Entre o amor e o crime escrita por Naty Winchester


Capítulo 25
A foto


Notas iniciais do capítulo

Feliz Natal atrasado e feliz Ano Novo adiantado u.u.
Sem mais delongas, aí vai o capitulo



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— Você anda próxima da minha mãe... – Comentou Caroline. Lizz havia chegado de madrugada nas duas últimas noites, escapando das explicações que prometeu.

— Ham... – Rebekah resmungou tentando achar um motivo que explicasse os últimos acontecimentos.

Todos a convenceram que o melhor era esconder de Caroline a verdade, achavam que seria uma situação complicada para ela lidar tão rapidamente, enfim, Rebekah desejava contar tudo, desabafar com a irmã, contudo, não poderia pensar só nela. – Sua mãe está me ajudando com o Henrik.

— Sério? Não quer que eu acredite nisso... – A Mikaelson revirou os olhos e abaixou a cabeça, não sabia o que falar já que nunca foi boa em improvisos – Eu não consigo entender.

— Você não precisa entender agora Caroline, confia em mim – A loira não conseguiu responder, no fundo nem queria. Assentiu cansada de insistir em algo que não a levaria a nada, teria que descobrir por si só.

Rebekah se despediu e saiu da casa em direção ao seu carro. Viu quando o moreno apareceu em sua frente, ela o encarou por breves segundos, até perceber de quem se tratava.

— Ela não sabe né... – A voz de Bryan foi capaz de transmitir uma tranquilidade desconhecida a Rebekah, não sabia o porquê – Quer dizer, até eu que cheguei a pouco sei do que se trata.

— Não estou entendendo – Disfarçou a loira, no entanto, a expressão do moreno mostrava que não adiantava mais mentir, ele sabia mais do que precisava. – Bryan certo?

— Isso... – Ele confirmou tocando o rosto da Mikaelson, ela não entendeu o gesto, porém, logo percebeu que ele estava a confortando – Nenhuma mentira dura para sempre gatinha, Caroline tem o direito de saber a verdade.

Rebekah pensou, o olhou incrédula e por fim suspirou desistindo. Ele parecia confiante demais para acreditar em uma mentira.

— Eu sei, o que eu mais quero é falar pra ela – Bryan sorriu com a confissão, era apenas o que precisava. – Mas... prometa que não falará nada. Talvez isso piore a situação dela.

— Tudo bem! Mas... não fale sobre essa conversa com a Lizz, não quero que ela pense que sou um fofoqueiro – A garota assentiu concordando, não entendia o porquê, mas sentia que nele poderia confiar. Estranhamente, ele exalava confiança.

Bryan compreendia que era capaz de enganar as pessoas mais inteligentes e seu trabalho com Rebekah não poderia ter sido mais fácil.
Voltou a andar, olhando brevemente para trás, a garota que já aparentava a gravidez avançada, o olhava timidamente. Pode ver um sorriso e logo o carro da loira não estava mais em seu campo de visão.

Rebekah deixou que algumas lagrimas caíssem, a verdade foi descoberta e isso era realmente muito frustrante, ter que confiar em um estranho, não a agradava, no entanto, Bryan era capaz de transmitir uma estranha confiança.
O moreno caminhou em direção ao quarto, aonde terminaria de arrumar as suas malas. Depois de alguns dias seu apartamento, no novo e único prédio de Mystic Falls, estava pronto.

— Eu vou naquele cinema que te falei... – Começou Caroline sorrindo desanimadamente – Dois dias de chuvas não mudaram os planos de Kol, apenas os adiaram. – Ela riu sendo acompanhada do moreno que a encarou rapidamente.

— Assim que chegar... – Bryan se aproximou da loira, retornando a falar – Vai no meu apartamento, precisamos conversar.

Ela assentiu deixando o quarto. O moreno sorriu e voltou a arrumar as suas coisas, quando já estava tudo pronto, se encaminhou para sua nova moradia. Depois de deixar tudo de uma forma desorganizada, voltou para o ginásio da escola.

