Nosso passado,nosso futuro.. escrita por Gabriella War of Darkness


Capítulo 6
Cap. 6


Notas iniciais do capítulo

Iae gostaram??



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Começaram falando dos assuntos mais fáceis.

–Ei, eu te vi na TV, Bones! Que coisa extraordinária o que vocês descobriram lá, hã?

–Foi uma experiência incrível. Não me arrependo de ter ido, Booth. Com esses novos achados, levantou-se a hipótese de povos mais primitivos do que se imaginava terem migrado da África. As condições geográficas da Ilha permitiram que essa espécie se mantivesse por um longo tempo sem influências externas...

Ela continuou a falar, em sua linguagem que era praticamente grego para ele. Mas ele ouviu, a sombra de um sorriso brincando no rosto, feliz pela felicidade dela.

–E quanto ao treinamento? – perguntou ela, depois de terminar sua narrativa.

–Bones, você tinha que ver que time que formamos. Os garotos foram incríveis, mesmo com alguns muito novos eram todos dedicados. Havia um deles, o apelidamos de JK...

E então foi a vez dele de contar, com uma empolgação infantil, sobre seu trabalho e companhia. Parecia um pai orgulhoso, chamando os soldados por nomes e apelidos, falando das habilidades e feitos de cada um. Contou também dos incidentes que haviam acontecido, sobre um garoto de 23 anos que se feriu com uma granada, e da noite infernal que passaram tentando conter o sangramento em um local sem recursos. Ele não havia partilhado com ninguém aquele momento de angústia, e se sentia bem por finalmente fazê-lo.

Então chegaram a um ponto crítico.

–Por que não consegui mais falar com você nos últimos meses? Quase me deixou louco, só sosseguei quando falei com Daisy e ela me garantiu que você estava bem, mas tinha se retirado para outra cidade.

–Eu me retirei da escavação. Fiquei algum tempo em um local tranquilo, perto de um vilarejo.

–O quê? Quando a Daisy me disse que você tinha ido para outra cidade, imaginei que estava fazendo pesquisa em algum laboratório, não que... por quê?

–Eu precisava de tempo para pensar, Booth.

Ela não deu mais explicações, fazendo uma pausa. Não queria falar que havia engravidado até que contasse tudo que precisava contar sobre seus sentimentos. Não queria que a criança pesasse na opinião ou na decisão dele.

Porque mesmo sabendo que ele a amava, que ele havia deixado isso claro, que ele quisera tentar, ela tinha medo. Estava insegura, e queria ter certeza que ele não havia mudado de ideia.

Flashback em

Brennan havia resolvido ir até a cidade de Ambon, uma vez que quanto mais adiasse a viagem, mais difícil ficaria para ir. Ela já não se preocupava com mal-estares, mas ficava cada vez mais cansativo e torturante caminhar pelas ruas, no calor perto dos 30 graus, com sua barriga de quase oito meses de gravidez.

Logo a criança iria nascer, e ela precisava ao menos de roupas e cobertores para ele.

Ele. Brennan nunca havia acreditado em instinto, e achava que o que Booth chamava de instinto nada mais era que um forte senso de observação e conclusão rápida. Mas seu instinto dizia que ela trazia um menino. Ela sabia que seu filho era um garoto. E pela primeira vez, ela se permitiu abrir a mente à possibilidade que talvez isso realmente existisse.

Perto da hora do almoço, ela se sentou em um restaurante, colocando as sacolas de compras de lado. Havia um telefone público a poucos metros de onde ela estava, e ela considerou uma idéia boba.

Seria fácil ir até o telefone e ligar para Washington. Sabia o número da sala de Cam de cor, seria fácil ligar para a antiga chefe e conseguir o telefone da base no Afeganistão, onde Booth estava. Cam saberia, com certeza. E ela não precisaria dar explicação alguma para Cam, nunca dava. Seria fácil ligar para Booth. Era só apertar os botões.

Talvez ele não estivesse na base, e voltasse depois. Talvez ela não conseguisse falar com ele imediatamente. Mas, ao saber que ela o contatara, ele não sossegaria até falar com ela.

Seria fácil.

Sentada na cadeira de madeira e palhinha, ela continuou a mirar o telefone tão perto.

Contar para ele não seria fácil.

Flashback off

–Booth, eu... nesses últimos meses eu tive a oportunidade de pensar. Pude pensar muito, e descobri várias coisas.

–Eu também fiz isso, Bones. –disse ele, mirando-a intensamente. Não ia falar nada, mas o medo de receber um não novamente o fez adicionar. - E antes que você continue, quero deixar claro que eu nunca quis te forçar a uma decisão. Se passei essa impressão, me desculpe.

Ela o mirou em dúvida. Definitivamente, havia algo acontecendo. De repente ela não soube como continuar. Respirou fundo.

–Teve alguém que me ensinou muita coisa... sobre relacionamentos, e entrega e amor. – disse ela sorrindo, pensando em seu garotinho.

Ela mirava as próprias mãos, por isso não viu a sombra que passou pelo olhar dele. Eu sabia, é claro que ela ia encontrar alguém... alguém como ela, em um lugar cheio de cientistas renomados.

E de repente a pressão foi demais, e Booth a cortou. Não queria ouvi-la dizer que havia encontrado alguém e estava feliz. Não queria ouvi-la dizer que sempre seriam amigos.

–Você não precisa fazer esse discurso, Bones. Que bom que está feliz. Eu conheci alguém também. – adicionou rápido, um pouco de ressentimento na voz.

Ela levantou os olhos, assustada.

–Do que você está falando, Booth?

–Fiquei um tempo no Kuwait, e conheci uma comandante lá. Ela voltou para os Estados Unidos antes de mim, mas me ligou para que saíssemos. – Ele ainda não havia dado a resposta à mulher, e tinha certeza que ia recusar até receber aquele balde de água fria.

Brennan mirava o amigo com os olhos ardendo. Então era isso? Depois de tudo que ele havia feito e falado, ele estava com outra pessoa? Ela sentiu aquela dorzinha fina no peito, tão conhecida quando isso acontecia em sua vida, quando alguém a deixava. Mas a dorzinha nunca tinha sido tão aguda.

–Está bem então, Booth. – disse ela, finalmente retomando o controle e conseguindo não chorar. – Suponho que eu te veja essa semana, já que tudo vai voltar a ser como era antes, não é?

Ela se levantou rápido e saiu, sabendo que não ia suportar segurar as lágrimas por mais tempo. Ele não a impediu de ir embora. Ainda estava tentando entender. Fora ela quem falara primeiro que havia encontrado alguém. E ficava brava com ele por ter insinuado a mesma coisa?

Continua...


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Notas finais do capítulo

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