– Pera, não contem para a Fox, nem para a Mad, porque já viu né? Fox é cunhada da Madge, veremos se Marvel não faz nada.

– Mas como assim o Marvel gosta da Fox?- Annie.

– Cato me disse que foi ele que ficou colocando cartinhas anônimas.- Respondo.

– Nossa, nunca que eu iria imaginar que Marvel gostaria da Fox. Esperava coisa melhor.- Clove comenta.

– Nossa- Digo rindo.- O que vão fazer hoje, Dia dos Namorados?

– Bom, sei lá.- Clove responde.- Planos?

– Sim. Lá em casa. Piscina. Filme. Lasanha. Fechou?

– Combinado.- Fox diz.

– Fechou.- Johanna, Annie e Clove falam.

– Vou ter que dispensar. Planos com meu príncipe.- Madge fala.

– Esse seu namoro é tão meloso.- Johanna finge cara de nojo.

– Concordo. – Fox diz.

(...)

– Feliz Dia dos Namorados, minha princesa.- Gale pega uma Madge que saiu correndo nos braços e a beija.- Planos para a noite certo?

– Feliz dia para a gente, amor.- Ela o beija mais uma vez.- Eu te amo Gale.

– Eu te amo Madge.

– Hey hey, assim eu fico com ciúmes. Já não basta meus melhores amigos namorarem?- Digo enquanto fico entre os dois, eles sorriem e me abraça.

Gale é maior que eu e a Madge, então facilmente da para ele beijar Madge. Fico no meio dos dois sem poder sair pelos braços que me prende, só ouvindo os chupões do beijo.

– Argh, chega né? Deixa essa energia para depois.- Fox me salva.

– AI QUE LINDO.- Grita Clove enquanto mexe no seu armário.- UM PANDA.- Clove abraça o animal de pelúcia.- Quem foi o felizardo que me deixou isso?

Uma porrada de bilhetinhos e presentes caiem dos armários. Alguns são anônimos, outros tem nomes que nunca vi, outros são até fofinhos...

– Henrry.- Leio em sussurro quando pego a ultima carta.

– Quem?- Fox pergunta.

– O Lucas da turma D.- Respondo, não é bem uma mentira, ele me mandou mesmo uma cartinha.

Escondo a carta de Henrry para ler depois.

– E ai Fox? Quem te mandou cartinhas?- Pergunto esperando uma de Marvel.

– O garoto anônimo, o único que está sem nome. Junto com um leãozinho de pelúcia.- Ela diz apaixonada.- Tomara que ele faça alguma coisa.

– É, tomara.- Johanna diz rindo.

***

Aulas chatas, professores chatos, seis horários chatos. Agora eu estou indo para o Alquimia almoçar com Finn e Johanna. Ninguém mais quis ir, mentira, então vamos só nós três.

– Eu quero um hambúrguer e fritas. Um suco de laranja com gelo e açúcar.- Peço.

– Trás pra mim fritas e um filé mal passado. Uma coca-cola com limão e gelo.- Johanna pede.- E você Finnick?

– Quero o mesmo que a Katniss, mas me trás uma porção pequena de cubos de açúcar.

–Cubos de açúcar?- Johanna pergunta depois do garçom ir.

– Sim.- Ele dá de ombros.- Ah, esqueci. Peeta, Cato, Gale e Marvel vão vir depois almoçar, só vão terminar de ajudar as meninas.

Faço uma careta estranha.

– Finnick não vale, você está roubando. Você só pode escolher uma coisa.- Johanna briga.

– Não é não. .- Finnick se defende.- Eu posso criar sim, uma conseqüência.

– Pode mesmo.- Annie fala.

– Cala a boca. Não pode.- Digo.

– É verdade. Katniss está certa.- Peeta diz.

– Mas eu falei primeiro.- Johanna.

– Peeta que é um puxa saco.- Madge fala.

– Tem que ser, Mad. Eles são namorados.- Lesly sorri enquanto fica abraçada de Fox.

– Viu?- Digo, então Peeta beija minha bochecha.

– Oras, Finnick responde logo.- Clove manda.

– E se ele não quiser?- Cato provoca.

– Onde você vai Less?- Fox pergunta.

– Pegar minha chinela, esqueci na casa da árvore.

– Eu vou fazer ele responder, Cato.- Clove rebate.

– Ta, eu respondo.- Finnick se rende.- Mais saibam que eu mais me amo do que qualquer um aqui. Eu desafio o Cato beijar a Clove.

– Eca, não.- Clove se apressa em falar.- Eu não vou beijar esse paspalho.

– Vai ter que beijar Clove, é uma conseqüência.- Gale diz.

– Tadinha dela, Cato é meu irmão, mas tadinha da Clove.- Digo.

– Se vocês quiserem, eu posso beijar a Kat, sem problema algum.- Peeta diz enquanto me abraça por trás.

