Instituto Forccinari escrita por someonehere, larisol


Capítulo 12
O Grande dia - Pt.1


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Sim, ficamos umas duas semanas sem capítulos, mas por uma boa causa. Estávamos bolando um "Grand Finale" para vocês. Sim, estamos chegando na reta final (Mais ou menos, vem novidade por aí), e talvez este seja o penúltimo capítulo. Aproveitem e comentem!!



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Corremos sem olhar para trás. Mirela, junto à sua verruga, me carrega em seu colo, já que meu pé está totalmente ferrado. Viramos em corredores aleatórios, com medo de que ele ainda esteja atrás de nós. Temo que ele esteja mesmo.

Ψ

G

W

E

N

Ψ

Dois dias antes

Ruphus. Essa é a única palavra que vem em minha mente no momento. Depois de umas ótimas férias no meio do ano, agora tudo voltara ao normal. Preocupações e toda aquela inquietação de antes... Tudo. Anne parece melhor do que antes. Parece até que dormiu algumas horas nesse meio tempo.

— Ham... Oi, Gwen! — Disse Henry na entrada da escola, ao lado de Anne. O menino usava uma camisa preta, e nela escrita The Walking Dead, um casaco jeans assim como sua calça. Já Anne usava uma camisa vermelha que ia somente até o umbigo e uma calça com a barra alta.

O olhar de Henry sob a irmã era de preocupação com pingo de curiosidade, mas não me importei muito, se estiver algo entre eles não devo me meter.

— Oi. — Respondi.

Entramos na escola, e até chegarmos ao corredor não dissemos uma palavra sequer.

— Nós vamos ficar desse jeito, com um maluco que arranca corações solto por aí?! — Anne finalmente abriu a boca — Precisamos conversar e decidir o que iremos fazer, por que com certeza ele está planejando algo. E não é bom!

Henry corou, e acredito que o mesmo aconteceu comigo. Ela estava certa. Nós deveríamos fazer algo, e não ficamos com vergonha um do outro.

— O.K. — Respondeu Henry. — Primeiramente, então, nos conte o que está acontecendo com você.

— Do que você está falando Henry? — Anne perguntou com uma cara de dúvida, mas ao mesmo tempo de culpada.

— Eu já esperei muito para você contar para mim, estava tentando não ultrapassar seu "espaço pessoal", mas agora já chega! Diga logo o que está acontecendo com você!

Estávamos agora parados no meio do corredor, a única coisa boa era que não tinha ninguém por perto, assim não chamando atenção de ninguém sobre o tom de voz do garoto.

— Tem como você falar mais baixo Henry! — Anne chegava mais perto dele segurando seu braço firmemente — apesar de ser final de semana não quer dizer que você pode fazer tudo contra as regaras.

— Para de ficar mudando de assunto! Desembucha! — Henry já estava revoltado.

— Acalme-se Henry! — Digo à ele quase me arrependendo.

— Agora você vai me dizer que está do lado dela!

— Eu não quis dizer isso! — Eu não queria gritar com ele, talvez ele começasse a se exaltar mais ainda. Anne me olha com cara de decepção, como se eu a estivesse traindo. — Eu não estou no lado de ninguém! Eu acho que Anne está certa para você baixar seu tom de voz, mas também estou intrigada com sobre o que aconteceu com ela!

Os dois me olharam e logo após se fitaram. Ficamos um pouco de tempo assim, um olhando para a cara do outro. Mas finalmente a loira falou:

— Está bem. Mas temos que ir para um lugar mais reservado...

— Vamos à biblioteca! — Disse Henry nem sequer deixando-a terminar a frase.

— Lá não, nunca se sabe quem estará nos escutando, talvez as masmorras?

— Tudo bem — Respondi a ela e seguimos indo ao local demarcado.

***

— Ruphus me sequestrou. — Anne foi direto ao assunto. A tempestade que caía do lado de fora passava pelos pedregulhos criando algumas goteiras e fazendo as palavras de Anne soarem sombrias. O bolinho de chocolate do Bob Esponja que estava na mão de Henry cai na mesma hora.

— O que?! — Os olhos do moreno ficaram arregalados.

— Como assim?! — Também me espanto. — Por que você não nos contou?

— É... É complicado. — Respondeu Anne. Eu ainda não estava convencida, queria respostas.

— Temos bastante tempo antes do jantar. — Disse Henry com a expressão mais séria do que antes.

— Ta, tudo começou acho que uns dois meses antes das provas do 2º período. Eu passei na biblioteca e encontrei um livro da história da magia e resolvi lê-lo. Lá pró meio do livro, eu encontrei algumas coisas sobre o Ruphus.

— Que tipo de coisas? — Perguntou Henry intrigado.

— Do tipo da Guerra de bruxos, onde ele conseguiu soltar uma das mais perigosas bruxas da época de Azkaban.

— Uau... — De Azkaban?! Esse cara deve ser muito bom em magia!

