As Três Lágrimas do Youkai. escrita por Larizg


Capítulo 53
Capítulo 53 – Apenas essa noite...


Notas iniciais do capítulo

Olá, mina!!!! Desculpem a demora, mas vocês sabem como é: a vida não é apenas escrever fics... Bem, vim aqui deixar O capítulo que MUITA gente estava esperando. Eu realmente espero que tenha ficado bom porque é meu primeiro hentai. Tentei mesclar nele a paixão e desejo, mas tornar algo também romântico. Espero que gostem, mas ei! Deixem comentários... Podem ser críticas, sugestões, elogios ou mesmo desgostos. Gostaria MUITO de saber como me saí nessa primeira tentativa.... :)
Vou deixar dois links de música, uma para a primeira parte que é a reunião e duas para a segunda:
1 - https://www.youtube.com/watch?v=EOvo0t4qUqw
2 - https://www.youtube.com/watch?v=QlNQD98lfUY
PS: não tive como revisar, então se tiverem erros, me avisem que consertarei e me desculpem por eles...
ENJOY!! =D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/499825/chapter/53

Tsukiyo foi pega desprevenida pelo golpe de Sesshoumaru e antes que percebesse o youkai a prendera contra a parede com sua espada. Os dois estavam extremamente próximos. Ela podia sentir o cheiro de doce de Sesshoumaru misturado com o de suor que umedecia suas roupas e as deixavam coladas ao corpo bem delineado dele. Antes que pudesse impedir, sentiu o coração palpitar levemente e as bochechas corarem rapidamente. Ela afastou tais pensamentos da cabeça e se focou em outro sentimento.

Tsukiyo franziu a testa em frustração por ter perdido pra ele novamente.

– Não vai se achando só porque eu...

Ela percebeu a expressão distante do youkai. Ele não está me escutando. A face nervosa tornou-se preocupada quando notou um brilho diferente nos olhos de Sesshoumaru. Abandonando a postura agressiva, ela relaxou e olhou com cuidado para ele.

– Sesshoumaru? – perguntando calmamente. – Está tudo bem?

O Dai-youkai pareceu despertar e os olhos focaram-se nela. No instante seguinte, a máscara convencida estava de volta ao seu rosto. Como Tsukiyo já sabia, não passava de uma máscara.

– Olha só quem perdeu novamente. – provocou-a.

A jovem, por alguns segundos cedeu a provocação, corando com a derrota e caindo no jogo do youkai. Com o canto dos olhos ela percebeu a amiga a olhando da varanda com o olhar indecifrável ao lado de Hiryu.

– Er... A chegada de Merioku me distraiu e...

Quando percebeu o leve sorriso vitorioso de Sesshoumaru, se deu por vencida e sorriu com ele. No fundo daqueles olhos âmbar, o mesmo brilho estranho que notara a poucos segundo surgiu novamente e, por uma razão que não compreendia, aquilo lhe doeu o coração. Preocupada, ela notou a expressão de Sesshoumaru mudar novamente, ele estava quase... triste. O Dai-youkai parecia prestes a dizer algo, mas uma voz chamou a atenção dos dois.

– Sesshoumaru, devemos iniciar a reunião.

Olhando por cima do ombro de Sesshoumaru, Tsukiyo viu Suiryu chamá-los. Tsukiyo sentiu o calor do corpo de Sesshoumaru se afastar quando ele a soltou para encarar o estrategista. O Lorde acenou com a cabeça e os três que antes os observaram na varanda se voltaram para caminhar em direção ao salão. Por um segundo, Tsukiyo pareceu notar um olhar perdido de Hiryu pra Sesshoumaru, mas pensou estar imaginando coisas.

Ela pegou sua espada de treinamento do chão e a fincou ali, se preparando para ir em direção ao salão de guerra. Contudo, assim que começou a caminhar, sentiu a mão de Sesshoumaru segurá-la levemente. A expressão do youkai era indecifrável, muito além da máscara indiferente que usava e Tsukiyo começou realmente a se preocupar.

– Sesshoumaru, o q...?

– Não vou mais fazer isso. – ela procurou seus olhos para entender o que estava acontecendo, mas ele não conseguia encará-la.

– Fazer o que?

– Não tentarei mais conquistá-la. Está livre para se focar apenas naquilo que veio fazer.

Aquilo a chocou e congelou sua expressão em pura surpresa. Por mais que a declaração dele de que lutaria por Tsukiyo a confundira, no fundo, Tsukiyo sentia que ficara decepcionada com essa afirmação dele.

