Me apaixonei pelo professor escrita por Gabysenju


Capítulo 5
O começo da nossa história


Notas iniciais do capítulo

Olá MadaHinas do meu coração! Estou eu aqui mais uma vez com cap novo pra vocês. Sei que demorei, desculpa. Estou conseguindo postar somente um capitulo por mês, eu tento escrever, mas o tempo não deixa. Juro que vou tentar escrever e postar mais!
Bom, espero que gostem do capitulo!



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Chegamos um pouco tarde. Hanabi, como é uma garota compulsiva, comprou mais coisas que eu. Assistimos a um filme e acabamos jantando lá também. Chegamos em casa exaustas e agradecemos por não ter lição de casa.

Largamos as coisas no quarto, e quando deitamos na cama para conversar, mamãe entro no quarto.

– Compraram bastante coisa, eim!? - ela riu.

– Quem você acha que gastou a mesada toda? Hanabi, claro! - cutuquei a Hana e ri. Mamãe suspirou sorrindo e sentou na cama ao nosso lado.

– Meninas, tenho uma coisa pra falar pra vocês... - paramos e esperamos Dona Harumi terminar. - Eu e seu pai recebemos uma proposta de emprego!

– Serio mãe? Que legal! Onde é? - Hanabi perguntou alegre!

– Na escola de vocês!

Paramos de vez! Não somo do tipo que tem vergonha por a mãe e o pai estarem no mesmo lugar que a gente. Muito menos vergonha de saber que as pessoas vão sempre nos associar pelo simples fato de sermos parentes. Não, eu e Hanabi não somos assim. Gostamos da companhia dos nossos pais.

– Eu e seu pai ainda não demos a resposta pra poder conversar com vocês duas primeiro! - ela explicou. - Queríamos saber como vocês vão se sentir quanto a isso e se esta tudo bem. Até porque sabemos que não é muito legal ter os pais na mesma escola que você! - ela parou por um segundo e eu e Hanabi nos entreolhamos.

– Por mim tudo bem mãe. - falei. - Se é um trabalho melhor pra vocês, então eu não me importo. Né Hana? Esta tudo bem! - Hanabi acenou freneticamente.

– Serio mesmo? Seu pai vai adorar a noticia. - ela suspirou alegremente. - Ele anda tão cansado ultimamente, e olha que as aulas acabaram de começar. - Harumi se levantou e esticou os braços. Olhou para nós e sorriu orgulhosa. - Bom, acho que vou me deitar, estou morrendo de cansaço também! Qualquer coisa, vão lá ao quarto me chamar. - deu um beijo em nos duas e sorriu mais uma vez, parecia realmente feliz.

– Ok mãe, boa noite. - falei mandando beijo para ela na cama. Ela acenou e saiu.

Olhei em volta, pelo quarto, e notei a bagunça. Roupas que Hanabi tinha tirado do meu armário mais cedo e as coisas novas que havíamos comprado. Queria dormir, pois já estava cansada, mas com essa bagunça toda eu não conseguiria. Exigi que Hanabi me ajudasse a arrumar, e com nos duas até que foi bem rápido.

Arrumei minha bolsa da escola para o dia seguinte e lembrei que lá dentro estava a blusa do Madara. Fiquei tentada a não fazer, mas não adiantou. Estava sozinha no quarto, e isso me deu a liberdade. Era uma blusa de moletom fina, porém muito macia e quentinha. Branca com uma listra preta do lado. Cheirei! Parece loucura, mas tive vontade. Vontade de conhecer mais dele (como se isso fosse possível apenas cheirando a blusa que usara). Não havia nenhum vestígio de suor, muito menos de roupa mal lavada. O perfume que usava no pescoço passou para o colarinho da blusa. Uma fragrância forte.

Não conheço muito de especiarias de perfumes, mas sei que tinha algum toque de Madeira e Musk. Perfume forte, típico de homem.