– Ownn, pra mim também não tem problema.- Digo.

– Bleee.- Fox faz cara de nojo.

– Olha!- Annie aponta bem na hora que Cato se aproxima rápido de Clove e da um selinho.

Clove fica tão vermelha, só não sei se é de raiva ou de vergonha.

– CATO SEU IDIOTA. QUE NOJO.- Clove grita batendo nele.

– AI, desculpa.- Ele segura seus braços e sorri depois de mandar uma piscadela.

– Me solta seu inútil. Vai beijar sua irmã.

– Hey hey, calminha ai Clovita.- Peeta se manifesta de um jeito fofo. Aperto sua bochecha com uma mão o fazendo mostrar um biquinho que beijo.

– Lindo.- Sussurro para ele.

– Quanta baboseira.- Gale diz.

– Meu amigo, já temos um ano e mei...- Peeta começa a falar quando minha mãe nos chamou para lanchar.

Ouvi um barulho de longe e minha mãe se apressou em correr para dentro.

– Acho que a panela com biscoitos caiu.- Ela diz já distante.

Todos entraram e eu com a mão do Peeta grudada na minha.

– O que estavam fazendo?- Michelle, mãe do Peeta diz.

– Estávamos na casa da arvore e depois fomos fazer verdade ou conseqüência.- Gale diz devorando o biscoito.

– Ou, cadê a Lesly?- Digo.

– Katniss? A comida já chegou.- A voz de Joh me trás de volta para a realidade.

– O que estava pensando?- Finnick pergunta e em seguida da uma mordida no seu hambúrguer.

– Parando para pensar, a última vez que esse grupinho todo ficou junto foi naquela tarde em que Les...- Sou interrompida por Clove e Gale gritando.

– HEY CAMBADA DE 3.- Todos sentam.- O que estavam falando?- Madge termina.

– Nada, só comendo e falando sobre... a viagem de Paris.- Finnick fala.

– Falta muitos dias ainda.- Cato fala.

– É...

(...)

– Te encontramos lá, então.- Fox me fala.

– Ta, juro que vou ser rápida. Cato já está me esperando. Só vou no meu armário e vou pra lá.- Aviso as meninas e saio correndo.- 11 para esquerda, 2 para direita, 4 direita e 11 esquerda.- Sussurro a combinação do meu armário.

– Katniss, você não devia ficar falando a senha em voz alta.

– PUT...Mas que droga Mellark.- Grito, quase, de susto quando Peeta se encosta no lado do meu armário.

Continuo o ignorando enquanto pego todos os meus matérias necessários, tentando arrumar os matérias que ficam caídos e por fim pegando todos os bilhetes e presentes que meus “admiradores” me deram.

– Olha isso.- Peeta se abaixa para pegar o bilhetinho.

Perai, o único bilhetinho que ta de preto é o do ... Henrry.

–Peeta não!- Ele nem dá ouvidos.

– AHHHHHHHH, poha.- Ouço o grito agudo dele quando piso na sua mão.

– Quem manda pegar as coisas dos outros?- Me agacho e pego o bilhete.

– É seu ficante?- Ele debocha.

– Não, não é da sua conta.- Rebato.

– Eu só queria ser cavalheiro.- Ele faz um bico.

– É para seu bem.- Murmuro.- Você nunca será cavalheiro. Você é um idiota.

– Marrenta.

– Egocêntrico.

– Mandona.

– Burro.

– Cabeça dura.

– Falso.

– Metida.

– Arrogante.

– Grossa.

– Retardado.

– Linda.

– Lindo... Perai, o que? Você é um inútil.

– Ah é?- Ele se aproxima com aquele sorriso idiota. Tento dar um passo pata trás mas bato no meu armário que faz um grande barulho quando a porta bate.- Então prova.

Seus lábios tomam a direção da minha boca com facilidade, nem deu para tentar negar. Quanto tempo eu não sinto essas almofadinhas geladas.

Puxo a manga do seu casaco o empurrando para a parede. Ele me pega pela cintura fazendo minhas pernas rodearem a sua cintura. Peeta pede passagem com a língua e libero. Nossos movimentos são rápidos e brutais.

Vou puxando seus fios de cabelo na tentativa de trazer-lo mais para perto. Sua mão vai abaixando até chegar na minha bunda.

– Olha a mão boba Mellark.- Aviso em um rápido tempo que tiro para respirar.

Ele entende e volta a arranhar minhas costas. Ele se vira, me pressionado contra o armário, sinto que todos os matérias que segurava estão espalhados pelo chão do corredor. Meus lábios estão sendo torturados tanto quanto os dele. São movimentos estranhos, estou ficando sufocada. Mas a corrente elétrica que tem entre a gente é prazerosa. Peeta é tantador.

O que você está fazendo, Katniss?

– Peeta para!