Harry e...plantas escrita por HamsterC


Capítulo 10
Interligadas


Notas iniciais do capítulo

Ufa, deixou aqui um dos últimos 5 o/



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— É você!

— S-Sim, sou eu! Mas o que eu fiz? – Harry estava nervoso, suas mãos tremiam e faziam com que a garota ruiva se afastasse.

— É você? – Layla afastou-se, queria agora falar com Gyel, estava em dúvida sobre o garoto magro em sua frente. — Se nós pedíssemos ao lago fosforescente para que nos levasse até a pessoa a qual recebeu as sementes do velho, o lago nos levaria?

— Vo-Você é normal? – Harry aproximou sua mão, querendo tocar na garota de olhos esverdeados, mas Gyel sacara sua espada e afastara a mão do garoto.

— Me desculpe, mas não poderá encostar um dedo sequer nela.

— Não precisa de violência, não para algo simples – Layla se pôs na frente de Gyel, levando sua mão levemente até o metal gelado da espada, fazendo assim com que o garoto aos poucos se rendesse. — Você, garoto, e nós. Nós viemos ajudar você, viemos consertar tudo o que existe de errado na sua vida.

—-----------o-----------

A música do rádio permanecia alta, seu corpo inteiramente molhado, e os cabelos voando ao vento. Vívia dirigia o carro, suas lágrimas ainda não haviam secado, sua tristeza ainda não havia ido embora. Não sabia exatamente o que faria, apenas sabia que estava ali, dirigindo no meio da noite indo para lugar nenhum. Ela procurou por alguma coisa na pequena gaveta do carro, queria algo para se distrair enquanto dirigia no asfalto escuro. Achou um cigarro, e rapidamente o acendeu com um isqueiro. A fumaça era dispersada pelo vento assim que solta por sua boca. Essa vida, tudo era culpa de Tássio, tudo acontecia por causa de si, e dele. Naquele momento sentia-se culpada, naquele momento sentia-se com nojo de si mesma. Como podia ter um filho com aquele homem?

— Idiota – falou para si mesma, seu olhar foi levado até sua bolsa, dentro dela havia um objeto brilhando e preto, aparentemente pesado, escondido pelas sombras da noite que entravam no veículo.

—-----------o-----------

Harry batia à porta, estava apressado, assim como todos que estavam ali. Ninguém vinha até que ela enfim apareceu. A mãe de Lucas sorriu, e antes de mandar todos entrar, ela esfregou sua mão no avental. O cheiro que se espalhava pela casa indicava que todos ainda jantariam, a mulher chegou a oferecer lugar na mesa para todos que estavam ali, mas Harry recusou.

— Lucas está aqui? – a mulher pareceu ficar pálida ao escutar as palavras formando a pergunta em si, seu olhar estava triste assim como sua boca, que estava torta. Havia acontecido algo. — O que houve? Ele está doente?

— Não, não, meu filho não está doente, é que, ainda hoje, ele saiu com uma amiga, não sei para onde, mas sei que voltou, e antes de voltar, ele a deixou na casa dela, recebemos a notícia a alguns minutos de que ela foi encontrada morta no próprio quarto, o corpo estava estraçalhado. Lucas correu ao receber a ligação do irmão dela, o amigo dele, Ricardo, foi para casa, fica um pouco perto daqui, por incrível coincidência, se quiser posso…

— Não, não, eu não preciso da casa desse Ricardo, eu quero saber onde fica a casa dessa garota. Eu preciso falar com ele.

— Taila? A casa dela fica um pouco distante, mas se for urgente, eu posso lhe dizer – a mulher olhou para os olhos de Harry, aqueles dois globos afirmavam o que a mulher dissera, ele, com certeza, queria falar com Lucas, urgente. — É indo para a avenida WestHill, perto de uma lanchonete.

— Muito obrigado – Harry sorriu e deu meia volta junto de todos, Layla que estava mais atrás, acelerou os passos para chegar perto do garoto.

— Por que quer tanto se encontrar com esse garoto? Eu e Gyel temos assuntos mais importantes para tratar do que apenas uma amizade incerta de dois garotos! Você está me escutando?