Hanabi entrou no quarto do nada e me viu fazendo aquilo. Ela riu na hora em que tentei esconder, então me apressei a guardar tudo e coloca-la para lavar. Sai do quarto, suspirando aliviada, por ter uma irmã "compreensiva". Fiz o que tinha de fazer. Escovei os dentes e usei o banheiro. Quando voltei, Hanabi estava deitada na minha cama.

– Não vai ir dormir não? - perguntei.

– Passo dormir com você? - ela perguntou de volta, fazendo (ou apenas tentando) fazer uma carinha fofa.

Suspirei, apaguei a luz e fui deitar junto com ela.

□■

De tão cansada que eu estava, parecia que eu tinha dormido uma eternidade. Quando acordei já era quinta.

Fomos pra escola normalmente na quarta-feira, mas nada de mais aconteceu.

Parecia que a semana tinha engolido um dia.

Quinta. É hoje!

Acordei sentindo um misto de sensações. Muita ansiedade, nervosismo, alegria, incerteza e um pouco de preocupação.

Mamãe nem precisou me acordar. Quando ela chegou ao meu quarto eu já estava trocada

– Vai chover! - ela entrou sorrindo e foi até a cama chacoalhar Hanabi.

– Por quê? - perguntei sem saber.

– Você acordou sozinha e sem eu chamar! - ela riu e Hanabi resmungou com os empurrões.

Sorri e fui ao banheiro. Mal sabia ela que eu estava toda eufórica.

Harumi fez nossos cafés e terminamos de comer ainda no carro, pois estávamos atrasadas. Hanabi e eu chegamos em cima da hora, mas o portão havia acabado de fechar. Tivemos que correr para poder entrar pela secretaria, tudo em pouquíssimo tempo.

Hanabi subiu para sala o mais rápido que conseguia, e pude ver, antes de subir, que a porta da sala dela ainda estava aberta. Corri para ir pra minha sala e rezando pra não ser professor chato. O horário ainda não estava formado, então não tínhamos ideia de quem nos esperava na sala.

Virei à esquina do corredor e vi o professor Óbito. Agradeci eternamente!

Ele sorriu e por fim entrei, já logo avistando minhas amigas.

■□

O professor não é muito de passar textos e essas coisas, e eu até gosto. Não por preguiça, mas sim porque aula de história é melhor ser dita do que escrita. Eu acho!

Ele fez algumas explicações e logo nos deixou conversar e discutir sobre o assunto. Eu, Ino e Tenten, na aula dele, sentávamos na frente, gostamos de interagir com o professor.

– Terminaram os exercícios? - afirmamos. - Ótimo, me deixe dar visto!

– Professor, sempre tive curiosidade... Como é seu nome todo? - perguntou Tenten, se inclinando para chegar mais perto.

– Nunca falei meu nome todo? - ele sorriu com uma expressão de surpreso. Tenten negou.

– Meu nome é Óbito Uchiha. Curtinho!

Eu que estava olhando os vistos no meu caderno, o olhei na hora. Ele é um Uchiha. E como não percebi antes? A cor dos olhos. Um ônix inconfundível. Como não notei o tipo de cabelo espetado e a pele levemente bronzeada?

Queira perguntar se ele conhecia Madara, se eram parentes, mas ia soar muito estranho. Tenten fez esse trabalho por mim.

– Porque decidiu ser professor? - ela perguntou. - Alguém da sua família também é professor?

Ele folheava o livro de história e pensava no que ia falar.

– Meu tio favorito é professor de Literatura, nos somos muito próximos e amigos e isso acho que me influenciou um pouco!

Esta tudo se encaixando. Os sobrenomes iguais, a aparência um pouco semelhante, "professor de Literatura".

– A é? Que legal professor! Como é o nome dele? Eu sempre gostei muito de literatura... - falei, com segundas intenções, a fim de saber mais.

– O nome dele é Madara Uchiha. - ele sorriu para mim, e eu gelei.

O sinal tocou e ele saiu da sala. Então sim, eles são parentes e são íntimos. Mesmo que seja pouco, já sei mais sobre ele.

