I Hate Everything About You escrita por Juuhh


Capítulo 18
Só você pode me acalmar.


Notas iniciais do capítulo

:) Boa Leitura. E me desculpem se não tiver dos agrados de vcs.



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– ALGUEM ME AJUDA!- Grito para o saguão e os empregados vem nos ajudar. Não é conhecidencia, mas lembra que eu disse que quando chegamos em Paris estava muito frio? Hoje está chovendo. Logo quando eu amo chuva.

....

– Eu quero entrar com ela!- Grita Johanna autoritária. Claro que todas nós estávamos com frio, quebradas e não sei mais o que quando entramos no hospital.

– Desculpa, senhora! É uma emergência.

– Nós vamos entrar!- Fox diz.

– Maria!- Grita um dos médicos e a enfermeira nos barra na porta onde dá passagem para urgência.

– Annie! Annie...fique bem.- Sussurro ao ver ela sumir do meu campo de visão.

Olho para as meninas e caímos no choro. Johanna mais ainda.

– Ei! Assim você fica sem ar.- A enfermeira pede para a pessoa do balcão pegar copos de água.

– Foi culpa minha. Eu comecei com isso!

...

Apenas minutos se passaram e Johanna decidiu ligar para Finnick, colocando no viva voz.

– Olá Jojo!- Um Finnick animado atende.

– Finn..- Mal Johanna fala e começa a chorar.

Olha o que a amizade faz com a gente.

– Ei! O que aconteceu? To chegando no quarto de vocês. Vou chamar os meninos na piscina, eu levo comida, sei que a Kat ta com fome. Vê se...

– Finnick!- Clove pega o telefone.- Cala essa boca. É a Annie. Ela está no... no...

– Me da isso aqui!- A enfermeira pede o celular.- Ele é o que? O Namorado? Alô? Oi, bom dia. Aqui é do hospital e sua namorada, por bebidas alcoólicas, sofreu um acidente com o coração. – Maria, a enfermeira continua a falar enquanto Finnick pede o endereço- Por favor, trás roupas de frio para as garotas...

....

Nenhuma notícia mais veio. O hospital entrou em contato com a escola e deu as noticias necessárias para poder passar aos pais de Annie. Como Maria nos explicou, os guias que ficaram responsáveis por dinheiro e coisas assim da viagem teria que assinar alguns papeis e os pais de Annie chegariam amanha aqui em Paris. Não é preciso dizer que nossa viagem acabou. Mais não me importa. Porque estou sentindo as lagrimas salgadas na minha bochecha. Me trazendo para a realidade. Minha amiga nem se quer lembrou de seu problema. Ela tinha dado uma pausa nos remédios pesados já que seu médico deu alta para que pudesse fazer a viagem. Mas nós como amigas deveríamos estar atenta.

Nós todas ficamos sentadas no sofá. Pálidas e só ouvimos os soluços fortes e fungadas. Eu estava abraçada as minhas pernas para me proteger do frio. Maria tinha trago um cobertor para nós. Mas Johanna o dispensou e ficou separada. Clove foi conversar com ela e conseguiu um abraço. Mad e Fox ficaram conversando comigo por um tempo sobre o que eu achava. Mais nem para isso estávamos servindo. Parecia que nossa vida parou e nos colocou de frente e ao vivo o sofrimento da espera. E literalmente foi o que aconteceu. Não me importava com mais nada. Eu tinah que está com a Annie. Tínhamos que ter percebido. Agora ela corre risco de vida.

Eu não sei o que aconteceu porque não somos de beber. Somos contra isso totalmente. Sempre odiamos esse tipo de coisa. E agora, justamente nessa etapa da vida dela, ultrapassamos o limite de segurança.

Pensando nisso, as lagrimas jorravam mais uma vez.

“Eu não posso te perder, Annie. Não posso viver sem você, não quero perder mais ninguém. Eu não quero, eu não consigo”

Um pânico me atinge. Ela não pode sofrer.