— Mas o mais preocupante não é isso. Depois que Voldemort foi morto, ele tentou lançar um feitiço que mexe no espaço-tempo, conseguiram parar ele com muito esforço. E adivinhem!

— Lá vem... — Resmungou Henry.

— Esse feitiço só pode ser lançado em um dia exato, e só de alguns em alguns anos. Esse dia é daqui a dois meses.

— Ta, isso é uma merda...

— Henry! Olha a boca — Interrompeu-o Anne.

— Continuando... Ainda não entendi o porquê de você não ter nos contado tudo isso. É informação preciosa.

— Ainda não terminei irmãozinho

— Ei!

— Sou mais velha três minutos! Ta, depois que eu terminei de ler sobre ele, eu ia correndo contar para vocês. Logo na saída da biblioteca, Rachel me viu e veio andar comigo. Me sentia observada, e sempre que eu olhava para trás, um homem estava ali, nos seguindo.

— Foi aquele dia... — Começo a falar

— Sim, o dia em que eu e Rachel fomos "picadas por insetos venenos". — Me interrompeu Anne. — Ele me aparatou para um lugar estranho. As paredes eram escuras e uma luz negra brilhava no teto. Ele me disse que se contasse a vocês ele nos mataria.

***

12 horas antes

Hoje é o grande dia. Mas não o tipo de grande dia em que as pessoas geralmente esperam como o "grande dia da formatura". É o grande dia, onde todos dependem de mim e dos meus amigos para não serem engolidos por um dos maiores feitiços do mundo bruxo.

Ao passar dos dois meses, fizemos muitos avanços. Dentre eles, uma lista de “ingredientes" para que ele pudesse lançar o feitiço, ou seja lá o que seja aquilo. A única forma de impedi-lo era fazendo-o não conseguir tais coisas:

O coração de um fiel arrancado à sangue-frio;

Sangue de um bruxo Real;

A alma de um inimigo;

Fio de cabelo de um Sereiano;

Ossos de seus antepassados.

— Um problema. — Interrompeu Anne nossa busca na biblioteca.

— Qual? — Questionei

— Como nós vamos impedi-lo de conseguir essas coisas? Hoje já é o dia do feitiço, e duvido muito de que ele tenha deixado pra pegar essas coisas de última hora.

— E... O que é um Bruxo Real? — Intrometeu-se Henry.

— É, essas duas coisas são problemas sérios. — Concordo com os gêmeos.

— Já volto! — Disse Henry saindo correndo com um brilho nos olhos.

— Mas Henry...

— Não adianta Gwen, ele não vai te escutar. Ele é muito teimoso. — Alertou-me Anne.

Continuamos a procurar sobre o feitiço e, agora, sobre bruxos reais. Minutos depois Henry volta com um livro na mão.

— Bruxos Reais. Significado: Bruxo que pertence a uma família, a qual é formada totalmente por bruxos, sem nenhum resquício de sangue trouxa.

— Onde você conseguiu isso?! — Perguntou Anne.

De repente minha cabeça começara a doer e a minha visão ficara turva. Me seguro forte em Henry que estava ao meu lado em pé. Ele puxa seu braço para que eu solte. Provavelmente, não percebeu que estou quase desmaiando.

Ouço as palavras de Anne, que ecoavam em minha cabeça em câmera lenta: "Gweeen...".

Um estrondo ardeu em meus ouvidos, algum tipo de vento batia sobre meu corpo. Eu estava com os olhos fechados sem saber o que estava acontecendo.

Decido abri-los.

Estou sentada em um lugar bem pequeno feito de metal. Com a visão melhorando vejo dois pares de olhos azuis me encarando meio atordoados, um com cabelos loiros e outro com cabelos morenos.

— Vocês estão bem? — Perguntei a eles colocando a mão em minha cabeça que ainda doía um pouco.

— O importante é: VOCÊ ESTÁ BEM?! — Respondeu Anne se exaltando e quase começando a gritar. Afinal, onde estamos?

— Shhhhh — Interrompeu-nos Henry começando a se agachar e olhando por uma ventilação.

A luz que passava pelas frestas iluminava seu rosto. O moreno se espantara com o que viu. Seus olhos arregalaram-se. Eu e Anne, curiosas, engatinhamos até o local, já que não tínhamos espaço para nos levantarmos.

Agora a cara de Henry fazia sentido. Podíamos ver uma menina sentada ao chão, logo abaixo se nós. Ela estava amarrada com mãos e pés por vigas de metal entortadas, no chão, e, além disso, ela estava amordaçada. A luz escura do lugar refletia em seus morenos cabelos, com detalhes em roxo.

Nossos rostos estão grudados na ventilação. Deveria ter imaginado que daria merda. A portinha da ventilação se solta, nos fazendo cair do teto quase que em cima da menina que aparentava ter a mesma idade que a nossa.

Ela abre os olhos meio assustada. Seus olhos verdes transmitem horror e medo. Ela mexe a cabeça em direção a porta.

Ele está ali.

Ele veio nos pegar.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Até o Grande dia!! 0/



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