Kimi Daisuki, Kaa-san! escrita por Sokane Limiku e Fujisaki Nina


Capítulo 2
O Plano "Nós te Amamos, Mamãe" Começa


Notas iniciais do capítulo

Yo~hoo, minna!! Cheguei com mais um capítulo pra vocês! E até que fui rápida, se descontarmos o tempo em que o site ficou bugado.

Enfim, espero que gostem. Beijinhos e boa leitura ^^



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– Já tá acabando? – Irã perguntou, pela décima vez só nos últimos três minutos.

– Ainda não. – Irake respondia, com uma paciência que até assustava. Estava tão concentrado na folha em que escrevia que nem se importava com as reclamações do irmão.

Noutro canto da mesa, Nayomi tomava seu Ó Diviníssimo suco de tomate, o qual Sasuke fez o favor de viciá-la desde que aprendera a mastigar.

– Qual é, Irake. Vai demorar mais quanto tempo? – O mais velho questionou, realmente sem paciência.

– Pronto! – Irake exclamou. Os outros dois se aproximaram. – Vamos precisar de muitas coisas antes de começar. Irã, o primeiro de tudo é uma faixa, então vá até a papelaria e compre o maior pergaminho que eles tiverem. Nayomi, temos que enfeitar muito bem esse lugar, peça alguns conselhos para a tia Ino.

– Certo. – A garota assentiu.

– Espera, mas o que você vai fazer? – Perguntou o mais velho.

– Vou até o clã Hyuuga ver se o Minato pode me dar uma mão para separar algumas fotos. – O mais novo respondeu, passeando os olhos pela folha.

– “Chamar o Minato”, tá, sei. – Irã riu em deboche. – Você quer é espionar certa Sarutobi, que por acaso mora no Clã Hyuuga, e por quem você tem uma tremenda queda.

– C-c-cala essa boca! – Irake berrou quase amaçando a folha de nervosismo, o rosto vermelho como o suco de Nayomi.

– Vamos, Irã. – A garota chamou e o outro logo a seguiu. – E Irake, vê se faz algo que realmente ajude, e não fique se distraindo. Em outras palavras, evite o clã Hyuuga.

O mais novo suspirou derrotado, mas mesmo assim concordou.

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– Olá, tem alguém aí? – Nayomi indagou, entrando na floricultura Yamanaka. Mas tudo o que ouviu foi um incomum barulho atrás do balcão.

A garota espichou o pescoço e deu um simpático sorriso ao fitar Inomaru, de apenas meio aninho, batendo um chocalho no chão. O pequeno era a cara de Ino, exceto pela pele extremamente pálida que herdara de Sai.

– Nayomi-chan! Como vai minha sobrinha linda? – Por falar na loira.

Ino foi até a menina e a abraçou. Mesmo não gostando muito do ato, a Uchiha sorriu educadamente.

– Então, o que posso fazer por você? – Perguntou a Yamanaka, pegando Inomaru no colo.

– Primeiro, não pode contar nada. – Nayomi começou, vendo a “tia” passar um zíper invisível na boca. – Os meninos e eu estamos planejando uma surpresa para o dia das mães e o Irake, que foi quem deu a ideia,– fez questão de enfatizar. – achou que você poderia ter algumas dicas para a decoração.

– Ah, mas você veio ao lugar certo! – Exclamou Ino, já empolgada. Nem se importou se ainda segurava o filho, correu para dentro da loja e voltou com um bloquinho de anotações e uma caneta. – Anote tudo, depois veja com os meninos. E se é decoração que vocês querem, tenho uma coisa que sua mãe vai amar.

Nayomi não ficou muito segura, afinal nada de bom acontecia quando Ino dava aquele sorriso, mas resolveu dar um voto de confiança dessa vez. Só dessa vez.

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– Ei, Seu Kaburada, o senhor tá aí? – Irã indagava para o nada.

Aquela podia ser a melhor papelaria da vila, mas tinha de ser tão grande? Parecia mais um labirinto! E ainda por cima era tudo preto, as prateleiras indo até o teto e a iluminação meio precária. O Uchiha não admitiria nem por ameaça, mas sempre que entrava nesse lugar sentia um arrepio gélido lhe percorrer a espinha.

– Kaburada-san não está. – Disse uma voz meio sombria atrás de si.

– HUAA! – O pobre Uchiha gritou de medo e, por impulso, lançou sua kunai de madeira contra o “inimigo”.

– Cuidado, Irã-kun. Se quebrar alguma coisa, vai ter que pagar. – Avisou o adolescente, saindo das sobras.

– Caramba, Tsubaki, não me assuste assim.

Tirando os cabelos loiros, que puxara de Ino, Tsubaki era uma cópia do pai. Exceto talvez por seu sorriso; simples, mas verdadeiro. O jovem tinha por volta de catorze anos e trabalhava meio período na papelaria, já que não gostava de ajudar na floricultura.