A decoração da festa, que homenageava o filme Sexta Feira 13, já estava praticamente pronta. No fundo era possível ver um mural com algumas fotos das mortes mais marcantes da série, poderia considerar um dos seus melhores trabalhos.

— Você não acha isso um pouco estranho? – Perguntou Elena a Enzo – Quer dizer... depois de tudo que a cidade passou, isso é no mínimo estranho.

— Acho que todos querem fingir que nada aconteceu – Respondeu o moreno sorrindo – Eu concordo, quero mais é esquecer.

— Bryan é muito inteligente – A Gilbert deu de ombros assim que viu o sorriso sarcástico do amigo. Gostava do “visitante”, contudo, antigamente não poderia suportar olhar o outro, não havia um motivo, apenas não se suportavam. – Vai fazer a festa de Halloween, a melhor festa que a gente já viu.

— Quer parar de elogiar? – A morena deu uma gargalhada e negou.
— Sem falar que ele é lindo, se eu não tivesse nessa cadeira de rodas... – A voz da Elena foi abaixando conforme ela pensava nas consequências, que sua nova condição, a traria.

— Tá maluca? – Lorenzo sentiu a tristeza na voz da garota, e no fim, se viu indignado em ouvi-la falar assim da sua situação, como se não vivesse mais – Você é uma pessoa incrível, só um idiota não iria a querer. Você vai ficar bem... - Elena sorriu, ultimamente, Enzo era um dos que mais a apoiava, ou mais que isso.

No outro lado da cidade, Caroline caminhava ao lado do cunhado que fazia certas caretas ao ver o filme que a loira havia escolhido. Revirou os olhos e cruzou os braços impaciente, odiava romance e Caroline deveria saber que um homem como ele não se agradaria de assistir algo do gênero.

— Para de reclamar, cunhadinho. - O Mikaelson não havia abrido a boca para reclamar, no entanto, a expressão entediada dele revelava tudo, o que deixava a loira extremamente zangada. - Você que me convidou, então sou eu que devo escolher o filme.

— Sou eu que vou pagar. - Ele revidou vendo os olhos de Caroline girarem e ela bufar exageradamente alto, como se fizesse questão de mostrar o quanto estava brava.

— Não importa, vamos. - Eles entraram na sala de cinema e escolheram um lugar no fundo. - Nós vamos assistir, mas depois quero que me fale o real motivo para estar aqui.

Kol não a respondeu, simplesmente deu de ombros e se sentou no seu acento, tomando uma expressão pensativa e concentrada no filme, ou apenas aparentava essa atitude, já que seus pensamentos estavam longe se perdendo em confusões e questionamentos.

Seria certo?

Até que ponto Kol poderia chegar para conquistar a namorado do seu irmão?

Eram perguntas que ainda não tinha resposta e Kol tinha sérias dúvidas se conseguiria encontra-las. No entanto, não desejava ver Caroline sofrer por algo que poderia vir a acontecer, talvez fosse errado pensar em a prevenir de algo que ele nem tinha certeza. Mas seus sentimentos pela loira estavam o cegando.

— Como está com o meu irmão? - Caroline o encarou e deu de ombros sem entender onde Kol queria chegar com aquela pergunta. - Quer dizer, com a Carina aqui tudo parece se complicar, certo?

— Ela não me parece ser um empecilho, Klaus já fez a sua escolha e acho que mesmo se eu não estivesse com ele, os dois não voltariam.

— Mas ela venho até aqui para reconquista-lo, Elijah a trouxe com essa intenção ao menos. - Caroline sentiu suas bochechas arderem, ela sabia que estava vermelha, mas não de vergonha... por uma raiva que não parecia ter fim.

Kol parecia querer despertar um turbilhão de sentimentos nela, mesmo sabendo que ela não conseguiria lidar com todos eles.

