Profecia escrita por AgathadeLima


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!
Lembrando, prólogo é sempre pequeno!!!!!



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O parquinho normalmente estaria cheio de crianças a essa hora. Mas isso era antes dele ser abandonado. Agora, os brinquedos que não estavam precisando desesperadamente de conserto já não tinham conserto. Enferrujados, sujos e esquecidos, eles quase não tinham utilidade alguma.

Havia apenas uma pessoa ali. Um homem, sentado num banco ligeiramente distante do parquinho. Ele parecia os detetives dos filmes, com o corpo escondido por um casaco longo e um chapéu impedindo que vissem seu rosto. Em seu colo, se encontrava uma prancheta e uma caneta.

Em algum momento, ele se curvou para a frente, como que escutando alguma coisa. Alguma coisa que se aproximava. Ele pegou a prancheta e abriu a caneta, e esperou.

Uma menina apareceu, correndo atrás de outra garotinha. As duas riam e pareciam cheias de energia. A que corria na frente era ruiva e tinha sardas e grandes olhos caramelo. A que perseguia a ruiva tinha cabelos negros ondulados, pele chocolate e olhos pequenos e espertos, e pareciam duas obsidianas que beiravam o violeta.

Finalmente, cansaram. Pararam onde estavam, as mãozinhas nos joelhos, arfando. Pareciam ter no máximo 7 anos cada uma. A morena olhou para a mais nova amiga e a cutucou, usando suas últimas reservas.

-Te peguei! -Exclamou ela.

A ruiva no entanto, ficou irritada. Simplesmente não era justo.

-Mas eu tava de figuinha! -Reclamou, mostrando os dedos cruzados.

A outra também se irritou.

-Ué, não tava não! -Respondeu.

-Tava sim! Fiz figuinha com o dedo do pé! -Se defendeu a ruiva.

-Mas figuinha de dedo de pé não vale! -Resmungou a morena.

-Vale sim!

-Não vale não!

As duas se encararam, com biquinhos de frustração idênticos e cruzaram os braços ao mesmo tempo.

Interrompendo a briga, mas duas menininhas surgiram. Uma era, obviamente, a mais velha: tinha pelo menos 10 anos. Ela tinha longos cabelos negros, porém lisos, e sua pele era quase pálida. Os olhos cinzentos pareciam inteligentes. Ela pôs as mãos nos quadris e olhou para as duas á sua frente com um olhar acusador.

Do seu lado, se encontrava uma loira, de provavelmente 8 a 9 anos. Essa tinha olhos verdes, e parecia cansada, mesmo sendo uma hora da tarde. Ela bocejou e e balançou a cabeça com força até acordar. Depois colocou as mãos nos bolsos da bermuda jeans.

-O que é que está acontecendo aqui? -Perguntou a mais velha.

A morena olhou para e disse, ainda com raiva.

-Não te interessa.

A loira finalmente se manifestou:

-Olha Agatha, eu vou pra casa. Tô morrendo de sono.

Agatha lançou um olhar reprovador, o que não era difícil, até mesmo a cor dos seus olhos parecia uma tempestade. A loira se encolheu.

-Ally, deixe de ser preguiçosa. -Disse. Depois se virou para as pequenas. - E eu não vou brigar. É só que esse é meu parquinho, e vocês estavam brigando. -Disse, como se fosse óbvio.

A ruiva revirou os olhos.

-O parquinho não é seu.

-É meu sim, menininha, você só não sabia.

-Meu nome não é menininha. É Maya. -Retrucou ela.

-O meu é Gabrielle. -Disse a morena, para ninguém em específico.

Enfim, sem se resolveram, acabou que as quatro estavam paradas de braços cruzados se encarando. Por fim, cada uma foi para uma direção e não olharam para trás.

Eram apenas amigas de um dia, como toda criança já fez.

E o homem. O homem anotou e anotou durante toda a conversa. Ele, com uma visão quase super humana, foi o único a notar que, quando elas se separam, seus olhos mudaram de cor apenas por um segundo. O de Agatha ficou azul, um azul água. O de Ally, de um outro tom de azul, mais claro. O de Gabrielle, verde musgo. O de Maya, vermelho sangue.

O segundo se passou, e elas se foram.

Mas o homem sabia. O homem sabia que aquele primeiro encontro estranho era só o começo.

O começo de tudo.


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Notas finais do capítulo

E AI??????



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