Antes que pudesse dizer qualquer coisa, Sesshoumaru passou por ela sem nem ao menos dirigir-lhe um olhar ou uma explicação. Tsukiyo o viu se afastar sem palavras para expressar tudo o que a mente dizia. Não entendia porque ele não a encará-la, de alguma forma, ela sabia que ele não queria dizer aquilo. Então por que o fez, Sesshoumaru? Mas como todo coração que ama e teme a rejeição, Tsukiyo se perguntava se havia feito algo pra afastá-lo. Estaria Sesshoumaru, realmente desistindo dela?

Se ele desistisse dela, as decisões da jovem se tonariam mais fáceis, não é? Ela poderia escolher Akarin e Sesshoumaru não se magoaria com isso.

Por alguma razão, aquilo também doía.

...

Tsukiyo foi a última a entrar no salão, encontrando rostos sérios e retesados de tensão. Os quatro generais ocupavam os lugares padrões, com Suiryu à esquerda e Hiryu a direita de Sesshoumaru que tomava aponta da mesa. Sentados um para o outro estavam Arashi e Tsubasa com Shiro ao seu lado. Na ponta oposta à Sesshoumaru estava Inuyasha, com a família ao redor. Para a surpresa de Tsukiyo, Merioku estava de pé, ao lado da porta de entrada.

– Meri-chan?

– Tsuki! O que está fazendo aqui?

– Eu que lhe pergunto. – sorriu para a amiga, mas esta lhe parecia desconfortável em responder a pergunta.

Tsukiyo estranhou o fato, mas antes que pudesse lhe perguntar algo, Sesshoumaru a chamou:

– Tsukiyo, se quer mesmo participar da guerra, é bom que entre logo. – a voz continha certo desgosto e Tsukiyo sabia que era porque Sesshoumaru não a queria na batalha.

Ela olhou para Merioku, falamos sobre isso mais tarde, pensou. A morena entrou e sentou-se na única cadeira vaga, entre Sesshoumaru e Hiryu, quando ouviu Suiryu comentar com Sesshoumaru.

– Ao que parece, a feiticeira se voluntariou para se juntar aos curandeiros de nosso exército. Na situação apressada em que estamos, toda ajuda é bem vinda. Ela recusou qualquer tipo de compensação, o que torna sua adesão mais favorável.

Enquanto Sesshoumaru parecia considerar a opção de forma séria e preocupada, Tsukiyo olhou chocada para a amiga, que aguardava uma resposta do Lorde.

– Você vai entrar na guerra?!

– Você também. – retrucou.

– Mas eu... – faço isso para salvar Akarin. – Não precisa se arriscar também.

– Sinto muito, Tsukiyo. Mas isso é algo que eu quero fazer. – com um olhar inteligente, Merioku continuou. – Além disso, conheço o território inimigo e posso dar importantes informações sobre o castelo.

Os presentes que até então observavam a discussão silenciosamente, foram tomados pela surpresa. Todos, menos Sesshoumaru, que já conhecia o fato.

– Você também já esteve no castelo de Kouhen? – perguntou Suiryu, subitamente interessado.

Antes que Merioku formulasse a frase, Tsukiyo se adiantou:

– Ela foi uma das pessoas que me ajudou a enfrentar Kouhen. Se não fossem suas habilidades curativas, eu provavelmente não teria sobrevivido. – ela olhou com ternura para a amiga, deixando a raiva de lado.

Tsukiyo sabia que Merioku queria participar da guerra pelo mesmo motivo que a morena queria ver a feiticeira fora disso. Elas se importavam uma com a outra e teriam que aceitar suas decisões. O melhor que ela poderia fazer agora era ficar ao lado da amiga. Ela se voltou para Sesshoumaru.

– Sesshoumaru, acredito que ela terá informações mais precisas do castelo, uma vez que o explorou melhor enquanto eu estava inconsciente após a luta.

A jovem esperou pela a resposta do youkai. Com o canto do olho, percebeu Merioku apreensiva sob o olhar do Lorde e soltou o ar que segurava quando Sesshoumaru acenou com a cabeça em positivo e apontou uma cadeira no canto da sala para ela se sentar.

– Discuta os detalhes com Suiryu depois, por hora, apenas observe em silêncio.

Tsukiyo captou algo diferente na expressão de Sesshoumaru, mas afastou os pensamentos antes que sua mente se voltasse ao momento vivido minutos antes. A morena se acomodou e se convenceu a prestar atenção redobrada a reunião.

– Vamos logo com isso, Sesshoumaru. – falou Inuyasha, visivelmente inquieto. – A cada minuto nosso tempo se esgota.

