Sede de Sangue escrita por A solitária


Capítulo 30
Sexta feira Parte 2




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Joseph deu um passo a frente, Megan fez o mesmo, todos ali estavam ansiosos para saber a verdade sobre os Horkfield s. John estava em transe. Lydia encarou Joseph.

–Chegou a hora... Pergunte o que quiser.

Joseph a encarou também. Ele estava pensando no que perguntar, tudo agora parecia ter desaparecido de sua mente. Ele se sentou na frente de seu pai.

–Droga Joseph! -Megan sentou ao lado dele, de frente para John também. -Deixa que eu mesma faço isso. -Ela olhou para John -Qual... Qual é a sua memória mais antiga?

–Os tempos em que eu andava de cavalo com o meu pai... -John respondeu, seu olhar era distante.

–Henry?

–Não... Meu pai era Nicolau Bettencourt...

Megan olhou para Joseph de olhos arregalados, ele esteve certo o tempo todo? O sobrenome Horkfield foi mesmo inventado para proteger alguém?

–Como você foi transformado? -Joseph perguntou.

–Eu estava cuidando de uma plantação, com meu melhor amigo, Charles... Nós éramos bons homens, por isto ele nos escolheu.

–Escolheu pra que?

–Pra protegê-lo... Ele precisava ter sua identidade preservada.

–E quem era esse homem?

–Não sei nada sobre ele. Ele era um estranho na região, estava fugindo de alguém...

–Quem é você de verdade?

–Eu me chamava Lionel. Morava muito longe daqui, eu tinha mulher e filhos, eles eram boas pessoas. Eu tinha um melhor amigo, praticamente um irmão... Nós dois trabalhávamos em plantações. Assim como eu ele também tinha sua família.

–O que sabe sobre Peter Horkfield? -Joseph perguntou.

–Nunca existiu um Peter Horkfield. Seu nome era Charles... Não me lembro do seu sobrenome, acho que ele não tinha. Uma vez me contou que foi abandonado pelos pais... Não sei ao certo sua história.

–Então como passaram a ser Peter e John Horkfield?

–Quando nos transformaram. Ele nos contou uma história, nos fez ser irmãos... Disse que nossa história seria sobre a caça as bruxas... Que um de nós era bom e o outro nem tanto. Disse que nós deveríamos odiar um ao outro. E que eu deveria causar a infelicidade a Peter até o fim dos nossos dias.

–Você não se lembrava disso? -Meg perguntou, parte dela havia começado a sentir pena.

–Eu me lembrava apenas do que queriam que eu lembrasse.

–E vocês nunca mais viram esse vampiro?

–Não.

–Sabe como podemos encontrá-lo?

–Peter... Tem a chave.

–Chave de que? -Joseph perguntou, mas John voltou em sí.

–O que está acontecendo!? -Ele tentou se levantar.

–Cala a boca! -Disse Joseph, em seguida sinalizou para que todos saíssem da sala. Megan ainda estava ao seu lado -Acho que é hora de cumprir a minha parte no nosso acordo...

–O que?

Joseph a encarou, em seguida tirou sua faca e sem nenhum rodeio a enfiou no coração de seu pai. Os olhos de John se fecharam e logo em seguida foi como se o corpo de John se desfigurasse. Ele havia morrido... Todo o sofrimento que causou teve um fim, ele não era mais um problema, não era mais o vilão.

Por um breve momento Megan teve pena, e se ele fosse um mero fantoche? Pensar nisso a deixava confusa.

–Você está bem? -Joseph perguntou.

–Sim... O que pretende fazer agora?

–Pegar a chave.

–O que!?

–Você ouviu John. Seu pai tem a chave, precisamos dela pra encontrar o primeiro vampiro.

–E como pretende fazer isso!?

Joseph suspirou, ele nunca conheceu alguém tão irritante como Megan. Ela tinha muitas perguntas, aquilo o deixava atordoado.

–Fome? -Ele perguntou, Megan assentiu -Vem comigo.

Joseph saiu da sala, e logo da casa, Megan o seguiu, parte dela nem sabia o porque.

*

-Não foi isso que eu quis dizer! -Luna falava com Max no telefone.

–Então o que você quis dizer?

–Quis dizer que devemos dar um tempo! Não posso deixar que desconfiem de nós.

