Me apaixonei pelo professor escrita por Gabysenju


Capítulo 6
Perdida de vez


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas. Olha eu aqui de novo (~EBAAAAA)! Sei que demorei, mas tenho meus motivos. Alguem ai já vez TCC e Portfolio para um curso? Sabe o quão chato, dificil e trabalhoso é fazer um? Se você nunca precisou fazer um, você tem muitaaaaaa sorte, pq ô bicho chato de fazer.
Bom, deixando minha queixas de lado, vamos para as fic! Não respondi ninguem ainda (quer dizer, não lembro se respondi ou não) no capitulo passado, mas vou responder, fiquem calmos, ok? Não estou ignorando vocês amorzinhos, nunca faria isso! Beeeeeeem, aqui está o capitulo novo e espero que gostem! Boa leitura.



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Hanabi fez questão de ouvir tudo o que eu tinha a contar e eu fiquei feliz por dizer cada detalhe. Ela acabou por dormir no meu quarto, junto comigo.

No que parecia ser nosso horário habitual, mamãe deu seus murros na porta e ouvi papai chamar nossos nomes. Tinha me esquecido que de agora em diante nós iriamos todos juntos para a mesma escola. Cutuquei Hanabi para ela sair de cima de mim e acordar de vez, mas ela continuou a dormir.

– Bom dia princesas! – meu pai entrou no quarto com um enorme sorriso no rosto. – Vocês vão ter que ir a pé hoje, por isso a Harumi acordou vocês mais cedo.

– “Mais cedo” e “ir a pé” não combinam na mesma frase pai! – Hanabi resmungou, com o rosto enfiado no meu travesseiro. Papai e eu rimos juntos. Levantei e acenei um “ok” para ele.

Não sei bem porque, mas acho que isso tem a ver com eles irem trabalhar lá. Talvez eles devam estar lá mais cedo que nós para organizar as coisas, ver as aulas e as sala. Essas coisas de professor. Já que é um pouco mais cedo que o normal, decido ir tomar uma ducha para preparar o corpo para uma caminhada. Mesmo com o chuveiro ligado, ouço mamãe chamando a Hanabi outras duas vezes e logo depois bate a porta para avisar que estão indo e que nos vemos lá. Grito em afirmação. Saio do banho e vou direto para o quarto me arrumar. Hanabi ainda esta deitada.

– Você é ainda pior que eu, demora um século pra levantar! – chacoalho o pé dela para fora da cama. – Agora é sério Hana, anda logo. Você tem... – olho no relógio do celular para me certificar. Estamos ficando atrasadas. – Você tem quinze minutos para se arrumar e tomar café, e se demorar eu vou te deixar aqui e depois você vai ter que se virar com a mamãe. –tento falar o mais dura e séria possível, pra mostrar que ainda sou a mais velha.

– Tá bom, tá bom! – ela levanta, parecendo uma múmia putrificada. – Está vendo, tô de pé!

Há passos mínimos ela segue para o banheiro. Visto meu uniforme, borrifo perfume por cima e passo algumas camadas de rímel para não ficar de cara limpa, só então finalmente desço para tomar meu café. Hanabi demora cerca de 10 minutos para aparecer na sala. Mete o café goela baixo e saímos correndo de casa, com bolsas e celulares a mão.

A escola não fica muito longe, mais isso quando vamos de carro. Ir a pé é necessário uma boa caminhada para chegar lá. Hanabi demorou tanto para levantar que ficamos atrasadas e isso resultou em sairmos de casa tarde, o que vai resultar em chegar à escola depois do portão ter fechado. Mamãe e papai não vão gostar nada de saber disso!

Vinte minutos depois chegamos ao portão, e como eu esperava estava fechado. Pelos meus cálculos faziam poucos minutos que haviam fechado, por isso talvez ainda nos deixassem entrar na primeira aula. Corremos para a secretaria e lá estava o diretor anotando os nomes dos atrasados.

– Qual o seu nome e sua sala? – o diretor cujo nome eu não sabia perguntou sem olhar para minha cara.

– Hinata Hyuuga. 3ºH. – ele olhou-me de inesperado e pensou no que falar.

– Você não é a filha do novo professor de física?

– Sim, eu e ela. – apontei para Hanabi, que estava a sorrir forçadamente para ele. - Professor de física e a de química. Nossos pais! – ele acenou com a cabeça e apontou para Hanabi dizer o nome.