Sesshoumaru olhou severo para ele com dizendo para respeitar sua posição, mas Tsukiyo sabia que o Lorde estava tão ansioso quanto. O youkai de cabelos prateados acenou para Suiryu que desenrolou um mapa por cima da mesa. As ilustrações incluíam o campo de batalha e os arredores do castelo de Kouhen. Olhando mais atentamente, Tsukiyo percebeu que Suiryu parecia menos cansado do que a noite anterior. Ficou feliz em ver que ele havia ao menos descansado durante a noite.

O estrategista explicou tudo de maneira calma e detalhada. Começou pelo avanço das tropas e informou diversos dados aos quais não interessavam Tsukiyo, desde número de tropas, armas e suprimentos. No instante em que o assunto mudou para a identidade inimiga, a jovem voltou a se atentar.

– Como já sabemos, Shinigami é um dos generais de Nisshoku. – começou Suiryu.

A menção do nome do psicopata fez Tsukiyo levar inconsciente a mão ao abdômen, onda jazia apenas os restos de uma cicatriz, e Sesshoumaru a franzir a testa descontente.

– Então, supondo que os outros têm poder equivalente ou maior, levantei dados sobre os possíveis generais baseando-me nos seguidores de Kouhen e em youkais renegados de mesmo poder. – continuou o estrategista, abrindo um pergaminho com ao menos quatro nomes listados. – Mas não temos como saber quantos seguidores Nisshoku tem.

Ocorreu uma leve inclinação sobre o papel sob todos os presentes. Tsukiyo se aproximou e olhou para os quatro nomes: Hadani; Among; Tezlak; Kija e... Seu coração sentiu uma pontada ao ver o nome. Ela se sentou tomada pela tristeza, percebendo um olhar preocupado de Sesshoumaru e Merioku.

– Descarte o último. – falou Sesshoumaru. – Ele não é um dos generais.

Suiryu não exigiu nenhuma resposta, já sabendo do que se tratava. Enquanto os outros da mesa o olhavam de forma interrogativa, Suiryu riscou o quinto nome:

Rihan.

– Peço perdão por isso. – falou o estrategista se dirigindo a ela. – Kouhen teve dois filhos: Kija e Rihan, e eu não tinha conhecimento de qual você descendia.

Mesmo se apresentando de forma extremamente lógica, Suiryu havia sido educado ao extremo. Tsukiyo sabia que era a forma dele de demonstrar que sentia muito por aquilo e aceitou o gesto do youkai com um aceno descartando o assunto. Ao perceber os olhares compadecidos dos outros sobre ela, Tsukiyo colocou uma máscara determinada e tentou mudar de assunto.

– Alguém sabe como Kija se parece? É possível que já o tenha visto.

– O clã de Kouhen era extremamente fechado, o que dificulta sabermos exatamente como ele se parece. – comentou Tsubasa – Eu mesmo só o vi uma vez ao lado de Kouhen, e pelo que me lembro, eles era extremamente parecidos. Acredito que apenas de olhos carmins sérios e cabelos meio pratas.

– Meu pai nunca falou nada sobre ele, e sempre mudava de assunto quando eu perguntava. Também nunca o vi. – falou Tsukiyo. Ela, em seguida, se virou para a amiga. – Merioku?

– Não. Se retornou ao castelo depois da morte de Kouhen, foi depois de sairmos de lá.

– Podemos supor que seu forte é a velocidade, como o pai. Mas tudo o que podemos trazer a tona são suposições. O melhor a se fazer é se preparar para todo o tipo de inimigo. – falou Arashi, trazendo a tona seu lado tático de guerra. – Dos outros apresentados, posso afirmar que Hadani é um youkai famosa no Leste. Não se sabe ao certo quais suas habilidades, mas se o que desejam é um assassinato rápido e eficiente, ela é o tipo de pessoa perfeita para o trabalho.

– Então é provável que prefira enfrentar inimigos um a um. – comentou Hiryu. – Youkais especializados em assassinatos costumam optar por pegar o inimigo isolado e de surpresa. Mesmo que esteja com Nisshoku, dificilmente acho que estará no campo de batalha, onde é melhor força bruta e ataques que atinjam vários inimigos.

– Não acho que seja seguidora de Nisshoku. – falou Sesshoumaru atraindo a atenção para si como todo líder quando toma a palavra. – Se ele desejava a captura de Tsukiyo, ela parecia mais recomendada do que Shinigami. Se a tivesse, com certeza Nisshoku mandaria Hadani ao seu encalço. Você foi atacada por alguém assim alguma vez?

– Não. Nunca sofri o ataque de uma youkai. – negou Tsukiyo.

