Instituto Forccinari escrita por someonehere, larisol


Capítulo 13
O Grande dia - Final


Notas iniciais do capítulo

Enfim o tão aguardado Grand Finale! Acho que foram duas (ou três) semanas de espera. Espero que gostem. Leiam as notas finais que teremos duas novidades nelas!!



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A

N

N

E

Tudo bem. Vamos pelo começo, para não confundir a cabeça de vocês. Henry tinha acabado de voltar com um livro. Gwen começou a passar mal e... Ah, não vou estragar a graça da história!

***

— Gwen? — Pergunto preocupada. Seus olhos castanhos se tornaram rapidamente brancos. Mal podíamos ver sua íris, apenas suas pupilas que estavam extremamente dilatadas.

A Ruiva saiu andando como um zumbi pela escola. Se não estivesse tão preocupado, teria certeza de que Henry estaria se imaginando dentro da série do The Walking Dead. Ele é obcecado por isso.

— Gwen! — Chamo a menina, mas não recebo nenhuma resposta. Ela se aproxima cada vez mais da sala dos professores de transfiguração até que para bruscamente puxando Henry para seu lado.

Observação: ela ainda não soltou o braço de Henry.

Corro até eles, e na medida em que me aproximava, percebia mechas de seu cabelo ruivo escurecendo, ficando preto, assim como os dos outros membros de sua família. Encosto em seu ombro e... Onde estou?

Gwen nos teletransportara para um lugar estreito e feito de metal. Acho que alguma ventilação. Aquele lugar me dava arrepios, mas não de medo, e sim de frio. O metal gelado encostava em meus braços que estavam descobertos.

Em alguns segundos, os olhos castanhos claros da ruiva começaram a se abrir, lentamente. Ela não parecia mais possuída e logo leva sua mão à cabeça soltando a voz.

— Vocês estão bem? — Hã? Foi isso mesmo que eu escutei? Vocês estão bem?!

— O importante é: VOCÊ ESTÁ BEM?! — Me exaltei com a garota, o que não é muito difícil de acontecer. Continuaria gritando, porém Henry fez o famoso "Shhhh."

Meu irmão estava com a cara colada em uma portinhola, olhando para algo do lado de dentro... Ou de fora... Não sei, só sei que estava olhando para algum lugar! A luz esverdeada do lugar iluminava seu par de olhos azuis, que na mesma hora se arregalaram.

Eu e Gwen engatinhamos até ele e colocamos nossos olhos ali, na esperança de vermos algo. Porém, antes de chegar ao lugar, vejo o braço de Henry que estava com as marcas da mão de Gwen afundadas. Meu Deus, no que ela se transformara?

Em uma visão de cima, muito ruim por conta do pequeno espaço para colocarmos nossas cabeças juntas, posso ver os cabelos castanhos claros de uma menina. A mesma estava com suas mãos presas atrás do corpo, por uma corda que aparentava estar bem apertada.

Ao invés de ficarmos como pessoas normais ficam, ou seja, um ao lado do outro, estávamos montados uns nos outros. E o que aconteceu? Exatamente. A porta da ventilação não aguenta nosso peso e abre, nos levando direto ao chão.

A menina, que antes estava adormecida, acorda em um pulo com seus olhos verdes esmeralda arregalados. Mas ela não olha para nossos rostos. Ela olha para algo atrás de nós, e tenho quase certeza de que eu sei para onde ela está olhando.

— Visitantes! — Exclamou um homem. Ruphus. — Há quanto tempo eu não recebo um! Querem um chá? — O homem já tirava sarro de nossa cara.

Viramos-nos em sincronia para o encaramos. Ruphus estava com a mesma roupa de quando ele nos atacara nos estábulos, um capuz branco com detalhes em ouro que cobriam todo o seu corpo. Uma cicatriz cortava sua sobrancelha.

Ele pegou a varinha e nos atirou um feitiço:

— Crucio! — Gritou o homem.

Nós três conseguimos desviar do lampejo vermelho escuro que vinha em nossa direção.

Gwen faz o mesmo movimento de Ruphus e pega sua varinha, guardada em sua bota.