□■

O intervalo e o resto das aulas passaram voando. Na última aula, que deveria ser de física, não teve e foi comunicado sobre os professores novos que iam abordar as matérias de física e química. Ou seja: meus pais!

Por conta da última aula vaga, fomos dispensados mais cedo. Hanabi continuou na sala, porém assinei um comprovante para que ela pudesse sair mais cedo comigo.

– Não estou a fim de ir pra casa hoje... Será que alguém pode me ocupar por algumas horas? - Tenten resmungou e se apoiou no meu ombro.

– Hoje eu não posso, tenho curso daqui a pouco! - Ino respondeu. - Vai pra casa da Hina, ela sempre tem coisa boa pra comer lá! – elas riram.

– Ah, então quer dizer que vocês vão à minha casa por causa de comida? Bom saber disso... – falei em tom de acusação. Rimos juntas, nos despedimos de Ino e fomos para minha casa.

Decidimos pegar o atalho. Tínhamos que dar um pouco mais de volta, porem chegávamos mais rápido.

Tenten gostava muito de moda, assim como Hanabi, e o caminho todo elas não pararam de falar sobre novos modelos de vestidos, as cores do momento e coisas do tipo.
Tenten é uma garota bem alternativa. Gosta do que gosta e é feliz assim. Ela é um misto de: atlética, nerd (não CDF), caseira, estilosa, artista, cozinheira e apesar de todos esses adjetivos, ela é bem relaxada quanto à organização. A mãe dela fica louca com a bagunça do quarto. Eu mesma já vi. É como um zoológico, cada quanto do quarto é de um animal e cada animal tem seu habitat natural. Isso acaba resultando em uma gigantesca bagunça.

Não demorou muito tempo até chegarmos em casa.

Minha mãe estava na sala, e isso era uma surpresa (e muito raro). Dei um beijo nela e Tenten lhe deu um abraço. Ela já era de casa, e não nos importávamos mais quando abria a geladeira ou trocava de canal. Hanabi colocou as coisas no quarto e foi jogar videogame com ela. Sabia que meu quarto estava com uma baguncinha, então subi e fui fazer uma geral.

Enquanto guardava livros, roupas e sapatos, lembrei-me da roupa nova que havia comprado. Hanabi me ajudou a escolher o vestido rendado de cor verde-água. Fiquei simplesmente apaixonada por esse vestido quando o vi. Por cima dele vai uma echarpe de cetim azul-escuro, como se fosse um colar. E o sapato eu optei usar um que já tenho (e amo). Meu pretinho básico. Caso esteja frio até a hora de sair, usarei a jaqueta de couro da Hanabi. Ficará lindo, ou é o que eu espero pelo menos.

Precisava avisar minha mãe que ia sair, mas não podia chegar nela e simplesmente falar: Oi mãe, hoje eu tenho um encontro com um cara mais velho, vamos ao cinema e provavelmente nos pegaremos lá. Volto às 23h, beijo!

Não, se falasse isso provavelmente nunca mais sairia na minha vida. Tinha que achar um jeito mais simples. Desci as escadas pensando nisso. Achei melhor falar a verdade, mas sem os detalhes.

– Mãe – sentei junto a ela na mesa. – hoje eu vou sair um amigo, tudo bem?

– Que horas? – ela perguntou, sem tirar os olhos das inúmeras folhas que continham na mesa.

– Às 18h! – sorri, sem que ela visse. – Volto lá pras 22h! – ela me olhou. – Ele mora perto e se ofereceu para me trazer de volta. – não era totalmente a verdade, mas vale.

– Tudo bem então. Mas diga a ele que é pra trazer mesmo, se não é perigoso pra você vir sozinha. – voltou a corrigir as lições. Assenti antes de ela virar.

Sorri! Não foi tão difícil quanto pensei. Voltei para meu quarto e pensei no que fazer primeiro.