– Bem, isso nos deixa com Among e Tezlak. Algo sobre eles? – perguntou Hiryu.

– Tezlak é um youkai raposa. – comentou Inuyasha, surpreendendo a todos. – Temos um amigo do mesmo clã, Shippou, e ele uma vez nos informou que anos atrás Tezlak abandonou o clã e se tornara um mercenário. Contudo, era um youkai extremamente promissor e provavelmente têm habilidade com fogo, algo que muitos youkais raposas possuem. Ao longo dos anos ele ganhou fama e hoje é chamado por outro nome que devem conhecer.

– Aka Akuma. – completou Kagome.

– O famoso demônio vermelho. – comentou Tsubasa. – Ele causou muita confusão na última batalha do Leste. Chegou a incendiar 1/3 das tropas de ambos os exércitos.

– Não me parece o mais indicado para se aliar. Nunca se sabe quem será consumido no seu poder, ele não se importa se é inimigo ou amigo. É apenas um piromaníaco perturbado. – falou Kagome.

– Exatamente o tipo destrutivo que Nisshoku atrai. – completou Arashi de forma amarga.

– Logicamente, é ideal colocar o clã da água e gelo contra Aka Akuma, se acabarmos enfrentando-o em batalha. – afirmou o líder da água.

– Seus clãs conseguirão trabalhar juntos? – perguntou Sesshoumaru, lançando um olhar indecifrável para Suiryu e Shiro.

Shiro foi aquela a responder.

– Apesar das rixas entre nossos clãs, estamos nessa guerra em nome da aliança que propôs a mim, Sesshoumaru. O clã do gelo será capaz de deixar de lado suas emoções e se concentrará no inimigo em comum.

– Assim espero. – falou severo, se inclinando sobre a mesa. – E quanto a Among? Alguma informação?

– Among já foi um dos aliados de meu pai até que a sede de poder o fez armar um golpe contra meu clã. – falou a guerreira loira. – Se não houvesse um dos nossos, infiltrado em seu circula mais íntimo, poderíamos ter perdido. Não é visto há anos, porém, se estiver entre o inimigo, teremos um youkai muito habilidoso para lidar. Era um excelente tático e não duvido que seja responsável pela estratégia inimiga. Contudo, Among nunca fugiu de uma boa luta, portanto é possível que esteja lutado junto aos outros.

– Eu e Arashi podemos cuidar dele. – falou Tsubasa, recebendo a confirmação da youkai.

Ninguém discordou. Assim, Suiryu recostou na cadeira e fechando os olhos como se analisasse tudo, continuou:

– Não poderemos descobrir mais que isso e ficar debatendo sobre possiblidades não é viável. O que farei agora é explicar como e onde cada um atuará no campo de batalha, levando em conta tudo o que sabemos.

Então, Suiryu começou a explicar toda a estratégia de guerra. Arashi e Tsubasa levarão as tropas pela terra e ar, respectivamente, e se unirão caso Among apareça. Shiro avançará pela lateral esquerda, oposta ao bosque com suas tropas, enquanto Hiryu avança pela lateral direita, buscando cercar as tropas inimigas. Suiryu comandará as tropas na retaguarda, mudando a estratégia conforme o andar da batalha. Inuyasha e sua família participarão junto aos esquadrões de Hiryu e Arashi, e Sesshoumaru se encarregará de Nisshoku. Porém, assim que escutou que deveria ficar na retaguarda, Tsukiyo soltou:

– Eu também vou lutar!

– Você é o alvo do inimigo, então o mais lógico é que permaneça na retaguarda.

– Mas ele já possui Zakuro e...

– Nós atacaremos no quinto dia do ritual. – interrompeu-a Sesshoumaru, severo. – Se ele conseguir captura-la em batalha, ainda poderá fazer o ritual com você.

– Quinto dia! – esbravejou Inuyasha, socando a mesa. – Sesshoumaru, essa batalha pode se estender. Precisamos chegar a tempo!

– Inuyasha! – cortou-o Sesshoumaru, colocando seu instinto assassino em pauta. A atmosfera do lugar mudou e, mesmo a contra gosto, o hanyou se aquietou.

– Mas ele está certo, Sesshoumaru. Não vou permitir que Zakuro tomasse meu lugar. – Tsukiyo se virou para Suiryu. – Por que não enviamos um grupo para invadir o castelo? Foi assim que fizemos com Kouhen, pois o castelo estará desprotegido.

O estrategista ponderou alguns instantes.

