Um futuro incerto, mas repleto de amor escrita por Beniteiras


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Coitada da Anita, que tudo corra bem para ela!



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Antônio estava caído no chão ainda se recuperando dos socos que levou de Ben, parecia desacordado. Ben então correu para desamarrar Anita e ao conseguir soltá-la ajudou a menina a se levantar e os dois se apressaram em deixar o local.

–- Espera Benjamin, a nossa conversa ainda não terminou – disse Antônio se levantando

Anita olhou para trás de relance e não acreditou no que estava acontecendo ela então parou de correr e se colocou na frente de Ben, ficando entre ele e o irmão.

–- Não seja louco Antônio – ela disse em desespero e súplica

Anita

De repente um silêncio me dominou e uma calma se instalou na minha mente, parece que está tudo em câmara lenta, mas como isso agora? Há alguns segundos nós estávamos ... fugindo.... O que está havendo? Porque o Ben parece nervoso deste jeito? O que ele está falando? Parece que é comigo, mas eu não consigo ouvir! Ele está chorando?! E o Antônio estava tão alterado e agora parece que está em choque.

–- Anita, Anita por favor não fecha os olhos, olha para mim meu amor por favor, fica aqui, fica comigo pelo amor de Deus! O socorro está chegando, você vai ficar bem! Anita não feche os olhos, olha pra mim eu te amo, eu te amo -- repetia Ben em total desespero ajoelhado do lado da namorada e segurando seu rosto numa tentativa de mantê-la consciente, mas ela não demonstrava qualquer reação, apenas o olhava com um olhar vazio e cada vez mais distante.

Porque a cena não muda? Porque eu estou deitada? O Antônio não se mexe e fica de longe parado e me olhando com olhos apavorados, culpados. Não sinto nada, mas vejo tudo, pera ai sinto sim ...! Está ardendo, tem alguma coisa ardendo do meu lado direito, está ardendo muito, me queimando. Porque que o Ben se levantou e se afastou? Ele está acenando alucinadamente parece que está chamando alguém. Estou começando a escutar algo, ouço ao longe o que parece ser uma sirene, uma não, várias quase que uma sinfonia delas. Quem são essas pessoas que chegaram correndo, me cercaram e tiraram o Ben de perto e mim? Eles conversam e mexem em mim, consegui ouvir eles falando em tiro ... é isso ... tiro! Quem levou um tiro?

Ben

A Anita já está há duas horas na mesa de cirurgia e a família toda aqui na sala de espera, sei que compartilham da minha angústia, principalmente a Vera ... não todos sentem igual ... a Anita definitivamente é muito querida. Mas mesmo assim me sinto tão sozinho e desamparado ... eu não aguento mais essa espera, parece que vou sufocar, tento me manter otimista, mas por várias vezes esses pensamentos voltam ...., mas não isso não vai acontecer, ela vai ficar boa, o contrário seria demais para mim, não tenho como suportar... não seria justo com ela ... não seria justo comigo ... não seria justo com a gente.

–- Ben, meu filho senta aqui, toma esse copo d’água que eu peguei, você está muito nervoso – disse Ronaldo preocupado com o estado deplorável do filho

–- Não pai obrigado, eu não consigo ficar parado, acho que vou dar uma volta, daqui a pouco eu venho, na última vez que o enfermeiro apareceu ele disse que ainda iria levar uma hora a cirurgia. Vou andar por aí, mas eu volto a tempo de ver o que o médico vai dizer. –respondeu Ben muito aflito.

–-Ai Vera diz que a Anita vai ficar boa, ela não pode morrer ...

–- Giovana!!! Isso é coisa que se fale, e é claro que ela vai ficar bem é nova e forte e a bala está alojada, mas não atingiu nenhum órgão vital – repreendeu Ronaldo pela pergunta da ruiva

Ben não suportou escutar o que estava ouvindo e saiu dali apressado, quando estava passando pela porta de saída do hospital leu umas plaquetas com indicações sobre as dependências do local, deu dois passos atrás e resolveu dar uma volta em outro lugar.

