O Segredo dos Bennech escrita por bianinha


Capítulo 22
Sem saída


Notas iniciais do capítulo

Gostei até desse capítulo, tentei focar mais nela e nos garotos. Tomara que gostem.



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Pode me julgar se quiser, mas, acreditem ou não, eu caí no sono. Eu sei, estava prestes a morrer, num quarto sem nada e com medo, mas também estava exausta. Não conseguia manter os olhos abertos e acabei dormindo. Não acho que foi a coisa mais inteligente a se fazer, mas de certo modo, foi até bom.

Não sei quanto tempo durou, provavelmente uma hora ou mais. Não lembro de sonhar nada, ainda assim, foi um sono profundo. Acordei com um barulho esquisito. Logo pensei, ratos, baratas talvez, quem sabe. Mas na verdade era uma pessoa.

- Mat? - perguntei - Como chegou aqui?

- Não interessa, me dê a mão e vamos sair daqui. 

- Não dá. - legal, tinha acabado de levar mais alguém para a morte. - Ele fez voodoo ou sei lá o que nesse lugar também. É a mesma coisa, a gente não "funciona" aqui. 

- Droga. - ele disse frustado.

- Não devia ter feito isso. - estava segurando o choro - Agora você pode morrer também.

- Escuta, ninguém vai morrer aqui. - tentou me acalmar. - Vamos pensar em alguma coisa, tá bem?

Afirmei com a cabeça.

Ficamos encarando a porta por um momento, imaginando como podíamos sair. Tentei ler sua mente, para ver se funcionava, assim como com o Mestiço. No começo, nada, mas depois aos poucos, comecei a ouvir. Como se fosse uma estação de rádio que ia sintonizando e de repente, eu podia ouví-los claramente.

Estava pronta para comentar isso com ele, o fato de ser imune em relação a tudo isso, mas bem na hora, outra pessoa brotou na pequena salinha. 

- Você estava demorando demais, fiquei preocupado. - Começou Connor com seu ar sarcástico.

- Droga! - eu e Mat dissemos juntos, provavelmente por motivos diferentes.

- Você não podia ter feito isso, Connor. - reclamei. - Somos três prováveis mortos agora.

- Você não podia ter ficado fora dessa, não é mesmo? - provocou Mat.

- Ei, ei. - Connor interrompeu a nossa bronca. - O que foi? Vamos sair daqui.

- Não dá. - isso já estava ficando cansativo - É a mesma coisa que aconteceu naquelas grades. Não podemos sair. Não com a ajuda de seus poderes pelo menos.

Ele não disse nada, mas deu pra ver que estava irritado.

- Pelo menos são três cabeças pensando. - ele disse com ar fracassado - É melhor que duas.

Não contaria com isso.ouvi Mat pensar.

Todos nos sentamos encostados na parede, cogitando situações perfeitas para sair dali, discutimos algumas ideias sem sucesso, até que não havia mais o que falar. 

Fiquei observando cada um deles. Connor de uma lado, da pele clara e poucas sardas, de um modo que parecia combinar perfeitamente com seu cabelo de cor loira, caramelada, uma mecha mais clara caída sobre seus olhos escuros, castanhos. Seus lábios era finos e toda vez que ele sorria, uma covinha aparecia em sua bochecha esquerda. Não era muito alto e nem musculoso, ainda assim, de longe, você já sabia que era um garoto bonito.

Já Mat não chamava tanta atenção pela sua beleza como o outro, ainda assim era muito bonito. De olhos verdes grandes e cabelos bem escuros, muito perto do preto, seu cabelo era mais bagunçado, o que funcionava muito bem. Ele era branquelo também, mais alto, se vestia a base de moletons e calças jeans, e continuava bonito. Tudo servia perfeitamente nele.

Percebi que eles tinham voltado a discutir e voltei a mim. Impedi que começassem outra briga e chamassem a atenção do Mestiço.Me levantei e fui olhar a fechadura, não sei bem qual era minha intenção.

Não vi muita coisa, só uma sala maior e mais arrumada vazia. Ficar presa ali estava me irritando, me sufocando. Voltei a me sentar frustada.

- Ei, - uma dúvida passoou pela minha mente. - Como sabiam aonde eu estava?

- Rob te seguiu até aqui. - Mat respondeu.

- Ah. - isso explicava a mancha. - Acha que eles vão vir atrás da gente? Eles já devem ter percebido que vocês estão demorando.

- Não sei, acho difícil. - respondeu. - Seria uma missão suicída de qualquer jeito.

- Queria ter uma noção de que horas são. - lamentei.

- Eu tenho um relógio. - disse Connor. - São uma e meia da tarde.

- Mas já? -  Eu devia ter perguntado isso antes. Eu tinha chegado ali perto das 6 da manhã. - Meu tempo está acabando, então.

- Do que está falando? - ele perguntou.

- Ele me  deu um dia para pensar a respeito de sua proposta. - expliquei. - O prazo acaba perto das seis da tarde.

- A respeito do quê? - um deles perguntou.

- Ele perguntou se eu queria fazer parte da linhagem ridícula de mestiços poderosos dele. - respondi. - Não precisava pensar, mas achei que nesse tempo conseguiria sair daqui.

- Se você aceitar, você vive, Mitchie. - o loiro disse.

- Não interessa. Não quero viver e ter que tomar seu sangue. - fiz uma cara de repulsa. - Prefiro morrer.

O tempo ia passando e estávamos cada vez mais irritados. Já estava desistindo, mas pensei mais um pouco e, finalmente.

- Acho que tem uma saída.

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Notas finais do capítulo

Ainda tenho esperança em conseguir reviews, ou até mesmo leitores ç.ç /drama