– Pode funcionar. É provável que Nisshoku só apareça na batalha depois de completar o ritual. – ele apontou. – A melhor forma é passar despercebido pelo bosque, uma vez que a atenção estará no campo, onde iniciaremos o avanço.

– Ótimo! – falou Inuyasha. – Eu irei com esse grupo e trarei minha filha de volta.

– Não vou ficar apenas esperando, eu irei com Inuyasha. – decretou Kagome.

– Não!

Todos da mesa se surpreenderam com o rapaz que tomava a palavra. Sora, manifestando-se pela primeira vez, tinha a face franzida e os braços cruzados, olhando sério para os pais. Ao perceber o silencio de todos e a dúvida pairando os olhos dos pais, ele continuou:

– Eu irei. Vocês não estarem no campo de batalha chamará mais atenção do que eu não estar, vocês são bem famosos, e Nisshoku sabe que não deixariam de lutar por Zakuro. – a maneira lógica e calma como falava, sem nunca perder a força das palavras, fez com que Tsukiyo se pegasse olhando para um jovem Sesshoumaru. Ela teve que conter um sorriso ao ver o quanto Sora tinha do tio.

– Sora, você não irá. – começou Inuyasha, tomado pela emoção que qualquer pai teria se um dos filhos fosse levado: medo de perder o outro.

– Sora, querido, é muito perigoso e... – começou Kagome, quando foi cortada pelo rapaz que a olhava intensamente.

– Zakuro é minha irmã! Além disso, eu sei me cuidar sozinho. – ele respirou fundo e olhou com ternura e confiança para os pais. – Eu posso trazê-la de volta.

– E eu prometo cuidar de Sora. – falou Tsukiyo. – Traremos Zakuro para casa.

Você não vai! – Sesshoumaru olhava inflexível para ela.

– Não pode me impedir, conheço a forma de invadir o castelo, já o fiz uma vez!

De repente, Sesshoumaru se levantou quase derrubando a cadeira no processo e a olhou como um adulto negando a uma criança.

– Já disse que não vai! Não vou permitir que corra direto para as mãos do inimigo para ser morta!

Agora foi a vez de Tsukiyo se levantar e encarar o youkai de frente.

– Sesshoumaru, eu preciso ir! Você me prometeu que eu participaria da batalha!

Os olhos amarelos da morena enviam ao Lorde uma simples mensagem: você sabe porquê eu preciso ir! Os dois se encaram com determinação de guerreiros. Os presentes olhavam surpresos ou mesmo intrigados com a batalha silenciosa que acontecia entre os dois. Ninguém ousou interferir.

– Sou a melhor chance de Zakuro voltar, Sesshoumaru. – seu tom se abrandou para uma súplica. – Eu tenho um plano. Por favor, confie em mim.

Ela notou Sesshoumaru vacilar.

– Que plano.

A postura do youkai relaxou um instante e Tsukiyo sorriu convencida. A jovem deu um passo para trás e apontou para Merioku. A expressão da esverdeada foi mudando de confusão para compreensão e finalmente o choque.

– Você quer... ?!

– Sim!

– Mas aí...

– Exatamente!

– Pode funcionar, mas...

– Do que vocês estão falando?! – Inuyasha a flor da pele, tinha os braços cruzados e cara de poucos amigos.

– Deixe-me explicar. – começou Tsukiyo. – Como eu sou o alvo, é essencial que o inimigo me veja no campo de batalha, mas não estarei, já que me infiltrarei no castelo. Isso é um problema, por que ao não me verem, eles podem suspeitar que fugi, ou mais provável, que aquela pode não ser a única frente de batalha. Se eles desconfiarem, podem nos descobrir passando pelo bosque.

– Até aí já havíamos discutido. – comentou Hiryu.

– Então, a solução é que eu esteja no campo de batalha, mas não serei exatamente eu que estarei. Merioku vai.

Percebendo os olhares confusos dos presentes, Tsukiyo decidiu deixar o mistério de lado e explicar o plano de uma vez.

– Merioku consegue fabricar uma poção capaz de disfarçar uma pessoa em outra. É mais eficiente que uma ilusão porque além de mudar a aparência, trata-se de um ser vivo, então mesmo youkais tem dificuldade de diferenciar porque podem sentir o cheiro ou mesmo ouvir as batidas do coração.

– Dessa forma, ela tomaria seu lugar e criaria o disfarce perfeito para não levantarmos suspeitas. – concluiu Tsubasa.

– Consegue mesmo fazer isso? – perguntou Suiryu à Merioku.

– A poção pode ser feita, mas sua duração não é muito longa. Posso fazer para durar cerca de duas horas, o que deve ser o suficiente para a batalha.