– Precisa de algo? – O Yamanaka perguntou, devolvendo a kunai feita em casa para o garoto.

– O maior pergaminho que vocês tiverem. – Respondeu o menor. – E acho bom levar algumas tintas e pincéis também.

– Muito bem. As tintas e pincéis ficam no próximo corredor, pode escolher há vontade enquanto pego o pergaminho.

Os dois se separaram. Tsubaki indo para o segundo andar, onde ficava o estoque, e Irã já pensando em que cores de tinta pegar.

Minutos depois, o Uchiha estava no balcão, se esforçando para não deixar nada cair. Esperava que o loiro retornasse logo, mas ele estava demorando até demais.

– Irã-kun. – Uma voz meio abafada e ofegante o chamou. Olhou para a porta e lá estava Tsubaki, descendo as escadas com um pergaminho maior que dois de si. – Tem certeza que quer o maior que temos? Porquê se for o caso, é melhor chamar ajuda.

– Ahn, pensando bem, acho que o segundo maior deve servir. – Irã respondeu, meio atônito.

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Algumas horas depois, de volta ao distrito Uchiha:

– Meninos, cheguei. – Nayomi declarou, mas não houve resposta. – Irã? Irake? – Nada outra vez.

Sendo assim, adentrou mais a casa. Deixou uma caixa na mesa da cozinha e partiu a procura dos dois. Não demorou muito para ouvir alguns gritos e resmungos vindos do quarto dos gêmeos.

– Ai!! Irake, você vai arrancar meu braço! – Irã protestava, tentando em vão fazer o outro soltá-lo.

– Pare de reclamar, está me desconcentrando. – O mais novo praguejou, apertando mais o braço do irmão. – Francamente, como você pode ser tão habilidoso com kunais e Shurikens e se machucar tanto com uma simples tesoura??

– O que houve com você, Irã? – A rosada perguntou de repente.

O braço do garoto estava cheio de feios cortes vermelhos e levemente inchado. Parecia até que que um gato o tinha arranhado.

– É uma longa história. – Irake suspirou. – Que envolve uma tesoura; um pedaço de pergaminho; e esse tapado. – Olhou de esguio para o irmão.

– Ah, eu sou tapado?! E quem foi o “gênio” que botou uma tesoura na minha mão, hein? – Irã revidou, e o mais novo apenas revirou os olhos.

– E eu achando que a família da Hiromi era problemática. – Murmurou um garoto encorado no batente da porta.

Nara Kenichi: puxou a aparência da mãe, mas tem o jeito do pai. É o terceiro filho de Shikamaru e Temari, além do terceiro integrante da equipe 4, da qual Nayomi e Hiromi também fazem parte; e tem como sensei ninguém menos que Rock Lee.

– Etto, Nayomi, o que o Kenichi está fazendo aqui? – Perguntou Irake.

– Apesar de terrivelmente preguiçoso, Kenichi é inteligente e achei bom alguém com Q.I. alto dar uma olhada no seu plano. – A Uchiha respondeu, já puxando o parceiro de equipe para a sala, onde estava a folha com os planejamentos. – Irake, cure logo o braço dele, antes que o papai chegue. – Falou, antes de sumir de vez pela casa.

– Agora é sério, fica quieto. – Irake mandou, tão sério que Irã não teve como descordar.

O Uchiha mais novo respirou fundo uma, duas, três vezes, concentrando chacra na palma das mãos. Fazia algum tempo que começara a aprender ninjutsus médicos com sua mãe e, sinceramente, ele adorava.

– Pronto... arf, arf... é o melhor... arf... que consigo. – Murmurou o garoto, ofegante. Precisava treinar muito ainda, mas estava indo bem; conseguiu curar o braço a ponto de só ficar meio vermelho.

Os gêmeos então voltaram para a sala. A porta principal acabara de ser fechada e Nayomi sentava-se à mesa.

– O que o Kenichi falou? – Perguntou Irã, sentando ao lado da irmã.

– Disse que pode funcionar.

– Só isso? – Irake questionou, meio ofendido por ter seu grande plano tratado como um nada.

– Você sabe como o Kenichi é, mas se ele disse que pode dar certo é porque é seguro continuar.

Aquela indireta atingiu Irake em cheio, como um soco no estômago. Mas reparando na grande caixa que Nayomi trouxera, sua curiosidade falou mais alto:

– O que é essa caixa, Nayomi?

– A tia Ino que mandou, ela disse que a mamãe iria gostar.

Irã puxou a caixa para si e usou uma kunai para abri-la. Deu um grande sorriso ao ver o que tinha dentro, chamando a atenção dos irmãos. Parecia que os três admiravam um grande tesouro, nem mesmo a fria Uchiha de cabelos róseos evitou um sorriso.

– Nayomi, - Irake a chamou, ainda fitando o conteúdo da caixa, perplexo. - me lembre de agradecer muito a tia Ino por isso.