— Porque tá me falando isso? Qual é a sua Kol? - Apesar do tom rude, Caroline o puxou para se sentarem em uma das mesas da praça de alimentação. Arqueou uma sobrancelha e Kol percebeu que aquilo era um tipo de intimado para que ele começasse a se explicar.

— Eu só me preocupo com você, sabe disso. - A garota revirou os olhos e cruzou os braços estressada, no fundo sabia que Kol estava a contando uma descarada mentira. - Car... não é como se ele não sentisse nada por ela.

— O que? - O Mikaelson a encarou e percebeu que as palavras a atingiam mais do que gostaria. Klaus se tornou o ponto seguro daquela menina que tanto sofreu nos últimos meses, contudo, Kol não sabia até que ponto aquela relação se limitava a isso.

Seu irmão poderia estar com ela por não conseguir dizer que não dava mais, por pena talvez.

— Sabe como ele é, normalmente você não faria o tipo dele. - Caroline arregalou os olhos surpresa e magoada, devisou o olhar impedindo as lágrimas que ela prometeu nunca mais derramar.

Caroline Forbes não chorava mais.

— Acha que ele está confuso e eu estou impedindo ele de ser feliz com a garota que o destruiu? - Kol deu de ombros sem saber o que responder, aquilo seria um absurdo, ele tinha pela consciência disso, mas seu irmão era o rei das idiotices. Ou talvez fosse ele, era algo que Kol Mikaelson nunca chegaria a uma conclusão.

Caroline respirou fundo antes de se levantar sendo seguida pelo moreno. Ela estava terrivelmente magoada pelas palavras do amigo, no entanto, não discutiria por algo que poderia ser verdade.

Doía... mas Carol já tinha aprendido que as pessoas são surpreendentes, talvez Klaus conseguisse ser um ótimo ator e estava se sacrificando por ela, uma coisa que não poderia se admitida.

Amor por pena era algo que Caroline não aceitaria.

Kol segurou forte o braço da loira a virando rapidamente.

Perto demais.

Quando seu olhar desceu para a boca da garota, Kol soube que não iria aguentar, ele também merecia uma chance.

— Eu só não queria te ver magoada. - Suspirou profundamente se dando conta que aquela era a primeira vez que se apaixonava e não fazia a miníma ideia de como lidar com esse sentimento. - Eu gosto de você... de verdade.

Caroline não teve tempo de lhe dizer nada, ele apenas se inclinou e selou os seus lábios rapidamente.

~ Klaus Mikaelson

— Amanhã retornaremos Niklaus... – Elijah continuava com um sermão pronto, sobre minha vida em New Orleans, minha carreira a espera. Era complicado, ele realmente tinha razão – Virá conosco?

— Daqui a dois dias – Seu sorriso foi de pura compreensão, não poderia ir embora assim, sem resolver as coisas aqui.

— Conheci um cara, quer dizer, a Amara me apresentou ontem – Aurora entrou falando alto e causando um leve incomodo em Elijah, sempre odiou as histerias da nossa prima – Bryan.

Não deveria ter muitos Bryan na cidade, o tempo que passei aqui, não ouvi falar de nem um, apenas aquele ser estranho que apareceu aqui.

Vi meu irmão se despedir e sair do quarto, e Aurora se sentar em minha cama, tomando um ar sonhador.

— Ele é lindo, beija bem e... – A cortei, seria desagradável saber das intimidades dela, não havia necessidades naquilo.

— Chega Aurora... – Ela revirou os olhos e me olhou com certa curiosidade – O que quer?

— Poderia checar a ficha dele? – Aquele pedido era no mínimo estranho, contudo se tratava de Aurora, tudo era bizarro – Não quero me apaixonar por um bandido. E essa cidadezinha está cheia deles.

— Amanhã conversamos sobre isso – Ela assentiu descontente com a minha falta de atenção. Revirou os olhos e voltou a me encarar.

— Ainda com problemas?