Entramos ainda na primeira aula, o que é uma maravilha. Deixei Hanabi na sala dela e informei a professora sobre o que aconteceu, ela entendeu e deixou Hanabi entrar na sala. Sem muito ânimo fui para o terceiro andar. A porta da minha sala estava fechada e eu torci para que não fosse nenhum professor chato ou os meus pais. Bati a porta e entrei de vagar.

– Hinata?

– Presente! – exclamei, entrando e indo para meu lugar.

– Hinata Hyuuga?

– Sou eu! – conheço essa voz. Olhei para trás e fiquei paralisada.

Madara!

Para os olhos das outras pessoas isso era uma cena normal. Para nós era quase aterrorizante. A sala parecia girar e achei que ia desmaiar. Os olhos dele estavam quase para fora e a minha boca estava aberta. Sabia que isso podia acontecer. Sabia que o encontraria andando pelos corredores da minha escola, mas não sabia que ele iria me dar aula. Nunca imaginei, pois até então eu tinha um professor de Literatura, e não era ele.

– Hinata, vem sentar! – Tenten me chamou e sai do meu transe. Pude o ver abaixar a cabeça e balançar minimamente.

O que estávamos pensando?

Fui para o meu lugar e sentei do lado de Tenten. Ela começou a falar sobre coisas aleatórias que eu não prestei atenção. Fiquei olhando para a sala, a para ele. Não havia nenhum comportamento diferente, exceto eu.

Ele chamou a atenção da sala limpando a garganta. Pegou uma pilha de livros e foi entregando nas mesas.

– Bem, bom dia a todos! – começou a falar enquanto passava pelas mesas. – Ainda não me apresentei. Sou Madara Uchiha, professor de Literatura e darei aula a vocês durante todo o ano. Resolvi começar com esse livro porque sei que ele vai agradar grande parte da sala, se não toda. Ele não é um clássico, porem é muito famoso e está sempre na mídia literária. Alguém já ouviu falar ou já leu? – olhei o titulo e instantaneamente levantei a mão. - O que achou do livro, senhorita Hinata? – todos voltaram sua atenção para mim. Levantei, morrendo de vergonha.

– Mesmo não sendo um clássico, é um dos meus livros preferidos. Ele retrata bem o mundo novo que está escrito, a forma da escritora de detalhar cada parte do cenário que o livro é composto, é simplesmente fascinante. – ele acena a cabeça e diz um mínimo “Obrigado”.

Como pode? Ele parece tão bem com a situação, tão confortável que parece nem estar acontecendo. Sinto-me como se fosse explodir. Como se qualquer movimento meu fosse resultar em uma catástrofe. E ele? Ele está simplesmente igual. Isso sim que é autocontrole.

– Dando continuidade ao que a senhorita Hyuuga estava falando... A Hospedeira é uma distopia, ou seja, se passa em um mundo completamente diferente ao que vivemos. Ele junta ação, ficção cientifica e romance. E o que vamos abordar primeiro é o romance! Mas ai você pergunta: Porque o romance primeiro se antes de tudo temos que saber o que aconteceu para resultar nesse mundo em que eles vivem? – ele aponta para um aluno na primeira carteira e sorri. Como ele é lindo! – Boa pergunta! Vamos começar pelo romance porque o que vai importar, pelo menos agora, é como ele é retratado e não onde ele acontece. Entenderam a diferença?

O som uníssono da sala confirmando deixa o professor feliz. Que estranho falar assim... “Professor”. Eu sei que ele é meu professor agora, mas como vou chama-lo de professor se conhecia ele somente como Madara? E se algum dia eu deixar escapar alguma palavra carinhosa ou algum apelido fofo que eu venha colocado? Isso vai ser muito confuso.

O jeito como ele consegue manipular muito bem a situação me deixa mais confortável. Acima de ser o cara com quem estou saindo, ele é um ótimo professor e fala com perfeição a frente de uma sala lotada de gente. Ele é perfeito num todo. Não só eu noto isso, pois vejo as outras garotas da sala quase babando no livro a olhar para o meu... O meu professor!

– Bom, o trabalho de vocês vai ser ler até o capitulo 10 para a próxima aula, que deve ser na próxima sexta. Ou seja, vocês tem uma semana! – o sinal toca e ele pega as suas coisas. – Alguém poderia ir comigo para pegar o restante dos livros na biblioteca lá em baixo? – eu e mais três garotas levantamos subitamente. –Só preciso de uma! – ele sorri. – Vem Hyuuga.