– ...Não! NÃO! ME DEIXEM ENTRAR!- Grito enquanto Madge me segura por impulso.- Me solta. ANNIE! ANN! EU PRECISO DE VOCÊ! NÃO MORRA! NÃOOO- Tampo meus ouvidos achando que diminuiria as vozes negativas na minha cabeça. Solto um grito agudo e as lagrimas começam novamente.- Não... não, não, não! Eu não vou deixar... Annie não morra, não morra, não morra.

– O que está acontecendo com ela?- Maria pergunta para Madge que me abraça enquanto me debato.

– Ela está tendo pesadelos acordada.- Clove diz vindo até mim.- Katniss! Para, Annie vai ficar... ela vai ficar... Annie....

– ELA NÃO ESTÁ BEM. Parem de gritar. AHHHHHHHHHH!PAREM!!! Não deixem ela sozinha. Vão com ela para todo lugar... Me deixa acompanhá-la. Ela não pode se perder.

– Katniss?

– Os chinelos... não deixem que ela vá busca-los. ANNIE!

– Lesly...- Madge me solta.

– AAAAAAAAAH! ELA NÃO PODE IR PROCURAR OS CHINELOS. Deixe-me entrar, ela vai se afogar.

– Lesly...Lesly...Lesly.. Ann...Annie...- Madge começou a se mexer para frente e para trás abraçando as pernas.

– Quem é Lesly?- Outra enfermeira pegunta.

– Não! Olha para mim, Katniss! Annie não está sozinha. Lembra, as sandalhas estão presas aos pés. Annie não vai morrer, ela não vai se afogar. Ela sabe nadar, lembra? Ela gosta de nadar.

Eu olhei para Fox não a ouvindo. Olhei para os lados e vi que a porta estava aberta.

– Ela vai sair! Não deixem ela sozinha. Deixem Lesly com ela. Deixe-me pegar seus chinelos. Não morra... Anniee.....

Eu sentia saculejos mais entrei em uma bolha de pavor onde eu não conseguia mais ver, nem ouvir. Mais conseguia falar. Conseguia gritar, implorar para que me deixassem vê-la.

Nada aconteceu. Eu estava tampando os ouvidos e gritava. Eu não posso perde-lá.

Sai da cadeira e me arrastei ao chão.

Como não ouvia ou via mais ninguém pelos meus olhos embaçados um pânico me atingiu. Todos me deixaram. Eles te abandonaram. Primeiro Lesly, depois Peeta, agora Annie, e todos estão se cansando de você.

Esfrego os meus olhos tentando ver alguma coisa, alguma pista ou algo assim. Mias não vejo nada. Nenhuma voz, nenhuma notícia, apenas minha consciência solitária me avisando. Sinto o chão frio nas minhas pernas encosto na parede enquanto e contorço para que as vozes parem. Sinto algo quentinho me envolver. São os braços de Cato. Me permito chorar mais. Olho ao redor e Gale abraça sua irmã tentando a acalma-la, Peeta abraça Madge e Marvel fica pegando água. Aos poucos, Cato acaricia meu cabelo. Vou conseguindo ouvir novamente, sem medo de ficar sem ninguém peço baixinho para que ele chame Johanna e Clove para o nosso abraço. Sendo assim, Cato as puxa fazendo com que as duas chorem, carentes.

– Vai ficar tudo bem, meninas!- Cato fala otimista.

– Johanna!- Finnick chega com os olhos vermelhos.

– Finnick!- Ela o chama para um abraço.

Johanna sempre foi muito ligada a Finnick dês de que quando era pequena, ficou presa no elevador junto com eel. Então sempre tiveram uma amizade como irmãos.

– Cadê ela, Jojo?

...

–... E o histórico da família dela foi bem complicado. Sendo assim, Annie desenvolveu Insuficiência Cardíaca . Ela.... Annie está conseguindo viver normalmente...e-estava tomando seus....remédios...mais..-ma... eu não consigo mais.- Clove para de contar e se encolhe um pouco mais em Johanna,

– Tudo bem, Clo!- Finn sorri com dor.