Hanabi e Tenten entraram e sentaram na cama, me olharam e depois começamos a conversar. Minhas amigas conheciam cada canto do meu quarto e não seria uma surpresa elas acharem coisas que eu tivesse esquecido há séculos. Tenten passeou pelo meu quarto perfeitamente pintado de lilás, e parou bem na frente do meu mural de fotos. Analisou-as uma a uma e falou sobre algumas das fotos que conhecia. Dos momentos engraçados e alegres, até que parou especificamente em uma.

– Nossa! Esse não é o seu primo Neji, né? – ela perguntou. Hanabi se aproximou e olhou a foto junto com ela. – Nessa foto que você está com um gatinho no braço.

– Sim, é ele. Por quê? – perguntei, rindo.

– Uau! Nos...sa. É que ele esta muito diferente. – ela sorriu sem graça.

– Pois é. No tempo que vocês ficavam de paquerinha, ele ainda era um garoto com espinhas no rosto e usava aparelho. – ri e Hanabi me acompanhou. – A vida muda e as pessoas notam a diferença. – ela olhou para mim e lhe enviei uma piscadela. Ela sorriu e foi sentar na cama, ainda com a foto na mão.

Eles nunca chegaram a ficar juntos. Nem se quer se beijaram uma única vez. Mas todos, incluindo até minha mãe e a mãe do Neji, sabiam que eles se gostavam. Ela era apaixonada por ele, quando sabia que ele estava na minha casa, fazia questão de vir me visitar, só pra ficar perto dele. Não me incomodava, até gostava de vê-los juntos, formava um lindo casal. Mas meus tios se mudaram, e ele teve que ir junto, para fora do país. Tenten chorou quando soube, mas até hoje ninguém sabe disso e ela pediu para não contar a ninguém. Faz 4 anos que eles não se veem e 1 ano e meio da ultima vez que o vi.

– Você ainda gosta dele? – Hanabi perguntou, sentando ao seu lado.

– Você nem imagina. – ela suspirou e todas sorrimos juntas.

– Ele deve voltar logo. Está pra começar a faculdade, e soube que ele optou por fazer aqui. – notifiquei-a e isso a fez sorrir mais.

Comecei a arrumar o guarda-roupa e as meninas me ajudaram. Coloquei meu celular pra tocar na caixa de som, para poder dar mais entusiasmo. Rimos, brincamos, bagunçamos e arrumamos as coisas novamente, até minha mãe entrar no quarto com três potinhos de salada de frutas com leite condensado por cima.

Perguntei as horas, mas minha mãe não sabia me informar quais eram. Terminei de comer e esperei até que elas terminassem também. Como sai mais cedo da escola não poderia ser tão tarde. Levei os potinhos de volta para a cozinha e lá olhei a hora no relógio de parede. Quase cuspi a água que estava bebendo. Era tarde, tarde o suficiente para já começar ficar atrasada.

Voltei para o quarto correndo e Hanabi me estendeu meu celular. Havia uma mensagem.

–.-

De: Madara Uchiha

Olá mocinha! rs

Não tenho um real motivo para

estar enviando essa mensagem,

mas a ansiedade é tanta que não consigo me aguentar.

Recebida às 15h32

–.-

– Ai meu Deus, que fofo Hina! – Tenten exclamou depois de ver minha expressão de alegria. Com toda e real certeza ela já tinha lido.

Sorri e peguei o celular da mão da Hana. Queria responder, mas não sabia o que. Enquanto pensava, achei melhor ir tomar meu banho. Tinha exatamente duas horas para me arrumar. O tempo voou e eu nem percebi.

Demorei o tempo necessário para lavar meu cabelo e fazer uma breve hidratação, para deixar bem macio. Sai e passei meu hidratante meio que correndo. Hanabi escolheu o perfume e borrifou litros pelo meu corpo.

– Desse jeito o homem vai desmaiar. Eu mesma já estou ficando enjoada com o tanto de perfume que você passou Hana. – resmunguei, tentando tirar o excesso de perfume que ela jogara.

– Pare de reclamar. Coloque logo o vestido e sente aqui para eu poder te maquiar enquanto a Ten faz teu cabelo.