— Estupefaça! — A menina errara o feitiço e acabara acertando em um copo de cristal em uma estante de madeira mofada, que quebrara instantaneamente.

Henry corre até mim.

— Tenta soltar a menina, eu e Gwen o seguramos um pouco. — Disse o menino assustado.

Corro em direção da menina que ainda está com um pano velho amarrado na boca.

— Evanesco! — Nada acontece. Com certeza ele colocou algo contra-feitiços.

Procuro em minha mochila.

A-Ha! Uma faca. Por que eu carregava isso na mochila? Esse é um fato que nem eu mesma sei.

Começo a cortar a corda que é bem forte, por sinal. Penso se Ruphus já tivera aula para dar nós. Sim, pensamento inadequado pro momento.

Depois de alguns segundos consigo soltar suas mãos. Meus braços já estavam pedindo uma banheira cheia de gelo, mas a boca da menina ainda estava amordaçada.

— Obrigada. — Disse a menina com a voz trêmula depois de solta.

Um lampejo verde passou entre nós duas, me jogando tão para trás a ponto de eu quase quebrar meu pé. Olho para o lado e vejo Gwen caída no chão e Henry ajudando-a.
Ruphus estava parado apenas apontando-nos a varinha, pronto para nos matar.

— Avaaa... — O homem foi interrompido por um menino loiro de cabelos cacheados que lhe acertou um feitiço. Ruphus foi lançado contra a parede.

É ele. O menino que nos salvou contra o Ogro — longa história —, e o mesmo que flertara com Gwen.

O homem estava tonto e confuso. O loiro ganhará tempo para nós.

— Vai! Corram! Minha mã... — O menino fora interrompido. Ruphus lançara o mesmo feitiço que momentos antes quase nos acertou, mas o loiro conseguiu se defender.

— Thomas! — Gritou Gwen. — Toma cuidado.

Saímos correndo pela porta que Ruphus se esquecera de fechar, deixando para trás flashes de luzes coloridas e gritos dos dois recitando seus feitiços.

***

É como um labirinto. Pelo jeito, Ruphus já se preparara para caso algum prisioneiro fugisse.

Esquerda, direita, esquerda, esquerda, direita. Decoro a ordem de nossos caminhos, para caso fosse preciso mais para frente.

As paredes do covil eram gigantescas e compostas por blocos escuros e rachaduras, das quais muitas estavam cobertas por teias de aranha e algo que parecia cocô de inseto.

Corríamos tão rápido que eu quase tropeçava em meus próprios pés — e não adianta se perguntar se eu não estava com o pé praticamente quebrado. Sim, eu estava, e ele estava me matando de dor —.

Em minha cabeça, passavam milhões de pensamentos diferentes, mas não tinha tempo de me aprofundar em nenhum.

Mal sabíamos para onde estávamos indo, apenas seguíamos a menina de cabelos claros.

Uma sombra meio arredondada apareceu em nosso caminho. Parecia até uma bola de Yoga.

Estava tirando minha varinha da mochila. Não sabia o que iria fazer, talvez eu tentasse imitar o que Gwen fizera minutos atrás com aquele copo de cristal, embora eu não soubesse como.

Já apontava minha varinha na direção da pessoa quando vi algo grande em seu rosto. Grande e peludo. Uma verruga!

Aquela verruga na cara além de uma bola de Yoga no lugar de seu corpo só me lembrava uma pessoa. Mirela. Será que ela era um de seus capangas?

Nunca pensei que ela fazia o bem, mas na verdade até que ela faz limpando os banheiros, mas nunca achei que ela se rebaixaria a esse ponto.

Estava pronta para lançar qualquer feitiço aleatório quando ela rapidamente falou:

— O que vocês estão fazendo? — Levanto a varinha para que o feitiço fosse feito quando ela examinou todos nós — E cadê o Thomas?!

— Ele está lá dentro... Duelando com o Ruphus. — Disse Gwen desconcertada.

— Ai meu Merlin, não podemos esperá-lo. Vamos, ele nos achará.