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Já era de noite, quase dez, quando Sasuke abriu a porta de sua, nunca antes tão querida, casa. Ser o chefe da Polícia de Konoha era algo bem gratificante, mas não fazia com que fosse menos trabalhoso.

O dia fora longo e cansativo, mas ao menos estava de volta a calmaria de seu lar. Onde poderia sentar, relaxar e aproveitar a companhia de seus filhos.

– Licença, pai! – Exclamou um dos gêmeos, que estava com as mãos cheias e passava correndo.

– Itai! Tropecei em alguma coisa. – Reclamou o outro. Esse sim estava carregado de coisas, tanto que nem reparou as sandálias de Sasuke em que tropeçara.

Acredite se quiser, mas Sasuke não conseguia distinguir os filhos (que belo pai, não?). Se não fosse pelos olhos, é capaz que confundisse os dois o tempo todo.

Mas isso foi apenas uma informação adicional sem importância, pois o que o Uchiha queria saber era o que estava acontecendo ali. Seguiu os garotos até a sala de jantar, onde quase teve um ataque do coração (mas não deixou transparecer, claro). Aquela sala estava uma completa zona de guerra! Tinha cola nas paredes, pedaços repicados de pergaminho espalhados pelo chão e... o que era aquilo que acabara de cair do teto? Era uma foto??

– Uchiha Nayomi, que bagunça é essa? – Questionou para a filha.

– Pai! – A rosada levou um susto. Humilhando-se de um modo que não fazia para mais ninguém, a Uchiha mais velha se ajoelhou a frente do pai e começou a implorar por perdão. – Sinto muito, muito mesmo! Nós íamos arrumar, eu juro!

Nayomi nunca se ajoelhava perante ninguém, quanto mais reverenciava, mas sua admiração e respeito pelo pai eram maiores até do que seu orgulho. Ele era seu herói desde que se entendia por gente, aprendeu muito com ele. Nunca declararia em voz alta, mas amava Sasuke de todo o coração.

– Não quero saber se vocês iam limpar; o que perguntei foi: que bagunça é essa?

– É uma surpresa pra mamãe. – Contou Irake, aparecendo do nada.

– Surpresa? – Sasuke indagou. Seus filhos nunca fizeram algo assim.

– Sim. – O menor respondia, andando de um lado para o outro da casa. - Passamos o dia todo planejando e aprontando tudo. Cada um vai fazer uma coisa especial para ela. Acredita que a Nayomi concordou até em cantar? – Completou.

Sasuke voltou-se para a filha, pouco crente nas palavras do Uchiha mais novo. Está certo que Nayomi, por algum milagre do universo, tinha uma voz linda e perfeita para cantar, mas isso não quer dizer que ela gostava... Tá, ela gostava! Se sentia bem quando cantava, mas não achava que a música fosse uma habilidade para um Shinnobi treinar, quanto mais um Uchiha.

– Eu só concordei porque você me obrigou. – A rosada retrucou, mantendo a face vazia. Irake ia devolver, mas achou melhor ficar calado. Entrar em uma discussão com sua irmã não é uma coisa muito inteligente.

– Se quiser ajudar, a gente conta o plano pra você, pai. – Falou Irã.

– Tsc. Tanto faz. – Sasuke deu fez ombros, mas o fato de ter permanecido na sala indicava que as crianças poderiam continuar.

E mais duas horas se passaram. Na verdade os menores precisaram de apenas dez minutos para dividir a surpresa com o pai, mas assim que acabaram, Sasuke os fez limpar a sala.

– Finalmente, acabamos! – Irã suspirou, atirando-se no chão.

– Você limpou toda a cola do teto? – Perguntou Irake, fitando o teto para conferir.

– Eu não, foi a Nayomi. – Apontou para a irmã, que descia pela parede.

– Se sujarem o teto assim de novo, eu juro que colo as mãos de vocês com super-bonder. – A rosada ameaçou, parecia exausta.

– Ahh, essa limpeza toda me deu fome – Reclamou Irã, sem nem se importar com o olhar frio da garota sobre ele.

– Admito que em mim também. Não como nada desde o almoço. – Nayomi contou.

– Ei, nenhum de vocês fez o jantar? – Questionou Sasuke, aparecendo na porta.

Os três automaticamente se viraram para Irake, afinal o garoto cozinhava melhor que Sakura (o que não é muito difícil, vamos admitir). O Uchiha mais novo apenas amarrou a cara, dando um longo suspiro.

“Não falei? Eu sabia que ia sobrar pra mim." – Pensou

– Alguém tem algo contra Takoyakis? – Irake perguntou, já a caminho da cozinha.

– Põe tomate! – Foi a única exigência, dita por Sasuke e Nayomi.

O Uchiha suspirou uma vez mais, lavando as mãos. Olhou pela janela, fitando a bela lua cheia; que lhe lembravam os olhos de certa garota, por tanto não evitou um sorriso.

Pensou então em seu dia. Será que Sakura gostaria da surpresa?

“Pelo sim, pelo não, nós fizemos tudo para você, mãe".


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