Falei o jeito que queria a maquiagem e Hanabi reproduziu detalhadamente igual. Pedi para que Tenten deixasse meu cabelo cacheado e bem soltinho, e ela fez. Demorou um pouco, admito, mas valeu a pena. Meu cabelo e minha maquiagem ficaram impecáveis.

Faltava apenas meia hora para o horário que tínhamos marcado, então antes de sair resolvi responder a mensagem.

–.-

Para: Madara Uchiha

Oi rs’ Só estou respondendo

agora porque se ficasse mandando

mensagem, não conseguiria me

concentrar rs.

Bom, estou indo até o nosso ponto

de encontro. Te espero lá. Beijo!

Enviada às 17h29

–.-

Para economizar tempo, resolvi ir de taxi até a biblioteca. Não demorou nem vinte minutos e eu já havia chegado. Olhei em volta e não vi nenhuma silhueta familiar. Olhei as horas no meu celular três vezes, quando fui olhar a quarta, ouvi uma buzina. 18h00! Que pontual.

Ele saiu do carro bonito (preto), e veio andando até mim. Estava lindo. Não sei especificar o que estava tão bonito, mas simplesmente estava. Usava calça jeans escura com uma camisa ¾ azul clara. O cabelo estava preso num rabo de cavalo, mas ainda sim era o mesmo cabelo rebelde e espetado.

Chegou perto de mim e sorriu abobalhado.

– Nossa você está linda! – corei e sorri ao mesmo tempo.

– Garanto que você esta muito mais! – sorri meia sem graça.

Ele me deu um beijo no rosto e um abraço e logo em seguida me levou para o carro. Abriu a porta do passageiro e então sentei. O carro tinha um cheiro doce, bem agradável. Enquanto ele dava a volta, chequei a maquiagem no espelho retrovisor. Tudo ok! Ele entrou.

– Então... em que cinema vamos? – perguntei sorrindo.

– Um que eu aposto que você nunca foi. Esse cinema abre apenas quatro vezes por ano, então se quisermos um lugar é melhor chegar cedo. – ele respondeu, dando a partida.

Seguimos conversando. Falamos sobre nosso dia e como foi até a hora marcada do nosso encontro, rimos e falamos sobre livros. Nosso ponto forte! Ele seguiu por um caminho que eu não conhecia, estava curiosa para saber que tal cinema era esse. Podia ser um cinema em um grande teatro, daquele que cabem muitas pessoas, ou podia ser também um cinema bem chique. Não sei. O único cinema que eu fui fica perto da escola, e sempre gostei muito dele.

Demorou em torno de 40 minutos para chegarmos a um campo aberto que estava lotado de carros. Estava tudo escuro e eu não conseguia ver muito além de 3 ou 4 carros.

– É aqui? – perguntei confusa.

– Sim! – ele riu. – Sabia que você nunca tinha vindo nesse tipo de cinema.

Olhei em volta. Tinha muita gente, muito carro. Quando notei as caixas de som em grande quantidade, percebi que tipo de cinema era. Os cinemas da moda antiga, onde as pessoas ficavam dentro do carro vendo o filme numa enorme tela. Abri a boca fascinada. Ele riu. A luz da tela se acendeu, começando a passar propagandas como num cinema normal. Fiquei na porta do pé para tentar avistar quantos carros tinham. Eram muitos carros.

A decoração do lugar era também muito linda. Nas arvores, com flores de cerejeira, tinham luzes roxas e azuis bem suaves. Num cantinho um pouco longe tinha um carrinho de pipoca e refrigerante. Era realmente incrivelmente e romântico.

Não podia deixar de registrar isso. Tirei uma foto com o celular, enquanto Madara estava indo buscar algo para comermos. No mesmo instante enviei a foto para Tenten e Hanabi. Elas com certeza surtariam com o quão romântico isso é. Ri sozinha, abobalhada de tanta felicidade.

Entrei no carro e alguns segundos depois Madara também. Tínhamos uma visão perfeita da tela. Não sabia que filme iria passar, mas também não importava muito, só de estar num lugar como esse já valia a pena. As meninas responderam a mensagem e para não ficar chato, olhei rapidamente. Primeiro li a de Hanabi:

–.-

De: Hana

AI MEU DEUS HINA!

