Born to Die escrita por AnaTheresaC


Capítulo 2
Capítulo 1 - Mudanças


Notas iniciais do capítulo

Oi sweethearts!
Muito obrigada pelos vossos comentários!
Aqui está o primeiro capítulo da fic.
XOXO



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Capítulo 1 - Mudanças

Klaus estava a passar por ali ocasionalmente, já que adorava a paisagem noturna da Serra. As luzes azuis, vermelhas e amarelas alertaram-no de que algo não estava bem. Estacionou o carro a uma distância segura e correu até lá, observando os acontecimentos escondido atrás de uma árvore.

O primeiro corpo que foi retirado da água foi o do condutor. Logo de seguida, viu-se o corpo inerte de Liliana. Klaus juntou as mãos como se estivesse a rezar e encostou-as aos seus lábios. Ele precisava de fazer alguma coisa senão Liliana atrairia atenções indesejadas.

No seu carro, seguiu os corpos até á morgue. O primeiro corpo a ser analisado seria o de Carlos, já que ele estava a conduzir. Isso daria algumas horas para Klaus formular um plano.

O Original entrou no hospital e a primeira coisa que fez foi entrar no elevador e procurar o andar onde se fazia a autópsia. Sem surpresa, notou que era o andar inferior. Ninguém gostava de ter que lidar com a Morte. Caminhou pelos corredores iluminados, mas frios, com a sua audição apurada, à espera de ouvir alguma informação relevante. E conseguiu.

Na penúltima porta do corredor, um médico estava a realizar a autópsia do jovem e a falar com o seu assistente, que anotava numa folha tudo o que o médico falava.

Klaus sorriu. Não seria difícil hipnotizar aqueles dois humanos. Entrou na sala e o assistente apressou-se a intrometer-se no seu caminho.

–Desculpe, senhor, mas não pode estar…

Klaus colocou uma mão no pescoço do jovem, que parou imediatamente de falar. O médico, alarmado, interrompeu a autópsia.

–Tenho todo o direito de estar aqui. Agora, mostra-me onde está a rapariga.

O assistente apontou tremulamente com o indicador para a mesa que estava ao fundo da sala, no lado direito.

Klaus olhou de relance para o médico antes de sorrir para o assistente e largá-lo. Caminhou com passos firmes até ao corpo que estava tapado com um lençol branco. Para verificar, destapou o rosto. Era Liliana, de olhos fechados, pálida e fria.

–Deseja que eu lhe faça a autópsia agora? – Klaus não tinha notado, mas tinha ficado bastante tempo a olhar para ela. Os seus olhos estavam cheios de lágrimas de remorso. A voz calma e cheia de sentimento do médico alertou-o de onde estava e qual era o seu plano.

–Não. Quero levá-la.

–Libertaremos o corpo para o funeral da família, claro – assentiu o médico.

Klaus olhou para o homem e hipnotizou-o:

–Eu vou levá-la daqui e você vai ajudar-me.

–Claro que sim – acenou. – Vamos arranjar um saco, primeiro.

O homem foi até ao extremo oposto da sala e tirou um saco impermeável que tinha um zíper.

–Isto vai manter o corpo conservado – explicou.

Klaus acenou, dispensando as explicações, mas sendo cordial. Esta era apenas a primeira parte do seu plano, de maneira que estava a poupar as suas energias e entusiasmo para a segunda parte. Virou-se para o assistente, que estava encostado à parede, em puro terror. Klaus compeliu-o de novo:

–Vai à procura de um calmante rápido, que seja ejetável. E não te esqueças da seringa – o jovem acenou, começando a mover-se em direção à porta. – E não digas a ninguém o que estás a fazer.

O assistente saiu da sala e o médico afirmou:

–Aqui está. A jovem está pronta para ir.

Klaus voltou a focar-se no homem, que tinha já alguns sinais de envelhecimento á volta dos olhos e no cabelo.

–Quem é que a trouxe?

–Os bombeiros e a polícia.

–Seja mais específico.

–Não reconheci nenhum deles, nem os seus nomes. Não perguntei.

Klaus resfolegou de irritação.

–Deve de haver algo que comprove que eles estiveram no local do acidente.

–Hum… sim, há – ainda sob o efeito da hipnose de Klaus, o médico dirigiu-se á sua secretária e começou a remexer nos seus papéis – Eles deixaram-me um relatório…. E o relatório costuma ter o nome do polícia e bombeiro responsáveis pela remoção dos destroços e corpos do local do acidente.

Mais uma vez, o médico estava a falar demasiado, mas Klaus não se intrometeu na linha de pensamento do humano.

–Aqui está! – exclamou ele e entregou a Klaus a folha. Este, por sua vez, decorou tudo o que estava na folha e ainda tirou uma foto do documento com o seu telemóvel.

O assistente entrou quando Klaus estava a rasgar o documento.

–Aqui está – disse o jovem, entregando uma seringa e dois frascos com calmantes médicos poderosíssimos a Klaus, que os guardou no bolso do casaco.

–Vais esquecer que eu estive aqui – disse o Original para o assistente e repetiu a mesma frase para o médico. De seguida, pegou no corpo de Liliana e saiu da morgue na sua velocidade de híbrido Original.

Quando chegou ao carro, abriu o porta-bagagens e antes de fechar a porta, viu o saco a mexer-se. Não parecia, mas já se tinham passado mais de três horas desde que Liliana tinha morrido. Klaus abriu o saco e Liliana olhou confusa para ele.

–K-Klaus?

–Sim, querida, e agora vais voltar a dormir – rapidamente, inseriu a agulha num dos frascos e quando o instrumento afiado ficou cheio, desferiu-o na artéria aorta da jovem, que desmaiou instantaneamente.

©AnaTheresaC


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Novo capítulo no próximo domingo!
XOXO