– Viu? Agora não há problema. – terminou satisfeita, a jovem.

– Ainda corre o risco de ser capturada. – retrucou Sesshoumaru.

Tsukiyo olhou para Sesshoumaru e por trás da máscara de indiferença, viu preocupação genuína. Isso só tornou suas palavras de mais cedo, confusas para ela. Se ele tanto queria protege-la, por que desistiria dela? Seu coração se apertou quando notou tristeza nos olhos dele.

– Eu irei. – a atenção de Sesshoumaru se voltou para Hiryu. – Eu a ajudarei a se infiltrar no castelo e a protegerei, Sesshoumaru. E assim que identificar Nisshoku, tentarei fazê-lo sair do castelo e enviarei um sinal de fogo para que possa localizá-lo. Como já lutou com ele antes, sabe do que é capaz, então é melhor que espere o sinal e gaste energia apenas na luta contra ele.

Depois disso, ocorreu uma discussão para determinar os detalhes, mas Tsukiyo já não prestava atenção, porque no momento em que Hiryu falou, ela viu em seus olhos carmins tristeza como a de Sesshoumaru. Porém, algo mais chamou sua atenção, no fundo dos olhos do youkai dragão, Tsukiyo viu algo que a perturbou.

Ela viu medo.

E de alguma forma sabia que estava endereçado à Sesshoumaru. Isso, e as palavras do Lorde mais cedo, confirmaram uma sensação que tomava a jovem.

Tem algo errado com Sesshoumaru.

__________________________XXXXX____________________________

Depois de uma reunião angustiante e cansativa, Sesshoumaru dispersou a todos e foi direto para seus aposentos. Ele sentou-se irritado no futon e dispensou imediatamente Jaken, ordenando-lhe que fechasse a porta.

Fora um dia cheio. Primeiro, ele havia feito uma das coisas mais difíceis para si, que era desistir de Tsukiyo pelo bem dela. Depois, ele descobriu que a feiticeira que sabia seu segredo, iria participar da guerra e não apenas isso, mas como ficaria sob os olhos vigilantes de Suiryu. O menor deslize por parte dela e ele descobriria. E por último, ele tivera que concordar em deixar Tsukiyo caminhar diretamente para as mãos do inimigo. Para as mãos dele. Não tivera escolha porque era a opção lógica. Se continuasse negando deixaria de estar sendo o Sesshoumaru que todos conhecem, porque a única razão para tal era a preocupação por Tsukiyo, e pelos deuses! Ele havia acabado de dispensá-la!

Também havia a situação com Hiryu. Mesmo depois do amigo ter se oferecido para escoltar Tsukiyo, Sesshoumaru se recusara a falar com ele após a reunião. Não conseguiria olhar nos olhos vazios do ruivo e continuar calmo. O Lorde sabia que Hiryu estava aflito e a última coisa que precisava era que ele próprio começasse a se desesperar.

Nervoso por sentir o controle de a situação escorrer pelas mãos, Sesshoumaru levantou-se com um suspiro. Precisava de uma bebida. Ele abriu a porta para mandar o pequeno servo buscar uma garrafa de saque, mas encontrou outra figura parada a sua porta.

– O que foi? – perguntou.

– O que você tem, Sesshoumaru?

Com um suspiro, ele abriu passagem e permitiu que a jovem entrasse. Tsukiyo tinha a face séria e o olhava como se apenas isso pudesse arrancar-lhe a resposta. Pela postura, Sesshoumaru sabia dizer que ela desconfiava de algo.

– Do que está falando?

Ela pareceu incrédula.

– Você! Você esteve estranho o dia todo! Primeiro veio com aquele papo de... – ela corou por um instante e ele achou graça. – Mas depois brigou comigo quanto a ir a guerra, um assunto que já havíamos estabelecido, me ignorando depois da reunião e agora age como se tudo estivesse normal!

– Não há nada acontecendo. – negou ele, fazendo-a soltar um suspiro.

Tsukiyo se aproximou e olhou-o nos olhos, baixando o tom de voz.

– Eu sei que tem algo errado. Sesshoumaru, pode confiar em mim. Eu quero ajudá-lo.

Os olhos amarelos, carregados de sinceridade e preocupação mexeram com Sesshoumaru. Ele se aproximou, ficando a menos um passo dela.

– Por quê? – os olhos do youkai continham pura curiosidade.

– Por que lhe devo.

Ele notou algo mais em seu olhar. De repente, o Lorde percebeu que precisava da resposta. Seu espírito clamou por ela. E depois do dia que teve e do que enfrentaria, sentiu-se egoísta o bastante para acreditar que a merecia.