Ainda ta difícil. Hospital pode ser um lugar super feliz para quem está ganhando seu filho, mais é algo muito ruim, um ambiente muito pesado e sofrido. Muitos choros, muitos gritos e muitos abraços de consolo.

Eu na sei nem mais o que esperar. Os trovões vem com força. E me levanto involuntariamente.

– Katniss...

– Não! NÃO! ELA VAI SE AFOGAR!

– Katniss, para!- Ouço Fox.

– O que está acontecendo?- Cato se levanta junto dos garotos.

– Ela surtou, acha que Annie vai morrer como...

– Como quem?- Pergunta Peeta enquanto Cato me segura.

– Como Lesly.

– Não! POR FAVOR, ME DEIXEM ENTRAR. Eu não quero que ela se fufoque na chuva. Não...- Choro mais enquanto perco as forças e caio nos braços de Cato- Me deixem ver. Eu não agüento mais.

– Mana...

– ELA VAI MORRER CATO! Eu não posso perder ela. Não quero perder ela. EU NÃO VOU CONSEGUIR SUPORTAR. Lesly sofreu, imagina a Annie, seu coração vai parar antes mesmo dela ir buscar os chinelos.

– Como?

– Os chinelos, ela vai querer buscar.

– Olha, Katniss. Annie não vai morrer como Lesly. Annie não vai morrer- Cato. Eu só consegui ouvir a palavra morte.

– NÃO! Parem! Parem, por favor. Não a deixem sozinha. Lesly não sabia nadar. ME SOLTA CATO. Alguém me ajuda. Não... Ahhhhh. AHHHHHHHH! Annie vai se afo...

Os braços de Peeta me rodearam.

– Ta tudo bem, pequena. Ela vai ficar bem.- O abraço forte e escondo minha cabeça na curva de seu pescoço.

– Ela v-vai so-sofrer, Peeta!- Murmuro. Peeta me tira do chão e puxa um cobertor para mim, o que Maria trouxe. Ele senta e me coloca em seu colo.- Ela não pode ir buscar.

– Ei, Lesly não está mais aqui. Ela não vai voltar. E Annie não vai encotra-lá agora. Lembra que Ann gosta de ficar descalça, Lesly era mimada e fresca, achava que ia sujar seus pés, lembra? – Peeta dá um riso- Mais Annie, se brincar, fica até na lama sem seus sapatos. A chuva não vai inundar o hospital, tudo bem?

É a primeira vez em que Peeta consegue falar que Lesly não está mais aqui. Ai eu percebo que, ele consegue ser o Peeta que era.

– Hein, pequena?- Pergunta de novo.- Não faz mais isso, não chora mais, porque te ver sofrer e não poder fazer nada é um tiro no meu coração.

– Para...- Digo manhosa e o abraço com as mãos rodeadas em seu pescoço.- Você pode, fica aqui, me abraça forte, deixa-me ouvir tua voz, Peeta.

Sei que daqui a algumas horas vamos entrar brigando de novo. Mais eu me libero um pouco para amá-lo novamente, me libero para poder ter o prazer de está em seus braços.

– Ela vai ficar bem.- Diz ele e beija o topo da minha cabeça.

Fico sentindo seu cheiro por um momento, tentando segurar o choro.

– Peeta, me ajuda.- Soluços voltam com as lagrimas, é só pensar nela que minha garganta entala. Estou sensível, quero chorar, correr para a chuva... Mais eu não posso, não tenho noticias e não sei se ela está respirando.- Não agüento mais.

No colo dele, ele me aperta contra seu corpo e encosta sua cabeça na minha. Por conhece-lo bem, sei que está com os olhos fechados. Tentando achar um jeito.

– Eu queria poder tirar todo o seu sofrimento, Katniss. Mais eu não posso. Fique aqui, comigo.

Peeta fica passando as mãos pelas minhas costas e adormeço em seu colo quentinho.