As outras garotas sentam desanimadas e eu sorrio sarcasticamente para elas. Sei quanto isso pareceu infantil, mas não me importo. Saio da sala e dou de cara com a Ino na porta. Não havia notado que ela não estava na primeira aula. Ela sorri para mim, e arregala os olhos ao ver o Madara. Eu sei que ele é bonito e chama atenção, é impossível não olhar e sorrir.

Sigo-o e, depois que o corredor está novamente vazio, ele me espera para que possamos andar lado a lado.

– Tudo bem? – ele parece preocupado comigo, ou com a situação em que estamos. Não sei direito.

– Foi meio estranho entrar e te encontrar lá. Na verdade foi mais que estranho, foi assustador. – riu nervosa e ele me acompanha. – Como você está?

– Exatamente na mesma situação que você. – ele sorri. Ele parece muito mais confortável que eu.

Entramos na biblioteca e ele acena para a mulher idosa que cuida da sala, deposita suas coisas em cima da mesa e segue para um corredor no final da ultima ala. Vou atrás, procurando-o entre as estantes.

Sua mão envolve meu pulso e sou puxada para um canto meio escuro do lugar abarrotado de livros. Ele segura-me pela cintura e me beija ali mesmo. Sou trazida para o doce gosto da sua boca e a adrenalina toma conta do meu corpo. Estamos na escola. Ele é o professor novo e eu a aluna do terceiro ano. Ele deve saber das consequências que isso pode trazer. Eu também sei, mas me nego a parar o beijo. Seguro nas costas dele e passeio a outra mão pela nuca, agarrando o seu grande cabelo.

– Estava com saudade! – ele sussurra entre o beijo.

Antes de conseguir responder, ouço passos e o afasto de mim, arrumo meu cabelo e minha roupa e ele parece me imitar. Finjo estar procurando um livro e ele atravessa o corredor.

– Ah, professor! – a voz parece ser da idosa que estava lá na frente. – Vi que você é novo aqui na escola e que já tinham deixado seu material para a aula separado. Procura por A Hospedeira? – ela chega à ponta do corredor em que estou e finalmente consigo vê-la. Com o óculos na ponta do nariz, ela sorri.

– Ah, sim! Poderia me dizer onde está? Tenho que entregar a ela para dar ao resto da sala. – ele sorri e acena na minha direção. Ela olha para eu e pede para segui-la.

Viro para trás disfarçadamente e passo a mão na testa, em brincadeira com o Madara. É só o primeiro dia e quase fomos pegos. Deus esteja com a gente.

Ele sorri e começa a andar atrás de mim.

Pego os livros e volto para a sala. Peço licença para entrar e vejo que é minha mãe na mesa do professor.

– Hinata, é a sua mãe mesmo? – alguém do fundo, que não reconheço a voz, pergunta. – Vocês tem o mesmo nome. – sorrio para minha mãe e ela parece feliz por eu aceitar que trabalhasse aqui.

– Sim. É minha mãe! – admito. – E o novo professor de física também! – entrego os livros aos que faltavam e sento no meu lugar novamente.

As pessoas começaram a me olhar de uma forma diferente, e quando presto atenção na conversa de alguém, escuto um comentário sobre como nossos olhos são idênticos. Já estava me acostumando com a comparação que faziam de mim e Hanabi, agora vou ter que aguentar também sobre meu pai e minha mãe.

Sento ao lado de Ino e Tenten, em frente a minha mãe e ela volta a explicar matéria nova. Mamãe começa a passar matéria na lousa e Ino comenta baixinho:

– Meninas que professor é aquele que vi saindo quando entrei na sala? Deus do céu, como é lindo! – uma ponta de ciúmes dominou meu corpo e fez minha mão formigar. Sei que ela não sabe que é ele que eu estou junto, mas mesmo assim fico com vontade de bater nela.

– Se viu só? – Tenten sorri para ela. – Ele é o professor novo de Literatura. Madara Uchiha! Deve ser o tio que o professor Obito havia falado, lembra? –ela acena a cabeça loira e eu sorrio para disfarçar meu ciúme.

Elas continuaram a falar e eu apenas parei de prestar atenção. Tenten sabia o que ele era meu, só ainda não tinha associado o nome com a pessoa. Lembro que quando estava me arrumando para ir me encontrar com ele, ela e Hanabi viram a mensagem que ele me mandou. O nome dele estava lá. Quantos Madara’s Uchiha’s podem existir? Se ela pensar um pouco conseguirá ligar tudo.

