Toda Warfang estava sendo atacada, exceto pelo lado sul, onde o exército tinha se retirado. As portas aguentavam bem, mas aos poucos começavam à ceder, fazendo os pequenos exércitos dentro da muralha começarem à pedirem aos seus ancestrais para que cuidem de seus familiares, já prevendo o pior.
Cyro precisava voltar para seu posto ao lado de Chama, mas não queria deixa seu querido amigo lá em uma hora dessas, quando ele mais precisa de carinho e companheirismo.
Uta, percebendo a inquietação de Cyro, assentiu para ele, consentindo para que ele saísse, pois ele sabia que o dever dele como dragão roxo era proteger Warfang. -Pode ir, Cyro. Eu vou ficar com ele aqui.
-Não! -Tremor finalmente fala fungando e limpando suas lágrimas, se levantando. -Irei proteger a minha cidade com garra e dentes! -Disse o dragão inflando seu peito. -Isso é oque meu pai iria querer. O deixarei orgulhoso de mim!
-Ele já está orgulhoso de você, meu amor. -Uta diz sorrindo.
Cyro gostou de ver aquilo de seu amigo. Uma força e uma dignidade incrível. Spyro, que os observava meio de longe, sorriu e assentiu, indo até eles.
-Certo. A batalha continua, não importa quem perdermos. Precisamos continuar lutando para que assim possamos dar um funeral digno para quem hoje partiu. Vamos! Eu irei com Cynder e Helen. Cyro, volte para Chama! Uta e Tremor, vão com Ray e Malenis. Lutem com bravura, meninos, que iremos vencer essa batalha! -O grandr dragão roxo diz e os outros 3 jovens assentem. Nisso os 4 decolam.
Spyro ousou olhar para trás, para onde estava os restos de Brutus e abaixou a cabeça. -Adeus meu velho amigo...
Assim que Cyro chegou ao lado de Chama, a porta ainda não havia cedido graças aos dragões que estavam em cima da muralha, atirando com tudo nos inimigos abaixo.
O dragão vermelho olhou para Cyro e perguntou. -Oque houve?
Cyro olhou para o chão. -Lamento, Chama... Perdemos Brutus.
Aquela palavras serviram como uma estaca direto no coração de Chama, que cambaleou. -Impossível...
-Infelizmente, é a verdade... Uta me chamou porque Tremor havia libertado seu lado negro.
Chama engoliu em seco. -Pelos ancestrais. Está tudo bem?
-Nunca vi tanto controle. Tremor.... Agora... É imortal, assim como eu, meu pai, minha mãe e meu vô. Ele consefuiu controlar o modo negro.
-Incrível. Pobre Tremor... Tão jovem.
-Eu não sei oque ele deve estar passando. Deve ser muito ruim perder alguém da sua família desse jeito. Ainda mais que...
Nesse exato momento algo fez o portão tremer.
Os dois dragões viraram para o portão e ouviram alguém do alto da muralha falar "Aríete". -Merda! -Os dois falaram juntos.
-Vamos precisar abrir os portões, ou eles o quebrarão! -Chama pensa rápido. -Se o quebrarem, não teremos nenhuma defesa por semanas!
Cyro ergueu a asa para dois soldados. -Abram o portão! Todos estejam firmes em seus postos! Eles não poderão vir todos de uma vez por ser pouco espaço! Mantenham a calma e lutem com honra!
Essas palavras foram devolvidas com rugidos de espírito de todos os dragões ali presentes. Logo os portões começam à se abrir, dando visão ao grande aríete com a ponta sendo uma cabeça de águia. Ao redor do aríete estavam muitos soldados inimigos, que começam a entrar desordenadamente, pelo menos 50 a cada 10 segundos, oque estava sendo suficiente para que Cyro, Chama e os soldados restantes conseguissem os deter.
Isso durou até que a fadiga começou à os atacar também. Eles precisavam fechar os portões.
Cyro, que arfava de cansaço, tivera uma ideia. -Irei destruir aquela porra de aríete!
-Oque?! Está louco, Cyro? Você será massacrado!
-Confie em mim! Quando eu mandar, Feche os portões!
Chama relutou mas assentiu.
Cyro então respirou fundo e decolou, indo para fora dos portões, direto no aríete. Todos se voltaram contra ele, deixando de entrar na cidade para matar o dragão roxo, porém, Cyro fechou seus olhos e se concentrou.
Um fluxo grande de energia vital tomou conta do lugar. Pequenos raios roxos passavam pelo corpo de Cyro até que ele abre as asas e uma grande explosão de convexidade sai dele, o fazendo rugir e matando todos que estavam perto do aríete, que também fora destruído com a imensa força da convexidade.
Cyro após isso caiu no chão, fraco. -Fechem!
Chama arregalou os olhos vendo aquilo. -Tão jovem e tão poderoso... -Ao perceber os portões se fechando ele correu para fora dos portões. -Esperem! -Ele diz passando pelos portões, indo em direção à Cyro.
O restante do exército inimigo se aproximava rápido, aproximadamente 300 inimigos ainda. Eles estavam mais peeto de Cyro que Chama, que corria muito rápido, desesperado para salvá-lo.
Um dos dragões inimigos ergueu sua pata assim que chegou em Cyro, pronto para arracar sua cabeça fora mas Chama foi rápido, abriu sua boca e abocanhou Cyro, o colocando dentro de sua boca e recebendo o ataque por ele, bem na cicatriz em seu olho que Brasa havia feito anos atrás, o fazendo ser lançado em direção do portão novamente, caindo de costas fazendo o chão tremer devido seu peso. -Nhg! -Seu olho ardia muito e os inimigos não pensaram 2 vezes, indo para cima dele, que tentou correr mas suas pernas fraquejaram. Ele não iria conseguir fazer nada. Então com suas últimas forças, lançou uma bola de fogo para dentro da cidade, lançando Cyro para dentro chamuscado, que rolou pelo chão. -FECHEM!!! -Gritou o dragão vermelho, caído ao chão.
Assim que Cyro olhou para fora, todo machucado, viu Chama sorrindo para ele, com lágrimas nos olhos e falando algo que Cyro entendeu perfeitamente: "Cuide de Labareda.".
Então os portões se fecharam.