Lentamente, ele foi se aproximando enquanto, Tsukiyo, sem entender o que fazia, ia se afastando.

– Não, não é por isso. Por que quer me ajudar? – perguntou novamente.

– J-já lhe disse: você me salvou tantas vezes, é o mínimo que eu...

A garota sentiu as costas na parede. Sesshoumaru colocou as mãos na parede ao lado de seu corpo, pressionando-a para obter a resposta que queria. Que acreditava merecer.

– Não! Eu quero a verdade. Esse é o mínimo que me deve: a verdade.

– Porque me importo com você. – admitiu ela, corando, mas sem deixar de olhá-lo nos olhos. – Porque me preocupo com você.

– E por quê?

Ela desviou o olhar, ficando ainda mais vermelha. Vamos, admita!

– Porque... – as palavras não saíam.

– Por que arriscou sua vida pela minha mais de uma vez? Por que ainda está aqui, quando pode ir salvá-lo a qualquer momento? Por que precisou de minha aprovação para entrar na guerra, quando é livre para fazer o que quer? Por que veio aqui perguntar se a há algo errado? Por quê, Tsukiyo?!

– Por que também o amo!

As palavras jorraram da garota com tamanha intensidade que Sesshoumaru deu dois passos para trás, dando-lhe espaço. Ela tinha as bochechas coradas e olhos lacrimejados. Com olhos brilhando, a jovem olhou intensamente para Sesshoumaru.

– Não o abandono porque não consigo. E dói, Sesshoumaru! Dói saber que terei que tomar uma decisão que vai me partir em duas! E eu não sei o que farei depois de salvar Akarin mesmo que o ame e isso machuca!

Sesshoumaru sentiu o peito saltar diante da dor de Tsukiyo, uma dor que ele bem conhecia por também ter o coração dividido. Mas ele nunca teve que escolher entre as duas porque Rin já estava morta. E ele não sabia o que faria se estivesse na situação dela.

Com ternura, ele se aproximou e tocou-lhe a face, limpando as lágrimas que escorriam. Ela olhou-o de forma profunda, um olhar carregado de amor, exasperação, desespero e orgulho. Uma olhar sem reservas, que mexeu com Sesshoumaru a um ponto que ele nunca imaginou ser possível.

– Machuca, – falou ela, com o tom baixo e firme. – porque não apenas por ele, eu também estou apaixonada por você, Sesshoumaru.

Ele agora segurava seu rosto delicadamente com as mãos.

– Eu o amo, Sesshoumaru.

Aquilo foi o estopim. Depois daquelas palavras, Sesshoumaru sentiu o coração bater forte. Naquele momento, já não existia o discurso que a dispensara de manhã. Não, só havia o egoísmo de uma alma apaixonada.

Ele se aproximou e beijou-a com paixão. Uma de suas mãos pousava em seu rosto e a outra puxou Tsukiyo para mais perto de si. Ele pediu passagem com a língua e ela permitiu. Antes que percebesse, ele a colocara contra a parede e o fogo do desejo queimava no casal. Quando pararam para retomar fôlego, Tsukiyo colocou as mãos no peito de Sesshoumaru, afastando-o.

– Sesshoumaru, é exatamente isso que estava falando. Não posso prometer-lhe nada e...

– Eu não me importo. – cortou ele, olhando-a de maneira apaixonada. Foi com dor no coração que ele fez-lhe um pedido audacioso. Seu último pedido. – Apenas essa noite, Tsukiyo. Seja minha, apenas essa noite...

Sesshoumaru estava morrendo e sabia disso. Contudo, se pudesse tê-la apenas uma vez, seria o suficiente para ir em paz. A súplica e desespero no olhar do youkai não passaram despercebidos pela jovem. Ela sabia que algo estava errado e, diante da expressão do youkai e seus próprios sentimentos, não ousou negar.

Ela selou seus lábios novamente enquanto uma última lágrima escorria por sua face, se entregando ao homem que tinha, e sempre teria metade de seu coração.

O beijo foi se prolongando e aos poucos se tornando selvagem. Sesshoumaru pressionou-se mais contra a parede e a ergueu pela cintura, deixando uma trilha ardente pelo pescoço do jovem. O youkai sentiu as mangas do quimono escorregando para o lado e hábeis mãos percorrendo seu peito. Olhou para Tsukiyo e viu algo que gostou: desejo.