— Antes de vocês aparecerem eu estava indo até ele, depois de vocês aparecerem, eu vou continuar indo até ele, e só depois, depois de resolver tudo que tenho com ele, e depois de resolver tudo com Clara, que eu resolverei o problema de vocês dois, estão ouvindo?

— E se eu disser que você e seu mundo estão em perigo? Eles dois – Layla apontou para Cassie e John. — Eles dois podem se tornar algo forte o bastante para dizimar a sua população, E A MINHA! Eu sei o que você viu e isso é supernormal onde vivo – Layla foi interrompida.

— Pessoas nascem de sementes-melancias todos os dias onde você vive? – Harry sorriu e continuou a andar pela calçada, queria chegar o mais rápido possível até Lucas, mas Layla correu e o alcançou, sua mão encontrou-se com a dele e a apertou.

— Você não escutou? Nossa população está correndo risco de extinção, assim como a sua, garoto! Eu vim aqui para tentar impedir isso, mas para isso eu preciso da sua cooperação!

— EU SEI! – todos assustaram-se com o grito de Harry. — Eu sei, e-eu apenas, não tenho o que pensar sobre tudo isso… vocês, minha mãe, meus amigos. Antes de vocês aparecerem eu já estava com problemas, apenas esperem, e-esperem eu resolver todos para resolver o de vocês, por favor – o garoto segurava as lágrimas, não queria chorar agora, queria guardar aquelas lágrimas para algo mais importante, mais relevante, e não gastá-las apenas com seu sofrimento.

— Tudo bem… pode ir – falou Layla calmamente, a garota percebeu que passava pelo mesmo, percebeu que ele tinhas os vários problemas que ela também tinha.

— Mas, você não vem?

— Cassie e John guiarão eu e Gyel até sua casa, eu espero você lá.

— Mas min-minha mãe…

— Ela não se lembrará de nada – Layla sorria e se afastava pouco a pouco do garoto, que também sorriu e começou a correr, correr em direção ao destino que lhe esperava, correr para as soluções de sua vida.

—-----------o-----------

Vívia freou o carro e olhou para a casa feita ali. Era grande e bonita. O jardim era cheio de flores, a porta de madeira, e de longe podia ver a bela campainha dourada. Ela abriu a porta do veículo e pegou sua pequena bolsa, andando pela pequena trilha que levava até a porta, ajeitou seu cabelo para aparentar estar bem. Subiu os pequenos degraus, e, enfim, apertou a campainha. A porta se abriu rapidamente, Vívia fingiu não ter levado um susto.

— Você é? – a garota perguntou, era a filha de Madeleine.

— Eu sou amiga da sua mãe, no momento eu estou apenas… concertando tudo o que já devia estar concertado. Posso entrar? – Eva dobrou sua boca e desapareceu fechando a porta, Vívia escutou ela gritando o nome da mãe, que respondeu com um grito, mandando-a parar de gritar.

— Oh! – Madeleine surpreendeu-se ao ver Vívia na porta de sua casa. — O que está fazendo aqui Vívia?

— Eu quero conversar com você – Vívia ia entrar, mas Madeleine fechou a porta, deixando apenas seu olho para que pudesse conversar segura com Vívia.

— O que quer? Eu não quero conversar com você aqui, gosto mais do supermercado.

— Me deixa entrar Madeleine.

— Você soube por que eu me mudei para cá, certo? Eu não sei de nada sobre ele, eu juro. Ontem vizinhas, mas hoje… hoje eu não conheço mais você, apenas vá embora.

— Eu soube sim, você brigou com o amante, o que ele fez? Nunca pensei que fossem brigar, já que sempre foram feitos um para o outro – Vívia estava se sentindo mal, não queria continuar com aquilo por mais tempo, depois de atingir a mulher com tais palavras, Madeleine a olhou seriamente e abriu a porta.

— Entre – Madeleine abriu a porta, Vívia entrou e sentou-se no sofá, sua bolsa de couro fora colocada em suas pernas, e com um olhar triste, ele olhou para Madeleine.

— O que Tássio fez para você?


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