Uma última vez escrita por SaraAS


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo. Esse é o penúltimo, espero que gostem. Agora as coisas vão ficar legais!



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Desde o momento em que a música havia começado, tudo que Lisbon havia pensado era sobre Jane. Tudo que ela tinha visto, era Jane. Ela não se deu conta do momento em que as lágrimas começaram a descer rapidamente pelo seu rosto. Ela não se lembrou mais que Pike também estava naquele quarto. Ela não se lembrou que estava presa em uma cadeira, sequestrada, em um último plano de Red John. E mesmo depois da música ter acabado e Jane estar desmaiado em uma cadeira, em um quarto mostrado em uma tela de TV, ela ainda não tinha se dado conta de nada. A única coisa que ela sentiu foi uma espécie de leveza, talvez alívio. A única coisa da qual ela se deu conta era de que Pike estava certo, ela se importava demais com Jane. Ela escolhia Jane à tudo. Mas lembrando de tudo, ela viu que Jane também a escolheu sempre. Matou para que ela sobrevivesse. Não a matou, mesmo que isso o levasse à Red John. Ele a provocou durante todos esses anos, mas ele sempre correu para salvá-la. Ele sempre a salvou. E ela sempre quis ajudá-lo, sempre quis salvá-lo. O tempo todo ela se arriscou por ele.
Desde o instante em que ela ouviu Pike dizer as palavras que o revelavam como um membro da Associação Blake, ela não havia temido por sua vida em momento algum. Ela se sentiu mal por Jane. Só por ele. Ela não teve medo que a machucassem, mas quis matar todos os que estavam fazendo Jane sentir a angústia, a dor de pensar que Red John ainda está vivo.
Ela ainda estava começando a esboçar um sorriso, por ter entendido o que sentia, quando a voz de Pike a chamou de volta:
– Ora, ora!! Parece que a Bela Adormecida acordou!! Acordou para o fato de que eu estava certo!!
Ouvindo isso ela o encarou, furiosa e, vendo seu sorriso cínico, ela gritou:
– Até quando isso vai durar? Já chega! Ele já sofreu o que vocês queriam que ele sofresse. Ele passou mais de 10 anos da vida dele sofrendo por culpa desse maldito e vai sofrer para sempre com o que aconteceu. Ele já perdeu tudo o que tinha, deixem ele em paz. Deixem ele viver com o alívio que conseguiu, matando aquele velho idiota!!
– Não se preocupe, Teresa. Já está quase acabando.
Dizendo isso, ele desligou a televisão e saiu do quarto.

No FBI, Abbott e a equipe reviravam tudo que podiam sobre Red John e a Associação Blake. Procuraram por família do Xerife McAllister, mas ele não tinha ninguém. Checaram familiares dos membros da Associação que foram descobertos, mas não havia nada suspeito entre eles.
Então pensaram em passar um pente fino em toda a Polícia do Estado da Califórnia. Seja a CBI, seja policiais somente das cidades. Policiais atuais ou ex-policiais. Mas eram muitos nomes e demoraria muito para checar todos eles. Então a agente Fisher – que tinha sido convencida por Cho, que já estava de alta, que deveria ajudar na investigação – teve uma ideia:
– Escutem, pode ser que não dê certo, mas nós podemos tentar: podíamos cruzar os nomes dos policiais que trabalhavam na Califórnia com o banco de dados dos policias que agora estão no Texas. Não garante nada, mas pode diminuir a nossa lista.
– Hmm... Sim, podemos tentar. – disse Abbott. – Wylie, comece.
– Ok. Começando. – respondeu Wylie.

Cerca de uma hora depois, já entediado de ver tantos nomes passando na tela do computador, um nome chamou a atenção de Wylie. Ele se endireitou na cadeira e chamou:
– Chefe.
– Diga. – respondeu Abbott.
– Você precisa ver isso. – ele disse, apontando um nome na tela do computador.
– Ah meu Deus! – Abbott exclamou ao ver o nome de Marcus Pike na tela do computador.
Então ele correu, pegou um celular e ligou para Pike. Assim que foi atendido, Abbott já perguntou:
– Agente Pike, porque você foi transferido da Califórnia para cá?
Depois de dar uma risada, Pike respondeu:
–Ok. Você me pegou. Vou te enviar o endereço de onde eles estão.

