Lei da Paixão escrita por Bia Flor Escritora


Capítulo 27
Tratamento Especial


Notas iniciais do capítulo

Muito bem pessoal, agora começa uma fase mais digamos romântica entre nosso casal.
Estou amando os comentários, cada um deles.
Boa leitura



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Ela se arrumou tomando o cuidado de não acordá-lo. Se ele ainda dormia era porque precisava de descanso. Tomou um banho rápido e vestiu uma confortável calça jeans azul escura e uma blusa vermelha regata, e confortáveis sandálias fechadas. Estava pronta para o trabalho. Pegou as chaves de seu carro e partiu para o Laboratório sem esperar por Grissom. Ainda estava muito magoada e não se sentia preparada para a conversa que eles precisavam ter.

Chegou um pouco antes de seu turno começar, o que se mostrou uma benção, já que Cath também não tardou a chegar. A perita loura observou atenta a expressão matreira de sua amiga.

— Hummm, vejo que alguém está de bom humor hoje. Conversou com o Grissom? Fez as pazes com ele? Quero todos os detalhes picantes – Cath perguntou super curiosa e brincalhona.

— Não para as duas perguntas. Gil e eu brigamos ontem, ou melhor, eu briguei com ele. Estou feliz porque estou livre da cascavel de saias que é minha sogra e daquela naja ruiva, que é a amiga dela. Elas foram embora hoje.

— Isso é interessante – comentou Catherine pensativa – Elas disseram o porquê de irem embora? Porque elas ficariam dois meses não é mesmo?

— Sim. Elas ficariam lá em casa por dois meses, mas já foram embora e não falaram o porquê. Dona Beth me disse para perguntar para o Gil.

— E você perguntou?

— Não. Ainda estou muito magoada com ele. Se ele quiser, ele me conta.

— E você vai ouvi-lo? – questionou Cath desconfiada.

Sara deu de ombros.

— Talvez.

— Pois tenho uma notícia que te deixará ainda mais exultante.

— Qual? – ela quis saber.

— A naja ruiva não trabalha mais aqui. Assim que cheguei, vi quando ela entrou no escritório de Ecklie. Ela permaneceu alguns minutos lá e depois saiu com um papel em suas mãos. Deu para ver que era uma carta de demissão. Estamos livres daquela vaca! – Catherine comemorou.

A conversa foi interrompida pela chegada dos colegas e do próprio supervisor do turno noturno.

–o-

Todo o seu desentendimento com sua mãe, com a senhorita Williams e com Sara, não podia resultar em outra coisa senão em uma horrorosa enxaqueca. Acordou com algumas pontadas na cabeça e com o estômago um pouco embrulhado. Fez de conta que não estava sentindo nada porque precisava trabalhar. Tomou um analgésico na esperança de que a dor de cabeça logo passasse.

Andou pela casa na esperança de encontrar Sara por ali e poderem ir ao Laboratório juntos e quem sabe terem aquela conversa importante. Nada. Apenas o incômodo silêncio da casa vazia. Ela não estava ali. Também percebeu satisfeito que sua mãe e Beatrice não se encontravam na casa. Um problema a menos.

Viu na porta da geladeira o bilhete que ela havia deixado. Aliás, era a primeira vez que fazia isso.

“Gil, não se preocupe. Já fui para o Laboratório.

Sara.”

Curta e grossa. Aquelas poucas linhas mostravam que ela ainda estava ressentida. Seria sinal de que ela sentia algo por ele? Seria amor? Nem cogitou a ideia de comer algo antes de ir trabalhar. O simples fato de pensar em comida já lhe provocava ânsias de vômito.

Tomou um banho rápido, arrumou-se o mais rápido possível, pegou as chaves de seu carro e seguiu para o Laboratório. Encontrou todos seus amigos e subordinados, inclusive sua esposa na sala de convivência.

— Boa noite pessoal – ele saudou a todos.

Sua cara não devia estar boa, porque ele ouviu de Sara:

— Gil, você está bem?

— Estou – ele mentiu. Ela não precisava saber que ele estava com um pouco de dor de cabeça e enjoado. Como havia tomado remédio, logo passaria. Ignorando a dor que sentia, dividiu a equipe em duplas. Ele permaneceu ali no laboratório.

–o-

Sua cabeça parecia que ia explodir. Ao invés de melhorar, havia piorado. Ele estava deitado no sofá de sua sala, com as persianas fechadas. As luzes estavam desligadas, não as estava suportando, seus olhos estavam fechados.

Ouviu quando bateram na porta de seu escritório, no entanto não teve forças para mandar quem quer que fosse embora. Ouviu os passos que se aproximavam do local onde estavam e com um imenso prazer, ouviu a voz adorada.

— Gil, o que aconteceu? – ela indagou preocupada.

— Enxaqueca – ele respondeu simplesmente com um fiapo de voz, com os olhos ainda fechados.

Somente então ela percebeu os sinais. Suas pálpebras estavam inchadas, ele falava bem baixinho, os olhos fechados e as luzes apagadas eram sinais evidentes de fotossensibilidade.

— Homem, por que você não pediu para ir embora?

— Eu pensei que aguentava – respondeu com sinceridade.

— Venha, vamos para casa. Você não tem condições de permanecer aqui.

— Mas e o Laboratório?

— Ele permanecerá aqui como sempre. Os rapazes e a Cath dão conta do recado – ela argumentou.

Procurou por Cath e pediu para que ela tomasse conta de tudo. Depois pediu ajuda aos rapazes para que a auxiliassem a levar Gil até o carro.

Ela dirigia o carro dele, enquanto ele estava com a cabeça recostada no banco do carona. Dava para perceber nitidamente sua angústia. Mesmo que ainda estivesse magoada com ele não podia negar cuidar de seu marido em um momento como esse.

Quando chegou a casa, ajudou-o a subir até o quarto e ajudou-o também a deitar-se na cama. Não se esquecendo de tirar-lhe a roupa apertada e o sapato e de vestir-lhe um short confortável.

— Onde você guarda o remédio para enxaqueca? – ela perguntou preocupada sem saber onde procurar o medicamento e também aflita por saber que ele estava sofrendo.

— No armário do banheiro – ele respondeu com a voz extremamente baixa.

Ministrou-lhe o remédio. Afofou-lhe o travesseiro que estava sob sua cabeça, deitou ao seu lado e fê-lo pousar a cabeça em seu colo, fazendo-lhe uma suave massagem circular em suas têmporas. Não demorou até que os dois pegassem no sono, exaustos.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?
Aguardem que vem surpresa por aí.
Bjinhos da Bia!



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