Coração nunca Esquece escrita por Anne Moony


Capítulo 5
Uma ajudinha de Sakura e Shaoran




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Capítulo 05 - Uma ajudinha de Sakura e Shaoran

Na casa dos Kinomotos...

- A Sakura saiu tão rápido que eu me esqueci de entregar essa carta de Spinel para o Kerberus. Entrega depois para ela? – Nakuru entrega a carta para Touya, que a guarda no bolso – Então, acho que vou indo. Não quero te atrapalhar. – diz embaraçada enquanto se levanta.

- Você não está atrapalhando. Fica. Vou fazer um chá, quer? – pergunta Touya gentilmente.

- Sim... Pode ser... – a jovem sorri.

Nakuru ficou esperando na sala, enquanto Touya preparava o chá na cozinha. Depois que ele terminou, o jovem serviu o chá em duas xícaras. Uma para ele, e a outra para Nakuru.  Eles ficaram bebendo-o sem terem coragem de olhar nos olhos um do outro.

- Hm... Bem... O que você tem feito nesses anos? - pergunta Nakuru, na tentativa de quebrar o silêncio.

- Tenho me dedicado a Universidade. E você? – ele bebia o chá aparentemente indiferente a ela.

- Ahm... – ela se calou rapidamente. Touya reparou e a olhou de esguelha, mas fingiu que não ouviu nada - Acho que vou indo. – se levanta.

- Hm... Ok. – o Kinomoto responde enquanto anda até ela para se despedir.

Nakuru, vendo ele se aproximar ficou meio nervosa e por estar tremendo, acaba deixando cair sua bolsa no chão. Os dois se abaixaram ao mesmo tempo para pegá-la. Assim que notaram isso, ergueram as cabeças um pouco e se encararam durante um tempo que apareceu interminável. A guardiã vai descendo sua visão dos olhos dele para os lábios, tal como ele. Meio que inevitável e até indispensável naquele momento, eles vão se aproximando aos poucos. Já conseguiam sentir a respiração quente um do outro, quando Fujitaka adentra a sala. Abruptamente, os dois se separam e se levantam com as faces completamente vermelhas.

- Olá Senhor Kinomoto... err... Adeus.

Nakuru estava tão sem graça que saiu apressadamente, e acabou esquecendo sua bolsa. Touya nem ao menos teve tempo de avisar, pois quando percebeu, ela já havia saído. Fujitaka olha para o filho com seu habitual sorriso.

- Interrompi algo?

- Não. Nada. – Touya, pega a bolsa dela no chão e a põe sobre o sofá, para que pudesse arrumar as xícaras de chá, enquanto o pai permanecia olhando-o.

****

A jovem guardiã chega a sua casa, tão rápido quanto deveria ter chego. Realmente estava andando muito depressa. Desde o momento em que saiu da casa dele, não parou um minuto de pensar no que havia acontecido. Ela deita no sofá, ainda lembrando-se do momento em que quase se beijaram.

- Nem os anos pode fazer eu te esquecer, Touya.

Ainda envolta de seus pensamentos sobre o Kinomoto, ela acaba adormecendo no sofá mesmo.

****

Depois de longo tempo vendo TV com o pai, Touya subiu para o seu quarto com a bolsa de Nakuru nas mãos. Ao entrar pela porta, a tranca e abre a bolsa. Dentro encontra algo que lhe chama a atenção. Um diário. Não queria lê-lo, pois sabia que ela não gostaria disso, então só folheia. Mas nisso, uma página em especial lhe chama a atenção e ele acaba por ler o que estava escrito.

Querido diário!

Como eu queria poder dizer para ele o que eu sinto. É triste saber que estamos tão longe e ao mesmo tempo tão perto. Que vida injusta! Eu “nasci” para servir meu mestre e não sou igual a ele. Como eu queria estar com ele, como queria senti-lo... Mas não posso e nunca poderei. Não somos iguais! Mesmo assim eu vivo na ilusão e tenho esperança. Sempre sonhando com ele, vendo-o em praticamente tudo. Por que a vida é injusta comigo? Por que não posso ser feliz? Nem que fosse só uma única vez.

Como eu te amo, Touya.

É inútil escrever isso, sabendo que você nunca irá ler nenhuma das páginas desse diário. Só faço isso porque fico muito mais de bem comigo porque ao menos escrevi e desabafei todos os meus sentimentos.

Quando terminou de ler aquelas palavras, Touya ficou surpreso e temporariamente sem reação. Pensava que o fato de Nakuru sempre estar grudada fosse por causa de Eriol. Nunca imaginou que ela pudesse realmente gostar dele. Ele encara a noite pensando no que iria fazer.


Na casa de Shaoran...

- Você tem certeza disso Sakura? – questiona Shaoran meio sem acreditar, depois de ouvir o plano dela.

- Sim. Confia em mim. – responde com um sorriso carinhoso, que logo conforta Shaoran.

- Está bem. – ele procura dentro do bolso a bolinha preta, fecha os olhos e invoca sua espada. Ao mesmo tempo em que Sakura invocava seu báculo estrela.

A card captors pegou a carta Amor (a carta sem nome, que ela criou quando Shaoran foi embora para Hong Kong), a levou até os lábios e de olhos fechados pensou: “Ser for possível. Por favor, Amor me dê o seu poder”. Shaoran agarra o báculo junto com Sakura, e nesse momento sente-se outra fonte de poder, a magia de Eriol que emanava da carta que ele enviara.

- Me dê o seu poder e ajuda a fazer justiça. Amor!

A carta gira no ar e bilha tomando sua forma original. A carta sai pela janela e sobrevoa Tomoeda até chegar à casa de Eriol onde Nakuru se encontrava dormindo. Amor estende uma bola de energia em torno da guardiã e disso se faz uma explosão de luz branca. Nakuru volta a dormir aparentemente normal.

The Love retorna à sua forma de carta e Shaoran abraça Sakura.

- Espero que corra tudo bem. – diz Sakura sorrindo.

To be continued :)


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Notas finais do capítulo

Oh, que cena clichê foi aquela do Touya e da Nakuru antes de quase se beijarem? Rs. E o que será que a carta The Love fez a Nakuru? Não deixem de acompanhar para descobrir.