Hope escrita por Sayumi Ota


Capítulo 2
When You Find Doubt


Notas iniciais do capítulo

YOOOOOOOOOOOOOO MINNA O//////////
O NYAH VOLTOU!!!!! VOLTOU!!!!
AI MEU DESU!!
Arnaldo, pega lá as taças e o toddynho, porque ELE VOLTOU!!!!!
Se bem que eu nem senti tanta falta assim dele u.u, mentira, eu senti sim, só que não conseguiria entrar nessa semana porque tive mais provas e trabalhos e tarefas complementares e provas e notas e e e
que eu surtei.
Eu sou um pouco perfeccionista com as minhas notas, mas, NÃO INTERESSA SE NINGUÉM PERGUNTOU ARNALDO, ME DEIXE BRILHAR.
Enfim, CALE A BOCA ARNALDO, esse capítulo vai para minha sensei-sambo-na-cara-da-sociedade Mirana, Selficcea-chan e para a Kasumi-chan!! ÊêÊêÊ!!!
EU RECEBI COMENTÁRIOS!
ALELUIA! É POR ISSO QUE ESFRIOU!
Eu estou muito muito muito muito feliz mesmo! Muito obrigada!! Muito obrigadaa!!!
Arnaldo, eu estou sambando na sua cara u.u!
Espero que gostem!! Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/504056/chapter/2

Kaito não estava conseguindo dormir.

Remexia-se sem cessar em sua cama provisória. Sua cabeça girava em torno da canção que escutou e da visão que teve.

Ainda havia aquela misteriosa menina. Menina não, criança. Não só era descuidada, baixa, e leve. Também estava desprotegida, sem quem pedir ajuda, como a maior parte das crianças no seu país.

Sentia que precisava mudar isso, de alguma forma.

Talvez fora esse o motivo que o levou a levar a criança até a vila. Tudo bem, também estava grato por ela tê-lo acordado e ajudado a salvar Luka. Sentia-se angustiado. Por que era tão bom com uma estranha?

Colocou Luka e a estranha no cavalo e as prendeu bem. Apesar de ter de andar até sua casa, não se incomodava por isso.

Por que ela o ajudou?

Por que ele a retribuía?

E se ela representasse uma ameaça ao lugar que seu pai sempre protegeu?

E se ele representasse uma ameaça pra ela?

Por que isso o irritava tanto?

Enquanto guiava o cavalo, escutava o barulho quase nulo dos bosques. Agradável.

– Voe longe – ouviu. – Voe longe.

Kaito levou um sobressalto. Olhou para a menina. Ela cantava enquanto dormia.

Pela primeira vez em muito tempo teve vontade de rir.

– Voe – murmurava. – voe...

Kaito ouviu-a cantarolar até chegar à floresta próxima da entrada. Parou o animal e desprendeu as duas. Delicadamente pegou Luka no colo e a colocou no chão. Sentiu uma leve pontada de irritação. Como dormia tão profundamente?

Cutucou com o pé. Luka finalmente começara a se mover. Espreguiçou-se e sentou. Seus longo cabelo rosa estava sujo de folhas, terra e Kaito não sabia mais o quê.

Seu vestido marrom era uma cópia do cabelo. Bagunçado e cheio de sujeira.

Apenas naquele momento Kaito se deu conta que a rosada não estava intacta.

Luka corou ao ver Kaito parado em sua frente. Levantou destrambelhada, e acabou tropeçando em si mesma. Kaito a segurou até ela ter o controle de seu equilíbrio.

– O que você está fazendo aqui? – perguntou baixo, corando.

– Por que foi até as colinas? – Uma fúria incontrolável tomou conta dele. – O que estava pensando?

Luka arqueou as sobrancelhas.

– Eu fui até as colinas? – Seus olhos expressavam confusão.

A fúria se esvaiu e o nervosismo a substituiu.

– Você não se lembra? – Era a vez de Kaito ficar em dúvida. Não se lembrava como?

– Não. – Luka encolheu os ombros. – Eu não me lembro de nada hoje. Nada desde que acordei.

Kaito deu uma gargalhada irônica. Esperava que Luka dissesse que era gozação. Mas ela não disse.

Kaito segurou seus ombros.

– Não brinque comigo, Luka. – O desespero tomava conta. Não era do feitio de Luka brincar.

Seu rosto ficava mais e mais branco.

– Kaito! – gritou Meiko, de longe. Os dois desviaram a atenção para a morena, que já resolvera o problema da roupa. Amarrara até antes dos joelhos. Kaito desviou os olhos e corou. Era muita indecência.

O que acontecera com suas amigas?

Meiko pulou em Luka e a derrubou.