BEIJA ELE LOGO!

QUE ROMANTICO!

AHHHHHHHHHHH

Recebida às 18h57

–.-

Ri sozinha. Hanabi é louca! Deixei a mensagem lá e fui ler a da Ten.

–.-

De: Tenten

Ai meu Deus amiga, que perfeito!

Boa sorte. Depois vou querer saber tudo.

Beijo!

Recebida às 18h57

–.-

Tenten já era mais comportada. Não mandei para Ino porque ele iria me encher de mensagem até eu responder tudo de tudo. Depois contaria a ela também o que aconteceu. Guardei o celular e comi algumas pipocas.

– Que filme vamos ver? – perguntei sorrindo.

– Antes que termine o dia! – ele deu de ombros. – Já viu? – neguei. – Vi no cartaz que era de romance.

ÓTIMO! Não há nada mais para acontecer que fique melhor do que já esta. Lugar hiper-romântico, filme romântico, um cara romântico. Como sou sortuda!

Abaixei um pouco o banco e me aconcheguei na posição ideal. Ele fez o mesmo, colocando entre a gente a pipoca. O filme começou e achei tê-lo ouvido suspirar. Não um suspiro de tédio ou algo do tipo. Mas um suspiro de alegria e conforto. Sorri!

Parecia um filme um pouco triste, mas fiquei prestando atenção. Não sabia quantas horas eram, mas também não me importava com isso.

Olhei-o pelo canto do olho. Ele é realmente lindo. Como pode alguém como ele estar sozinho? Como pode alguém como eu ser a sortuda? Não estou sendo precipitada falando que vamos das certo, vamos casar e ter filhos. Claro que não! Só estou falando que poderei ser muito feliz com ele. Observei o peitoral dele subir e descer por conta da respiração compassada. Virei minimamente o rosto, para olha-lo melhor. Estava um pouco frio e ele estava sentindo, pois os pelos do seu estavam arrepiados e a boca estava vermelha. Fiquei impressionada com o ar sexy que aquela boca vermelha deixou, e sem pensar fiquei admirando-o.

O filme estava passando, ele comendo a pipoca e eu olhando ele. Ele sorriu, mas não por causa do filme. Virou e começou a me encarar também. Fiquei com vergonha, mas não ousei desviar o olhar. Comecei a respirar um pouco mais rápido e ele notou. Riu baixinho, deixando a mostra os dentes perfeitamente perfeitos.

– Você é linda, Hinata! – ele falou e senti meu rosto esquentar. Agradeci por estar escuro.

– Obrigada. – respondi entre risos mínimos.

Ficamos nos encarando por mais alguns segundos, até que virei e comecei assistir ao filme.

Parecia estar no final do filme e pelo que entendi da historia ela conta a vida de um casal que terminam e voltam depois de um acidente que o rapaz sofre. Ele comete um erro e depois que acorda de um sonho, percebe que esta no dia anterior, podendo ter capacidade de fazer tudo diferente. É um filme muito bonito, mas por um motivo que não sei qual é perdi a foco. Olhei o carro sem sair da posição que estava. Notei o pingente pendurado no retrovisor e alguns papeis que estavam sobre o volante. Na ponta de um deles tinha o logo da minha escola. Eu tinha certeza de que estava certa, e tinha certeza de que aquele homem andando pelos corredores da escola era ele. Ele vai trabalhar lá!

Virei para olha-lo novamente, mas me surpreendi e corei quando notei que ele já me observava. Comecei a encara-lo firmemente, sorrindo. Pisquei os olhos e demorei um pouco para abrir novamente. Suspirei feliz!

– Você fica ainda mais bonita assim, parecendo que esta dormindo. – ele riu. Senti sua mão afastando a mecha maior da minha franja, e o roçar dela me fez cocegas. Ri baixinho.

