Os Vampiros De Ohio escrita por katnissberry


Capítulo 32
Capítulo 32




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Já tinham se passado dez dias desde o último “Estou indo” de Damon. Era dia sete de novembro, e Stefan e July estavam sentados no Grill conversando sobre como o professor de francês tinha uma voz irritante. Os dois riam felizes, até July notar um rapaz virado para o bar, com as costas e corte de cabelo iguais aos de Damon.

–Olha, não parece o Damon? –ela perguntou o encarando.

–Eu liguei pra ele, e ele mandou várias mensagens dizendo que estava bem, e queria esfriar a cabeça, foi só isso. Você deve estar imaginando ele de tão preocupada.

–Pelo menos, olha e depois você me fala se é ou não o Damon. –ela disse, ainda o encarando.

Stefan se virou, até conseguir enxergar o rapaz. Ele realmente era parecido com Damon. Eles continuaram o olhando beber um copo de whisky, quando ele finalmente se virou, revelando seus olhos azuis, e mostrando que era o irmão Salvatore.

–Por que ele ficou tanto tempo longe? –perguntou July, que assim como Stefan, não tirava os olhos.

Damon tinha se virado para outro lado, ainda sem notar a presença dos dois. Ele cumprimentou uma menina e sorriu.

–Me diz o que eles tão dizendo! –falou July.

–Isso é errado. –disse Stefan finalmente virando pra namorada. –Esquece eles.

Damon saiu com a menina do Grill, e Stefan e July continuaram sentados. Alguns minutos depois, July começou a tossir.

–Stefan, acho melhor eu pegar um pouco de ar puro.

–Eu vou com você.

–Não, não. Acho melhor você ficar aqui. Vai ser rápido.

July foi andando até o lado de fora do restaurante. Seus olhos procuravam Damon em todos os cantos do estacionamento, até ela ouvir um grito de trás de um carro próximo a uma espécie de floresta. Ela andou cuidadosamente, até enxergar através do vidro do carro, Damon mordendo a moça que tinha encontrado no restaurante.

–Damon! –gritou July aparecendo em sua frente. –Era isso que você estava fazendo nesses últimos dias?

Ele encarava a loira com seus olhos azuis, sangue escorrendo e um leve sorriso.

–Desculpa, July, se você se enganou, mas é assim que sou. Cruel, malvado, sem coração... Como preferir.

–Eu prefiro aquele rapaz legal e gentil da casa de praia.

–Mas ele não existe. Ele não é o Damon Salvatore. Ele é uma criação sua.

July continuou o encarando com um certo nojo, até tomar coragem de voltar pra sua mesa com Stefan.

–Tudo bem? –ele perguntou assim que ela se sentou.

–Sim. Foi só um enjoo. Já passou. –ela disse forçando um sorriso.

...

No dia seguinte, por volta das oito e meia da noite, July começou a preparar um frango grelhado para o jantar. Stefan a ajudava enquanto sorriam e conversavam.

–Nós deveríamos ter encomendado alguma coisa no Grill, ou ter pedido uma pizza mesmo. –disse July.

– Aposto que seu frango vai ficar gostoso. –disse Stefan.

Ela sorriu e de um selinho no namorado. Apesar de July não ter dito nada a Stefan sobre seu “encontro” com Damon, ele já suspeitava das intenções do irmão devido ao jeito de como ele dava em cima da menina do bar. E ele sabia que era por isso que July estava tão preocupada desde então. Quando Stefan finalmente ia perguntar o que estava a incomodado, uma pessoa indesejável entrou na cozinha sorrindo.

–Como está o meu casal favorito? Fazia tempo que não via vocês. –ela disse.

–Nós te vemos todo dia desde que resolveu se passar por Elena na escola. –disse July.

–Pois é, mas estou quase desistindo, entende? O Sam é muito sem graça pro meu gosto.

–O que veio fazer aqui, Katherine? –perguntou Stefan.

–Vim ver o Damon.

–Ele não está. –ele respondeu.

–Jura? Bom, agora que eu estou aqui... Você pode me dar uma bolsa de sangue?

