—Mary, eu... –suspirou Damon, com os olhos brilhando de tanta raiva.

—Calminha aí. 5,4,3,2... –ela contou, olhando para o relógio.

A porta do elevador abriu e July apareceu sentada dentro dele, amarrada dos pés a cabeça.

—Olha só! Bem na hora! –Mary sorriu e foi atrás de July, que não conseguia falar com a fita adesiva na boca. –Vejam o que temos aqui. Uma pobre inocente. Acharam mesmo que esse sangue todo era dela? Óbvio que eu não a matei. Não poderia tirar a vida dessa loirinha sem que todos estivessem assistindo. Sendo assim, bem vindos ao meu grand finale. –ela disse com entusiasmo, puxando a menina pelos cabelos.

—Larga ela agora. –disse Klaus se aproximando.

—Opa, opa, opa. –ela falou, segurando o pescoço de July com força. –Calma lá, querido. Pense bem antes de fazer alguma coisa.

Nesse segundo, Katherine apareceu com um machado na porta do prédio, encarando fixamente Mary, que fazia seu show no meio da portaria.

—Eu estava tranquila, sabia? Mas você tinha que me provocar, não é? Parece que eu vou ter que te matar de novo.

—Do que você... –Mary não conseguiu terminar a frase. Sua cabeça estava no outro canto do cômodo depois do golpe rápido da morena.

Stefan correu para soltar a menina e Damon encarou tudo sem se mover. Ele só queria abraçá-la o mais forte que podia, mas sabia que ela não se lembrava de nada.

—Ah, Stefan! – ela gritou o abraçando.

Damon saiu do prédio e se sentou no capô do carro enquanto olhava para o céu. Aquilo era demais. Eram tantos sentimentos que a ideia de desligar a humanidade não saia da cabeça. Ele estava tão ocupado refletindo, que não prestou atenção no que acontecia lá dentro.

—Klaus! –ela disse sorrindo ao vê-lo. –Eu senti tanta saudade!

—July, você por acaso... –ele perguntou, achando aquilo estranho.

—Sim. A Mary me devolveu as memórias. Ela queria que eu dissesse o quão importante vocês foram pra mim, para que quando eu morresse, vocês sofressem mais. Eu não acredito que ela está morta. De verdade. –ela disse quase chorando.

—Pois é. –disse Katherine pegando a cabeça da loira. –Falando nisso, vocês bem que podiam me ajudar com esse corpo aqui não é?

Stefan e Klaus foram ajudá-la, quando Quinn se aproximou.

—Caso vocês não tenham notado, a Mary não sabia do que a Katherine estava falando quando chegou aqui. Na verdade, acho que nenhum de nós. –ela disse, olhando para a morena.

—Alguém escreveu “ASSASSINA” no meu espelho. Foi por isso que eu vim. –disse Katherine séria.

—Mas não foi ela. –disse Quinn olhando para a outra loira.

—Bom, com certeza não foi a July. Era um vampiro. Eu vi o vulto. –ela falou com certeza.

—A Mary ficou ligando para um cara. Era sempre a mesma pessoa, mas eu não o vi, nem ouvi sem nome. –disse July.

—Eu vou achar o telefone dela. –disse Quinn, revistando os bolsos da calça do cadáver.

—O que eu posso fazer para ajudar? –perguntou July.

—Você ainda está muito abalada, é melhor descansar. –falou Klaus.

—Na verdade, eu sei de uma coisa que você pode fazer. –sugeriu Stefan, apontando com a cabeça para Damon, que continuava sentado do lado de fora.

July respirou fundo e pensou: “É agora”.