Mudando de Vida escrita por Lady Padackles


Capítulo 1
Sam não pode morrer




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Dean chorava copiosamente segurando o rosto do irmão morto. Por mais que as mortes de Sam tivessem se tornados corriqueiras, o desespero do irmão mais velho era sempre o mesmo. Dean não aguentava mais tanto sofrimento. Anjos, demônios, leviatãs, fadas, vampiros, lobisomens... Por que a vida deles precisava ser assim? Ainda chorando Dean sentiu um toque familiar em seu ombro. Castiel curou seus ferimentos e trouxe Sam novamente a vida.

Dean olhou extremamente agradecido. Abraçou seu enorme irmãozinho, ainda chorando. Sam, cuja última lembrança era a de ter sido atacado por um duende dentuço, estava confuso e atordoado.

– Dean, o que houve? – perguntou ele.

Dean não podia falar, engasgado em suas próprias lágrimas. Castiel respondeu por ele.

– O duende dentuço te matou, mordeu seu irmão e depois fugiu. Eu ouvi o choro dele e vim consertar as coisas. Está tudo bem agora.

Sam ouviu tudo com atenção e ficou aliviado por ter um anjo como amigo. Estava tudo bem, só precisavam encontrar aquele nanico dentuço e dar cabo dele.

Dean, entretanto, estava demorando demais para se recompor. Continuava agarrado a Sam, chorando. Castiel o olhou confuso.

– Dean, pare de chorar, você não queria que eu ressuscitasse o Sam?! – perguntou ele, sério – Posso matá-lo de novo, se esse for seu desejo... - Sam olhou o anjo, assutado e incrédulo.

– Nada disso! – disse Dean, ainda sem fôlego. Desviou seu olhar para o anjo. - Cas, eu não posso mais ver o Sam morrer... Não aguento mais. Se ele morrer mais uma vez, uma vezinha sequer, eu nem sei... – voltou a chorar. Sam e Castiel se entreolharam. A coisa estava feia.

– Dean, o que mais eu posso fazer? Ele morre com muita facilidade... Acho que essa é a 13ª vez, só esse ano... - Castiel fuzilou Sam com o olhar. - Pare de morrer, olha como o seu irmão fica! – disse zangado.

Sam estava confuso... – Prometo que vou ser mais cuidadoso...

– Ótimo – respondeu Castiel – E se por acaso ele voltar a morrer eu o trago de volta. Sam e Castiel olharam para Dean, esperançosos. Aquilo tinha que bastar para consolar o rapaz. Dean fitou-os de volta.

– Não! – disse ele, já fazendo bico de choro novamente – Castiel, nos tire daqui!

– Como assim? – Sam e Castiel perguntaram em oníssono. – Daqui de onde?

Dean, então, pensativo, respondeu.

– Lembra de uma vez que Sam e eu fomos parar em um universo alternativo? Nós éramos atores. Sam era casado com "fake Ruby"... O nome dele era Jay Pé de alguma coisa. Eu era um tal de Jen Eco. E, bem, naquele lugar não havia... – sua voz embargou. Começou a chorar novamente.

– Não havia o que? – perguntou Castiel.

– Não havia monstros? – completou Sam interrogativo.

Dean fez que sim com a cabeça. Castiel ficou com pena. Aquele pobre rapaz, tão bonito, não estava suplicando por dinheiro, sucesso, e nem mesmo pedia para encontrar a mulher de seus sonhos. Ele simplesmente não queria viver em um lugar cheio de monstros que insistiam em assassinar a ele e a seu irmão dezenas de vezes por ano.

– Dean... Não sei... – ponderou Castiel.

Dean olhou para o anjo. Era um olhar verde, molhado, triste e suplicante. Castiel não pôde resistir.

– Bem, se é assim que você quer, eu mando vocês para lá...

Sam, que já estava bem assustado com aquela história, se intrometeu.

– Ei, mas eu não quero ir a lugar nenhum! Não quero ser ator e nem ser casado com a Ruby! - Olhou atordoado para Dean, mas este evitou contato visual com o irmão. Dean olhava para o chão, e parecia inflexível em sua escolha.

– Sam, desculpa, mas farei o que o Dean me pediu. Nossa ligação é mais forte.

O pobre Winchester caçula ficou revoltado com a resposta do anjo, e tentou argumentar com o irmão.

– Dean, você não pode me forçar a ir a lugar nenhum! Eu não vou! Temos que matar o duende dentuço, é nosso dever!

– Você não tem escolha, Sam... Sou o predileto de Castiel - disse, pedindo desculpas com o olhar.

Falando isso, Dean abraçou o anjo. Era um abraço de despedida e agradecimento. Sam, bastante irritado, desviou quando o anjo veio em sua direção com os braços abertos.

– Ele nos está fazendo um favor, Sam... – repreendeu Dean.

Castiel recuou embaraçado e se concentrou.

– Adeus Sam, adeus Dean. Sentirei falta de vocês por aqui...


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