–Eu não estou nem ai Luna! Esperei muito tempo pra ter você de volta, não vou permitir que me tirem de você agora.

–Max... Não quero discutir. Essa é minha palavra final, nós vamos dar um tempo!

–Diga na minha cara que é isso o que você quer.

–Eu não vou ir encontrar você...

–Não vai ser necessário. -Luna ouviu a voz de Max atrás dela. Então se virou, ele ainda segurava o telefone na orelha, assim como ela. Ele se aproximou -Diga. -Os dois ainda se falavam pelo telefone.

–Precisamos... Precisamos... -Ela o encarou por meros segundos -Que se dane! -Disse ela o agarrando. Os dois começaram um beijo ali mesmo, em seu quarto. As palavras que se dane, eram o mantra que Luna repetia para sí mesma.

Sexta feira

Megan acordou em um quarto grande, em uma cama grande, que com certeza não era a dela. Olhou para os lados, o que havia acontecido?

–Bom dia.

Olhou para a porta e lá estava Joseph a encarando. Era aparente que ele estava contendo uma risada.

–O que aconteceu!? -Megan se levantou.

–Nós... Enchemos a cara.

–E depois!?

–Dançamos em um bar.

–E depois!?

–Depois... Voltamos pra cá.

–E...?

–Dormimos. -Joseph sorriu. Seu sorriso malicioso. Megan o encarava de olhos arregalados. -Cada um em uma cama...

–Eu preciso ir. -Ela saiu do quarto, esbarrando em Joseph.

–Megan! -Ela se virou. -Porque não aproveita pra encontrar a chave?

–E como eu vou saber onde está?

–Use a cabeça... Se não achar, eu vou ter que dar um jeito.

–Já entendi. Morte, sangue... Eu... Vou tentar encontrar.

Megan saiu da casa, em seguida pegou seu celular, precisava urgentemente falar com Kevin. Ela telefonou uma vez, e depois outra, mas ele não atendeu. Ela correu para a casa de Peter, correu muito rápido. Era como se suas habilidades tivessem aumentado.

Ela abriu a porta da frente. Havia um barulho na sala, várias pessoas estavam conversando. Mas assim que Megan entrou todas ficaram em silêncio, todos olhavam para ela. O xerife estava lá também, ele suspirou estressado ao ver Megan.

–O que houve? -Meg perguntou.

–Onde você esteve ontem a noite? -Perguntou o xerife -Por volta das onze.

–Porque!? -Megan arregalou os olhos, Kevin deu um passo a frente.

–Isso é um absurdo, não pode acusá-la assim.

–Não foi uma acusação, foi uma pergunta. E abaixe a voz pra falar comigo!

–Será que alguém pode me explicar o que está acontecendo!? -Megan perguntou irritada.

–Eles acham que você se alimentou ontem a noite... -Disse Peter -Onde você estava?

Megan não sabia o que responder. Mas ao ouvir aquilo ela se lembrou de que sua fome havia passado, droga! Ela era culpada. Mas não podia se entregar, se fizesse isso todos iriam descobrir sobre Joseph.

–Eu precisava de um tempo sozinha... -As memórias vieram a sua cabeça, ela se lembrou de caminhar com Joseph, os dois atacaram um acampamento inteiro. -Droga! -Ela deixou escapar.

–O que!? -O xerife perguntou.

Havia algo errado, parte dela ainda conseguia perceber isso. Ela simplesmente não se importava, ela não dava a mínima de tinha ou não matado alguém, para ela foram apenas algumas mortes, e ela sabia que não seriam as últimas.

–O lado bom é que a fome passou... -Disse ela sem conseguir conter o sorriso.

–Você está confessando!? -O xerife se irritou.

–Megan! -Kevin advertiu.

–Sim. Estou. Eu matei um acampamento inteiro... E eu faria de novo.

–O que tem de errado com você? -Peter perguntou a encarando e segurando seus braços.

–Comigo nada. Eu só estou me divertindo.

–Pare com isso! Vamos ter que fazer o efeito do sangue passar, ou então você vai fazer mais besteira.

–Não vão me prender, nem você e nem ninguém! -Megan gritou, ela surtou. Simplesmente surtou, encarava a todos com ódio.

–Megan! Essa não é você! -Disse Luna -A verdadeira você não faria isso.