Abri os olhos e notei que ele estava mais perto do que antes. O pote de pipoca entre nos estava sendo esmagado. Aproximei-me também e comecei a sentir sua respiração no meu rosto. Abri a boca de vagar, para me ajudara a respirar. Estávamos tão perto. O cheiro do seu perfume era o mesmo que estava na blusa.

– Acho que você gosta da palavra “bonita” e “linda”. – ri baixo e ele me acompanhou, acenando minimamente.

– Acho que eu gosto é de você! – acariciou meu rosto. – Acho não, eu tenho certeza.

Respirei fundo. Queria falar o mesmo, mas invés de falar eu agi. Beijei-o de vagar. Agarrei suavemente seu pescoço, passando a mão pela nuca. Ele mantinha a mão no meu rosto, indo para minha orelha, nuca, cabelo e voltando para o rosto. O pote de pipoca amassou por completo embaixo de mim quando me aproximei mais, colando meu corpo no dele. Seu beijo era suave, e carinhoso, sem pressa alguma.

Pensei estar sondando, até ele sorrir entre o beijo.

– Agora eu estou apaixonado de vez. - ri baixinho e comecei a beija-lo de novo.

Ele me deu pequenos selinhos na boca, nariz, bochecha e olhos. Tão carinhoso e romântico, mas com um jeito tão sexy. Estava apaixonada também, não podia negar. Ele parou de me beijar e fez uma expressão de quem tinha uma ideia.

O filme havia terminado, e eu acabei nem vendo o que aconteceu. Ele levantou e ligou o carro. Olhei confusa, mas sorri. Talvez ele ainda tivesse uma surpresa.

– Aonde vamos agora?

– Tem um evento acontecendo em uma praça não muito longe daqui... Tá afim? - ele me olhou sorrindo. Assenti alegremente.

Não sabia do que se tratava o evento, só queira ficar o maior tempo possível com ele.

Saímos de lá rapidamente e em poucos minutos estávamos na praça iluminada, com musica e tendas de comida e jogos.

Era um lugar bem diferente do qual estávamos antes.

– Hoje aqui tem competição de quem come mais. Está a fim de participar? - ele riu.

– Ah nem pensar! Passo essa pra você. - ri também.

– Não não, muito obrigado.

Começamos a andar e peguei na mão dele. Ele apertou minha mão suavemente, enlaçando nossos dedos. Me senti tão feliz!

Ele comprou algumas fichas e perguntou se eu queria algo. Eu parecia uma criança apontando para a barraca de tiro ao alvo. Ele riu e me olhou com uma expressão de quem diz: Serio que quer jogar isso?

Sem ele nem se quer ter perguntado, eu assenti e puxei-o para a tenda. Rimos quando fui atirar e quase acertei o homem que estava dentro da barraca. Madara se posicionou atrás de mim, me ajudando a mirar no alvo. Seu corpo estava colado no meu, seu calor passava para meu corpo, sentia sua respiração na minha orelha e isso estava deixando os pelos do meu braço arrepiados, mesmo com a jaqueta. Mirei e atirei, acertando bem no centro, outro tiro foi um pouco mais pra esquerda e o terceiro bem mais abaixo. Se acertasse o alvo três vezes seguidas, ganhava um prêmio. Tinha três coisas para escolher: ursinho, brinquedos e comida. Optei em pegar o ursinho, claro!

Andamos mais um pouco e então sentamos em uma das mesas que tinha por lá.

– Quer alguma coisa pra comer?

– Qualquer coisa doce que tenha morango. - sorri. Ele sibilou um "ok" e saiu.

Chequei a hora no meu celular, para não chegar atrasada em casa. Eram 21h20. Teria que ir pra casa logo logo, teria que me despedir logo logo. Enquanto ele ainda comprava algo para comer, passei o tempo tirando uma foto do ursinho e mandando para as meninas. Hanabi não respondeu na hora, mas Tenten sim, mandando um áudio: “Você vai me contar tudo depois viu!”.

Sabia que teria que contar mesmo, e não ficaria nem um pouco entediada em contar como foi meu primeiro beijo com ele, o quanto ele é carinhoso e divertido e como é romântico.

