*Diário do Stefan

27 de outubro de 2013.

Deixar minha namorada na guarda do Damon não era tão fácil assim. Até porque, eu sei muito bem o quanto ele gosta dela. Fazia três dias que eu estava sozinho em casa, e nada de muito importante tinha acontecido, até aquele momento. Eu não conseguia falar com a July já que na sua casa na praia não tinha sinal, e as contas de telefone, luz e água tinham sido canceladas com a morte de seus avós.

Ficar sentado no sofá olhando pras manchas do fogo na fogueira, sem saber quando eu poderia voltar a ver minha namorada era um tanto angustiante. Mas todos aqueles três dias longe dela me fizeram perceber o quanto eu gostava dela. Admito que de início, eu fiquei com a July pra tentar esquecer da Rachel. Mas a cada dia, sinto que seus olhos verdes claros brilham na mesma sincronia que os meus. O problema, é que toda vez que a abraço, lhe beijo, ou simplesmente toco em sua mão, lembro da Quinn. Não ta atual é claro, mas da antiga e doce Quinn, com quem eu festejava passar cada segundo do meu dia.

....

Stefan largou a caneta que usava pra escrever em seu diário assim que ouviu um barulho. Ele se levantou rapidamente do sofá e correu até a porta. A brisa de final da tarde entrava pela casa por conta da porta aberta. Stefan olhou pra sala novamente, e encontrou Quinn em pé.

–Onde ela está? –ela perguntou me olhando.

–Longe. –ele respondeu caminhando em sua direção.

–Eu não tenho o dia inteiro. –ela disse séria.

–Quando começou a falar assim? –ele perguntou a encarando.

–Assim como? –ela perguntou ainda séria.

–Como a Katherine. –ela ficou um pouco sem graça, mas ele continuou. –Você não era assim Quinn. Você há anos atrás era doce, simples, delicada... Eu te amava, mais que tudo. E talvez esse amor tenha sido o mais forte que eu já senti. Mas agora te vendo desse jeito... A única coisa que eu sinto, é pena. Eu sinto pena de uma menina tão boa ter que ficar com dois rapazes pra se satisfazer, ou até ter que matar uma menina inocente pra conseguir ficar comigo. Porque... Sinceramente, você achava que matando a July ia me conquistar?

Quinn ficou parada por uns instantes, encarando Stefan.

–Eu não sei porque eu fiz isso. Talvez porque eu achasse que pelo menos assim você não pensaria em mim de outra forma. De início eu tentei ajudar. Falava com ela na escola, ajudei até a procurar o Damon quando ele fugiu. Mas parecia que eu nem existia. Talvez... Bancando a malvada você olhasse pra mim. –ela falou encarando o chão.

–Bancando a malvada você só se afasta ainda mais de mim. –disse Stefan a encarando.

–Se... Eu voltasse a ser como eu era... E se você e a July não estivessem juntos... Você ficaria comigo?

–Sim.

Os dois se encararam por um tempo.

–Por que você me trocou pelo Damon? –ele perguntou.

–Stefan, isso faz muito tempo...

–Por que?

–Porque eu era idiota. Eu não sabia que teria que abrir mão de um. Na minha cabeça, eu poderia ficar com vocês por quanto tempo eu quisesse. Só precisava revezar. Mas quando acordei certa manha, e me contaram que os Salvatore tinham se mudado eu percebi o quanto idiota eu fui.

Os dois se olharam por um tempo. Era como se aquele amor de anos atrás estivesse voltando.

–Eu não vou trair a July. –ele disse sério.

–Onde ela ta? –perguntou Klaus entrando na sala. –Eu sei que ela não está aqui.

–Ela foi pra longe. –disse Quinn se afastando de Stefan.

–Por que?

Stefan encarou Quinn por um tempo, até ela falar.

–Eu e a Katherine íamos matá-la.

–Bom, acho bom vocês nem tocarem nela. –ele disse firme.

–E por quê? –perguntou Katherine aparecendo atrás de Klaus. –Acho melhor tomar conta da sua namorada, Stefan. Tem gente de olho.

–Se eu souber que vocês encostaram um dedo nela eu enfio uma estaca de madeira no seu coração com o dedo mindinho. Afinal, Katherine... Você sabe do que eu sou capaz.

Katherine desapareceu, e logo depois, Klaus também sumiu. Stefan e Quinn se olharam por um tempo.

–Você vai atrás dela, né? –ela perguntou o encarnado.

–Sim. Ela é minha namorada. –ele disse sério.

–Eu sei.

E logo depois dessa fala, Stefan era o único na mansão.