— Não, amanhã tudo acabará – Aurora riu e com um enorme sorriso iria me responder, contudo, fechou a boca algumas vezes como se tivesse pensando em uma resposta.

— Ah claro! - E novamente Aurora me parecia uma completa maluca. Seus olhos se fecharam e logo ela os abriu quase revelando um ponto de interrogação neles, quase. - Como foi a sua conversa com a Carina?

 

— Tudo está esclarecido, acabou e ela tá indo embora. - Carina havia me ligado mais cedo, avisando que estava voltando para a sua cidade, agradeci mentalmente por ela não ser como Caroline e insistir na mesma tecla. Não seria agradável nem para ela, muito menos para mim.

— Acha que ela desistiria assim, pô, a garota vem de longe para te encontrar e basta você dizer um não e tudo ficará bem? - Aurora bateu no meu rosto com força, mostrando ser a louca que todos pensavam. - Eu sou mulher, sabe? É fácil perceber que a garota te enganou, novamente. Vai tentar te reconquistar.

— Nem todas são malucas como você. - Disse e vi Aurora sorrir irônica, mostrando todo o seu deboche.

— Você é um homem inteligente, o cara mais esperto que conheço e olha que já peguei muito nerd's - Naquele momento, não sabia se levava aquilo como um elogio ou uma ofensa. Aurora era um mistério que eu não fazia a miníma questão de desvendar. - No fundo, você sabe que a garota que te enganou no início, faria de tudo para te ter novamente. Sei que ela não é má, porém, lutar com todas as armas, não faria dela a vilã, apenas uma pessoa extremamente decidida. Sabe que ela é dessas.

— Sei que mesmo se isso tudo for verdade, não vai rolar. - Aurora deu de ombros como se não acreditasse na minha resposta. Nesses últimos meses percebi o quanto é difícil agradar e convencer uma mulher. - Eu não a amo mais.

— Isso é realmente ótimo, mas não sei se é o suficiente para impedir ela de tentar. - E uma alta gargalhada se espalhou, uma risada praticamente de bruxa. Imitava uma perfeitamente.

— Eu tenho problemas maiores. - Kol... meu irmão se tornou meu maior problema, quer dizer, ele sempre foi uma pessoa difícil de aturar, contudo, naqueles últimos dias eu vinha percebendo algo que estava ali a muito tempo, mas minha mente voltada epenas para o trabalho me impediu de enxergar.

— Ah, acho que você está muito enciumado. - Aurora debochou como se lessem os meus pensamento, revirei os olhos e mordi os lábios reprimindo a vontade de xinga. - Sério, a loirinha gosta de você, não vai ser o Kol ou o Damon que vai tira-la de você.

— O Damon? - Arregalei os olhos incrédulo. Aurora começou a rir descontroladamente.

— Sabe o que eu percebi quando conversei com ele sobre essa história do assassino? - Não respondi e ela não se importou com isso, apenas deu de ombros e voltou a falar.

— Ele tem, praticamente, um amor fraternal por ela. - Arqueei uma sobrancelha sem entender. Já havia percebido que Damon era extremamente ligado a Caroline e, por incrível que pareça, não via malicia nisso. Contudo, não sabia que Aurora havia percebido mais do eu. - Ele seria o primeiro a cortar o seu amiguinho se a magoasse.

— Seria mais fácil ela me magoar. - Ri sob as gargalhadas de Aurora. Apesar de ainda não ter admitido completamente, eu nunca seria capaz de machucar a Forbes, ela se tornou muito mais do que um dia imaginei que fosse possível.

Ela iria me responder, porém, o som do meu celular nos atrapalhou.
Ao ver a foto, percebi o quanto estava enganado e... doeu, mais do que da última vez.


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Notas finais do capítulo

Kol agiu mal... sim ou claro? Ownnn, mas ele ainda é meu xodó.
Nós vemos logo, logo Klaroline... até lá!!!!!



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