Just ''Friends'' escrita por Mariana Castello


Capítulo 16
Capítulo 16




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Maldita noite passada. Tudo o que me restou de ontem não foram lembranças, muito pelo contrario, não lembro de nada, foi a ressaca e uma enorme marca roxa de chupão no pescoço. Minha mãe ficou aterrorizada quando entrou no quarto e me viu analisando no espelho o ‘’dano’’ causado.

– É...Oi mãe...

– Luke Kemp, o que é isso no seu pescoço?

– É um chupão Dona Margie! Conhece ? – Gargalhei mas logo me arrependi.

Depois da resposta, só ouvi ela dizer que na época dela, as meninas se preservavam bem mais. Sinceramente, eu duvido! E a época dela nem foi a tanto tempo assim. Depois de um bom tempo falando, ela resolveu sair do quarto, em seguida me joguei novamente na cama, e dei uma checada no meu celular, para ver se tinha alguma mensagem ou ligação perdida. Para minha surpresa tinha, e muitas.

Fill- 8:15 am

‘’ Bom dia, muita ressaca bonitão? Eu estou aqui quase morrendo de dor de cabeça, mas valeu a pena, te fiz pegar umas gatinhas, vou usar mais a tática do álcool com você. Na verdade não lembro de muita coisa, mas pelo que me lembro, consegui fazer sua cabeça. Não me pergunte nada sobre ontem, por que não vou lembrar. Só me fala uma coisa, como eu cheguei em casa? Hahaha. Obs.: Acordei esse horário, por que esqueci de desligar o meu despertador. ‘’

Samantha- 9:25 am

‘’ Oii Luk, tudo bom? Te liguei ontem de noite, por que não me atendeu? Muito ocupado gatinho ? ‘’

Cindy- 9:50am

‘’ Oiie Luke, bom dia! Bem, queria combinar de fazer alguma coisa hoje ,está muito ocupado ? Topa um café? ’’

Não respondi ninguém, exceto a Cindy, que em poucos segundos me deu resposta. Olhei no relógio, eram dez horas em ponto, como acordei tão cedo ainda não sei. Eu mal consegui me levantar da cama, me sentia indisposto a tudo, mas sem problemas. Corri para o armário e peguei minha camiseta vermelha que não usava a anos, ela me apertava um pouco, mas o comprimento estava bom. Coloquei primeira calça jeans, e o primeiro tênis que me vieram pela frente e guardei o dinheiro e o celular no bolso. No final a combinação ficou bem legal. Escovei meus dentes em um segundo. Por fim baguncei um pouco meu cabelo, não me preocupei em arruma-lo tanto. Dei a última olhada no espelho do banheiro, estava com uma aparência cansada.

Imediatamente desci, dei um beijo em minha mãe, ela estava tão preocupada no programa de TV que nem perguntou onde eu iria. Abri a porta de casa, e corri para casa da Cindy. Quem me atendeu foi a irmã dela, foi muito simpática comigo :

– Luke certo? A Cindy já está descendo. Quer entrar?

Sorri, e entrei, agradecendo.

– Quer alguma coisa ?

– Não, muito obrigada. – tentei ser educado.

–Vou chamar a minha irmã, espera um minuto. Pode sentar, fica a vontade !

Sentei no sofá, e analisei a casa. A sala era bem grande, cheia de quadros e pinturas, as paredes eram beges e os moveis todos brancos. Tinha uma lareira na minha frente, e uma escada alta ao lado da porta, e de lá saiu o cachorro que Cindy ia levar para passear na noite que li a carta de meu pai. O cachorro latiu e pulou no sofá comigo, era um Border Collie, minha raça favorita.

Ouvi o barulho das escadas, me levantei e me direcionei a porta. Cindy descia rápido, seu cabelo voava. Estava com um short jeans curto...belas coxas. Mal reparei em sua camiseta.

– Nossa! Chegou rápido! – falei hipnotizado.

Ela me deu um beijo na bochecha, retribui desviando meu olhar de seu ‘’short’’ . Acenei para sua irmã, e saímos andando em direção ao Starbucks , que ficava á alguns minutos de lá, dava para ir a pé fácil.

– Me chamou para falar do trabalho?

– Você acha mesmo que em pleno sábado eu vou falar sobre trabalhos escolares?

– É, eu acho que não. – Falei brincando.

Ela começou a encarar meu pescoço com seriedade, fiquei preocupado.

– Luke...Desculpa a pergunta. Mas isso é um chupão? – Ela riu alto.

– Ai caramba...não...talvez... – tampei com a mão, sentindo meu rosto queimar.

– Você está vermelho! – Ela riu – Luke, tira a mão daí seu bobo.

– Não estou vermelho! Ah, e não pretendo tirar minha mão até o final do dia.

– Mas se eu conseguir tira-la? – Fez expressão duvidosa.

– Dúvido !

Na mesma hora, ela colocou sua mão no meu braço tentando tirar, como já esperado, não teve sucesso.

– Não falei dona Cindy! Nunca vai conseguir tirar minha mão daqui. – fui irônico.

– Então tá Luke.

Ela se fingiu de brava, e não disse uma palavra sequer. Fiz algumas gracinhas, mas ela continuou com a cara fechada, algumas vezes soltou um pequeno sorrisinho, mas segurou.

– Ok, agora vou apelar. – Disse

Comecei a fazer cócegas nela, o que a fez soltar uma gargalhada contagiante, depois dela quase engasgar de tanto rir, parei.

– Sacanagem Luke! Apelou! – Riu

– Tudo bem, depois dessa eu tiro a mão, mas não fica olhando. Ótimo, descobri teu ponto fraco!

– Oba! Vou tentar não olhar

– Você alguma coisa para cobrir isso ?

– Não. Quem mandou levar um chupão ?

– Eu estava bêbado!

Avistei a cafeteria, fomos apressando o passo até lá em silêncio;


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