localizar essa tal Lilith? — Sam ignorava os suspiros do irmão mais velho.

— Posso tentar. Vocês sabem pelo menos com quem estão lidando? — o caçador olhou para os dois que retribuíram o olhar esperando a resposta.

— Bem, não será o coelhinho da páscoa... — Dean falara sorrindo. Só que ninguém mais sorriu — só falei por falar...

— Seu idiota, a coisa que está com seu contrato é um demônio perigoso e ardiloso. Ela é o primeiro demônio criado. É digamos, um portal para Lúcifer. Contrariando seu pai Mephisto, ela uniu-se a um anjo rebelde, conhecido como Inarius. Inarius não concordava com a batalha entre o céu e o inferno, queria seu próprio exército, queria um novo mundo e nesse ínterim conheceu Lilith filha de Mephisto. Para sua surpresa a rainha do inferno compartilhava os mesmos ideais. Juntos eles criaram um exército e acabaram se apaixonando, tiveram filhos conhecidos como Nefilins — Bobby elevou o cantil aos lábios, tomou um generoso gole do liquido, esperando a enxurradas de perguntas.

— Nefilins? — perguntou Sam tentando lembrar onde já teria lido sobre eles.

— Sim, são conhecidos como Nefilins todos aqueles nascidos do cruzamento entre anjos e humanos ou demônios. Esses nefilins nasceram com poderes e Lilith gostou disso, achou prudente criar um exército deles leais a ela. No entanto Inarius não gostou da ideia, ele odiava esses seres que poderiam a qualquer instante serem mais fortes do que ele. Lilith sabendo disso acabou se rebelando contra o homem que aprisionou-a em um lugar ao qual só ele poderia trazê-la de volta. Inarius reinou por algum tempo até que os irmãos Mephisto, Baal e Diablo fossem libertados. Mephisto sabendo o que acontecera com sua filha Lilith, levou Inarius sob custódia para uma eterna tortura.

— Como você sabe disso tudo? — Dean estava impressionado pelo conhecimento do amigo.

— Os besouros — disse Bobby calmamente.

— Os BESOUROS?? — perguntaram os irmãos ao mesmo tempo.

— Sim, o caso em Olathe. Os corpos recheados desses insetos e outras pragas me levaram a Lilith e ela me levou a toda essa desgraça celestial. Só não imaginava que ela tivesse seu contrato — percebia-se a tristeza na voz do velho caçador.

— O que não entendo, é porque ela quer a alma de Dean e a minha cabeça? — Sam agora fazia a pergunta diretamente ao irmão — Está na hora de você desembuchar o que sabe, Dean! — o moreno encarou os olhos verdes que reluziram de imediato, finalmente chegara o momento que estava adiando há tanto tempo.


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Notas finais do capítulo

Espero pelos amados leitores...



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