Mamãe sentou a nossa frente e começou a fazer a chamada. Isso é tão estranho quanto ver o Madara aqui.

– O Diretor veio me contar que você e sua irmã chegaram atrasadas. – ela falou baixo para não parecer vergonhoso para mim, mas ainda sim me olhou com um olhar assustador.

– Ah mãe, tudo culpa da Hanabi. Briga com ela, pois depois que vocês saíram e eu sai do banho, ela ainda estava deitada babando no meu travesseiro. – forcei um pouco para a culpa cair totalmente em cima dela.

– Vou falar com ela! Se for todos os dias assim... Vai ser difícil! – ela suspirou e o sinal tocou.

A terceira aula foi vaga, por isso descemos para ficar no pátio da escola. Tenten começou a ler o exemplar que o Madara pediu e Ino foi ficar com o grupinho de garotos que adoravam games. Sentei em um banco em frente à escada e vi Hanabi descendo. Ela correu até mim toda eufórica e balançando os braços.

– Hina, Hina! – quase gritou meu nome, com os olhos claros arregalados.

– O que foi garota?

– Você viu quem está ai? – ela colocou a mão na boca.

– Quem?

– O Madara. O seu sei lá o que!

– Ah, eu o vi!

– E você está assim? Toda tranquila? – ela perguntou, quase colando seu rosto contra o meu de tanta indignação. – Você tem noção do que ta acontecendo? Mamãe, papai, seu professor-namorado e você. Todos. No. Mesmo. Lugar.

– Sim, eu tenho noção do que está acontecendo – riu para ela e ela parece chocada. – Se você ficar quieta não vai acontecer nada. Só você sabe, nem Tenten, nem a Ino. Então... Shhh! – coloquei o indicador sobre a boca para mostrar como ela deveria ficar.

Ela acenou para mim e me deu um abraço. Não entendi porque, mas retribui e falei para ela subir. Preciso que ela fique quieta. Preciso não, necessito disso. Se ela contar vai tudo por água a baixo. Nossos pais, o Madara, eu e ela. Tudo.

O restante das aulas passou como água numa cachoeira. Peguei minhas coisas e sai da sala, esperando junto com minhas amigas, Hanabi no segundo andar. Quando ela nos avistou, veio correndo. Kiba veio em direção a Ino e passou sua mão pela cintura da minha amiga loira. Não acredito que eles estão juntos. Preciso conversar com ela depois!

Tenten diz para mim que precisa passar no banheiro e pede para esperarmos ela no estacionamento em frente à escola. Ino se despede, e baixinho falo no ouvido dela que precisamos conversar sobre seu novo namorado.

Esperamos alguns minutos quietas, até Hanabi me cutucar e apontar em um direção. Olho para o que ela aponta e vejo Madara e uma mulher loira a segurar-lhe no pescoço. Meu ciúmes ferve dentro de mim. Não sei quem ela é nem o que ela está fazendo, só quero tirar-lhe de cima dele e depois bater-lhe até sangrar. Desde quando fiquei tão agressiva assim? Não sei.

– Ih, então ele tem alguém! – Tenten ri baixinho, enquanto se aproxima da gente. – É claro que tem. Como um homem lindo desse jeito poderia estar solteiro? Impossível!

Fuzilo-a com os olhos, porem ela não estranha nada. Como ela pode achar estranha uma coisa que não sabe que existe? Não tem como!
Hanabi olha para mim sem saber o que fazer. Luto comigo mesma para não ficar parada a olhar, mas para agir, fazer alguma coisa que preste. Sou tão medíocre nesse aspecto!

Observo-o se movimentado para tirar a mulher extremamente peituda de cima dele, e isso até que me alivia. Ele está a rejeita-la! Seus olhos percorrem o espaço quase vazio e encontram os meus. Uma expressão de pânico e preocupação domina seu rosto. Faz um dia que estamos juntos e isso acontece.

Onde eu estava com a cabeça? Nós nem nos conhecemos, como podemos estar a namorar? Como vou saber se esse tipo de situação será frequente? Não tenho como saber, porque não o conheço suficientemente bem.

Estou irritada comigo mesma e definitivamente é a gota d’agua quando vejo a mulher beija-lo.
Hanabi abre a boca e olha deles para mim num instante. Viro-me e começo a andar. Quero chorar, mas não quero parecer uma boba para Tenten. O que ela pensaria? Ah, ela esta chorando porque viu o professor gato beijando uma mulher! Quão ridículo isso soa?

