Esperando a Eternidade Acabar escrita por Naoya


Capítulo 2
Capítulo 2 - Talvez ainda exista esperança...


Notas iniciais do capítulo

Yo! ~(*3*)~
Tudo bem com vocês? Espero que sim, haha!
Andei meio afastada por um tempo, coisas boas e ruins tem acontecido, mais coisas ruins do que boas, mas não vem ao caso, para a sorte de vocês, não sou do tipo de autora que desconta a raiva em fanfict :3
Enfim, inspiração surgiu, então, LET'S GO!



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Olhei para frente, estava em um lugar escuro, não era possível ver nada. Pelo pouco barulho que consegui escutar, estava em um lugar próximo a um rio. Aquilo era como o nada; Não havia barulho, nem luz, não conseguia sentir meu corpo, era como se estivesse amarrado ou morto, mas ainda ouvisse o rio... Era bem tranquilo, até que ouvi uma voz, bem familiar, algo que mal sabia que me atormentaria pelo resto de minhas noites

– Louis! M-Me ajude! Eles estão... N-Não! I-Isso dói! P-PAREM AGORA! - Sim, era ela, Rinny... Gritava, ouvi alguns soluços enquanto pedia ajuda, estava chorando... Pouco me importava não sentir meu corpo, fiz o possível para me levantar e sair correndo em direção a onde ouvi os berros de minha irmã... Tinham a sequestrado? Estariam a torturando? Eu não sabia, não via nada - M-Meu irmão... L-LOUIS!

Aquele foi o último grito chamando meu nome, nada mais consegui escutar. Cai no chão, chorando. Não demorou muito para que um grande barulho de tiro fosse disparado, eu ouvi aquilo e reagi como se tivesse uma facada sendo enfiada em meu peito. Não tinha mais jeito, já era, ela estava morta, não podia mais a salvar. Minha única razão para se viver morreu, morreu nas mãos das pessoas que estou tentando mudar os pensamentos. A culpa é minha, é só minha, eu realmente mereço ficar aqui na escuridão, preso para sempre...

– Ei, Bela Adormecida, dá pra acordar? - Ouvi aquilo do nada... Tudo não se passou de um sonho? Espero que sim, Rinny está viva afinal! Abri meus olhos devagar, observando a pele clara da garota que me acordou - Ah, finalmente...

– Desculpe-me, devo ter dormido demais... Obrigado por me acordar. - Cocei minha nuca, analisando sua aparência. Seu cabelo era castanho escuro, raro de se encontrar hoje em dia, ainda mais com a pele clara! Os olhos tinham uma tonalidade que não sei dizer se era clara ou se os olhos eram brancos mesmo, deveria ter por volta de 1,74, uma altura boa para se lutar hoje em dia - Qual seu nome? E... Onde estou?

– ... - A menina ficou em silêncio por alguns minutos, me encarando com aquele olhar penetrante, talvez tentando descobrir se podia confiar em mim - Meu nome é Marrie, e nós estamos no avião, indo em direção a Inglaterra. Assim que seu nome foi chamado, um apagão aconteceu, espalharam um gás com sonífero no local, todos caíram no sono, você só acordou agora. - Olhou para o chão, mexendo nos bolsos de sua blusa. Tirou uma caixinha de lá e me entregou - Uma garota de cabelos ruivos ia te entregar, mas você estava dormindo, então ela entregou para um dos policiais do lugar, eles me deram isso e mandaram eu te dar. Ela é o que sua?

Segurei a caixa e a abri... Mal poderia acreditar, era um colar que eu e ela fizemos quando pequenos, me lembro que no dia, disse a ela que jamais a deixaria e cuidaria dela pelo resto dos dias de minha vida. Esse dia foi quando eu e ela fugimos... A amo tanto, tanto, mas agora... Gostaria de não poder mais ser irmão dela e a salvar, que ela me esquecesse, não quero imaginar de como Rinny ficaria sem mim... Depois de pensar nisso, lembrei da pergunta que Marrie fez, olhei para ela e respondi com uma voz calma.

– Ela... Ela é o meu anjo. Não, mais do que isso. Ela é toda a minha alegria, a razão para eu ter conseguido ser feliz por tantos anos... É minha irmã, mas acho que dizer apenas isso seria pouco. Se eu conseguisse resumir ela em palavras, diria que é minha princesa, minha vida... Eu a amo demais... - Falei, olhando nos olhos de Marrie.

– Bom... - Ela sorriu, com as bochechas um tanto coradas - Eu realmente consegui ver o brilho em seus olhos agora... Oh, me mandaram pra cá, mas nem perguntei seu nome, então... Qual é?

– Meu nome é Louis, Louis Aaron. - Estendi minha mão, e ela a apertou, sua aparência parecia bem mais simpática comparada a garota quieta que me acordou a pouco tempo atrás - Marrie... Quantos anos você tem?

– Hum? 15 anos, mas... - A interrompi antes que terminasse a frase, ela não estaria falando sério... Estaria?

– Você... Você tem 15 anos e se alistou como soldada para a excursão da guerra na Inglaterra?! Está louca?! Deveria ter aproveitado um pouco mais enquanto ainda podia e... Isso é sério? Você realmente tem traços como se fosse mais velha do que eu!