–Essa sou a verdadeira eu agora!

–Não é! Isso vai passar, e você vai ver que errou, então pare com essa maluquice antes que seja tarde.

–Olha só... -Megan riu -Você falando em parar? Ao menos não sou eu quem vive se encontrando com o Max.

Todos encararam Luna, Megan continuava sorrindo.

–Como... Como pode contar!? -Luna pensou alto.

–Eu simplesmente não me importo.

–Você se importa, Megan! -Disse Kevin, segurando a cabeça dela nas mãos e olhando em seus olhos -Eu sei que no fundo você só está confusa. Mas vai dar tudo certo, você vai ficar bem, vai voltar a ser a garota doce pela qual me apaixonei.

Megan o encarou, não sabia se aquilo era algo que ela podia controlar a essa altura, mas ela sabia que não queria.

–Querem uma prova de que não me importo? Ok... Vocês pediram. -Ela foi direto ao pescoço do xerife, ela o mordeu forte. Ele tentava se soltar, mas era impossível. Segundos depois ela o soltou, o jogou no chão -Escutem. Eu quero a chave, quero até as seis e meia, ou então mais pessoas vão se machucar.

–Que chave!? -Kevin perguntou.

–O único que sabe é Peter. Façam ele me entregar, ou eu juro que ninguém vai ficar vivo nessa cidade...

Megan saiu pela porta, Kevin segurou o seu braço, ela resistiu. Ele a encostou na parede.

–Não vai me dizer o que está acontecendo!? Megan essa não é você!

–Vem comigo. -Ela o encarou, se soltou da parede -Somos vampiros! Não precisamos ser bons.

–Ser vampiro é muito mais do que beber sangue, Meg.

–Vai me deixar ir sozinha? -Ela colocou a mão em seu cabelo e o beijou -Vem comigo... -Ela deixava escapar entre um beijo e outro.

–Não! Você não vai a lugar nenhum Megan. Onde pensa que vai!?

–Vamos descobrir a verdade sobre os Horkfield's.

–Vamos? Megan... Você não conseguiria acabar com um acampamento inteiro sozinha. Quem estava com você?

Ela suspirou, Kevin nunca a seguiria, parte dela achava isso ruim.

–Seis e meia. -Megan disse e saiu.

–Pare! -Disse Peter, ele segurou o braço de Kevin, impedindo que ele fosse atrás de Megan. -Precisamos entender o que houve antes de tentarmos contê-la.

–Não Peter! -O xerife quase gritou. -Eu dei a vocês vampiros uma última chance. Vocês feriram inocentes pela última vez na minha cidade. Vou atrás da garota, eu a quero fora daqui, nem que seja morta. Vou agora mesmo chamar reforços!

Em seguida o xerife saiu.

–Precisamos fazer alguma coisa, se eles encontrarem ela, isso vai sair ainda mais do controle. -Kevin disse. -Que chave é essa de que ela falou?

–Eu não sei. Não me lembro de guardar nenhuma chave.

–Tentem encontrar, eu vou atrás dela!

–Vou ajudar. -Disse Luna, todos a encararam. -O que foi!?

–É verdade sobre você e o Max? -Peter perguntou sério.

–Isso não tem importância agora.

–Ele é nosso inimigo Luna, então sim, isso tem importância.

–Não acredito. Sua filha está solta por aí com sua fome incontrolável e mesmo assim vocês preferem me julgar ao invés de nos unirmos e irmos procurá-la!?

–Luna... Eu... Sinto muito, mas Max nunca foi um bom vampiro. Ele sempre esteve ao lado de John. -Peter falava, encarando Luna.

–O que você quer dizer com isso?

–Quero dizer que ou você jura que vai se separar dele, ou então...

–Diga Peter! Ou então!?

–Ou então está banida do nosso clã.

Luna o encarou, ela nunca havia pensado em ser banida. Esteve jundo deles há muito tempo, e o tempo é algo importante quando se é vampiro. Ela devia escolher o clã, sim... Claro que devia, estaria mais segura com o clã. Mas ela já havia se separado de Max uma vez e jamais deixaria ele de novo.

–Se é assim que você deseja... Então... Adeus!

Luna sumiu, usando sua velocidade. Ela mal sabia pra onde iria. Kevin estava pronto para criticar a escolha de Peter, mas parou de falar ao ver que ele estava estático.