– Luka! Eu fiquei tão preocupada! Os vizinhos não sabem, vamos arrumar um jeito de não saberem, permaneça calma. – Meiko dizia tudo rapidamente. Kaito mal conseguia acompanhá-la. – Eu achei... achei que elas pudessem pegar você... – Meiko começou a chorar. – Eu... eu...

Luka acariciou sua cabeça. Meiko continuou sentada limpando as lágrimas. Kaito suspirou de alívio e de tédio. Havia dom de tudo e para todos. O de Meiko era de piorar uma situação.

– Eu trouxe roupas. – fungou. – Eu tinha a intuição de que ele conseguiria te trazer.

A rosada gesticulou para que o garoto não contasse nada de seu esquecimento. Se Meiko soubesse, iria de alguma maneira acabar espalhando o ocorrido.

E Luka viraria uma bruxa.

Kaito sentiu um arrepio ao pensar na amiga sendo queimada. E ao lembrar-se da visão novamente.

Luka colocou a roupa limpa por cima da suja e tentou arrumar o cabelo. As duas correram discretamente e entraram na vila sem serem percebidas.

O rapaz se voltou ao cavalo. Grandes olhos verde-água o fitavam. Kaito recuou e segurou um grito. Havia se esquecido dela. Ficou parado.

Uma ventania o saldou e as folhas acompanharam seus passos em uma dança natural. Ela não desviava o olhar dele. Ele, por sua vez, não queria perder, porém sentia que, mesmo se tivesse o desejo de acabar com aquela competição infrutífera, não conseguiria.

Soube que aqueles eram os olhos que podiam arrastar qualquer um até a morte, e que também podiam livrar alguém dela.

Kaito não sabia dizer por quantos minutos, horas ou dias ficara olhando a criança. Mas sabia dizer exatamente aonde seus olhos tinham falhas, e aonde eram perfeitos demais.

A ventania acabou e, junto dela, o transe.

Ela sorriu.

– Eu sabia que era você. – disse. Podia prestar atenção em sua voz, pela primeira vez. – Ela está bem?

– Quem? – respondeu agressivamente. Ela era uma estranha. Foi se arrependendo de sua escolha. Precisava aumentar a guarda.

Ela piscou algumas vezes.

– A menina. – sussurrou. – Ela estava perdida.

Olhou para os lados algumas vezes, temendo ser ouvida.

– Por que está falando baixo? – Kaito aumentou a voz.

Pássaros cantaram alegremente. Ela olhou para o céu à procura.

– Eu não posso dizer. – murmurou.

Kaito se irritou. Eram apenas pássaros e poucos outros animais! Ele era um guerreiro, saberia se alguém os tivesse seguido.

– Por quê? – insistia.

– Voe longe – sussurrou. – Voe longe... voe longe... voe longe... voe longe...

O jovem pensou em ignorá-la e deixá-la sozinha. A última frase de uma repetição quase eterna o fez retroceder.

– Voe longe, criança.

Criança.

Criança como ela, e também ele.

Criança como o bebê.

Criança como aquela da canção.

Kaito foi interrompido e pegou a mão dela. Precisava escondê-la até pensar no que faria com ela. Apresentações, explicações, tudo poderia esperar.

Era impressionante como ela conseguira rastrear o seguidor antes dele.

Puxou-a pela multidão desorganizada, que, pela primeira vez, não dirigiu um olhar sequer para ele. Seguiu até o pequeno casebre caindo aos pedaços. Eles entraram e Kaito fechou a porta, trancando. A menina olhava para os pés.

Kaito não conseguia não corar com essa situação. O que estava fazendo com sua vida? Não era um pervertido, mas a situação parecia dizer o contrário.

Foi até o seu quarto e apontou para a cama bagunçada.

– Fique hoje aqui. – disse em palavras baixas. A garota assentiu e foi para a cama, se enrolando com as cobertas.

Kaito concordou que era louco. Intensamente louco.

Ele começou a encostar a porta quando a voz sonolenta o parou.

– Onde ficará?

– Vou cuidar de você. Não se preocupe com isso. – confirmou mais para si mesmo do que para ela. Fazia muito tempo que não tinha ninguém consigo, mesmo assim, não conseguiu evitar dizer boa noite.

E foi assim que parara ali, deitado na cama feita de feno na sua sala/cozinha repensando em como tudo mudara tão rápido.

Virou-se de novo e a escutara cantarolar baixinho do outro cômodo.

Por mágica, conseguira dormir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente, pode me puxar a orelha se estiver errado o texto, ou se estiver uma porcaria (;^;), estou sempre aprendendo o////!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Hope" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.