Ele voltou com um dois pratinhos, me entregou um pratinho com bolo de chocolate e morango e sentou ao meu lado.

– Se não gostar desse posso ir comprar outro! - ele falou, parecendo preocupado.

– Não, tudo bem. Amo bolo de chocolate com morango. – sorri e dei um selinho nele. Ele pareceu encantado com meu ato.

Hanabi estava certa. Eu estou definitivamente apaixonada por ele. Podem ter sido poucos dias que nos conhecemos, mas isso é o que chamam de “Amor a Primeira Vista”, não é? Não sei como explicar... Ele faz o meu tipo, acho que isso é uma boa explicação!

– Que horas você tem que voltar? – ele perguntou.

– Às 22h! – choraminguei, ele riu e me puxou para um beijo. Olhou o relógio e se levantou, me puxando de vagar.

– Então temos que ir. Não quero que chegue atrasada e nunca mais possa me ver! – falou, segurando na minha cintura e o ursinho. – E você ainda tem a escola... - riu, me provocando e eu cutuquei-o.

– Você começa a trabalhar quando? - perguntei curiosa.

– Amanha! – ele respondeu, sorrindo de orelha a orelha. – Você estuda onde?

– Exatamente onde você vai trabalhar! – ri baixo. Ele me olhou espantado. – Mas não se preocupe, tenho professor de Literatura já, talvez você nem pegue minha sala. – ele suspirou.

O silencio dominou por algum tempo, enquanto caminhávamos até o carro. Ele abriu a porta para mim e rapidamente deu a volta no carro e entrou.

–Como vai ser se nos encontramos lá? – perguntei.

– Não sei, vamos esperar pra ver. – ele sorriu para parecer menos preocupado. – Quero que você se sinta confortável. Vamos esperar uma ou duas semanas de aula passar para eu pode faz-

– Eu quero! – não o deixei terminar a frase, sabia o que ele ia falar e também já sabia o que eu queria. Sorri e ele sorriu junto. – Estou pronta para aguentar as consequências desde o dia que te conheci na biblioteca... Só basta você querer!

– Eu quero também! – ele falou serio e então me beijou.

Um beijo apaixonado. Poderíamos estar nos precipitando, pois é apenas o “primeiro” encontro, mas deixaríamos os problemas e situações complicadas para depois, ou melhor, para nunca.

Ele ligou o carro e voltou todo o caminho que havíamos feito. Meia hora depois estávamos na porta da biblioteca. Pedi para ele me deixar ali mesmo que poderia voltar rápido para casa, mas ele insistiu, então fui indicando as ruas que ele deveria seguir. Madara se perdeu de primeira, entrando numa rua sem saída e voltando por outra totalmente ao contrario do meu destino, até que conseguimos parar em frente a minha porta de casa.

Ele riu, pedindo desculpa por ter se perdido e eu disse que não tinha problema. Fiquei o olhando, esperando por um beijo de despedida que segundos depois veio. Um beijo intenso porem carinhoso, que parecia ter muito amor (de ambas as partes). Dei mais alguns selinhos, e no ultimo mordi seu lábio. Ele sorriu e juntou nossas bocas pela ultima vez. Sai do carro parecendo uma bêbada, enfeitiçada pelo sabor da boca dele. Olhei para trás algumas vezes e ele deu uma buzinada. Senti que tinha alguém nos olhando, e quando olhei para a porta, Hanabi estava lá, sorrindo feito boba. Ela acenou para ele e pude o ver acenando a cabeça. Deu a partida e então se foi. Deixando duas garotas felizes. Uma por estar apaixonada e outra por ver a irmã apaixonada.

– Pode me contar tudo! – Hanabi falou, me puxando para dentro.


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Notas finais do capítulo

Eai pessoinhas lindas? Gostaram? Se sim, deixa um comentario pra eu saber, se não, deixa um comentario pra eu saber o que deve ser melhorado também! Obrigada por terem lido amorzinhos, beijos, até o próximo!