–- Oi eles são lindos né? Fico encantada só de olhar são tão pequenos e já tão especiais. Qual deles é o seu? – perguntou uma moça morena que se aproximou de Ben

–- Nenhum, só vim aqui buscar esperança de futuro, estava precisando ver vida e amor e achei que não teria local melhor onde eu poderia encontrar uma abundância desses três ingredientes do aqui neste berçário cheio de crianças inocentes que acabaram de chegar ao mundo e com certeza trazendo muita alegria – disse Ben emocionado encostando a testa no vidro

–- Eu posso te ajudar? Estou vendo que você não está legal

–- Obrigado, mas não quero te perturbar, você deve ser mãe de um desses recém nascidos e deve estar em êxtase de tanta felicidade.

–- Estou sim, mas sou só a tia ... e madrinha, mas me conta. Você tem razão estou explodindo de alegria com este milagre que Deus mandou para minha família, mas acho que me sentiria ainda melhor se pudesse retribuir esta bênção ajudando alguém – respondeu a mulher

–- Eu nem sei o que dizer, não estou bem e nem mal, estou em suspenso .... Minha namorada está agora numa cirurgia delicada entre a vida e a morte, então neste momento de indefinição eu me sinto um nada, porque eu estou aqui impotente sem poder ajudá-la a lutar, logo a ela que é o meu tudo. – desabafou o menino com uma estranha, mas ele estava precisando falar

E Ben ficou ali um bom tempo contando sua história de amor para sua nova confidente enquanto via a todo instante um novo pedacinho de vida entrar por aquele berçário. Falar sobre Anita naquela situação tão dolorida fazia bem ao rapaz que conseguia sorrir lembrando dos bons momentos e até mesmo dos ruins quando contava da entrega e coragem da namorada para protege-lo de Antônio.

–- Eu sinto muito, mas tenho fé que vai dar tudo certo para você e para ela. Você foi sábio e veio realmente no local certo, leve com você essa energia boa que emerge deste andar. É Anita né, o nome dela? – perguntou a mulher

–- É sim, porque? – questionou Ben

–- Por duas razões, primeiro porque amanhã quando tudo estiver melhor para vocês eu gostaria de conhecê-la e segundo porque a minha irmã ainda não conseguiu escolher o nome da minha sobrinha, e acho que Anita como exemplo de amor, garra e bravura seria uma bela sugestão.

Ben a olhou emocionado e lhe deu um abraço de agradecimento, aquela conversa tinha aplacado a sua ansiedade.

– Obrigado por me ouvir ... tudo de bom para sua família e toda sorte do mundo para sua sobrinha. Agora eu tenho que ir porque a cirurgia deve estar acabando e eu quero estar lá quando o médico vier nos dar notícias – disse Ben se despedindo.

Antes de chegar a sala aonde a família aguardava por notícias Ben ainda passou na capela do hospital e se espantou ao ver Sofia sentada num dos bancos lá no cantinho, aquela cena não combinava com a garota sempre tão insensível a tudo e a todos, Ben então se aproximou e se sentou ao lado dela.

–- Ela vai ficar boa não vai? Diz pra mim que a minha irmã vai sair dessa – disse Sofia abalada

–- Vai sim, eu tenho fé nisso – respondeu Ben com os olhos marejados e envolvendo um dos braços em volta ao pescoço de Sofia -- Vem! Vamos lá encontrar o pessoal – completou o garoto

–- Vai indo você eu ainda preciso ficar aqui mais um pouquinho – respondeu Sofia

–- E então doutor me diz como está minha filha por favor, eu já posso vê-la – Ben escutou Vera perguntando isso ao médico assim que chegou na sala onde a família estava reunida.

Autora: Carol


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Notas finais do capítulo

Obrigado e até amanhã!



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