Depois de falar com Abbott, Pike avisou aos outros envolvidos:
– O FBI já está chegando. Vamos acabar logo com isso.
E, checando pela câmera que Jane já estava acordado de novo, ligaram na televisão do quarto dele um último vídeo.

Jane se assustou quando a televisão foi ligada novamente, mostrando seu inimigo, dizendo:
– Olá de novo, Patrick. Bem, vim te dar uma boa notícia: sua amada Teresa Lisbon está bem. E eu estou realmente morto. Eu vi que você estava chegando perto de mim e te deixei essa última lembrança para o caso de você realmente me matar. E, bem, você conseguiu. Eu te torturei mais um pouco, por uma última vez, mas vou te deixar viver. Adeus, Patrick.
Ouvindo isso, Jane finalmente conseguiu sorrir, aliviado. Aliviado por saber que sua amiga estava bem. E quase agradecido por Red John tê-lo ajudado a perceber, com aquela “brincadeira” da música, que ela era mais que uma amiga.

Alguns minutos depois, o FBI já havia chegado ao local que Pike indicou. Todos os envolvidos estavam do lado de fora, somente esperando para se entregar.
Eles indicaram em que quartos Jane e Lisbon estavam, em cantos opostos do grande depósito.
Encontraram Lisbon ansiosa, amarrada à cadeira e a levaram para uma ambulância do lado de fora.
Encontraram Jane sorrindo, amarrado à cadeira e o levaram para outra ambulância do lado de fora.
Os dois não disseram nada no caminho até as ambulâncias. Os dois fizeram alguns testes de reflexos no local e só quando disseram que seriam levados ao hospital para exames complementares, eles reagiram.
Jane perguntou a Abbott, que estava perto da ambulância em que ele estava:
– Onde está Lisbon?
Lisbon perguntou a Kim, que estava perto da ambulância em que ela estava:
– Onde está Jane?
– Está em outra ambulância, do outro lado das viaturas. – os dois ouviram e saíram correndo em direção um ao outro.
Quando se encontraram, se abraçaram em silêncio. O abraço mais forte que já haviam trocado.
Jane finalmente disse, ainda abraçado a ela:
– Você está realmente bem?
– Sim, estou. E você?
– Também estou.
Continuaram abraçados mais um pouco, naquele início de noite, no meio de vários carros do FBI, que já saiam com os membros da Associação Blake que estavam se entregando. Finalmente se desfizeram do abraço, mas ficaram segurando as mãos um do outro, se encarando. E, então, sem pensar mais nenhum segundo, os dois disseram juntos:
– Eu amo você!
Felizes por terem dito e felizes por terem ouvido, eles sorriram um para o outro. Jane colocou uma mecha do cabelo de Lisbon atrás da orelha dela. Lisbon acariciou o rosto de Jane. E, então, eles finalmente se beijaram. Se beijaram devagar e carinhosamente. Se afastaram e Jane disse:
– Eu te amo há tanto tempo e eu nem sabia disso!!
– E eu te amo tanto que, hoje, eu não temi por mim em momento algum e só me dei conta disso agora há pouco!
Eles sorriram de novo e se beijaram de novo.
– E eu acho que eu sempre quis te beijar. Como eu não pensei em fazer isso antes?
– Como EU não pensei em fazer isso antes?
Eles riram e continuaram se beijando. Ela segurou os lados do rosto dele. Ele a puxou pela cintura. E os dois tiveram certeza que não poderiam mais viver sem isso.


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Notas finais do capítulo

E aí, meu momento Jisbon ficou legal? Imaginem a cena de um jeito bem filme romântico de Hollywood, em câmera lenta, enquanto eles correm e tal pra ficar bonito, tá? haha
Bem, o próximo já é o último capítulo. Estou adorando postar aqui e ver os comentários de vocês, mas já está acabando!
Bem, espero que tenham gostado desse capítulo e até amanhã, com o último! Beijo



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