Meus guardiões - entre o bem e o mal escrita por Gato Cinza


Capítulo 34
Mais um dia desagradável em Konoha


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura pessoal ^^



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Sasuke e Neji

Levara muito tempo para que dividissem os grupos e saíssem de casa, por fim ele acabou tendo a companhia de Neji. Sasuke até preferia assim, se estivesse em companhia de Karen já teria no mínimo perdido a paciência, assim como provavelmente estaria tendo alguma discussão completamente inútil se estivesse com o Naruto. Mas teria mais proveito se estivesse acompanhado por Sai ou Gaara com quem ele ainda precisa ter uma conversa realmente importante.

Mas por hora estava tudo bem, concordou com Hinata na noite anterior que não podia manter todos na casa de Sakura, não era do feitio dos amigos ficarem parados ou escondidos enquanto tinha pessoas precisando de ajuda.

“Não pode fazer tudo sozinho Sasuke” – dissera Hinata “Considere-se de sorte por Ino ainda não ter explodido e saído por ai, sozinha”

A namorada estava certa, nos últimos três dias estava sendo quase uma missão suicida conseguir mantê-los em casa, Naruto estava sendo de uma ajuda magnífica, embora o amigo dramático fizesse questão de ficar no telhado na casa observando tudo com um telescópio. Mas felizmente as coisas estavam ficando menos piores. Hinata e Sakura tinham retornado – vieram com um demônio na bagagem, mas ao menos elas estavam bem.

– Está ouvindo isso? – perguntou Neji parando

Sasuke ouvia sim. Era impossível não ouvir.

– Vem dali – disse apontando uma rua lateral

Os dois correram em direção ao som melodioso e calmante que ouviam, que tipo de idiota escuta musica em uma cidade infestada de mortos assassinos? Entraram em uma rua movimentada – cheia de mortos-vivos.

Para a surpresa de Neji os mortos abriam caminho sem causar problemas e quando a musica parou os zumbis simplesmente saíram do local na maior presa que lhes era possível, era como se ele e Sasuke estivessem contaminados.

– Já tinha me abandonado á sorte – disse uma voz feminina suave e sussurrante atrás deles – Mas os vivos ainda conhecem o som da esperança.

Viraram ao mesmo tempo cobrindo os olhos com a mão para olharem a garota que estava sentada em cima de uma tenda de vendas.

Sai, Kiba e Shino

O trio devia ter ido em direção ao hospital, fora esse o combinado, porém na metade do caminho Akamaru farejou outra coisa e foi em direção contraria. Os garotos seguiram o grande cão, curiosos para saber o que tinha atraído atenção dele. Correram por um tempo e logo perceberam que o caminho que estavam tomando era o do centro da cidade onde deveriam se encontrar dentro de duas horas.

Por um segundo eles perderam Akamaru de vista, mas logo Kiba o achou. Sai e Shino logo se juntaram ao atleta e por longos minutos ficaram encarando céticos o que viam.

Sasuke e Neji

– Um Uchiha! – exclamou ela admirada se levantando e fazendo uma reverencia – Meus olhos alegram em ver uma imagem tão bela.

– Quem é você? – perguntou Sasuke desconfiado – Como conhece o nome de meu clã?

A garota pulou ficando á poucos passos deles, girando uma flauta na mão. Usava uma pintura no rosto semelhante á de *Eric Draven, vestia uma capa marrom que arrastava no chão, os cabelos presos uma longa trança de vários tons de cinza estava enrolada em seu pescoço como um cachecol. Ela olhou para Neji analítica e depois deu de ombros respondendo á pergunta que lhe fora feita.

– Seu clã é conhecido no mundo dos homens também jovem Uchiha, não seja orgulhoso por isso. Ser um Uchiha é honra o bastante para um mendigo e desonra suficiente para um imperador.

Sasuke ficou ligeiramente vermelho, mas manteve o tom seguro de sempre ao refazer sua primeira pergunta:

– Quem é você?

– Á essa pergunta jovem Uchiha não posso responder, entretanto posso lhe dar um nome para usar quando falar comigo. Chame-me de Esperança.

Ouviram um grito e um barulho de coisas caindo, sem mais perguntas os três foram em direção aos sons ouvido.

Gaara, Naruto e Karin

Gaara estava se desconhecendo, em outras circunstâncias ele já teria arrancado a língua de um tagarela, mas por algum motivo bizarro gostava da tagarelice de Naruto Uzumaki, de um modo irritante e inconveniente o loiro era boa companhia, e por hora estava empenhado em irritar a Karin, uma garota azeda e silenciosa. Os pensamentos de Gaara se voltaram em direção á Lilith.

Tinha mais coisas que apenas uma disputa de interesses em tudo isso. Banir os ceifadores de uma cidade era quase impossível, apenas a morte tinha poder para isso e ao que ele sabia a Morte só respondia á si mesma. Por que uma bruxa do nível de Lilith, a senhora do submundo colocaria uma cidade como Konoha em estado se sitio?