Suspiro e vou para a parada de ônibus sem dizer uma palavra. Tenten e Hanabi me seguem. Elas começam a conversar e eu forço-me a engolir minha lagrimas. Vasculho minha bolsa atrás de dinheiro para a nossa passagem e acho o suficiente para nós duas.

Tente se despede e vai embora, sem nem perceber minha angustia. Agradeço a mim mesma por parecer tão controlada. O ônibus chega e avisto dois lugares. Hanabi senta ao meu lado e eu não aguento e começo a chorar.

Algum tempo depois chegamos em casa. Não faço ideia se demorou ou não, pois entre as lagrimas e soluços acabei por adormecer encostada na janela. A caminhada que temos que fazer do ponto de ônibus para casa parece uma eternidade, e depois daquilo o que eu mais quero é que o dia passe o mais rápido possível.

– Você vai falar com ele? – Hanabi quebra o silencio.

– Por que eu deveria? Não fui eu que beijei outro homem no nosso segundo dia de namoro. – mando, com raiva. Não dela, mas sim dele e daquela loira.

– Ele tentou se soltar dela. Ele não queria... – ela para de falar de vagar e olha para frente.

Estou com medo, mas sigo o olhar dela. Estamos quase em frente de casa e há um carro estacionado em frente a ela. Não posso acreditar que é ele. E se for ele? O que vou fazer? Não sei como agir a isso.

– Vou entrar! – Hanabi diz ao pé do meu ouvido e pega minha bolsa. Balanço a cabeça, afirmando.

Paro em frente à escada que leva a porta de casa e olho para ele. Não queria olhar, muito menos se lembrar do nosso beijo em meio a estantes cheias de livros velhos e todos os outros beijos que demos entre ontem e hoje. Não quero lembrar-me da forma apaixonada que ele segura meu rosto enquanto me beija ou do gosto doce que tem sua boca. Abano a cabeça levemente para afastar esses pensamentos.

– Desculpa! – ele dispara. – Eu não queria aquilo. Tentei tirar-me dela, mas não consegui até ela me beijar e empurra-la para longe. – ele começa a andar em minha direção, mas dou um passo para trás.

– Quem é ela? – pergunto. Minha voz fraqueja e sinto meus olhos arderem novamente. Quero chorar outra vez, mas não posso não na frente dele.

– Ela é minha ex-noiva! – ele abaixa a cabeça.

Noiva? Ele tinha uma noiva? Como eu não sabia disso? Meu sangue esta fervendo outra vez.

– Ela é maluca. Sempre que me acha faz isso. Ela é uma louca! Depois qu-

– Ei, olha só quem está aqui! – minha mãe caminhava em nossa direção. As coisas não poderiam ficar piores! – Como achou nossa casa? – ela produz uma risada estranha, um misto de curiosidade e preocupação.

– Ah, já se conheceram mãe? – intensifico o tom da palavra para ele saber quem é a pessoa que está agora no meio de nós. O sorriso dele é forçado.

– Ah, sim. Conversamos hoje lá na escola. – ela sorri. – O que lhe devo a visita?

– Ah, não, nada! Vim passar na casa de um parente e vi suas filhas voltando para casa. Foi apenas coincidência. – ele ri, para parecer descontraído e eu me acompanho a ele. Minha mãe sibila um “Ah!” e continua a sorrir. – Bom, tenho que ir! Boa tarde ai pra vocês, até amanha! – aceno bem desanimada e mamãe me acompanha.

Entro para casa correndo e vejo Hanabi sentada no sofá da sala. Ela faz menção em começar a me perguntar coisas, mas para ao ver mamãe entrar logo atrás de mim.

Subo correndo para meu quarto e me jogo na cama. Quero chorar, sei que é cedo para ficar chorando por ele. Mas apenas quero sentir a pequena dor no meu peito.

Se quero manter essa relação, vou ter que ter paciência. Mas não é esse o ponto que eu tenho que estar. A questão é: Quero manter esse relacionamento?


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Notas finais do capítulo

E ai pessoinhas do meu S2, gostaram? Digam a verdade, sim? Bom, se gostaram deixe um comentario falando o que mais gostou. Se não gostou do capitulo, deixe um comentario também, dizendo o que você não gostou. Estou aqui para fazer o agrado de vocês!
Amo vocês, xuxus. Beijooooos!