Corremos sem olhar para trás. Mirela, junto à sua verruga, me carregava em seu colo, já que meu pé está totalmente ferrado. Viramos em corredores aleatórios, com medo que ele ainda estivesse atrás de nós. Temo que ele esteja mesmo.

Acredito que Mirela saiba para onde estamos indo, pois ela não abre a boca durante todo o percurso.

— Então, o que você e o Thomas são? Amigos, mãe e filho, irmãos, avó e neto... — Perguntou Gwen

— Ele é meu filho. Simplesmente a pessoa mais importante da minha vida. Eu não vou deixá-lo morrer.

Praticamente na mesma hora, avistamos uma luz no fim do túnel. Ah, como é bom uma luz natural. Parece que passamos meses dentro daquele fim de mundo

A saída é no meio da floresta, e algumas pedras camuflavam o lugar.

Mirela nos levou até a parte da frente da escola, depois de passar por meia floresta me carregando no colo.

Ela me põe no chão.

— Eu vou atrás do Thomas. Não me sigam, aconteça o que acontecer.

Ela se vira e sai correndo na mesma direção de onde acabávamos de chegar.

— E agora? O que fazemos? — Perguntou Henry depois de alguns segundos observando Mirela adentrar a floresta.

— Nós temos que falar com a minha tia urgentemente. – Disse a menina que minutos antes estava amordaçada.

— Primeiro, quem é sua tia?

— Longa história, vamos.

Os três saíram andando, me largando para trás.

— Oi! Esqueceram de mim?!

— Hmm, eu não! — Uma voz irritante falou perto de mim. Ao me virar, vejo uma mulher de cabelos grisalhos e roupas totalmente pretas. Ela prepara a varinha, porém, segundos depois ela é jogada longe por um lampejo.

Sinder está de pé atrás de mim. Mas uma coisa me chama a atenção. Ela não está segurando uma varinha.

— Meu Deus, obrigada! — Tento me levantar para abraçá-la, mas um clarão seguido de um estrondo me derruba antes mesmo que eu consiga me levantar. Olho para a floresta e vejo um raio verde cortando o céu, seguido por um nevoeiro da mesma cor.

Atrás de mim, Gwen, Henry e a menina na qual ainda não sei o nome estavam com seus olhos arregalados.

— Ele lançou o feitiço. — Disse Sinder calmamente. Seus grisalhos cabelos lhe cobriam o rosto. — Não temos tempo de avisar ao resto da escola. Freya, avise a todos que encontrar. Certifique-se de que a maior parte da escola esteja sabendo. Talvez seja nossa última conversa.

— Tudo bem. — A menina de cabelos claros, que agora sei que se chama Freya corre para dentro da escola nos deixando do lado de fora. Henry e Gwen vem para perto de mim.

É uma névoa verde clara e densa, e ela vem engolindo tudo e todos que vem pela frente. Parecia uma cena de filme de terror, depois que alguma bomba nuclear atinge o chão. Só que na ocasião, não era uma bomba, era uma maldição.

Ela se aproxima com velocidade, e eu não posso recuar. Tento me arrastar para trás, mas no fundo, eu sei. De nada isso vai adiantar.

Ela está chegando.

Ela vai me engolir.


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Notas finais do capítulo

Para esclarecer:
1. Sim, este será o nosso último capítulo normal desta temporada, por que sim, teremos uma segunda temporada em breve!
2. Como eu disse no item 1, este é o nosso último capítulo normal, mas teremos um capítulo que podemos chamar de... Bônus.
3. Em relação à segunda temporada (também no item 1), uma semana antes dela ser lançada, postaremos o prólogo dela aqui nesta fic. Então, os que estão acompanhando receberão a notificação e blá, blá, blá. Quando lançarmos o prólogo aqui, já abriremos a página da segunda temporada, com o mesmo prólogo. Na semana depois, sairá o primeiro capítulo.

Alguma dúvida? Comentem se tiverem! Adoramos escrever essa temporada e obrigado por todos os acompanhamentos, favoritos e comentários! Sério, agradecemos aos nossos leitores de coração. Adoramos vocês!



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