–Só porque pelo menos assim você não se aproveita de um inocente. –disse Stefan indo buscar.

July e Katherine se encararam por um tempo, até a morena começar a falar.

–Nesses últimos dias o Damon anda muito mais interessante, sabe? Até passou lá em casa essa semana. Tivemos uma noite incrível! Algo que eu vou lembrar pra sempre. E você sabe muito bem que “sempre” pra um vampiro é muita coisa. –ela falou olhado pra July, que tentava ignorá-la. Katherine se aproximou e riu. –Eu sabia! Você não teve a sua primeira vez ainda, não é? Mas que santa... Não sabe o que está perdendo! Os Salvatore são muito bons. Pois é, eu já testei os dois. O Stefan, então... Aprendeu tudo comigo.

–Chega! –ela gritou. –Eu estou cansada de você, Katherine. Você tentou me matar e ainda vem aqui na minha casa falar isso?

–Desde quando essa casa é sua? –ela perguntou rindo.

–Olha, Katherine, eu me culparia pra sempre e não conseguiria dormir se eu matasse alguém. Mas aposto que se esse alguém fosse você, não sentiria nem um pouquinho de culpa. Talvez eu até ficasse feliz. –ela falou se aproximando com uma colher de pau quebrada na ponta.

–E você acha que vai ser fácil me matar? Porque matar você, eu posso fazer até dormindo.

–Então porque não fez isso antes?

–Porque o Klaus me mataria. Mas sabe o que eu tenho a dizer pra ele? Dane-se. –ela falou pegando um facão. –Acho melhor você guardar essa colher. –ela disse com o facão pertinho do rosto de July. Ela jogou o facão na pia. –Agora, me dá a mão. -July deu a mão pra ela, e Katherine fez um corte em seu pulso. – Eu vou te dar uma chance loirinha. Porque se você fizer uma coisinha errada, você nunca mais vai ver isso aqui. –ela disse erguendo seu pulso com sangue. –Eu vou sugar todo o líquido do seu corpo.

July a olhou aterrorizada.

...

Assim que Katherine e July começaram a discutir, Stefan ia em direção ao quarto do irmão a procura de uma bolsa. Assim que ele retornou, com ela na mão, Klaus apareceu em sua frente.

–Stefan Salvatore. Exatamente quem eu queria ver. –ele disse o encarnado com um sorriso.

–Olá Stefan. –disse Mary atrás dele.

–O que vocês estão fazendo aqui?

Klaus se aproximou e olhou no fundo de seus olhos.

–Toda vez que você vir uma gota de sangue se quer, uma sede incontrolável vai percorrer você, uma que você nunca sentiu na vida. –disse Klaus.

Mary sorriu pra eles.

–Vamos, antes que no vejam aqui. –disse Mary.

–Você não nos viu aqui. –disse Klaus sumindo, logo depois Mary também desapareceu.

Stefan assim que viu a bolsa em sua mão, a largou no chão, fazendo ela explodir e respingar em todo o tapete. Ele correu até a cozinha, com o coração apertado. A sede estava o absorvendo aos poucos.

–Você demorou. –disse July o encarando.

–Eu sei. –ele falou a olhando. –O que é isso no seu pulso? –ele perguntou vendo o sangue.

–Eu me cortei. –ela disse olhando pra Katherine.

Stefan se virou, e suas veias e artérias apareceram. Seus olhos ficaram vermelhos e a sede era tão forte que ele não conseguia se controlar.

–O que está acontecendo? –perguntou July.

–Sai daqui, July. Por favor. -ele murmurou.

–Ele não trouxe a bolsa, deve estar com sede. Acho melhor sair de perto. –falou Katherine.

Antes que July se mexesse, Stefan fugiu da mansão.

–E agora? –perguntou a July.

–Eu vou atrás dele. Quem sabe ele não volta a ser como era? –ela sumiu sorrindo.

July estava sozinha. Ela pegou o celular correndo e ligou pra um número que via faz tempo.

–Damon, eu preciso de você. –ela disse preocupada.


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