Xeque-Mate escrita por Mariii


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Ufa... Depois de cartinhas, gripe e Molliarty... (:P) Aí está o capítulo!
Erros de grafia e concordância devem ser perdoados... kkkkkkkkkkkkkkk



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– Sherlock

Converso com Mycroft a caminho do hotel através do celular. Fico um pouco mais tranquilo em saber que não houveram feridos e aparentemente os tiros foram dados para cima. Com eu já suspeitava, não encontraram o responsável por isso. Sebastian Moran nunca deixaria ser pego assim, ele era muito esperto para isso. Nós fizemos pesquisas sobre ele durante esses meses. Era um exímio atirador e tinha influência, muita influência. O que me levava a crer que só não houve mortes porque ele não quis. Ou não havia nos encontrado em meio a multidão ou apenas tinha uma ideia perversa de diversão.

– Nós precisamos descobrir quem entregou a localização da Molly. Conforme já tínhamos conversado, alguém nos traiu. - Eu tentava me manter frio, mas minha voz soava um pouco desesperada no telefone. Eu estava desesperado.

– Eu sei, Sherlock, estamos fazendo o possível. Mas o único que sabia para onde ela seria enviada, além de mim, era Lestrade e você bem sabe que ele está morto. Duvido que ele contaria para alguém sobre, proteção à testemunha é levado a sério. A propósito, como está Molly?

– Ela está bem. - Melhor que eu, pensei. Molly me surpreendia por sempre conseguir se levantar sozinha. Era uma das coisas que eu mais admirava nela, sua independência. - Nós estamos indo para um hotel.

– Qual hotel? - Digo o nome e ele me pede cinco minutos, retornando a ligação pontualmente após esse tempo, passando-me a reserva de um quarto em nomes que desconheço. - Usem esses nomes, o hotel já está avisado e vocês não precisarão apresentar documentos.

Desligo o telefone e seguro a mão de Molly. É possível perceber que ela estava atenta a tudo que foi dito e está curiosa, mas mantém o silêncio respeitando meu momento. Minha mente passa furiosamente por todos os fatos até agora e uma desconfiança passa por mim. Não pode ser, mas... Talvez... Talvez seja. Pego meu celular e digito rapidamente uma mensagem para Mycroft. Respiro fundo quando a mensagem é enviada e decido deixar esse problema nas mãos dele ao menos por enquanto. Olho para Molly e sei que tenho outros assuntos para resolver essa noite, além de não haver nada que eu possa fazer no momento exceto protegê-la.

Nós chegamos ao hotel e constato que Mycroft reservou apenas um quarto. Não que eu quisesse dois, mas fico em dúvida se ele fez isso por mim ou pela segurança de Molly. De qualquer forma, subimos para o nosso quarto de mãos dadas e um constrangimento se apodera de nós quando a porta é fechada. Ela me encara com aqueles dois enormes olhos castanhos e não demora muito para que se aproxime de mim, e menos ainda para que eu a segure pela cintura e a beije.

É o primeiro beijo após nos reencontrarmos e eu percebo o quanto ela me fez falta. Percebo que talvez eu não conseguiria continuar se não tivesse a reencontrado. Apesar do que quer que Moran estivesse pensando, ver Molly me deu forças e não o contrário. Sinto que agora posso fazer algo. Eu tenho que fazer. E tê-la em meus braços novamente é o que impulsiona isso. Ela é tudo que eu tenho agora e é o que mais importa. Sempre foi.

Apesar do tempo em que ficamos separados, nosso beijo é calmo e apaixonado. Seguro-a pela cintura enquanto suas mãos enroscam-se em meus cabelos. De alguma forma toda a dor que está em mim alivia, sinto-me mais forte e mais eu mesmo. É como se ao me abraçar ela fizesse com que meus pedaços se juntassem novamente e eu começasse a ficar inteiro.

Não sei explicar como mas cada toque dela sobre minha pele vai reativando quem eu sou. Trazendo de volta partes de mim que eu tinha deixado junto com a rosa no sangue na casa dos Watson.

Dessa vez não somos desesperados ou abatidos. Tenho consciência de cada toque dela e quando ela se afasta de mim o suficiente para retirar minha gravata borboleta, vejo tudo que preciso saber refletido em seus olhos. Sabemos que há medo, angustia e tristeza, mas há amor. Um amor que nunca imaginei receber e muito menos sentir.

Ela termina de tirar minha gravata e seus dedos passam suavemente por meu pescoço. Meus olhos se fecham desejando mais, muito mais e eu suspiro quando ela começa abrir os botões de minha camisa.

Da primeira vez que estivemos juntos estávamos tão mergulhados em nosso sofrimento que tudo que eu queria era um meio de escapar de tudo. Não estava sendo assim agora. Agora eu conseguia ter um vislumbre de como minha vida seria ao lado dela e tudo em que me concentrava eram nas emoções que Molly me fazia sentir. Minha camisa escorrega e cai no chão, fazendo-me estremecer quando as mãos dela tocam minha pele. Abro os olhos e a encaro, puxando-a em seguida para mim. Meus dedos encontram o zíper do seu vestido e o abro, deixando com que ele caia aos nossos pés. Ela sorri em meus lábios quando meus dedos correm a extensão da sua coluna.

– Senti sua falta. - A frase é dita de forma tímida por Molly e é a minha vez de sorrir. Não sei o que dizer para definir a falta que ela me fez, não sei se palavras são suficientes. Pela forma que ela volta a me beijar, sei que não se importou com meu silêncio. Talvez meus olhos também reflitam o que eu sinto.

Levo-a para a cama e não tenho pressa em me livrar das roupas que nos restam. Por mim, devo assumir, a noite poderia durar uma vida inteira. Estremeço a cada toque, a cada beijo e a cada suspiro que ela deixa escapar em sinal do êxtase que sentimos.

Apesar de tudo que passamos, não há a mesma carga emocional e nosso amor é leve, ainda que intenso. Eu caio, afundo e volto a me erguer. Perco-me nela ao mesmo tempo em que ela me traz de volta quem eu sou.

É com Molly em meus braços que sei, que tomo uma decisão. É meu jogo e sou eu que movo as peças.


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Notas finais do capítulo

:)



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