Meia Noite escrita por AngelSPN


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Agradecimento as minhas leitoras (Alice Harvey, Elise Padalecki, Stella) que tornam os capítulos entusiasmantes com seus reviews maravilhosos. Amo Vocês!



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Ruby já estava farta dos irmãos Winchester, acompanhou a vida deles desde muito cedo. Sua paciência já estava chegando ao limite. Aguardaria a chamada de Sam, não havia dúvidas que ele a invocaria. Faltava pouco para se livrar de Dean. Com ele no inferno ela controlaria um Sam repleto de ódio e vingança, e com os ingredientes certos tudo iria se encaixar nesses quebra cabeças. As coisas iam de mal a pior para os Winchester, com Lilith sendo trazida de volta a terra tudo sairia como o planejado a muitos anos.

A ideia trazia em si uma satisfação indescritível. Mas Ruby não perderia mais tempo em seguir os irmãos nesse momento.

Resolveu ir para outro lugar a poucos minutos de onde estava. Um lugar escuro e úmido, onde o cheiro do sangue era forte. Sentiu as botas afundarem na lama vermelha.

— Inarius? — chamou a loira gentilmente.

— Aqui, terminando o trabalho — respondeu o homem de capuz descendo a lâmina na última jovem que chorava copiosamente sem conseguir emitir nenhum som.

Ruby assistiu de camarote, os sacrifícios estavam adiantados, chegara no momento exato de ver sua mestra sair das profundezas das trevas e andar sobre a terra. Teria ainda o prazer de ver os outros demônios saírem com Lilith.

Algumas palavras desconexas e de origem muito antiga, saíram dos lábios de Inárius. Um portal vermelho e um vento forte circularam pelo ambiente nefasto. De dentro do portal luminoso uma fumaça negra e densa procurava nos corpos das jovens mortas um esconderijo. Em todas elas essa fumaça recusou a entrada, saindo em disparada para fora da caverna, arrancando a tampa que isolava o local e o estrondo chamando a atenção de caçadores atentos e perdidos na floresta.

Enquanto os irmãos se entreolhavam e seguiam ás pressas por onde ouviram o estrondo, a fumaça negra continuava sua trajetória em uma velocidade insana. Os Winchester travaram sua corrida desviando do contato direto da densa fumaça, sabiam o que era, temiam o que poderia vir.

—O que foi isso Dean? — dizia Sam ajudando o irmão a levantar-se após atirar-se para o lado, evitando o contato direto com aquela forma gasosa.

— Boa coisa não é. Vamos, temos que achar Bobby e sair daqui! — Dean aceitou a mão do irmão para levantar-se.

A três horas de onde se encontravam, uma jovem se olhava no espelho. Não acreditava no que havia acontecido no bar onde trabalhava, a polícia também não acreditou. E como poderia? Todos estavam mortos e ela estava ali, bem no meio da chacina. Luisa sentiu as lágrimas caírem de sua face, logo viu a enfermeira aproximar-se para mais um coquetel de calmantes. A ex-garçonete aceitou sem titubear, estava precisando dormir. Pesadelos horríveis a acompanhavam desde aquele dia. Respirou profundamente e acreditou sinceramente que tivera uma segunda chance para viver a vida.

Luisa estava enganada, com as luzes piscando e os vidros estilhaçando-se no rosto da enfermeira, ela viu aterrorizada a fumaça negra cercá-la e invadir seu corpo impiedosamente. Luisa deixou uma ultima lágrima cair, o que entrava pela sua boca parecia sufocar-lhe e tomar todo o controle de si. Por breves instantes teve consciência do que estava fazendo e sem perder mais tempo resolveu acabar com tamanha dor e atirou-se do décimo terceiro andar, por onde a fumaça estranha havia estilhaçado os vidros.

O corpo da jovem caia como se estivesse em câmera lenta, a mulher ainda pôde ouvir uma voz soar em sua mente.

“Tola humana, você me pertence. Nem a morte te salvara de seu destino, e sentira seus ossos e toda a dor desse ato, antes que eu possa tomar conta desse corpo.”

Luisa arregalou os olhos e sentiu seu rosto encontrar o pára-brisa da ambulância estacionada, e os vidros perfurarem sua carne. Momentaneamente ficou imóvel com a perna de uma forma impossível para um ser humano estar. O tumulto de pessoas, e paramédicos que acabaram de sair da ambulância, correram em seu socorro. E nesse instante Luisa abre os olhos, a perna volta ao seu estado normal com estalos de ossos, tira vagarosamente o rosto do pára-brisa na frente de uma multidão de curiosos estupefatos. Ela sorri com a face toda ensangüentada e senti o contato da mão de um dos paramédicos em seu braço.

— Moça, você...hã...acalme-se. Vamos ajudá-la... — o homem negro tentava encontrar as palavras para o que estava presenciando.

— Vocês é que precisam de ajuda! — disse a mulher deixando os olhos brancos elevando a mão — Conheçam o poder de Lilith! — um clarão enorme tomou o lugar e gritos aterradores tomaram o ambiente em uma explosão de luz devastadora.

***

Ruby ficara observando o homem de capuz empurrar os corpos das jovens mulheres e a de um rapaz para próximo de onde estava o portal. Não precisou esperar muito tempo para ver garras deformadas por fogo e unhas longas e negras puxarem os corpos. Uma briga pela dilaceração podia se ouvir do outro lado.

— Os cães nunca ficam saciados — ela sorri para o encapuzado — afinal Inarius, porque Lilith não se apossou de um desses corpos? — a loira questionou o homem que olhava com satisfação os corpos sendo rasgados.

— Reservei um receptáculo para ela. Preparei o jeito que ela gosta, um lugar cheio de medo, obscuro e ao mesmo tempo com fé uma segunda chance de sua vida. Lilith gostará, tenho certeza — o homem falava roucamente, revelando uma enorme satisfação pelo ato.

Não ouve nem tempo para Ruby continuar seu diálogo com o homem. A voz de uma mulher toda ensangüentada estava a frente de ambos que no mesmo instante se ajoelharam.

— Levantem-se. Vocês dois fizeram muito pelo submundo, em breve a terra estará sob nosso poder, basta seguirmos com os planos e que o selo seja rompido para que o apocalipse saia de seu sono profundo. Inarius, meu amor. Cometemos erros no passado, e nessa nova oportunidade os corrigiremos — a mulher aproximou-se do homem que continuava ajoelhado e levantou-o gentilmente encontrando os lábios do homem aos seus. E sob a mesa repleta de sangue os dois demônios se deixam levar pela luxúria. Ruby assistia sem importar-se com as cenas de sexo e gritos de prazer que ambos trocavam. Afinal, estavam separados há séculos. Ruby apenas conhecia a história dos dois, e por muitos séculos os amantes acabaram em ruínas. Agora seria diferente, Ruby sentia isso e teria uma posição privilegiada ao lado de Lilith.


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Notas finais do capítulo

As coisas estão cada vez piores para os irmãos e para a própria humanidade, como será que tudo irá se resolver? Espero que vocês comentem!!! Beijos