–Peter? -Kevin o chamou uma vez, não obteve sucesso -Peter! -Gritou. E ele voltou ao seu estado normal -O que foi!?

–O sangue de quem eu mais amo. -Peter disse, como se estivesse pensando alto.

–O que!?

–A chave de que Megan estava falando é o sangue de quem eu mais amo.

–Chave pra que!? -Kevin perguntou irritado.

–Eu... Eu não consigo me lembrar. Precisamos encontrar Megan.

Kevin assentiu, instantes depois o clã se reuniu do lado de fora. Todos começaram uma grande busca.

*

Megan entrou em um bar, ela olhou para os lados, estava pronta para se embebedar.

–Conseguiu a chave? -Disse Joseph, ele estava em uma mesa no fundo do bar. Megan se sentou com ele.

–Eu... Estou trabalhando nisso. Porém as coisas saíram um pouco do controle.

–O que quer dizer?

–Peter e os outros... Eles não gostaram nada da minha nova personalidade. Eu ataquei o xerife na frente de todos, logo ele vai colocar todas as autoridades atrás de mim.

–Vai ser divertido! Você tem sorte, já tem muito tempo que não apronto algo assim.

–Não é divertido. -Megan abaixou os olhos -Devia ter visto como ele me olhou...

–Ele quem!?

–Kevin. Eu pude sentir a decepção nos olhos dele.

–Megan. Você tem que entender que, vocês dois... Acabou. Ele é certo demais pra você agora.

–E como se esquece algo que você achou que iria durar pra sempre?

–Não se esquece. Você bebe, pra isso existe o álcool.

Megan sorriu.

–Eu disse a eles que queria a chave até seis e meia. Ainda temos tempo pra agitar esse bar!

Joseph se levantou e ligou a música, todos o encararam. Megan pegou uma garrafa de vodka e tomou um longo gole, em seguida começou a dançar. Várias pessoas a seguiram e se entregaram a dança também. Não demorou muito e o bar todo estava dançando.

–Vodka? -Megan perguntou a Joseph quando ele se aproximou.

–Com certeza.

Os dois partilhavam a garrafa. Ela já nem se lembrava o que a antiga Megan faria, a única coisa que estava em sua mente agora era a diversão. Enquanto ela e Joseph dançavam, parecia que todos os problemas ao redor estavam desaparecendo lentamente.

Megan subiu no balcão, continuou dançando loucamente. Remexendo seus cabelos, a vodka havia acabado, ela jogou a garrafa no chão. Estava com sede de outra coisa agora.

Desceu do balcão e atacou o primeiro humano que viu. Mordeu seu pescoço e logo sentiu o sangue em sua boca novamente. Não podia existir algo melhor. Quando parou seus olhos foram até os de Joseph, ele estava olhando para ela também... Com... Admiração? Surpresa? Era difícil dizer.

*

Kevin havia ligado para Megan, ela estava esperando ele em um bar. Ele entrou, mesmo sabendo que deveria esperar por Peter. Passou pela porta e não acreditou no que viu, Megan estava cercada por vários corpos ensanguentados.

–Trouxe a chave? -Ela perguntou séria, Kevin nem a reconhecia naquele momento.

–Não... -Kevin falou sem tirar os olhos dos corpos no chão.

Megan revirou os olhos e já ia saindo, irritada. Mas Kevin não podia deixar, ele a fez parar

–Megan... Você fez isso sozinha? -Ele perguntou.

–Não... Não só estes. Tem mais lá no fundo. -Ela caminhou até Kevin -E diga ao Peter, que eu só estou começando. -Ela sorriu e limpou o sangue de seu lábio inferior com o dedão, em seguida passou no lábio inferior de Kevin e saiu.

–Eu não trouxe a chave -Disse ele fazendo Megan voltar para ouvir -Porque a chave é você.

–Eu!?

–A chave é o sangue de quem Peter mais ama... Ou seja... Você. Mas afinal pra que é está chave?

–Não se envolva nisso.

Megan o deixou lá, ela precisava contar a Joseph sobre a chave. O céu já estava escuro, logo trovejou e em seguida a chuva começou a cair.

–Megan! -Kevin gritou e a fez parar. -Você não pode continuar com isso! Quem está com você nisso!?

