Filha de Hades - Cálice da Imortalidade escrita por Cami e Always
Notas iniciais do capítulo
Oii a todos, quero pedir desculpas por ter demorado a postar, mas eu vou dar uma alegria a vocês, vou postar esse e mais um ou dois capítulos, vocês merecem não e ?
1864
– Ouvi dizer que o Barão Bernades é o dono do cálice, por isso nunca envelhece.
– Para de bobeira Gertrudes todos sabem que o cálice está perdido e nem a própria morte sabe onde está. – Resmungou um gorducho sentado na ponta do balcão do Três Vassouras.
– Para que tanta discussão?– Perguntou uma jovem muito linda que ia entrando no bar. - De que cálice estão falando?
– Ora você não sabe Anne? – Perguntou o gorducho a jovem moça que se sentava em uma mesa com seu filho... Tristan.
– Não sei de nada Joseph, então me diga que cálice é esse? – Tristan tinha uns 10 anos e apurou os ouvidos para ouvir a história.
– O cálice da Imortalidade é claro – Joseph sentou-se ao lado de Anne e acariciou sua barriga, estava grávida de 7 meses – Um presente da morte para Edgar Stone. – Ao final da frase sorriu para Tristan e bagunçou seus cabelos – Não se sabe ao certo qual é a verdadeira história, mas a mais convincente é a que dizem tem acontecido em 1742...
1742
_ Ela está morrendo doutor? – Perguntou Edgar Stone aflito.
– Sim não dou mais que uma semana para ela, está fraca e não aguenta comer.
– Mas e os remédios se for preciso compro mais, o senhor sabe que tenho dinheiro o bastante!
– Não creio que seu dinheiro vá ajuda-lo em alguma coisa – Respondeu o doutor colocando o casaco e pegando sua maleta– E os remédios são muito fortes e só vão piorar sua situação.
Edgar ficou furioso e começou jogar longe tudo o que via.
– AAAHH, O QUE EU POSSO FAZER?? EU TENHO TUDO!! DINHEIRO, FAMA, INTELIGÊNCIA... DO QUE MAIS EU PRECISO??? – Gritou com o doutor
– Calma Edgar... O que você pode fazer é esperar não tem mais jeito Catherine morrerá a menos que comesse a se alimentar bem, o que eu acho difícil de acontecer.
– Tudo bem doutor, vá e me deixe com os últimos dias de minha amada. – Edgar caiu de joelhos no chão e as lagrimas escorreram de seus olhos.
O doutor saiu deixando Edgar sozinho numa sala toda destruída. Edgar estava arrasado, como poderia perder sua esposa tão jovem e bonita, isso não era justo. Resolveu procurar pela Morte, iria resolver do seu jeito.
Como dizia a lenda para atrair a Morte tem de haver alguma alma para ela levar. Colocou seu casaco e pegou sua varinha foi para a rua, caminhou pelos becos ate encontrar um mendigo bêbado.
–AVADA KEDAVRA – uma luz verde iluminou o beco e por alguns segundo Edgar não se moveu – Por você eu faço qualquer coisa Catherine – Disse a si mesmo – Qualquer coisa.
Foi quando uma figura encapuzada surgiu, o clima ficou gélido. A figura abaixou sobre o corpo inerte do mendigo e uma áurea branca começou a subir, quando o vulto havia terminado endireitou o corpo, foi quando Edgar se revelou.
–Com licença, a senhora é a Morte? – Perguntou timidamente.
– Sim o que quer? – A Morte respondeu com sua voz rouca e assustadora.
– Quero que não leve minha esposa Catherine, posso lhe dar qualquer coisa, tenho dinheiro.
– Seu dinheiro não é nada para mim! – riu desdenhosa – Não pode me comprar.
– Se dinheiro não lhe interessa o que quer para me deixar com minha amada?
– O que ela tem? – Perguntou a Morte se interessando pelo assunto
– Pegou um resfriado fortíssimo e esta muito fraca, se não se alimentar bem ira morrer e o doutor duvida que vá fazer isso.
– Bem eu posso ajuda-lo, mas com um preço.
– Eu já lhe disse que tenho dinheiro posso dar o que quiser – Edgar começou a ter esperanças
– E eu já lhe disse que seu dinheiro não vale de nada para mim. – A morte jogou sua capa para traz revelando seu rosto cadavérico – Eu quero sua alma para me servir após a morte.
Edgar sentiu um frio na espinha, não sabia o que ela queria dizer com “servir”, mas acenou positivamente com a cabeça.
– Qualquer coisa – Fechou os olhos – Por você Catherine.
Sentiu o corpo queimar e sentiu sangue escorrendo do seu pulso abriu os olhos e estava em meio as chamas, gritos e risadas lhe invadiram os ouvidos.
– Sua alma agora me pertence você jamais descansará em paz – A voz da Morte ressoou mais assustadora do que nunca – e em troca de sua obediência e fidelidade lhe concedo o cálice da imortalidade. Aquele que nele beber será curado de todas as doenças e ser salvo até do tempo, podendo viver ETERNAMENTE.
Tudo ao redor de Edgar girou, ele se sentiu tonto e até vomitou ao recuperar a estabilidade percebeu em sua frente um cálice prata com rubis vermelhos, esmeraldas e outras pedras que continha inscrições estranhas. Quando pegou sentiu uma magia muito forte, mais que qualquer outra coisa que já vira. Catherine estava salva.
1864
– Nisso Catherine se recuperou milagrosamente e passado alguns anos as pessoas começaram a desconfiar, pois nem ela nem Edgar envelheciam, e nos maiores invernos nem um resfriado pegavam. – Josep bebeu um pouco da sua cerveja amanteigada – Passado um tempo se mudaram para França e nunca mais se ouviu falar deles.
– Mas então por que todo esse alvoroço? – Perguntou Anne pagando sua conta.
– Nunca mais se ouviu falar deles até pouco tempo quando saiu a notícia que eles foram assassinados, agora todos querem saber onde foi parar o cálice.
– Bem obrigada pela história, mas já esta tarde e preciso colocar Tristan na cama – Anne acenou e saiu do Três Vassouras.
**
– E fim. - Disse Tristan.
– Nossa eu ainda não consigo acreditar que você e tão velho, porem parece tão novo e lindo. - Scarlett corou ao perceber que dissera que ele era lindo.
– Você me acha... - Não conseguiu terminar, pois foi interrompido.
– Tristan está muito tarde, já passou do horário de recolher, se me pegarem eu estou encrencada, tenho que ir beijos. - E saiu correndo da biblioteca, deixando todos os livros que consultou sobre a mesa. Tristan olhou para a mesa e murmurou para si mesmo ‘Tudo bem eu guardo’ e deu um sorriso fraco.
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Eai gostaram da historia dessa nova relíquia, ainda estou indignado por Tristan ser tão velho...mas pelo menos ele e lindo, vocês acham que a Scarlett vai conseguir completar sua missão ?...espero que sim, não quero a matar...ainda.
Beijos Camis.