Apesar da perda atual teríamos uma grande surpresa futuramente nesta aventura, acho que até surpreendera você, sobrevivente, que provavelmente sobreviveu e esta lendo este diário.

“O caminho de volta, foi desanimador, apesar de termos resgatado uma pessoa, perdemos outra. Do colégio até em casa, todos ficaram quietos, cabisbaixos, sem preocupação, os “zumbis” que apareciam eram mortos sem misericórdia, descontávamos nossa raiva neles.

Já em nossa moradia, que por sinal a porta da garagem estava arrebentada por causa de minha mãe que se encontrava logo ao lado do carro que usara para “entrar” em casa. Todos jogaram suas coisas pela casa, onde se jogamos nos sofás e Victoria começou a chorar falando que tudo era culpa dela, que se ela não tivesse gritado quando percebeu minha presença no banheiro, nada disso teria acontecido, Marla estressada mandou-a calar a boca, concordei com Ma, e expliquei que todos haviam concordado de ir salvar ela, todos tinham em mente o que poderia acontecer, mas mesmo assim resolveram se aventurar comigo, afinal a idéia foi minha e se a culpa era de alguém, era somente minha.

Era quase noite e ainda não tínhamos comido nada, fui ver na cozinha se tudo estava funcionando e por sorte estavam, peguei alguns miojos que tinham em minha dispensa e fiz para comermos, todos deveriam estar famintos e cansados, a comida ficou pronta, o jantar seguiu e todos ficaram calados, naquela casa, só se ouvia o barulho da chuva que vinda de fora, depois que terminamos de comer, todos se ajeitaram, arrumaram um cantinho para dormir, não queriam nem saber de banho, estavam exaustos para isso. Gabi pedira para dormir comigo em meu quarto, pois estava com medo e se sentia mais segura comigo, afirmei que tudo bem com a cabeça e me fui para minha cama, seguido de Gabriela que deitou ao meu lado.

Eu demorei a adormecer, fiquei pensando como seriam os próximos dias, como faríamos para arranjar comida, e sobreviver, tudo isso ocorrera de uma hora para a outra, como? Por que? Pensei que seria melhor passarmos alguns dias aqui enquanto não pensávamos em algo melhor, mas isso eu só decidiria, na manhã do dia seguinte, afinal a decisão não cabia só a mim.”

Só para constar sobreviventes, eu e meu grupo não estamos mais afugentados em uma igreja, mudamos recentemente de lugar, acabamos encontrando uma mansão, grande o suficiente para conseguirmos transformar seu quintal em um plantio para o auto sustento.