–Eu já falei, que você não deve se envolver nisso!

–Claro que eu devo, essa não é você! E eu não vou desistir enquanto não voltar ao normal.

–Eu não vou voltar! -Megan gritou -Me deixa em paz!

–Você não ouviu? Deixe ela em paz. -Disse Joseph, parando ao lado dos dois.

–Como você está vivo!?

–Longa história... Agora, saia daqui pacificamente enquanto não se machucou.

–Acha mesmo que eu tenho medo de você? -Kevin respondeu se distanciando de Megan e se aproximando de Joseph.

–Não. Você é ingênuo demais pra isso... Mas enfim, acho que você ouviu a Megan. Vai embora.

Kevin deu mais alguns passos, parando bem em frente a Joseph. Os dois se encararam, ambos se odiavam.

–Me faça ir embora. -Kevin deixou sair por sua boca no meio de tanta raiva.

–Kevin! Joseph! -Megan ficou entre os dois -Parem com isso. Vá embora Kevin...

–Ela tem razão, Kevin. Vá embora, sou mais velho e mais forte que você.

-Eu sabia que ela nunca mataria um acampamento inteiro sozinha... Foi você não é!?

–Foi. Alguém tem que mostrar a ela como se divertir.

Kevin o socou no rosto, a mudança de Megan... Boa parte era culpa dele. Ele o queria morto. Joseph revidou, e era óbvio que ele era mais forte. A chuva havia aumentado, Megan não sabia o que fazer, parte dela não sabia de seus sentimentos, porém ela sabia como aquilo iria acabar. E ela precisava impedir antes que Joseph matasse Kevin.

Joseph estava com raiva, seus olhos brilhavam como os de um lobisomem. Ele arremessou Kevin para dentro do bar por uma janela e entrou logo em seguida, Megan os seguiu.

Kevin se levantou, quebrou uma garrafa em Joseph, o jogou nas mesas. Fazendo todas caírem. Seus olhos estavam com veias um tanto saltadas, sua face havia mudado. Ele tirou suas presas. Correu até Joseph e enfiou um pedaço de madeira em sua barriga. Em seguida o arrancou, e se preparou para golpeá-lo no coração.

–KEVIN! CHEGA! -Ele olhou para o lado, Megan o encarava com as duas mãos sobre a boca. Ela devia ter se assustado... Mas ele não se importava, tudo o que queria era Joseph morto.

Mas não seria tão fácil. No momento seguinte havia uma mão em seu coração, era a mão de Joseph que havia atravessado seu peito e agora estava pronta para matá-lo. Kevin permaneceu imóvel, sentindo o olhar frio de Joseph sobre ele.

–Como você se sente ao saber que sua vida está nas minhas mãos? -Joseph falou, e parou por um momento, dando um sorriso sarcástico -Literalmente...

–Joseph! -Megan se aproximou cautelosamente -Não faça isso... Não... Não mate o Kevin.

–Ele nunca vai deixar você ser quem você é, Megan. Você ficará melhor com ele morto.

–Não tome decisões por mim. Se você fizer isso, eu vou te odiar pro resto da minha vida.

Ambos a encararam. Joseph não queria simplesmente deixar Kevin ir embora... Porém não havia outra solução. Ele o soltou, deixando-o no chão, com as mãos no peito.

–Viva sob minha piedade!

Em seguida Joseph parou na porta do bar, estava esperando Megan. Ela se abaixou no chão, bem perto de Kevin.

–Não me procure mais. Eu mudei, não sirvo mais pra você.

–Não pode ir com ele, Megan. -Ele disse com a voz ainda fraca -Eu não me importo com as coisas que você fez, você ainda tem salvação... Já ele é um caso perdido.

–Eu também sou um caso perdido pra você, Kev... Mas... Acho que você nunca vai perceber isso. Então vou sair da sua vida... Não quero ser um impasse.

–Megan... -Ela colocou um dos dedos sob seus lábios.

–Adeus, Kevin.

Em seguida se levantou, deu as costas a ele e foi até Joseph. Ele a encarou, em seguida encarou Kevin. Que ainda estava no chão. Megan não devia deixá-lo... Mas mesmo assim foi embora com Joseph.

Kevin tentou se levantar, ele precisava impedi-la de fazer aquilo. Porém ele não tinha forças naquele momento...


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