– Tenho meus motivos, Louis. - O sorriso saiu de seu rosto. Se sentou na cadeira ao lado da minha, cruzando as pernas. Me virei para ela, tentando lhe encarar, mas ela segurou meu rosto, me impedindo que a observasse - Não me olhe. Homens são todos iguais, a primeira coisa que reparam em uma mulher são seus seios, depois tentam a conquistar com promessas falsas apenas para comerem elas e irem embora. - Fiquei de boca aberta, ela era a primeira menina que conheci que tinha essa postura tão... Severa, sim. Mas o que disse tinha um pouco de realidade.

– Eu não vou olhar para seus seios, também não tenho interesse algum em fazer coisas inapropriadas com a senhorita.

– Acha que não sou mulher o bastante para isso, Louis? - Senti meu rosto corado, levantei-me e me sentei em outro canto, ainda perto para ouvir a voz de Marrie. - Ei! Não me deixe falando sozinha! - Cruzou os braços e foi para perto de mim, ao menos me deixou olhar para ela. Marrie era realmente linda, mas com certeza possuía algum segredo sobre se alistar para cá.

Passei um bom tempo conversando com Marrie. Contei a ela porque tinha me alistado para cá, tentei a convencer de dizer seus motivos também, mas não consegui, respeitei sua privacidade. Disse como era sua vida na França, gostava de ler, assim como eu, mas estava acostumada com as literaturas sem liberdade, não entendia tanto a razão para eu querer mudar isso. Era para se completar 3 horas que estávamos juntos, acordados no avião, quando ouvi uma voz não tão desconhecida. Já deveria ter a ouvido antes, não me lembro onde, não me lembro quando.

– Ei! Finalmente achei vocês! - Um garoto loiro de olhos azuis me cumprimentou, parecia me conhecer, mesmo eu não fazendo ideia de quem era - Louis! Hey, lembra de mim?! - Marrie o encarou, analisando sua postura, igual fez comigo - ... Você se esqueceu mesmo, certamente...

Havia algo que eu ainda não tinha notado na aparência do homem, percebi isso apenas quando ele tentou se virar e ir embora. Seus olhos eram puxados, descendente de japonês, com certeza...

– Miroshi! - O chamei, ele se virou rapidamente e foi até mim, sorrindo animado. Miroshi era um amigo de infância meu, um dos poucos (senão o único) que consegui manter contato por pouco tempo. De acordo com Rinny, seus pais faleceram em uma das excursões para Inglaterra, por isso se alistou, uma tentativa de se vingar, suponho. - A quanto tempo não nos vemos!

– Pensei que não iria me reconhecer! - Me deu um rápido abraço e olhou para Marrie, ela fechou os olhos e virou o rosto, como se estivesse o nagando - Essa garotinha me deu um chute na barriga quando fui perguntar de você a ela... Ainda dói!

– Vi em seus olhos que também estava interessado em outra coisa, seu pervertido. - Fez bico. Dei um risinho e olhei para Miroshi.

– Marrie é assim mesmo, acha que todos os homens são tarados. - Falei rindo

– E são mesmo! Você ainda não demonstrou só! Tenho certeza que vai tentar alguma coisa quando eu for dormir!

– Marrie-chan... - Miroshi bagunçou os cabelos dela, rindo junto - Você é uma garotinha muito fofa e talvez eu tenha vontade de te abusar, princesa.

O QUÊ?! – As bochechas de Marrie pareciam vermelhas como um tomate, se levantou, chutou a barriga de Miroshi novamente e saiu correndo para outro setor do avião.

– Eu sabia... - Miroshi caiu sentado na cadeira, ainda rindo - Marrie é o tipo de garota que no Japão chamam de "Tsundere", é muito doce e meiga, mas age como uma pessoa um tanto fria, e não sabe reagir a elogios... Isso faz dela ainda mais fofa!

– Você não muda nada, Miroshi. - Olhei para o relógio, vi que horas eram e suspirei, olhando para a janela, vendo as nuvens - Logo logo chegaremos na Inglaterra, está com medo de morrer lá...?

– Honestamente? Não. Depois da morte de meus pais, a única coisa que tenho medo é não poder os encontrar no céu. Eu não me importo mais de morrer. A única coisa que quero é que essas pessoas que começaram essa guerra sem fim sofram as consequências. - Falou em um tom sério, consegui ver a frieza em seu olhar - E palavras bonitas não vão mudar isso, são apenas palavras. Respeitado será aquele que realmente mudar tudo isso.

– Você... Pensa do mesmo jeito que eu... - Fiquei em silêncio por um tempo, de cabeça baixa, pensando se poderia confiar nele ou não - Miroshi... Eu prometo que farei de tudo para ser essa pessoa que vai mudar isso...

– ... Boa sorte, Louis, mas creio que não sei se posso botar fé em um milagre que para outros é só ilusão.

Ficamos ambos em silêncio pelo resto da noite, Marrie não tinha voltado. Faltavam poucas horas para chegarmos lá... Miroshi, um amigo que eu com certeza poderia confiar... E Marrie, uma menina "Tsundere", como diria Miroshi... Eu não quero os perder nessa guerra, por isso... Darei o meu melhor para proteger essas pessoas que estão conseguindo me fazer acreditar ainda mais que talvez exista esperança mesmo...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, até o próximo capítulo pessoal!



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