Não era apenas para chamar a atenção dele e o forçar a voltar para o inferno, tampouco era para obrigar Hinata ou Sakura a agirem no seu lado contra os anjos ou caçadores, Lilith possuía métodos muito mais eficazes de convencer as pessoas a fazerem algo que ela quisesse. Mas então por que Konoha? O que ela estava planejando?

Um vento quente e arrepiante passou por ele, então saiu de seu devaneio e assim como seus dois “companheiros” ficou parado olhando atento para os lados, porém diferente deles, Gaara sabia o que aquilo significava, Temari estava por perto e não estava sozinha.

– Vamos sair daqui – disse indo na direção oposta de onde a irmã estava, não ia ser responsável pela morte dos amigos de Sakura.

Sai, Kiba e Shino

Shikamaru estava ali, parado olhando para uma faca com a cabeça levemente inclinada. Ele ergueu o olhar para os colegas e sorriu, um sorriso vago que não pertencia á personalidade do rapaz.

– Olá pessoal, esperava encontrar com vocês mais tarde na casa dos Haruno.

– Mas como já estão por aqui vamos nos adiantar ao assunto – olharam para trás uma loura de vestido vermelho justo segurando um leque se aproximava – Eu queria a presença de meu irmão, mas ele resolveu fugir de mim e levou os outros humanos para longe.

Ela ficou ao lado de Shikamaru.

– Me chamo Temari – informou fechando o leque.

Sai segurou o punhal que trazia com sigo pronto para se defender. Temari sorriu quando ele se moveu.

– Guarde sua faquinha caçador, tenho uma proposta a fazer para você e seus amigos.

– Que proposta? – perguntou Kiba segurando Akamaru que não parava de rosnar contra a Temari – Quem é você?

Temari encarou Kiba por um momento antes de responder a pergunta dele em um tom que podia ser considerado, amistoso.

– Quem sou levaria uma vida sua para que eu explicasse, mas em resumo Temari, terceira filha de Lúcifer e Lilith, uma demônio menor feiticeira. Agora minha proposta...

Temari encarou o riso sarcástico de Kiba, indignada.

– Pelo jeito é fã de livros moderninhos. Bom senhorita princesa do inferno...

Kiba colocou as duas mãos no pescoço, não estava conseguindo respirar. Akamaru pulou sobre Temari, mas teve o caminho bloqueado por Shikamaru que se fez escudo dá demônio. Sai avançou contra Temari. Shino por um breve momento hesitou, mas ao ver a força com que Sai fora lançado contra a vitrine de uma loja ele preferiu não atacar, força física não era seu ponto forte e ele não tinha nenhuma arma em mãos.

– O que é que você quer com a gente? – gritou para Temari que parou na metade do caminho e se virou para ele.

Sai estava se levantando, mas ela preferiu responder antes de matar o caçador.

– Vocês são amigos de uma garota chamada Sakura Haruno. Queremos que ela venha conosco, vocês só precisam convencê-la.

– E por que é que ela não quer ir com vocês?

Temari rangeu os dentes irritada, qual era o problema dos humanos?

– Eu já disse, dou uma demônio. Infelizmente a amiga de vocês resolveu trabalhar pelos anjos.

– Conta outra, isso de anjos e demônios é bobagem.

– Bobagem, Shino? – ela apreciou o fato dele se desconcertar ao ouvir o nome dito por ela, sendo que não havia se apresentado – O que está acontecendo nessa sua cidadezinha é bobagem? Os mortos levantando dos túmulos e aqueles que morrem retornando em busca de sangue. Vocês não estão recebendo ajuda dos seus militares de fora sabe por quê? Por que todos aqueles que saem dos limites da cidade esquecem o que está acontecendo. Isso é magia.

Sai se levantou cambaleante sentindo o sangue escorrer pela costa, Ino ia mata-lo por não ter se recuperado o bastante antes de sair, mas se soubesse que ia encontrar problemas daquele nível teria levado uma arma de verdade e não um punhal. Temari notou que ele se levantara, mas no momento em que percebeu isso notou a aproximação de uma energia angelical. Virou-se para a esquina onde Sasuke, um humano e uma andante acabavam de aparecer.

No instante em que ela vira Sasuke e a andante, ela se aprumou e o semblante que á pouco era divertido e zombeteiro se tronou sombrio e tenso. Avançou contra Sasuke empunhando seu leque como á uma espada afiada. Sasuke desviou saltando para trás.

Já conhecia o método de luta de Temari, sabia o quão veloz a loira era e como ela usava aquele leque cheio de laminas encantadas capazes de matá-lo com apenas um toque. Mas Sasuke focou em um objetivo, levar Temari para longe dos amigos, então apenas desviava fazendo ataques medidos para que ela fosse atrás dele.