Essa hora, eu fiquei com uma sensação de segurança de novo. Me senti aos meus quatorze de novo. Vi que minha vida voltou ao normal. Mas sentir o cheiro do hospital, me faz perceber que, na situação que estamos, nada voltou ao normal. Estou com pesadelos.

...

Acordo com Peeta beijando a minha testa.

– Boa noite, Katniss.- Ele me olha sem sorri, mais cansado.

Olho para a janela e já esta de noite, não comi nada até agora, meu estomago ronca mais eu não quero nada. Olho para Peeta ainda deitada em seu colo e sei que me debati um pouco enquanto dormia.

– Você não comeu nada?

– Eu não queria te acordar.

– Peeta! Você não pode fazer isso. Não comeu nada o dia todo.

– Você também não.- Ele fala.

– Eu dormir tanto assim? Alguma noticia dela?- Olho para o sofá e vejo Finnick dormindo com Johanna e Clove em seu colo, uma com a cabeça encostada em cada coxa. Gale olha para o nada, sério, mais acaricia o cabelo da irmã, que dorme também. Marvel e Mad dormem entre eles também.

– Ainda não.

– Vem.- Me levanto tonta e sinto os meus olhos inchados de tanto chorar. Só de esticar as pernas foi bom.

– O que você quer? Não vai pensar em entrar lá, Katniss. É sério.

...

– E você não vai comer nada?- Peeta pergunta enquanto ajeita seu lanche na mesa.

– Eu não estou com fome.- Olho para ele e sorrio, sem humor.- Obrigada.

– Pelo que?

– Por tudo, por hoje. Eu não sei se conseguiria ficar calma sem você aqui.

Em resposta Peeta sorri. Ele sai da mesa sem falar nada. Fico presas em meus pensamentos.

– Toma.- Ele coloca uma bandeja com um sanduíche natural e um suco de laranja.

– Eu não to com fome.

– Katniss...come, por favor.

–Não to com fome, Peeta!

– Katniss você parece uma criança de quatro anos! Come só um pouco.

Bufo e mordo um minúsculo pedaço do meu sanduíche.

– Ta ruim.

– Só come.

– Ta amargo.

– É novinho.

– Ta sem gosto.

– Não podem colocar muitos temperos, Katniss, é um hospital...

– Mais ta...

– Para de reclamar, por favor. Come essa droga.

– Peeta...- Mordo um pedaço parando com a palhaçada.- O que será que Annie tem?

Ele suspira antes de responder e nega com a cabeça: Eu não sei. Mais espero que ela esteja bem, e só seja um susto.

Ficamos comendo e Peeta me disse enquanto eu dormia, a sala foi visitar Annie no hospital com os guias responsáveis, mais saíram e disseram que voltariam depois. Melhor assim.

...

Acabamos de comer e decidimos voltar para a sala de espera, para ver se chegou alguma notícia. Por um breve momento olhei para a mão livre de Peeta enquanto andávamos pelo corredor, e quis tocar em sua mão branquinha, quis sentir nossos dedos entrelaçarem, quis sentir o choque elétrico. Mais quando ele olhou desviei e fingi que nada tinha acontecido.

Chegamos lá e Gale tinha caído no sono. Marvel acordou e ficou mexendo no celular.

Peeta se sentou e bateu a mão em seu colo para que eu sentasse. Ele sorriu e eu fui até ele. Me aconcheguei enquanto ele massageava as minhas costas com deslizes nas mãos.

– Se quiser, pode dormir.- Sussurrou ele.

Concordei e fechei os olhos.

– Acompanhantes de Annie Cresta. Podem vir comigo.

Um medico nos chamou fazendo com que, as meninas que acordaram, viessem até mim e nos abrasássemos. Peeta veio até o meu lado e colocou um de seus braços no meu ombro.

Agora é a hora, vai ficar tudo bem Annie.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram? Não se preocupem, ainda terá mais algumas coisinhas em Paris.



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