Ele a carregou e colocou sob o futon, permitindo que a garota terminasse de arrancar a parte superior de seu quimono. Tsukiyo viu quando Sesshoumaru esperou que ela o analisasse, passando as mãos pelo corpo bem definido do youkai. Ela desejou que Sesshoumaru tivesse nos olhos o mesmo que ela, então, retirou o quimono, ficando apenas com a langerie de baixo. Um par de olhos âmbares a estudaram como predadores. Ela gostou.

Sesshoumaru olhou o corpo belo e bem delineado de Tsukiyo, começou a acariciar sua coxa e mordiscar seu pescoço, arrancando leves gemidos de prazer dela. Lentamente, foi descendo a boca aos seios fartos da jovem, sugando-os com os lábios e acariciando o outro com a mão livre. Aos poucos, ele foi descendo a mão pela barriga e ventre da jovem, alcançando a última peça de roupa. Com um olhar intenso e um sorriso travesso, Sesshoumaru rasgou a peça com a garra, deixando Tsukiyo completamente nua.

Sem romper o contato com os olhos da garota, ele começou a excitá-la, massageando com os dedos seu clitóris, recebendo gemidos da garota que inflavam tanto seu próprio membro quanto seu ego.

Tsukiyo sentia o corpo arder onde Sesshoumaru a tocava e ansiava cada vez por mais, sem conseguir conter gemidos de prazer que lhes escapavam. Ela lançou um olhar provocante à Sesshoumaru e ergueu o tronco ao se sentar, puxando o Lorde para um beijo ardente enquanto, de forma habilidosa, terminava de despir o youkai. Percebeu o membro rígido de Sesshoumaru e começou a massageá-lo com uma das mãos, sendo sua vez de arrancar-lhe gemidos de prazer.

Ao sentir que ela estava bem lubrificada, Sesshoumaru aproximou seu farto membro enrijecido da vagina da garota. Não precisou perguntar, olhar de Tsukiyo já dizia tudo, então, lentamente ele começou a introduzir o membro na jovem. Ela soltou um leve gemido de dor e ele esperou que se acostumasse antes de iniciar os movimentos de forma lenta e gradual. Sentiu as unhas dela arranharem suas costas, gemendo de prazer. Sesshoumaru segurou ambos os braços de Tsukiyo no chão acima da cabeça dela, numa postura quase dominadora, típica de um youkai como ele. A cada som que ele arrancava dela, o Lorde sentia-se como o homem mais poderoso do mundo.

Tsukiyo notou o olhar predador de Sesshoumaru sobre si e sentiu-se lisonjeada, contudo... Um sorriso travesso cruzou os lábios da jovem e com um movimento, Tsukiyo inverteu as posições, ficando por cima de Sesshoumaru. Nem mesmo aqui você terá a vitória fácil. Não serei eu a submissa. Ela viu a expressão do youkai mudar de surpresa a divertimento, enquanto as mãos dele seguravam sua cintura. Tsukiyo começou a mexer o quadril, numa dança erótica, sob o membro de Sesshoumaru. O Lorde gemia de prazer e Tsukiyo sentiu-se a mulher mais poderosa do mundo.

Sentindo o corpo e espírito clamarem por mais, Sesshoumaru segurou-a e inverteu novamente suas posições, voltando a ficar por cima. À medida que aumentava a intensidade e velocidade das estocadas, sentia as unhas da jovem arranharem suas costas, arrancando-lhe gemidos de prazer.

Seus olhos se encontraram e uma conexão foi estabelecida, uma conexão muito além do simples prazer. Os movimentos de ambos tornaram-se sincronizados, numa dança de vai e vem que arrancava gemidos e trazia algo mais.

Os movimentos aumentaram até que, juntos, eles alcançassem o ápice!

Sesshoumaru disse um nome;

Tsukiyo disse outro.

Naquele momento, não havia nada mais no mundo. Não havia Rin. Não havia Akarin. Só havia os dois.

Exauridos e ofegantes, eles se deitaram um ao lado do outro, sem nunca perder o contato dos olhos do parceiro. Tudo pareceu em paz. Sesshoumaru não morreria dali a poucos dias e Tsukiyo não tinha que escolher. Por um momento, aquelas almas apaixonadas não pareciam ter problema algum, apenas a companhia um do outro.

Sesshoumaru acariciou o rosto de Tsukiyo, tirando delicadamente uma mecha de cabelo preto que lhe tocava as bochechas. Ela lhe sorriu e, pela primeira vez, Sesshoumaru sorriu-lhe de volta. A jovem se aproximou e beijou doce e delicadamente os lábios de Sesshoumaru. Ele passou os braços ao seu redor e puxou-a para si.

Naquela noite, dois corações foram dormir, batendo em sincronia como se fossem apenas um...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "As Três Lágrimas do Youkai." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.