Neji fizera menção de se mover para ir ajudar Sasuke, mas a garota Esperança o segurou mostrando Sai que estava ferido, o Hyuga fora ajudar o amigo, enquanto ela espiava Shino e Kiba ambos momentaneamente enfeitiçados.

– O que deu neles? – perguntou Neji se aproximando apoiando Sai que ainda estava tonto pelo impacto de ser jogado contra uma vidraça.

– Hipnose – informou Sai esperando que o amigo não fizesse perguntas.

Mas não foi preciso, Neji ainda olhava para onde Sasuke e Temari tinham ido, aliás, eles tinham sumido de vista. Esperança exclamou algo em um idioma estranho e estalou o dedo, os dois garotos hipnotizados piscaram confusos os olhando.

– Eu morri? – perguntou Kiba olhando para os lados, seu cão estava estendido no chão – Akamaru!

Os outros pareceram só então notar o grande e peludo cão branco que sangrava á poucos passos de distancia.

– Akamaru – lamentou Kiba hesitando em tocar o cão – Temos que leva-lo ao veterinário.

– Não precisa – disse Esperança com voz suave, sussurrante e impassível – Ninguém que morrer nesta cidade morre de verdade pelo menos não ainda, medicina humana não saberia ajudar seu amigo.

Kiba olhou por um segundo surpreso para a garota de capa e pintura no rosto, estava acostumado á ouvir “seu bichinho”, “seu cachorro”, mas era a primeira vez que ouvia “seu amigo” ser referido á Akamaru.

– E quem é você? – perguntou um pouco ríspido – Outra demônio?

– Tenho cara de demônio? – falou ofendida dando as costas para o grupo – É o que recebo em ajudar as pessoas, ser comparada á um demônio, mas também o que se deve esperar de uma casca?

– Ei, Esperança – chamou Neji ligeiramente divertido – Não quer vir conosco para nosso QG? Temos que levar o Sai e o Akamaru.

A garota os olhou analítica, Sai estava ferido e sendo apoiado por Neji, o garoto de cabelos arrepiados carregava seu enorme cachorro e apenas o garoto de óculos escuro estava livre, se fossem atacados não teriam menor chances. Ela assentiu e os seguiu, embora sua curiosidade quisesse que fosse a busca do Uchiha e da filha do inferno. Ela assoviava uma canção depressiva enquanto caminhava. Os outros notavam os zumbis que os seguia á certa distancia.

– Acho melhor parar de assoviar – disse Kiba incomodado – Essas coisas podem ouvir e estão nos seguindo.

– Estão nos seguindo por que estão sentindo cheiro de sangue, estão nos vendo e sabem que estamos vivos – falou ela metida voltando a assoviar

Era sua musica que os atraia e sua musica que os mantinha longe. Já estariam mortos se ela não estivesse mantendo os mortos distraídos. Chegaram á casa onde estavam escondidos depois de darem varias voltas inúteis para despistar os zumbis. Foi Shino quem bateu na porta. Esperança olhou intrigada para a loira bonita que abriu a porta, ela olhou para todos rapidamente e arregalou os olhos ao ver Sai ferido.

– O que aconteceu? – perguntou Hinata quando Shino, Ino e Sakura começaram a cuidar dos ferimentos dos “pacientes”, ela cobriu os ouvidos – Onde está o Sasuke, Neji?

O primo narrou rapidamente o que acontecera com eles até encontrarem com o outro grupo. Depois Kiba narrou a outra metade que incluía o encontro com Shikamaru e Temari.

– Está com dor de cabeça? – perguntou Tenten olhando para Hinata que cobria as orelhas fazendo caretas.

Ela retirou a mão e tentou fingir que estava tudo bem, mas ela sentia uma ligeira vontade de domir.

– Pelos lordes – disse Hinata com as mãos na orelha novamente – Sasuke ficou lá fora com aquela coisa? Eu tenho que ir ajuda-lo.

– Não vai sair daqui Hinata – mandou Neji – Aquela mulher é estranha, ela não é humana.

– Disse que é uma demônio – falou Kiba – E fez alguma coisa com o Shikamaru. Aliás, o que aconteceu com ele?

Nem Sai, nem Neji ou Shino viram o que aconteceu, Shikamaru atravessou o caminho do Akamaru quando ele ia atacar a Temari e depois disso tudo ficou tão confuso que nem notaram o sumiço do amigo. Falando em sumiço.

– Cadê aquela garota que estava com vocês na entrada? – perguntou Ino

Hinata não ouviu a resposta sobre nenhuma menina, mesmo que quisesse saber do que Ino estava falando, encostou a cabeça no ombro de Sakura ao seu lado e dormiu.


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Notas finais do capítulo

* Eric Draven - personagem do filme O Corvo